sábado, 11 de abril de 2015

Repasses do Governo Federal para Itaituba, em janeiro e fevereiro de 2015

REPASSES DO GOVERNO FEDERAL MEDIANTE TRANSFERÊNCIAS EM 2015
Esses valores são referentes apenas aos meses de janeiro e fevereiro de 2015

Transferências por Área (Função)
Encargos Especiais ----------------------------------------------------------------- R$ 10.116.870,17
Educação -------------------------------------------------------------------------------R$   9.129.331,98
Assistência Social ------------------------------------------------------------------- R$   4.665.043,02
Saúde ----------------------------------------------------------------------------------- R$   3.929.858,97

Transferências para a Educação
FUNDEB -------------------------------------------------------------------------------- R$ 8.287.613,67
FPM - CF art. 159 -------------------------------------------------------------------- R$ 5.080.673,28
FUNDEB -------------------------------------------------------------------------------- R$ 3.762.607,84
TETO MAC ----------------------------------------------------------------------------- R$ 1.419.216,32
PAB Variável - PSF ------------------------------------------------------------------ R$ 1.108.198,00

Recursos Pagos Direto ao Cidadão     Bolsa Família -------  -------------- R$ 4.480.640,00

Janeiro    --------------------------------------------------------------------------------R$  12.004.418,63
Fevereiro --------------------------------------------------------------------------------R$ 15.836.685,51
Total destinado a todas as áreas: ------------------------------------------------R$  27.841.104,14

sexta-feira, 10 de abril de 2015

No Panamá, Dilma defende ajuste fiscal

Durante o Fórum Empresarial das Américas, evento que antecede a Cúpula das Américas no Panamá, a presidente Dilma Rousseff defendeu nesta sexta-feira (10/04) as medidas de ajuste fiscal de seu governo e reforçou a importância da integração regional para os países da América Latina.

"Nós estamos, no Brasil, fazendo um grande esforço de ajuste fiscal. Adotamos medidas anticíclicas nesses últimos anos para evitar que houvesse uma queda muito forte tanto emprego, como na renda. Nós esgotamos a nossa capacidade dessas medidas e agora temos de fazer todo um reequilíbrio para continuar crescendo", disse Dilma.

A presidente reforçou, no entanto, que o esforço não impede a continuidade de políticas sociais e voltadas à ampliação da infraestrutura. Dilma afirmou ainda que para o país continuar a crescer de "forma sustentável" são necessários investimentos, justamente, em infraestrutura, em serviços públicos e em educação, além da abertura comercial e da desburocratização.

Na presença dos presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, do México, Enrique Peña Nieto, e do Panamá, Juan Carlos Varela, Dilma também defendeu a integração regional da América Latina para impulsionar a economia dos países do continente.


 © Fornecido por Deutsche Welle

"A integração regional funciona como um fator que expande as nossas fronteiras, as nossas oportunidades e as nossas economias", afirmou. Além de citar exemplos dessa integração, Dilma falou sobre as mudanças no Brasil nos últimos anos, onde "44 milhões de brasileiros foram levados à classe média e 36 milhões saíram da pobreza".

Investimentos em educação

Em seu discurso no fórum, Obama pediu que a América Latina garanta que os benefícios do crescimento econômico cheguem a todos, não somente as classes alta e média, pois mesmo com o prosperar da região "a lacuna entre ricos e pobres, muitas vezes, está aumentando", disse.

Nesse sentido, Obama reforçou a importância de investimentos em educação, principalmente com a expansão da globalização e a revolução tecnológica. A economia "está mudando e os trabalhadores vão ter que continuar se adaptando", disse.

Assim, é importante que governos proporcionem o acesso à educação e à formação profissional para jovens de todas as classes, ressaltou Obama e defendeu a ampliação do intercâmbio de estudantes entre EUA e América Latina.

Obama também falou sobre a necessidade de melhorar a infraestrutura na região e reduzir os custos de energia, principalmente na América Central, onde esse fator impede o "desenvolvimento".

Fonte: Msn, 10/04/2015

Prefeituras paraenses na mira do Ministério Público

Dezenas de investigações criminais, centenas de empresas fantasmas; Escritórios que “ensinam” a fraudar licitações; Prefeitos que recorrem a agiotas. Prefeituras que não cumpre Lei da Transparência e R$ 3 bilhões e meio destinados aos municípios. Quadro preocupante
Procurador Nelson Medrado quer transparência dos
recursos administrados pelos municípios paraenses

Quase 40 procedimentos investigatórios criminais (PICs) já foram abertos pelo Ministério Público Estadual contra prefeituras paraenses, devido a fortes indícios de irregularidades, principalmente fraudes licitatórias. 

