sexta-feira, 13 de novembro de 2015

França fecha fronteiras e decreta emergência



Nos próximos dias, todas as fronteiras da França estarão fechadas, segundo anunciou há instantes o presidente francês François Hollande; ele decretou também estado de emergência e convocou o conselho de ministros; Paris foi alvo do maior atentado terrorista desde o 11 de Setembro; Barack Obama falou em crime contra a humanidade; David Cameron se disse chocado; há pelo menos 60 mortos e 100 reféns; uma pessoa que está dentro da casa de shows Bataclã usou o Twitter para dizer que mortes continuam ocorrendo dentro do local: "Todos estão sendo mortos um por um. Integrantes da Eagles of dead metal (a banda) estão mortos"; cinco linhas de metrô estão fechadas; Hollande pediu confiança aos franceses e disse que todos os terroristas serão punidos; crise está relacionada à intervenção do Ocidente na Síria

O encontro Lula-FHC


Atendendo a pedidos de todos os cantos do país, eles finalmente se encontram secretamente com o objetivo de resolver de uma vez por todas a crise político-econômico-social que assola o país. FHC recebe Lula na porta do seu instituto e logo começam a dialogar.

FHC: Vamos entrando. Desculpe o transtorno. Estou fazendo uma pequena reforma. Quer dizer, eu não, a Andrade Gutierrez. Eles são ótimos! Foi uma pechincha... na atual situação, sabe como é, qualquer obra é obra...

Lula: Parabéns pelo bom gosto. Semana passada também fizeram uma pequena reforma para mim.

FHC: Naquele tríplex do Guarujá?

Lula: Não, no meu novo apartamento de Paris. Meu pied-a-terre...

FHC: Eu não sabia. Somos vizinhos, então?

Lula: Eu e meus cinco filhos. Resolvemos comprar apartamentos no mesmo prédio. E os netos, na escola?

FHC: Não, o Alckmin fechou. Veio de carro? O trânsito em São Paulo está infernal!

Lula: Até que não. Vim de bicicleta Itaú na ciclovia do Haddad.

FHC: Isso merece uma palestra! Falando em palestras... não diminuíram com a crise?

Lula: Aumentaram com a crise.

FHC: Graças a Deus!

Lula: Graças ao Levy! Estou morrendo de sede. Tem água?

FHC: Não, o Alckmin cortou. Só tenho champanhe. Mas que sucesso, hein! Só se fala em você na Lava Jato!

Lula: Neste país basta ganhar um dinheirinho para ficar famoso.

FHC: Deixa de modéstia! Você levantou mais de 20 milhões!

Lula: Quer algum emprestado? Não faça cerimônia...

FHC: Obrigado, os juros estão muito altos. O favor que eu queria de você era outro...

Lula: Privatizar a Petrobrás? Trocar o Levy pelo Meirelles? Tirar o Cunha?

FHC: Não. O telefone do teu agente. 

Pano rápido.

Artigo de Alex Solnik, jornalista  atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão", "O domador de sonhos" e "Dragonfly" (lançamento janeiro 2016).

Fonte Brasil 247, 13/11/2015

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Bill Clinton: “O barco do Brasil não está afundando”

Em discurso a empresários brasileiros, no encerramento do 10º Encontro Nacional da Indústria promovido pela CNI, o ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton assegurou que "o barco do Brasil não está afundando" e que há "poucos lugares no mundo" para ser tão otimista como no Brasil.
Indo de encontro ao discurso pregado diariamente pela imprensa brasileira e pela oposição, Clinton deu uma lição de otimismo: "Não existe como passar por tudo isso [avanços] sem distorções e imperfeições. Enormes oportunidades foram criadas. Não podemos controlar tudo, mas podemos controlar como lidamos com isso", disse afirmou.

Líder do PPS diz que Cunha 'não tem mais condições' de presidir Câmara


O líder do PPS na Câmara, deputado federal Rubens Bueno (PR), afirmou nesta quinta (12), que Eduardo Cunha (PMDB-RJ) "não tem mais condições" de continuar presidindo a Casa. O PPS também comunicou a decisão de romper com o deputado, assim como fez o PSDB ontem. 

Para Bueno, as acusações contra o presidente da Câmara são muito graves e as respostas do acusado não são suficientes para convencer os demais parlamentares sobre sua inocência.

Globo enquadra Aécio e manda PSDB baixar a bola


Por meio do colunista Merval Pereira, o mais alinhado com o PSDB e com os interesses do editor João Roberto Marinho, o jornal O Globo mandou um duro recado ao senador Aécio Neves (PSDB-MG): "O PSDB errou muito ao jogar todas as suas fichas no impeachment e, mais que isso, apostar que poderia encontrar atalhos para chegar a ele sem respeitar os prazos, pulando etapas", afirmou Merval.

Outros erros, disse ele, foram a aliança com Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e os votos contra a estabilidade fiscal: "Todo o conjunto de ações para minar o governo da presidente Dilma acabou minando também a credibilidade do PSDB", disse Merval, afirmando que tucanos terão que recomeçar tudo de novo. Coincidência ou não, desde ontem o PSDB parou de sabotar o País e assumiu o compromisso de não apoiar as pautas-bomba do Congresso.

