segunda-feira, 1 de junho de 2015

Morte e fogo em Eduardo Cunha

O malfadado presidente da Câmara dos Deputados revela-se crescentemente ser um grande mal para o Brasil. É dele a ideia de uma reforma política que afasta cada vez mais o povo do poder

Este dia 29 de maio de 2015 foi realmente marcante e rico de simbolismos. Um deles é a luta unida.

Dom Orvandil
Numa conjuntura de densa cortina de fumaça alienante, de morte da consciência cidadã e de luta coletiva pelas transformações os trabalhadores e trabalhadoras deram imenso testemunho de vida e compromisso com os direitos sociais.

Sou testemunha participante dos esforços que vários seguimentos fizeram na preparação desta parada e das manifestações. Há duas semanas participamos de reuniões e de mobilizações por seguimentos para levantarmos o ânimo de todos, chamando-os para esse dia de lutas. De agricultores humildes, metalúrgicos, garis, trabalhadoras domésticas, professores de vários níveis inclusive das universidades federal, estadual, PUC e outras particulares etc participaram das reuniões mobilizadoras.

Durante algumas madrugadas fomos aos terminais de ônibus panfletar e denunciar os deputados que votaram a favor da maldita terceirização. Deparamo-nos com multidões absolutamente insatisfeitas, revoltadas e ávidas do conhecimento da realidade que ultrapasse o senso comum e as mentiras da mídia. Um sindicalista contou que carregou em seus braços milhares de panfletos e os distribuiu em todo o centro de Goiânia. Muitos eleitores dos deputados que os traíram com votos macabros na desumanização do trabalho, ao se depararem com suas fotos estampadas nos folders, se revoltaram e prometeram nunca mais votar em gente que odeia os trabalhadores.

Emocionei-me ao presenciar o espírito de luta de homens e mulheres que, em nossa última reunião preparatória do ato que impediu os ônibus de saírem das garagens, se dispuseram participar às 3 horas da madrugada do encontro concentrado para a tomada, em silêncio, dos portões e dos pontos de partida dos coletivos. Algumas dessas pessoas moram quilômetros de Goiânia. Mesmo assim sua disposição de luta revelava consciência e elevado compromisso com os direitos sociais, sem choradeira e revolta infantil. Nessa luta ninguém é diferente de ninguém: não há superioridade nem inferioridade.

A clarividência consciencial dessas pessoas as diferencia em muito da grande maioria de bois de manada, que baixa a cabeça em nome do que chama de trabalho, na verdade escravatura e exploração.

Em muitos lugares do Brasil as cidades pararam e em outras aconteceram válidos tumultos, como em Goiânia. Não havia lugar desta capital em que não se comentasse esse dia de luta. Valeu mesmo!

Aplausos. De pé!

Faixas e cartazes das manifestações espalhadas pelo País me despertaram especial atenção. Em São Paulo os trabalhadores da Central dos Trabalhadores do Brasil moveram-se carregando um caixão encenando morte e sepultamento do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. Ao final do trajeto incendiaram o esquife sinalizando queimar o que representa aquele malfeitor dos direitos dos trabalhadores.

Evidentemente que os trabalhadores não são assassinos nem precisamos devanear com falsos conceitos freudianos. Pelo contrário, sua intenção foi a de simbolizar o mal que representa a política defendida por Eduardo Cunha.

O malfadado presidente da Câmara dos Deputados revela-se crescentemente ser um grande mal para o Brasil. É dele a ideia de uma reforma política que afasta cada vez mais o povo do poder, que alimenta a corrupção das eleições e tira a oportunidade dos pobres de se elegerem para defender os interesses dos trabalhadores e dos excluídos.

Esse deputado malfeitor colocou em votação um projeto de lei que prejudica mortalmente os trabalhadores e as leis que defendem os direitos definidos já em 1915 e formatados depois na CLT.

Eduardo Cunha é um mal ocupando uma parte do poder de Estado no Brasil. Como presidente da Câmara o desditoso só mostra compromissos com os ricos, com os poderosos e com os piores sentimentos atrasados que atentam contra o bem.

Este senhor consegue atingir maldosamente vários seguimentos: a democracia quando reordena as eleições, põe fim à reeleição de prefeitos, governadores e presidentes, com a clara intenção de travar os avanços e reafirma o financiamento das campanhas eleitorais, a principal fonte de corrupção e elitização política; e agora atinge o coração social e econômico do País fragilizando o que há de mais sagrado para o trabalho, que é o direito a carteira assinada com todas as conquistas por ela representadas e pelo sagrado dever coletivo de sindicalização, tudo prejudicado pela terceirização, que é debatida no Senado com sérios riscos de ser aprovada e piorada.