Segundo o procurador de Justiça Nelson Medrado, que comanda as investigações, já foram detectadas mais de 100 empresas fantasmas que participam dessas fraudes, em várias prefeituras. O MP constatou, inclusive, a existência de escritórios privados que “ensinam” prefeitos a fraudar licitações e a contabilidade. 

Ele não quis estimar o rombo provocado por essas irregularidades. Disse, porém, quando perguntado se alcançaria mais de R$ 10 milhões, que “é muito, muito mais”. E citou como exemplo o caso da Prefeitura de Parauapebas que possui um orçamento anual de R$ 200 milhões e na qual todos os procedimentos administrativos já examinados estão irregulares. 

Caixa 2 e agiotagem e funcionários fantasmas
Na raiz do problema, diz Medrado, está a mesmíssima “desculpa” dos escândalos do Mensalão e do Petrolão: a montagem de caixa dois para campanhas eleitorais, não apenas nos municípios, mas, também, para o Governo do Estado.

Ele já tem indícios de que vários prefeitos do Nordeste do Pará se utilizam, inclusive, de agiotas, para o financiamento de suas campanhas.

“Os débitos do prefeito começam antes mesmo de ele assumir o cargo; são débitos com o agiota que financiou a campanha dele. Aí, ele vai ter de pagar ao agiota, por exemplo, uns R$ 400 mil por mês. E, às vezes, o agiota exige até que o prefeito coloque funcionários dele na Prefeitura, para acompanhar a movimentação financeira. Isso aconteceu, por exemplo, em São João de Pirabas”, relata o procurador.

Entre as prefeituras investigadas, falta até o repasse das contribuições previdenciárias e de empréstimos consignados, apesar de descontados dos contracheques dos servidores.

Outro problema é a utilização da folha de pagamento “para fazer política”, o que leva à contratação de um grande número de pessoas “que não prestam qualquer serviço às prefeituras, ou seja, são funcionários fantasmas”, diz o procurador. 

Irregularidades para todos os gostos 
Medrado também já constatou que nenhuma das prefeituras investigadas cumpre a legislação que determina o fim dos lixões e nenhuma possui portal da Transparência, ao contrário do que determina a Lei.

“A falta do portal da Transparência é o primeiro sintoma de irregularidades”, observa o procurador. “Porque, se não há transparência, não há como a população fiscalizar”.

Ele explica que muitas das licitações são montadas pelas prefeituras ou porque pretendem realizar compras diretas de uma determinada empresa, ou, simplesmente, porque desejam embolsar o dinheiro.

“Geralmente, quando vão fazer uma obra”, relata Medrado, “as prefeituras contratam um mestre de obras para realizar os serviços. Depois, montam uma licitação”.

Outro exemplo envolve a locação de veículos, incluindo aqueles usados no transporte escolar. “A maioria das empresas de transporte escolar não possui um veículo que seja. Elas alugam veículos da população, para realizar o serviço. E há contratos de locação de veículos às prefeituras também por empresas que não possuem nem sequer um carro. Aí, elas alugam os carros de funcionários da Prefeitura e até de secretários municipais e pagam para que eles conduzam os próprios carros. Funciona assim: um secretário municipal arranja um ‘laranja’ e monta uma empresa, para a locação de veículos sem motorista. Aí, fazem um pregão presencial no qual só aparece essa empresa. E a adjudicação fica em 1,2, 5 milhões”, explica.

“Não vai ter dinheiro que chegue nunca”, comenta, indignado, o procurador. Segundo ele, entre as irregularidades, “há de tudo, pra tudo que é gosto. Tem prefeitos que roubam tudo, que não sobra nada. E tem aqueles que fazem algumas obras”. 

Pirabas e Parauapebas, os mais impressionantes 
No entanto, o caso mais impressionante já investigado é a Prefeitura de São João de Pirabas, no Nordeste do Pará. “Lá, todas as licitações foram montadas, não há nenhuma que tenha sido real”, contou. “São mais de 100 licitações montadas, em cinco anos de fraudes”.

Outro exemplo lembrado por ele é o da Prefeitura de Parauapebas, no Sudeste paraense. “Lá, nós constatamos um imóvel que teve 40 mil metros quadrados comprados por R$ 100 mil, e 15 mil metros quadrados foram desapropriados pela Prefeitura por R$ 15 milhões. Lá, também, a Prefeitura comprou R$ 10 milhões em anticoncepcionais subcutâneos, que não têm aceitação entre a população. Além disso, há um número excessivo de temporários – e a informação que estamos investigando é que seriam 7 mil, no ano passado”, destacou.

