terça-feira, 12 de julho de 2016

Dilma elogia Meirelles, mas diz que a inflação cai por causa dela e não dele


Presidente eleita Dilma Rousseff criticou a política econômica do governo Temer e afirmou que a queda na trajetória inflacionária se deve a medidas adotadas por ela antes do processo de impeachment.

"As condições para a inflação cair foram sendo construídas durante meu governo", afirmou.

Ela também elogiou discretamente o ministro da Fazenda do governo Temer, Henrique Meireles, mas destacou que ele "não representa este governo como um todo".

Dilma também criticou o golpe contra o seu governo e afirmou acreditar que irá reverter o processo de impeachment. "Quando voltar, vou ter de enxugar muita coisa, tem muita coisa errada sendo feita", observou. "Tenho uma obrigação e missão, porque o Brasil passou por uma ruptura democrática e sou responsável por colar isto de volta", completou.

segunda-feira, 11 de julho de 2016

Lula visa a Temer: "Se voces não sabem governar, eu sei"


Em discurso em Juazeiro, na Bahia, onde recebeu título de cidadão local nesta segunda-feira, o ex-presidente Lula criticou o governo provisório de Michel Temer pelas propostas de privatização de estatais, sobretudo a Petrobras, que pode perder a obrigatoriedade da exploração na camada do pré-sal.

Lula disse que "o que está acontecendo neste país é um desrespeito ao voto popular e um golpe patrocinado por uma mídia que quer criminalizar o PT", e mandou recado ao interino.

"Agora eles estão tentando desmontar programas sociais, criar as condições para vender a Petrobras, o Banco do Brasil... Esse filme já vimos. O PT tem quadros muito bons e eu não preciso voltar. Agora, se o governo que está aí não sabe governar e precisa vender patrimônio público, eu digo: se vocês não sabem, eu sei".

Depois do Cerra, delator delata Aloysio 300 mil

Esse é outro "moralista sem moral"!

Fonte: Conversa Afiada, 11/07/2016
Reprodução: Blog do deputado federal Paulo Pimenta (PT/SP)

De Fel-lha, sobre o Aloysio 300 mil:
Mario Cesar Carvalho, de São Paulo

O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) sempre tratou com aparente desdém a delação do empresário Ricardo Pessoa, da UTC e da Constran, que dizia ter pago recursos via caixa dois para a campanha dele em 2010.

Aloysio repetia que não há nem haverá provas de que usou dinheiro sujo para se eleger. Provas não há, mas apareceu um outro delator dizendo que entregou dinheiro vivo para um amigo do senador da década de 1970, quando integravam o grupo guerrilheiro ALN (Aliança Libertadora Nacional).

O segundo delator a confirmar para a Polícia Federal a doação de R$ 200 mil em dinheiro vivo à campanha de Aloysio é o ex-diretor financeiro da UTC, Walmir Pinheiro. Segundo ele, o dinheiro foi entregue na sede da empresa em São Paulo para o advogado Marco Moro, que conheceu o tucano por volta de 1970, quando os dois, então perseguidos da ditadura, estavam exilados na Europa.

Tanto Aloysio quanto Moro negam ter recebido recursos ilegais.

Papa ao Traíra: não se vende um país!

É como vender a mãe!

Fonte: Conversa Afiada, 10/07/2016

O Trambolho informou à Fel-lha que vai vender os aeroportos Santos Dumont e Congonhas.

Breve, ele, o gatinho angorá e aquele que o ACM chamava de Eliseu "Quadrilha" anunciarão a venda do Pão de Açúcar à Paris Hilton, para construir um hotel lá em cima.

A advertência do Papa Francisco foi um murro no Macri, no dia da Independência da Argentina:


Na comemoração dos 200 anos da independência da Argentina, o papa Francisco enviou uma carta à população do país que, mais uma vez, alimentou os rumores de que a relação do pontífice com o presidente Mauricio Macri não vai bem.

No texto, o papa afirma que não se pode vender a pátria, o que foi interpretado como uma crítica ao governo, que está abrindo seu mercado para o capital estrangeiro.

Na semana passada, Macri flexibilizou, por decreto, uma lei kirchnerista que restringia a compra de terras por pessoas de outros países. O objetivo é atrair investimentos internacionais.

"Nós, argentinos, usamos uma expressão, quando nos referimos a pessoas inescrupulosas: 'esse é capaz até de vender a mãe'; mas sabemos e sentimos profundamente no coração que a mãe não se vende, não se pode vendê-la... E também não se pode vender a mãe pátria", escreveu Francisco.