Eduardo Cunha é evangélico e certamente envergonha os mais sérios que têm um mínimo de consciência social e de amor ao próximo. Entre os evangélicos consegue ser um dos mais conservadores, antissociais e perverso inimigo dos trabalhadores.

Portanto, simbolizar a morte de Eduardo Cunha e sua incineração pelas ruas de São Paulo são gestos de vida que clamam e denunciam quem é eleito para defender o povo e a democracia e contra ele se volta com tanta maldade e ódio.

Haverá dia em que isso realmente acontecerá: os maus e injustos terão que passar pelo fogo. E não será somente de modo simbólico!

Os trabalhadores que produzem riquezas de todas as formas conhecidas e inimagináveis lutam para queimar os elos sociais que tentam amarrar sua dignidade e seus direitos. Os trabalhadores que modelam matérias primas também constroem consciências e derrubarão os perversos como Eduardo Cunha, essa vergonha nacional e esse lixo público.

Brasil247, 01/06/2015

Mídia pode morrer antes do PT, diz Florestan Fernandes


O jornalista Florestan Fernandes Júnior, conhecido pela vasta experiência na televisão brasileira, se mostra decepcionado com o pessimismo da imprensa do País. Ele publicou nesta segunda-feira 1º um comentário em sua página no Facebook sobre a pesquisa Ibope que aponta que 41% dos brasileiros acham que a imprensa mostra uma situação econômica mais negativa do que a realidade.

Ele conta que hoje, "pra não entrar na TPN (tensão pré-notícia), é "seletivo" no que vê, lê e escuta. "Passeio o dia inteiro pelos portais rindo das manipulações grotescas de alguns deles", diz. "Nossa imprensa faz tempo abriu mão do bom jornalismo, de maneira geral virou panfletária e presta um desserviço para a Nação. A boa informação é um direito do cidadão em qualquer país civilizado do planeta, menos aqui", ataca o jornalista.

Para ele, a linha editorial negativista é a razão para a crise pela qual passam os veículos de comunicação atualmente. "Os senhores da comunicação estão atirando no próprio pé, o pessimismo alardeado por eles levou a um corte nas campanhas publicitárias. Resultado: demissões em massa nas redações, empresas de comunicação fechando ou sendo vendida para igrejas evangélicas".

O jornalista deixa, ao final, uma última questão: quem morrerá antes, a imprensa ou o PT. "Minha dúvida é saber quem vai acabar primeiro: a indústria da comunicação ou o partido que eles tanto odeiam". 

Brasil247, 01/06/2015

Terra Legal entrega títulos definitivos para agricultores familiares de Itaituba

Foi realizada na manhã deste sábado (30) no barracão do Parque de Exposição Hélio da Mota Gueiros a entrega de Títulos do Terra Legal para os proprietários de terra que estão localizadas na região.
Agricultores com seus títulos definitivos
Foto: Gilson Vasconcelos
Ao todo foram entregue 47 títulos definitivos de propriedade para trabalhadores rurais familiares das glebas Cupari, Santa Cruz e Arraia que realizaram o sonho de serem donos da propriedade onde vivem sendo está a terceira entrega de títulos realizada pela coordenação.

No mês de setembro de 2014 foram entregues 23 títulos e no mês de outubro mais 51 títulos que totalizam até o momento 121 títulos definitivos aos trabalhadores rurais.


Estiveram prestigiando este momento o Coordenador do Programa Terra Legal no Pará, Raimundo Castanheira, o chefe regional do Terra Legal José Amazonas, o Vereador de Itaituba João Paulo, Antônia Gurgel presidente do SIPRI, Nair Almada do STTR e o Hirajar que na ocasião estava representando o INCRA.

Com o documento, os agricultores que antes eram posseiros se tornaram proprietários e podem se beneficiar das políticas públicas da agricultura familiar. “Essa entrega abre uma porta importante para os agricultores beneficiados. O título é a certidão de nascimento da propriedade”, afirmou o coordenador estadual do Terra Legal Raimundo Alves.

Terra Legal
O programa Terra Legal regulariza áreas e imóveis que estão em terras públicas federais, desde que não sejam reservas indígenas, unidades de conservação, florestas públicas, áreas da Marinha e reservadas à administração militar. Criado em 2009, é coordenado pelo MDA e executado em parceria com o Incra na região da Amazônia Legal.

O Terra Legal promove o aumento da produtividade dos agricultores familiares e a redução do desmatamento porque, ao receber o título de propriedade do terreno, o dono se compromete a cumprir requisitos legais, como a manutenção da área de preservação permanente ou o reflorestamento da área desmatada. Os agricultores familiares e comunidades locais têm prioridade no atendimento.