Medrado também salientou as irregularidades encontradas em Ponta de Pedras, na ilha do Marajó: “Lá, a prefeitura abriu um orçamento e precisava de uma lei, para justificar. E como não havia, ela apresentou uma lei falsa, falsificando, inclusive, as assinaturas de dois vereadores”.

O procurador, que realiza “uma verdadeira auditagem” em todos os municípios, já concluiu as investigações em cinco deles: Curuçá, São João de Pirabas, Igarapé-Miri, Ponta de Pedras e Marabá.

Em Marabá, no Sudeste paraense, o problema encontrado foi a falta de informações, ou dificuldade de acesso a elas, do portal da Transparência – uma irregularidade que atinge a maioria das prefeituras paraenses. 

R$ 3,5 bilhões em informações 
Segundo um estudo da Faculdade de Ciências Contábeis, Controladoria Geral da União (CGU) e Observatório Social de Belém, 92 cidades (ou 64% dos 144 municípios paraenses) nem sequer possuem um portal da Transparência.

Aliás, por incrível que pareça, 33 municípios não possuem nem mesmo um mísero site.

Apenas 6 municípios possuem um Serviço de Informação ao Cidadão (SIC) eletrônico, como determina a Lei: Brasil Novo, Rio Maria, São Domingos do Araguaia, Igarapé-Açu,São João de Pirabas e Chaves.

Apenas 10 cumprem a determinação legal de disponibilizar os editais licitatórios no site: Tucumã, São Domingos do Araguaia, Floresta do Araguaia, Santarém, Tailândia, Abaetetuba, Colares, Irituia, Nova Timboteua e Santarém Novo.

Apenas 5 colocam no site o resultado das licitações: Tailândia, Cachoeira do Piriá, Iguarapé-Açu, São Miguel do Guamá e Novo Progresso.

O estudo, realizado entre outubro e dezembro do ano passado, demonstra que nenhum município paraense cumpre integralmente a Lei de Acesso à Informação, apesar de ela já estar em vigor desde maio de 2012; e de a Lei Complementar 131 (que manda disponibilizar em tempo real informações detalhadas da execução orçamentária), data de 2009 e estar em vigor, para todos os municípios brasileiros, desde maio de 2013.

Os pesquisadores salientam que apenas alguns dos itens exigidos pela Legislação entraram nesse estudo, que também não abordou a qualidade das informações já disponibilizadas eletronicamente.

O resultado é angustiante: são mais de R$ 3,5 bilhões de recursos administrados pelas prefeituras sobre os quais a sociedade não possui informações da receita e despesa, já que inexistem portais da Transparência.

Pior: esses R$ 3,5 bilhões incluem apenas o dinheiro que elas recebem através da Secretaria do Tesouro Nacional(STN) e do Fundo Nacional de Saúde (FNS).

Ou seja: não incluem recursos, por exemplo, do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), do Ministério da Educação (à exceção do Fundeb, que está incluído nesses R$ 3,5 bilhões); de transferências voluntárias (convênios) federais e estaduais; os recursos arrecadados diretamente, como é o caso do Imposto Sobre Serviços (ISS) e por aí vai.

Desses R$ 3,5 bilhões, quase 34% (ou mais de R$ 1,2 bilhão) correspondem aos municípios que não possuem nem mesmo um site, ou seja, onde inexiste qualquer informação por meio eletrônico.

'Portfólios' de empresas fraudulentas
Nelson Medrado salienta que os portais da transparência e a ajuda da população são “a primeira forma de combater a corrupção”.

E observa: “Quando a gente fala em erário, as pessoas pensam em dinheiro sem dono. Mas esse dinheiro, na verdade, é nosso. Não existe dinheiro ‘público’: ele sai do nosso bolso. E eles (os prefeitos) se apropriam desse dinheiro na cara dura. Era pra ter merenda, município bem estruturado, vem dinheiro para o transporte escolar. E a população, às vezes, não tem a percepção de que o prefeito está roubando e que esse dinheiro faz falta para a cidade”.

Segundo ele, serão ajuizadas ações contra todos os prefeitos que tiverem cometido irregularidades. Além disso, avisa Medrado, “vamos pressionar para que eles coloquem no ar os portais da Transparência”.