N a v a l h a

Por falar em "vender terras", o Conversa Afiada não se surpreenderá se o governotrambolho decidir encampar para vender as terras de Kátia Abreu, em Tocantins, a "investidores" estrangeiros, os mesmos a quem o gatinho angorá e o "Quadrilha"querem entregar o espaço aéreo brasileiro.

PHA

Delação de Marcos Valério tem do governo Temer


Advogado responsável pelas negociações da delação premiada de Marcos Valério com o Ministério Público de Minas Gerais afirma que ele promete revelar “entre 15 e 20” autoridades, que incluiriam atuais integrantes do governo interino Michel Temer, políticos do PT, do PSDB, do PMDB e de outras siglas, em troca benefícios.

São pessoas que teriam ligação com crimes do chamado mensalão mineiro, que envolveu o então governador Eduardo Azeredo (PSDB), do mensalão do PT e da Lava Jato.

"Tem gente sobre quem ele pode falar e ainda não apareceu", diz Jean Robert Kobayashi. "Tem também gente do atual governo de Michel Temer".

A Lava Jato já derrubou três ministros de Temer: Henrique Eduardo Alves (PMDB), do Ministério do Turismo, Romero Jucá, ex-titular do Planejamento, e Fabiano Silveira, que chefiava a pasta da Transparência.

Doria e Haddad terão mais da metade das inserções na TV


Aliado do governador Geraldo Alckmin, Joao Doria já conta com o apoio de PSB, PV, PPS, PMB, PHS e PP, e deve fechar hoje com o DEM; assim, conta com 3min2s em cada bloco de 10 minutos.

O prefeito Fernando Haddad, que tentará a reeleição, já tem ao seu lado PCdoB, PR, PDT e PROS, o que lhe garante 2min30s em cada bloco e 10min28s para dividir em pequenas inserções diárias.

sábado, 9 de julho de 2016

9 de julho: Elite paulista de novo no poder


O sociólogo Emir Sader destaca símbolos "radicalmente conservadores" de São Paulo - os bandeirantes e 1932 - para dizer que a elite palista está novamente no poder, "por um novo golpe, desta vez de caráter jurídico-parlamentar-midiático, mas com os mesmos ideais" do passado.

"Representa o sentimento elitista e racista da elite paulista, que se considera personificação da civilização, em contraste com a barbárie e o atraso do resto do país. Ódio ao povo e a seus líderes, a começar, agora, por Lula. Aos sindicatos, aos movimentos sociais, aos direitos dos trabalhadores, ao patrimônio nacional, à independência diante do EUA".

"Gostariam de ficar os 21 anos da ditadura militar, mas podem perfeitamente permanecer apenas o tempo efêmero do presidente Jânio e seguirem sendo derrotados, como FHC e os tucanos, se a democracia prevalecer", afirma o colunista.

Rapidinhas

Órfãos políticos Essa é a situação dos pré-candidatos a vereador depois que seus candidatos a prefeito não puderem ser registrados em face de suas inelegibilidades. 

Atrasado O PMDB, segundo se comenta, decidirá que na eleição de prefeito não fará coligação com o PT e o PCdoB. Os dois partidos já tomaram essa decisão antes por terem o PMDB na conta de traidor.

Dando o troco ao PMDB Interessado em implodir o candidato de Eduardo Cunha à presidência da Câmara e dividir a base de Michel Temer, Lula deu aval para que o PT apoie Rodrigo Maia (DEM), entusiasta e artífice da abertura do processo de impeachment de Dilma Rousseff. O recado de que “não possui veto” a Maia foi transmitido por Orlando Silva (PC do B) em reunião na quinta (7) na casa de Waldir Maranhão, que teve presença do candidato. Informada, Dilma deixou a negociação correr.

Garanta o seu Um emissário do PT, em contato constante com Rodrigo Maia, apresentou os termos do acordo: o candidato, primeiro, terá de oficializar o apoio de sua base — DEM, PSDB e PPS.

Aquela dívida Marcelo Castro (PMDB-PI) foi outro que procurou petistas pedindo voto. O PT não acredita que ele vá muito longe, mas diz não poder abandoná-lo caso viabilize sua candidatura. Afinal, foi um dos 137 votos a favor de Dilma.

Ativo e operante Logo após renunciar ao cargo, Eduardo Cunha deu ordem no grupo de Whatsapp da bancada do PMDB para que o deputado Carlos Marun (MS) fosse à reunião de líderes que discutiria a data da eleição para sua sucessão.

Quer pagar quanto? O governo já começa a contar os prejuízos da disputa pelo cargo. Enxerga nas candidaturas nanicas à presidência da Câmara um claro interesse dos deputados em cobrar alto para depois deixar o páreo.