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Zelotes: Nardes e RBS (Globo) chegam ao STF

Cármen Lúcia é a relatora do primeiro pedido sobre a Operação ao STF

Na Rede Brasil Atual:
Pedido para investigação foi encaminhado no fim de outubro e tem como alvos o ministro Augusto Nardes, do TCU, e o deputado federal Afonso Motta. Foi para o tribunal porque ambos têm foro privilegiado

Brasília – Enquanto os processos relacionados à Operação Lava Jato estão nas mãos do ministro Teori Zavascki, no âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF), os casos relacionados à Operação Zelotes – que exigem foro privilegiado e precisam ser conduzidos pelo mesmo tribunal – foram distribuídos para a ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha. O primeiro deles, que foi encaminhado para o STF no dia 21 de outubro e chegou ao gabinete da ministra no último dia 29, diz respeito ao inquérito de nº 4150 e refere-se ao pedido de investigação de envolvimento do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Augusto Nardes, e do deputado federal Afonso Motta (PDT-RS) no escândalo de fraudes no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais.

O inquérito pede a abertura de investigações sobre o ministro do TCU pelas suspeitas de ter atuado, ao lado do sobrinho, Juliano Nardes, de quem era sócio numa consultoria antes de assumir o cargo, como intermediário nas tratativas entre empresas e conselheiros do Carf para acertar, mediante o pagamento de propinas, mudanças em decisões do órgão que levaram a reduções ou extinção de penalidades.

O ministro Nardes – que foi, no TCU, o relator do processo que rejeitou as contas da presidenta Dilma Rousseff, referentes ao exercício de 2014 – já negou ter participação no esquema. Ele disse que, no período referente às investigações na empresa de que era um dos proprietários, já tinha se desligado para assumir o cargo no tribunal. Documentos recentes descobertos pelo Ministério Público, no entanto, contestam esses argumentos.

O outro alvo do inquérito é o deputado Afonso Motta, mas por outros motivos. Motta, durante anos, foi diretor executivo do grupo de comunicação RBS, afiliado da Rede Globo, que é considerado um dos conglomerados envolvidos no esquema de fraudes fiscais no Carf. Como ele hoje é parlamentar, o pedido para que seja investigado também teve de ser feito junto ao STF.

Nas informações sobre a chegada do inquérito que constam do site do STF, o ministro do TCU não apresentou ainda o nome do seu advogado de defesa. Já o deputado apresentou o ex-ministro do mesmo tribunal, hoje aposentado, o advogado Carlos Velloso.

Fonte: Conversa Afiada, 10/11/2015

Governo cria multa de até R$ 19 mil para obstrução de estradas

Lauro Yano
Isso é vandalismo puro

Em uma tentativa de desestimular a atual greve dos caminhoneiros, o governo federal aumentará as multas e as sanções a motoristas que obstruírem deliberadamente as rodovias e estradas do país, conforme antecipou o Painel às 18h32 desta terça-feira (10).

As novas regras, que serão publicadas em medida provisória no "Diário Oficial da União" desta quarta (11), criam nova tipificação e punições no Código Nacional de Trânsito para quem interromper, restringir ou perturbar o trânsito em vias públicas com o uso de veículos.

Atualmente, o Código Nacional de Trânsito prevê uma multa de R$ 1.915 para quem promover nas vias públicas competição, eventos organizados, exibição e demonstração de perícia sem permissão da autoridade de trânsito.

A atual punição será mantida, mas, no caso da obstrução deliberada com o uso veículo, o condutor será enquadrado em uma infração gravíssima e será aplicada uma multa de trânsito de R$ 5.746, podendo dobrar o valor para R$ 11.492 em caso de reincidência.

O condutor também receberá sanções como a suspensão do direito de dirigir por doze meses, a apreensão do veículo, o recolhimento da carteira de habilitação e a proibição do condutor de receber por dez anos incentivos creditícios para adquirir veículos automotores.

Locais bloqueados por caminhoneiros

A medida provisória também criará uma nova categoria de multa para quem organizar iniciativas que obstruam as estradas e rodovias, como as atuais paralisações promovidas pelos caminhoneiros. Nesse caso, os líderes dos movimentos serão multados em R$ 19.154 reais, podendo dobrar o valor para R$ 38.308 em caso de reincidência.

Segundo o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, as multas terão de ser pagas no licenciamento do veículo. "O valor das multas é avaliado pelo dano social que esses comportamentos trazem", disse.

"O governo federal não pode admitir que pessoas, sem ter uma pauta de reivindicações e por uma questão política, fechem estradas para impor aquilo que acham que deve acontecer com o país por meio de uma medida inaceitável", criticou.

O ministro disse ainda que a greve é "claramente política" e anunciou que autorizou a Força Nacional de Segurança Pública, por meio de sua Tropa de Choque, que atue com a Polícia Rodoviária Federal na desobstrução das estradas e rodovias.