Outra prioridade, comenta, tem de ser a especialização do MP: “Essa macrocriminalidade contra a administração pública está se especializando. Já existem até escritórios que possuem 'portfólios' de empresas que eles 'emprestam' para licitações. É uma coisa organizada. E a gente tem de se especializar, porque, se não, vamos é acabar perdendo pra eles”.

Fonte: A Perereca da Vizinha, 09/04/2015

Com 288 sites em seu nome, Eduardo Cunha monopoliza domínios religiosos

Presidente da Câmara registrou "Crente Urbano" e "Facebook Jesus"

Correio Braziliense, 09/04/2015

O deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, tem 288 domínios de sites registrados em seu CPF. A lista completa foi divulgada, nesta quinta-feira, no site Pastebin, que concentra vazamentos de informações digitais. A maior parte dos endereços tem conotação religiosa.

Das 288 páginas vinculadas a Cunha, 175 têm Jesus na URL. O nome surge ao lado de redes sociais conhecidas, tais como youtubejesus.com.br, facebookjesus.com.br e gmailjesus.com.br. Sites de compras coletivas também ganharam versão religiosa. É o caso docrenteurbano.com.br e do shoppingjesus.com.br.

Os domínios estão registrados como propriedade do presidente da Câmara dos Deputados no Registro.br, órgão que controla o cadastro dos endereços brasileiros na internet.

Nenhum destes sites, porém, apresenta conteúdo. O único endereço ativo é o oficial do parlamentar, portaleduardocunha.com.br. A página reúne notícias, discursos e propostas de Cunha.

Custo alto

Manter o domínio sobre as páginas não é barato. As empresas mais populares do Brasil cobram entre R$ 25 e R$ 30 anuais para deixar os sites em posse do usuário. Na prática, portanto, Eduardo Cunha gasta de R$ 7,1 mil a R$ 8,6 mil ao ano por endereços comocrentecompra.com.br e fenodesconto.net.br. 

Manter, comprar e vender domínios é atividade comum entre criadores e desenvolvedores de websites. Normalmente, os compradores adquirem os endereços para reservá-los para o futuro ou manter um domínio inutilizável por outra pessoa. Desta forma, ninguém, além de Cunha, poderia ativar as páginas.

Até a publicação desta nota, às 16h de quinta-feira (9/4), a assessoria do parlamentar não havia se manifestado.

Lava Jato prende ex-deputados e passa a investigar crimes na Caixa e na Saúde

Polícia Federal deflagrou 11ª fase da operação nesta sexta-feira (10). Irregularidades ocorreram em contratos de publicidade, segundo investigação.

Os ex-deputados André Vargas (sem partido), Luiz Argolo (SD/BA) e Pedro Correa (PP/PE) 

A Polícia Federal (PF) afirmou que a 11ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada nesta sexta-feira (10), investiga fraudes que vão além da Petrobras. Existem indícios de irregularidades em contratos publicitários da Caixa Econômica Federal (CEF) e do Ministério da Saúde.

Sete pessoas foram presas, entre elas três ex-deputados: Luiz Argôlo (SDD-BA), Pedro Corrêa (PP-PE) e André Vargas (sem partido), Leon Vargas, irmão do ex-deputado paranaense, preso em Londrina; Élia Santos da Hora, secretária de Argôlo, presa em Salvador; Ivan Mernon da Silva Torres, ex-assessor de Pedro Corrêa, preso em Niterói; Ricardo Hoffmann, diretor de uma agência de publicidade em Curitiba, foi preso em Brasília.

De acordo com a Polícia Federal, a agência de publicidade dirigida por Ricardo Hoffmann – um dos presos – era contratada pela Caixa e pelo Ministério da Saúde.

Ela fazia subcontratações de fornecedoras de materiais publicitários que eram de fachadas e tinham como sócios André Vargas e seu irmão, Leon Vargas.

"O Ministério da Saúde e a Caixa Econômica contratam uma empresa de publicidade. Ela subcontrata empresas em que o Leon e o André são sócios. Essas empresas não existem fisicamente e recebem um percentual equivalente a 10% do contrato firmado com a empresa principal. Então, nos leva a crer que, provavelmente, seja um percentual a ser desviado para agentes públicos", explicou o delegado federal Igor Romário de Paula.

Lavagem de dinheiro
Como não havia prestação de serviço, estas contratações eram realizadas apenas, conforme os delegados, para a lavagem de dinheiro.

“Ainda é cedo, não dá para estimar [os prejuízos]. Precisamos dos resultados das buscas de hoje”, disse o delegado federal Márcio Ancelmo Lemos. As irregularidades começaram entre 2010 e 2011 e se estenderam até 2014.