Fonte: Blog do Gilson Vasconcelos, 01/06/2015

domingo, 31 de maio de 2015

Em Época, a única revista que não dedicou capa ao escândalo na FIFA, Globo é vítima dos crimes de J.Hawilla


Das quatro revistas semanais, Época, da Editora Globo, foi a única que não dedicou sua capa ao escândalo de corrupção que atinge o futebol mundial; na chamada da reportagem interna, a Globo, que detém os direitos de transmissão dos principais campeonatos brasileiros, é vítima do empresário J.Hawilla; "como o empresário J.Hawilla criou e alimentou um esquema internacional de pagamento de propinas, que levou à cadeia dirigentes da Fifa", diz a chamada; ora, se Hawilla comprava os torneios e os revendia imediatamente à Globo, que é sua sócia em emissoras no interior paulista, não é aplicável o chamado domínio do fato?

Jurista denuncia abuso da PF e do MP contra Pimentel


Em artigo exclusivo para o 247, o jurista Luiz Moreira, professor de direito constitucional, questiona os métodos de estado policialesco utilizados na Operação Acrônimo, deflagrada na última sexta-feira, que, na prática, promoveu busca e apreensão na residência do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, uma vez que ele é casado com a jornalista Carolina Oliveira, alvo da ação; "o que leva o ministério público federal a solicitar medida tão invasiva quando um mínimo esforço investigativo poderia esclarecê-lo?", questiona Moreira; "qual o propósito dessa busca e apreensão na residência, em Brasília, do Governador de Minas Gerais?"; Moreira lembra ainda que autoridades policiais deveriam saber que "Governadores de Estado só poderem ser investigados, nos crimes comuns, pelo Superior Tribunal de Justiça e que, do mesmo modo, um mandado de busca e apreensão, na casa de um Governador de Estado, só possa ser assinado por ministro daquela Corte".

Fonte: Brasil247, 31/05/2015

Em Belém, manifestantes protestaram contra a violência e a impunidade

Na manhã de hoje, aqui em Belém, três mil manifestantes (calculo da Polícia Militar) protestaram contra a violência e a impunidade e clamaram por Justiça e Paz. Entre eles, grupos de familiares e amigos de vítimas da violência em Belém, dirigentes de entidades, integrantes de igrejas e populares.

Eles se concentraram, a partir das 8h, ao lado da Estação das Docas, de onde saíram em caminhada pela Avenida Presidente Vargas e deram uma volta em torno da Praça da República. No final, se concentraram em frente ao Teatro da Paz, que foi abraçado simbolicamente pelos manifestantes.

Nos discursos dos coordenadores do movimento e nas frases em placas e cartazes exibidos pelos manifestantes, clamores pela Paz e por Justiça e repúdio à violência e à impunidade.


Fonte: José Maria Piteira (Face), 301/05/2015

Ministério Público recomenda o Governo Jatene a repor os dias parados na Educação Estadual

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Fonte: Sintepp, 27/05/2015


Janio: "PSDB deixou cair 46 máscaras" com doações de empresas


O jornalista Janio de Freitas criticou neste domingo o apoio do PSDB à votação ao financiamento de campanhas eleitorais por empresas, aprovado na Câmara nesta semana. Para o jornalista, o partido, liderado pelo deputado Carlos Sampaio, deixou cair a "máscara"; "Na hora da verdade, o chão do plenário da Câmara ficou repleto de máscaras de bem-intencionado. O PSDB e seu líder, Carlos Sampaio, deixaram cair 46 - nº de deputados federais do PSDB - de uma vez com esses votos pela permanência do dinheiro de empresas para financiar candidatos –a velha causa da corrupção mais devastadora", afirmou Freitas

Não espere as coisas acontecerem...

Erro de Cunha pode anular doações empresariais


O deputado Jean Wyllys (Psol-RJ) argumenta que a manobra do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para liberar o financiamento empresarial de campanha foi inócua; segundo ele, a polêmica emenda do deputado Celso Russomano (PRB/SP) prevê que candidatos só poderão receber recursos de pessoas físicas, enquanto os partidos políticos, de pessoas físicas e jurídicas; "O que é que Cunha e Russomano esqueceram? OS PARTIDOS SÃO PESSOAS JURÍDICAS! Ou seja, os partidos, com essa emenda, não poderão repassar UM TOSTÃO aos candidatos, mesmo que receberem milhões das empreiteiras amigas!", diz ele; leia a íntegra de "a esperteza, quando é demais, come o dono".