Madame Tussauds De um aliado do presidente interino: “Michel tem tanto medo de aparecer interferindo na eleição da Câmara que só falta colocar um boneco de cera seu plantado no gabinete para fingir que não sai de lá para trabalhar por ninguém”.

Temer, o demagogo Fábio Ramalho (PMDB-MG) foi a Michel Temer nesta sexta-feira (8) comunicá-lo de que também concorreria. “Ele disse que eu deveria ser candidato e tenho chances de ganhar e de presidir a Câmara”, relatou o deputado à coluna.

Meu Bê Nem Dilma resistiu. Em reuniões no Alvorada, a petista costuma provocar “Bessias” dizendo que ficou famoso. Vez ou outra, chama-o de “Bê”. Ex-Casa Civil, Jorge Messias segue na equipe da presidente afastada.

Se você insiste Presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Helena Nader só voltou atrás de colocar o cargo à disposição porque recebeu um telefonema de Michel Temer.

Nada favorável O Planalto foi avisado de que ela estava insatisfeita com a falta de recursos e com a inexperiência de Gilberto Kassab (Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações) com o setor.

Na lama A frustração dos brasileiros com a classe política piorou bem. Segundo pesquisa da agência Ketchum, 85% dizem ter menos confiança nos políticos agora do que há um ano. É a maior taxa em três anos de estudo.

Vai, Brasil O percentual dos desiludidos aqui é o maior entre os dez países pesquisados. Na Alemanha, 81% disseram confiar menos. Nos EUA, 57%. No Japão, 31%.

Escaldado A campanha de Fernando Haddad já busca nomes que comporão seu “conselho de compliance”. O grupo ficará encarregado de fazer a fiscalização das contas, a cargo do deputado Paulo Teixeira (PT). Haverá ainda um “conselho de ética”.

TV Marcelo Freixo lançará a campanha “democracia nos debates”. A lei patrocinada por Eduardo Cunha deixa o PSOL fora dos debates na TV por não ter ao menos dez deputados federais. A mobilização contará com ação nas redes sociais, petições online, artistas e “flash mobs”.

Romeu e Julieta Candidato do PT à Prefeitura de Campinas, Marcio Pochmann procura uma mulher para a vaga de vice na chapa.

Proposta inversa Aceito a proposta do presidente… Desde que ele trabalhe as 80 horas por semana. Eu fico com as 44 horas semanais mesmo. DE João Gonçalves, secretário-geral da Força Sindical, sobre Robson Andrade, da CNI, citar jornada maior de trabalho praticada na França.

Briga na Câmara é disputa entre Lula e Temer


Apesar de afirmar que não irá se envolver na disputa pela presidência da Câmara, o governo do presidente em exercício Michel Temer vem exercendo pressão para conseguir deixar sob seu controle o comando da Casa; meta é barrar que qualquer parlamentar contrário a gestão do peemedebista venha a assumir o cargo, o que poderia prejudicar a aprovação de medidas consideradas essenciais para o governo, como as que visam estimular a recuperação econômica; governo avalia que é preciso alguém com "perfil confiável" no cargo, capaz de aprovar projetos impopulares e que propicie uma certa estabilidade política, já que também teria como responsabilidade analisar os pedidos de impeachment contra Michel Temer que já estão protocolados na Casa.

Lula libera apoio do PT ao nome de Rodrigo Maia

Para minimizar o poder do grupo de Eduardo Cunha (PMDB), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu aval para o PT apoiar a candidatura do deputado Rodrigo Maia (DEM) à presidência da Câmara.

O objetivo dos petistas é se juntar a inimigos antigos, como DEM e PSDB, para ter mais força e assim enfrentar o chamado Centrão, bloco que hoje conta com 270 parlamentares e foi fundamental para aprovação do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff.

O golpe visto de fora


"No começo da crise, a mídia internacional simplesmente reproduzia o que dizia a imprensa brasileira. Era uma espécie de continuidade da operação de desconstrução da imagem do Brasil de Lula", analisa o sociólogo Emir Sader.

"Quando a crise se tornou aguda, os principais meios de comunicação de todo o mundo mandaram seus correspondentes, que logo se deram conta que se tratava exatamente do contrário: são os corruptos, com Eduardo Cunha e Michel Temer à cabeça, os que tratam de derrubar uma presidenta honesta, que não havia cometido nenhum crime", completa.

Conforme aponta o colunista, hoje "mesmos os órgãos mais neoliberais, que se entusiasmam com os planos privatizadores de Henrique Meirelles, se dão conta da fragilidade política do governo e de como ele está composto por um bando dos políticos mais corruptos do Brasil".