A polícia diz que, a princípio, esse caso não tem ligação com o esquema descoberto na Petrobras. De alguma forma, porém, todos os suspeitos têm ligação com o doleiro Alberto Youssef, apontado como o líder do esquema bilionário de corrupção, desvio e lavagem de dinheiro na estatal.

"Essas investigações ainda vão prosseguir por muito tempo porque, pelos dados já levantados, nós temos um indicativo de fraudes, como nós suspeitávamos, fora da Petrobras também", acrescentou Lemos.

Respostas dos órgãos
Em nota, a Caixa Econômica Federal informou que abrirá apuração interna para averiguar os fatos revelados pela Polícia Federal nas investigação da Operação Lava Jato.

"A Caixa reitera que colaborará integralmente com as investigações e informa que encaminhará imediatamente todos os contratos relacionados às empresas citadas à Controladoria Geral da União, Polícia Federal e Ministério Público", diz o texto completo.

Em nota, o Ministério da Saúde diz que "os contratos para a realização de campanhas de utilidade pública cumprem todos os requisitos exigidos na legislação de licitação". A pasta diz que a última concorrência pública ocorreu em 2010 e selecionou quatro agências. "A partir das informações reveladas pela Polícia Federal nesta manhã, o Ministério da Saúde abriu apuração interna para analisar as denúncias de irregularidades e avaliar as medidas cabíveis", diz o texto.

O ministério afirma ainda que as informações dos contratos, do período investigado, serão encaminhados para Controladoria Geral da União e PF e ficarão à disposição de outros órgãos de controle, como Tribunal de Contas da União e Ministério Público.

Presos
Os presos na 11ª fase da Lava Jato serão trazidos para a superintendência da PF em Curitiba até o final da noite desta sexta-feira, segundo o delegado Igor Romário de Paula. 

Defesas
O advogado João Gomes Filho, que representa os irmãos André e Leon Vargas, afirmou que irá para Curitiba, para ter acesso aos autos e conhecer os motivos das prisões.

Filho adiantou que, durante o fim de semana, vai preparar o pedido de habeas corpus de André Vargas, que tem prisão preventiva. Já Leon Vargas foi preso temporariamente.

A prisão temporária tem prazo de cinco dias, podendo ser prorrogada pelo mesmo período. Já a prisão preventiva não tem prazo pré-definido.


11ª fase
Além dos mandados de prisão, 16 de busca e apreensão foram expedidos pela Justiça. Até as 11h30, apenas dois ainda não tinham sido cumpridos. Nove mandados de condução coercitiva, quando a pessoa é levada para prestar depoimento, também foram cumpridos nesta manhã.

Esta fase da operação foi batizada de "A Origem". O nome, segundo a PF, se deu em virtude do cumprimento de dois mandados em Londrina, cidade onde morava Alberto Youssef e onde iniciaram as investigações da Lava Jato. Segundo o Ministério Público Federal, o doleiro Youssef é ponto em comum nas investigações.

"Em resumo, a 11ª fase abrange três grupos vinculados a ex-agentes políticos. Em alguns casos já existiam investigações em andamento aqui em Curitiba", disse o delegado Márcio Ancelmo Lemos.

Suspeitas
André Vargas teve o nome citado na Lava Jato quando se tornou pública, em 2014, a informação de que ele usou um avião alugado pelo doleiro Alberto Youssef.

Mais tarde, veio a público também a denúncia de que Vargas havia feito tráfico de influência no Ministério da Saúde a favor de uma empresa que teria ligação com Youssef, o Labogen.

Em nota, o Ministério da Saúde informa que não firmou contrato com o Labogen. "Em 2013, ao tomar conhecimento do relatório da Polícia Federal sobre a Operação Lava Jato, o Ministério imediatamente suspendeu o termo de compromisso selado com o Laboratório da Marinha, antes mesmo da assinatura de contrato ou de qualquer repasse de recursos públicos", diz o texto.

Depois das denúncias, Vargas renunciou ao cargo de vice-presidente da Câmara e se desfiliou do PT. Em dezembro de 2014, o plenário votou pela cassação dele. Nesta sexta, o ex-deputado foi detido na casa dele em um condomínio de alto padrão de Londrina, no norte do Paraná.

A acusação que recai sobre o ex-deputado Pedro Corrêa, já condenado na ação penal do mensalão, é de que ele tenha recebido valores diretamente de Alberto Yousseff. A investigação descobriu também uma variação patrimonial sem cobertura, ou seja, sem renda compatível.