A greve dos caminhoneiros entrou no segundo dia nesta terça-feira (10) com manifestações e bloqueios em rodovias de ao menos nove estados. Eles permitem o tráfego apenas de carros, ônibus e ambulância, de acordo com a PRF (Polícia Rodoviária Federal).

Para o ministro, é inaceitável que, em um estado democrático, manifestantes utilizem veículos para bloquearem estradas e rodovias. Segundo ele, os movimentos grevistas não têm pauta de reivindicações, e portanto, não há espaço para negociação com o governo federal.

"Não há pauta, ou seja, como se senta para dialogar sem pauta. Não há fórum, não consigo vislumbrar em torno de que pontos se quer fazer uma negociação se não há pauta", disse.

Segundo ele, a PRF já multou mais de uma centena de caminhões desde o início da greve na segunda-feira (9).

O ministro ressaltou ainda que a medida provisória autoriza a realização de pregões eletrônicos para a contratação de empresas privadas para recolhimento, depósito e armazenamento de veículos apreendidos.

Fonte: Folha, 10/11/2015

Mercado reage muito bem a possível troca de Levy por Meirelles



247 com Infomoney - Depois de ameaçar devolver todos os ganhos do rali de uma semana atrás, quando especulava-se sobre os preços baixos dos ativos no mercado brasileiro, o Ibovespa encontrou forças no movimento das bolsas americanas para reagir, zerar perdas no pregão desta terça-feira (10) e fechar com queda de 0,03%, a 46.206 pontos - o maior patamar do intraday. O giro financeiro negociado na Bovespa foi de R$ 4,63 bilhões.

Após a volta dos rumores de que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, estaria próximo de deixar o cargo, o Valor Pro afirmou na tarde desta terça-feira que, com o aval do ex-presidente Lula, Henrique Meirelles já estaria se reunindo com líderes políticos governistas para discutir cenários econômicos para o Brasil. A publicação citou apenas "um interlocutor" do ex-presidente do Banco Central como fonte.

De acordo com o Valor, estas conversas estariam sendo interpretadas como sondagens para uma possível entrada de Meirelles no governo para substituir Levy. Ainda segundo as informações da publicação, ele estaria disposto a aceitar assumir a Fazenda sob duas condições: indicar o ministro do Planejamento e o presidente do BC.

Ontem, segundo informações do Valor e também da Folha de São Paulo, novos boatos afirmavam que Levy pode deixar a liderança da pasta na virada do ano, ou até mesmo antes caso a situação econômica se agrave mais.

Governo endurece o jogo com caminhoneiros


Contra a greve política dos caminhoneiros, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, anunciou nesta terça (10), que o novo valor da multa para quem bloquear estradas será de R$ 5.746, valor antes fixado em R$ 1.915; quem organizar eventos terá de pagar R$ 19.154. Aqueles que receberem multas também não poderão tomar crédito para a compra de veículos por dez anos.

Com estas medidas, o governo endurece sua atuação contra a greve dos caminhoneiros e atua para impedir que haja desabastecimento em algum setor; segundo o ministro, o movimento iniciado ontem é político e não apresentou uma pauta de reivindicações para ser negociada com o governo.

Os caminhoneiros fazem 27 interdições em oito estados. Segundo o líder do Comando Nacional de Transporte, Ivar Luiz Schmidt, o movimento quer a saída de Dilma Rousseff da Presidência.

PSDB muda estratégia e propõe acordo ao governo para aprovar DRU

Líderes do PSDB na Câmara procuraram o governo para propor um acordo pela aprovação da DRU(Desvinculação de Receitas da União), mecanismo que dá maior liberdade ao governo para remanejar o Orçamento.

O deputado Bruno Araújo (PSDB-PE) procurou o líder do governo, José Guimarães (PT-CE), e avisou que os tucanos estão dispostos a aprovar a matéria, desde que haja modificações pontuais no texto.

O primeiro contato entre os dois deputados ocorreu ontem e nesta terça-feira (10) os dois grupos começaram a debater um formato de consenso para o texto.

É a primeira vez desde o início do atual mandato da presidente Dilma Rousseff que a oposição procura aliados do governo para oferecer uma trégua e ajudar na aprovação de medidas consideradas imprescindíveis pelo Planalto.

"Não queremos salvar Dilma, mas também não podemos ter compromisso com o abismo", justificou Bruno Araújo.

O encontro dos dois deputados ocorreu no gabinete da liderança do governo na Câmara. Técnicos do PSDB acompanharam a reunião.

FÓRMULA

O governo havia proposto elevar de 20% para 30% a fatia de recursos do Orçamento que podem ser usados livremente. No primeiro encontro, o PSDB exigiu que o governo mantivesse o percentual atual para apoiar a matéria. Com aval da Casa Civil, Guimarães sugeriu uma alíquota intermediária, de 25%.

Os dois grupos voltarão a discutir o acordo amanhã. O governo também conseguiu convencer o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ ) a criar a comissão especial para analisar a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da DRU.

Sem isso, o Planalto não conseguiria fazer as novas regras valerem no início do próximo ano, o que comprometeria ainda mais as finanças públicas. Depois da Câmara, a proposta ainda tem que ser avaliada pelo Senado.

Fonte: Folha, 10/11/2015