Quanto a Argôlo, a suspeita é de emissão fraudulenta de notas e ele também é sócio de Youssef em algumas empresas de fachada.

Fonte: G 1 PR, 10/04/2015

Liminar do TSE garante retorno da prefeita de Belterra ao cargo

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) concedeu uma liminar cautelar, por volta das 15h de hoje (9), permitindo que Dilma Serrão (PT – foto) retorne ao cargo de prefeita de Belterra.

decisão do ministro Admar Gonzaga

Dilma estava afastado do cargo desde terça-feira (7),após decisão do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Pará rejeitando os embargos de declaração ajuizado pela defesa da petista.

O TRE cassou o mandato de Dilma e do vice-prefeito por suposto crime eleitoral cometido na eleição de 2012. O segundo colocado do pleito, Doutor Macêdo (DEM), assumiu o cargo.

Conforme o advogado Dilton Tapajós, a prefeita vai aguardar a notificação da decisão à Justiça Eleitoral em Santarém para reassumir o cargo, o que pode ocorrer amanhã (10) ou na segunda-feira (13).

Pra evitar a gastança com advogados, os dois deveriam combinar de fazerem rodizio na Prefeitura de Belterra.


Fonte: blog do Jeso, 09/04/2015

Esquema envolvendo André Vargas se assemelha a mensalão, diz MPF

Os investigadores da Lava-Jato afirmam que uma agência de publicidade, que detinha contas do Ministério da Saúde e da Caixa Econômica Federal, repassava valores para outras duas empresas. Em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (10/4), os investigadores afirmaram que o ex-deputado André Vargas fazia parte do quadro societário de uma delas e o irmão dele de outra.

Ainda segundo os investigadores, os serviços contratados não eram prestados. O Ministério Público Federal sustenta que o esquema se assemelha ao que foi usado no mensalão.

Em relação a Pedro Corrêa, foram identificados pagamentos diretos para eles e pessoas próximas. São depósitos diretos em conta. Contra os ex-deputado Luiz Argôlo, a operação identificou produção fraudulenta de notas. Ele também teria recebido valores suspeitos. A investigação descobriu que o ex-parlamentar é sócio do doleiro Alberto Youssef numa empresa de locação de equipamentos.

A PF deflagrou nesta sexta-feira a 11ª fase da Operação Lava-Jato, em seis estados brasileiros e no Distrito Federal. A ação, intitulada “A Origem”, cumpre sete mandados de prisão, 16 de busca e apreensão e nove de condução coercitiva. Entre os conduzidos estão os ex-deputados André Vargas, Luiz Argôlo e Pedro Corrêa, que já cumpre prisão em regime semiaberto pelo mensalão do PT.

Valor recuperado

Os procuradores da força-tarefa da Lava-Jato informaram que, até o momento, R$ 1 bilhão desviado da Petrobras deve voltar aos cofres da estatal. Eles explicaram que todas as medidas para a devolução do dinheiro já estão sendo tomadas. Desse total, R$ 500 milhões foram recuperados com a renúncia dos colaboradores que aceitaram devolver os recursos. A outra metade é proveniente de bens apreendidos durante a Lava-Jato. 

"Estamos pedindo ao Judiciário os valores que houve a renúncia dos colaboradores. Uma parte deve voltar para a Petrobras. Estamos caminhando. Estamos falando em R$ 1 bilhãos em ressarcimento. Isso ainda é pouco perto do que foi desviado", afirmou o procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima.

Fonte: Correio Braziliense, 10/04/2015

Categoria da educação estadual rejeita proposta do governo Jatene e mantém a GREVE

Nova assembleia em 16/04, na EE. Cordeiro de Farias em Belém

A assembleia geral dos trabalhadores em educação realizada na manhã desta quinta-feira (09.04) aprovou manutenção da GREVE. Foi avaliada a proposta apresentada durante a desgastante reunião na Sead, que só ocorreu depois do ato em frente ao Seducão.

O Comando de Greve (CG) parabenizou a coragem e resistência da comunidade escolar nas ações da greve, que ocorrem de forma mais intensificada desde o último dia 25. 03. O ato contou com participação de representantes de todas as regionais do Sintepp. Atualmente mais de 108 municípios permanecem paralisados.

O governo enviou a polícia para negociar com educação pública no Seducão (as entradas da Seduc estavam bloqueadas pela polícia de Jatene), o que provocou uma situação que veio a dificultar ainda mais construção de um consenso para finalização da greve.

Frente a um clima de forte tensão, se considerarmos que esta greve conta com forte adesão do interior, o governo voltou a afirmar que existem pontos que só serão dirimidos mediante suspensão da greve (a categoria pensa diferente).

Infelizmente, neste momento não existe outra ação para o momento que não a radicalização, seja através de aulas públicas, atos e mobilizações. Afinal se não houvesse uma greve em 2011, ainda amargaríamos a pauta do não pagamento do piso nacional (que ainda tem seu retroativo pago em parcelas basicamente imperceptíveis em nossos contracheques).

O Sintepp observa ainda que a greve sempre é o último recurso, no entanto o governo protelou demais a resolução de pontos que consideramos primordiais para a garantia de uma educação pública, com qualidade social e valorização profissional.

Observe o resumo das propostas do governo:

PISO SALARIAL
Segundo o governo será pago ainda em abril, com aumento imediato de 13,01%, relativo ao reajuste fixado pela lei do piso nacional. Quanto ao RETROATIVO (janeiro a abril) o governo afirmou que pagará a primeira parcela a partir do mês de maio. A categoria espera que Jatene não repita a morosidade observada no pagamento do retroativo do piso de 2011 que nem sequer chega a ser percebido nos contracheques e só veio a ser pago depois da greve de 2013.

REFORMA DAS ESCOLAS
Mais uma vez a comissão lembrou o governo que esta greve não considera apenas pautas econômicas. Ainda que a disposição para o exercício das aulas seja o maior compromisso social de nossa categoria, visto que além de ser nossa função de trabalho convivemos diariamente com a comunidade escolar, afinal somos a comunidade escolar. O Sintepp voltou a expor as denúncias de impossibilidade de garantia do ano letivo observadas, por exemplo, em escolas que não apresentam nenhuma condição de trabalho.

Representantes do interior e da capital do estado comprovaram ao governo que não existe possibilidade de falar em qualidade de ensino enquanto a maioria das escolas nem sequer puderam iniciar o ano letivo em 09.03 como fora estabelecido, pois apresentam problemas básicos como alagamentos, obras mal acabadas, falta de espaços para exercício de atividades pedagógicas previstas na LDB e etc.

Depois de esvaziar todas as possibilidades do falecido “pacto pela educação” o governo só conseguiu justificar que ainda analisa junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) os tramites burocráticos para a liberação de recursos.

Segundo Helenilson Pontes no momento apenas de 100 escolas aguardam finalização do processo licitatório para início das reformas. O governo disse que divulgará no site da Seduc a relação nominal das escolas. As demais serão concluídas a médio e longo prazo. O Sintepp cobrará, e solicita que a categoria continue nos enviando denúncias.

PCCR UNIFICADO
A comissão lembrou que o Sintepp já finalizou sua parte junto a comissão de trabalho e aguarda que o governo encaminhe a proposta para aprovação na ALEPA. No período de 10 a 17. 04 comissões avaliarão as especificidades das carreiras previstas no PCCR. A última revisão da lei data de 2010.

JORNADA
O governo apresentou a posição de aplicar, já neste ano, o percentual de 33,3% de hora atividade na jornada. Isso significaria aumentar em mais 8,33% o percentual que hoje é de 25%. Com isso, o governo aplicaria a integralidade de 1/3 de hora atividade, conforme a regulamentação da jornada e conforme a lei do piso.

Entretanto, o governo não recuou de sua posição de impor a lotação sem garantir as aulas suplementares de maneira objetiva e transparente.

Em sua fala, o secretário de educação diz que sempre haverá necessidade de aulas suplementares, porém, não há garantia nenhuma de como ela será ofertada e quais os critérios para sua disponibilização. O governo propõe que nossa categoria aceite suas propostas sem nenhuma garantia.

Pior que isso, mesmo com um acordo judicial estabelecido na greve passada, e mesmo com a lei nº 8030/14, que regulamentou nossa jornada e aulas suplementares, ambos apontando para a redução paulatina das aulas suplementares, com a limitação da extrapolação em 220h, o governo mantém sua posição intransigente em reduzir abruptamente a lotação de nossa categoria.

Por tudo isso, nossa categoria permanece não aceitando tais imposições que resultam em perda. O Sintepp continuará lutando para que o governo garanta a lotação com base na portaria de 2014, estabelecendo uma negociação real sobre a redução gradativa das aulas suplementares, garantindo que nenhum efetivo tenha baixa de carga horária para abrir espaço para contratações temporárias.

CONCURSO PÚBLICO
Segundo o governo a comissão foi escolhida e o mesmo será realizado ainda este ano para que sejam convocados até 2016. O Sintepp destacará representantes para acompanhar o andamento e cobrará que sejam ofertadas vagas para todas as áreas previstas no PCCR.

ALIMENTAÇÃO ESCOLAR (MERENDA)
O governo diz que o processo de distribuição está normalizado e que espera até o final deste mês (abril) concluí-lo. Porém existem denúncias de má qualidade na oferta, por isso o sindicato ressalta que continuará atuando criticamente junto ao Conselho de Alimentação Escolar.

Os demais pontos da pauta seguem em negociação. 

Fonte: Sintepp, 09/04/2015 

O analfabeto político, a política e a fé

O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, não participa dos acontecimentos políticos, ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio depende das decisões políticas.

O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política.Não sabe que da sua ignorância nasce a prostituta, o menor abandonado, o assaltante e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e o explorador das empresas nacionais e multinacionais (Bertold Brech).

Por outro lado, me contrapondo aqueles que dizem que o seguidor de Cristo não pode participar de política, entendo que deveríamos cortar uma grande parte da Bíblia. Os profetas, por exemplo, são os grandes comentadores da política de seu tempo.

Muita gente pensa que os profetas só anunciam o futuro, mas o que os profetas da Bíblia faziam, era olhar bem o presente. Se algum governante não servia bem ao povo, eles denunciavam logo. Para a Bíblia, o grande sinal de fidelidade à aliança feita com Deus, era a justiça, o entendimento dos pobres. Nesse sentido, vamos ouvir o que tem a nos dizer o profeta Ezequiel, capítulo 34, ver 2-4: 

"Ai dos pastores de Israel, que são pastores de si mesmo! Não é dos rebanhos que os pastores deveriam cuidar? Vocês bebem o leite, vestem a manta, matam as ovelhas gordas, mas não cuidam do rebanho. Vocês não procuram fortalecer as ovelhas fracas, não dão remédios para as que estão doentes, não curam as se machucaram, não trazem de volta as que se desgarraram e nem procuram aquelas que se extraviaram. Pelo contrário vocês dominam com violência e opressão".

Terceirizada, mulher de Eduardo Cunha processa Rede Globo e ganha ação

Enquanto Eduardo Cunha quer implantar a terceirização no Brasil, sua esposa põe a Globo na justiça para deixar de ser terceirizada e vence no STF

A mulher do presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), jornalista Cláudia Cordeiro Cruz, ex-apresentadora da TV Globo que prestava serviços como terceirizada, ganhou ação no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em 2008, obrigando a empresa da família Marinho a contratá-la com carteira assinada e com todos os direitos trabalhistas.

Entre 1989 e 2001 Cláudia Cordeiro Cruz foi repórter e apresentadora do Jornal Nacional, Jornal da Globo, Bom Dia Rio, Jornal Hoje, RJ TV e Fantástico. 

Segundo o Portal da Imprensa, publicação voltada para o mundo da comunicação, na sentença o TST informou que a jornalista teve de criar uma empresa (C3 Produções Artísticas e Jornalísticas) para prestar serviços à TV Globo. Em julho de 2000, após vários contratos de “locação de serviços”, a emissora informou que o acordo com Cláudia não seria renovado, após ela ter sofrido uma faringite, considerada doença ocupacional.

A jornalista entrou com ação trabalhista pedindo vínculo de emprego e ressarcimento das despesas e indenização por danos morais, já que passou por uma cirurgia em razão da faringite e nenhuma despesa foi paga pela emissora da família Marinho.

O TRT do Rio de Janeiro reconheceu a existência de vínculo empregatício, uma vez que a jornalista tinha de cumprir horário de trabalho e relação de subordinação com a Globo, condenando a emissora a registrar Cláudia em carteira de trabalho por todo o período de contrato, entre maio de 1989 e março de 2001. 

A Globo recorreu, mas o TST rejeitou a apelação, mantendo a decisão do tribunal fluminense.

Segundo o ministro do TST Horácio Senna Pires, relator do caso, a atitude da emissora “se tratava de típica fraude ao contrato de trabalho, caracterizada pela imposição feita pela Globo para que a jornalista constituísse pessoa jurídica com o objetivo de burlar a relação de emprego”.

Se o PL 4330, que Eduardo Cunha insiste em colocar em votação, existisse naquela época, sua mulher estaria desprotegida pela legislação e não poderia ter entrado com a ação judicial.

Fonte: Portal Metrópole, 09/04/2015