domingo, 30 de julho de 2023

TCU marca julgamento de pedido para suspender o salário pago pelo PL a Jair Bolsonaro

Área técnica do TCU sugeriu a rejeição do pedido de suspensão feito pelo subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado
Brasil 247, 30 de julho de 2023, 09:07 h
TCU e Bolsonaro (Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado | Alan Santos/PR)

O Tribunal de Contas da União (TCU) marcou para quarta-feira o julgamento do pedido do subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado para suspender o pagamento de salário de aproximadamente 40 mil reais pelo PL a Jair Bolsonaro. Na representação, o subprocurador sustenta que o pagamento de salário a Bolsonaro pode ir de encontro à decisão do TSE que declarou a inelegibilidade do ex-mandatário ´por um período de oito anos.

Segundo a coluna da jornalista Malu Gaspar, do jornal O Globo, a área técnica do TCU sugeriu à Corte de Contas a rejeição do pedido do representante do Ministério Público, argumentando que o órgão não tem competência para investigar o uso de recursos do Fundo Partidário, mas recomendou que, "eventuais irregularidades devem ser objeto de análise da Justiça Eleitoral".

“Dentro do TCU, a dúvida é se Zymler vai acatar a segunda sugestão da área técnica e encaminhar o pedido de investigação ao TSE e ao Ministério Público, o que poderia dar sobrevida ao processo em outras instâncias”, ressalta a reportagem.

sexta-feira, 23 de junho de 2023

Alckmin demonstra de forma didática o prejuízo bilionário que Campos Neto causa ao Brasil

"Você fica fazendo economia de um bilhão, meio bilhão, e acaba gastando aí quase R$ 200 bilhões em razão de ter uma taxa Selic nessa altura", disse ele

Brasil 247, 23/06/2023, 04:27 h Atualizado em 23/06/2023, 07:03
Geraldo Alckmin e Roberto Campos Neto (Foto: Reprodução | ABr)

O presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), Geraldo Alckmin, criticou, nesta quinta-feira (22), a decisão do Banco Central de manter os juros básicos da economia (taxa Selic) em 13,75% ao ano, mesmo com inflação em queda. Em uma declaração enfática, Alckmin destacou o prejuízo causado pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ao país.

Alckmin, que está no exercício da Presidência da República esta semana durante a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Europa, demonstrou de forma didática o impacto negativo da taxa Selic elevada. Ele ressaltou que cada 1% da taxa Selic custa R$ 38 bilhões de pagamento do serviço da dívida pública, e uma taxa 5% acima do que deveria estar resultaria em um custo de aproximadamente R$ 190 bilhões.

"Você fica fazendo economia de um bilhão, meio bilhão, e acaba gastando aí quase R$ 200 bilhões em razão de ter uma taxa Selic nessa altura", criticou Alckmin. Sua declaração evidencia o prejuízo significativo que a política monetária atual está causando às finanças públicas do país.

Alckmin também ressaltou que, mesmo durante a gestão de Roberto Campos Neto à frente do Banco Central, a taxa Selic já foi reduzida para 2% ao ano, o nível mais baixo da série histórica. Além disso, ele apontou que o atual cenário internacional de juros negativos e inflação em queda torna ainda mais difícil compreender a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter os juros básicos elevados.

Com uma inflação em declínio e expectativas de redução, Alckmin argumentou que a taxa Selic em patamares elevados acaba tendo um impacto fiscal negativo. Ele enfatizou que, se a preocupação é a dívida pública, não há nada pior do que manter a taxa de juros 

O presidente em exercício demonstrou claramente seu descontentamento com a decisão do Banco Central e evidenciou o prejuízo econômico e fiscal que o país está enfrentando devido à taxa Selic elevada. Suas palavras ressoam como um apelo por uma política monetária mais adequada às condições atuais do Brasil, buscando impulsionar a atividade econômica e garantir uma gestão fiscal mais eficiente.

"Amazônia é patrimônio ambiental, mas será também patrimônio econômico", diz Lula na cúpula de Paris

Presidente afirmou que o objetivo é preservar a floresta e reunir condições "para ajudar os povos que moram na floresta”

Brasil 247, 23/06/2023, 07:03 h Atualizado em 23/06/2023, 07:03
(Foto: Ricardo Stuckert | ABR)

"Amazônia é patrimônio ambiental, mas será também patrimônio econômico", diz Lula na cúpula de Paris · Ouvir artigo

O presidente Lula (PT) discursou na manhã desta sexta-feira (23) na Cúpula do Novo Pacto de Financiamento Global, em Paris, na França, e afirmou que seu objetivo é fazer da Amazônia "não apenas um patrimônio ambiental, mas um patrimônio econômico, para ajudar os povos que moram na floresta”.

"Nessa floresta brasileira temos 400 povos indígenas e 300 idiomas. E nessa mesma região enfrentamos muitas dificuldades: o garimpo, o crime organizado e pessoas de má-fé que querem tentar fazer com que nessa floresta se plante soja, milho, se crie gado, quando na verdade não é preciso fazer isso. Os empresários responsáveis sabem que isso é errado e que vai causar problemas muito sérios aos produtos que eles têm que vender a outros países", completou.

O presidente ainda reforçou o convite para que os líderes mundiais viajem a Belém (PA) para a COP30 em novembro de 2025. "Nós vamos realizar a COP30 em um país amazônico. Espero que todas as pessoas que prezam tanto pela Amazônia, que admiram tanto a Amazônia, que dizem que a Amazônia é o pulmão do mundo, espero que essas pessoas participem da COP no estado do Pará, para que tenham noção do que realmente é a Amazônia".

terça-feira, 11 de abril de 2023

Ipec: 39% dos brasileiros avaliam governo Lula como ótimo ou bom

A pesquisa mostrou ainda que 54% aprovam a forma como o presidente Lula governa

Brasil 247, 11/04/2023, 17:38 h Atualizado em 11 de abril de 2023, 17:49
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)


Pesquisa Ipec divulgada nesta terça-feira (11) aponta que 39% dos brasileiros avaliam a terceira gestão do presidente Lula (PT) como ótima ou boa, enquanto 30% a classificam como regular. Aqueles que a consideram ruim ou péssima somam 26%, e os que não souberam ou não responderam são 6%.

Em comparação com a pesquisa anterior, divulgada em 19 de março, a avaliação positiva do governo Lula caiu dois pontos percentuais, passando de 41% para 39%. Já a avaliação negativa aumentou dois pontos percentuais, de 24% para 26%.

54% dos entrevistados aprovam a forma como o presidente Lula governa, enquanto 37% desaprovam. Há ainda 9% que não souberam ou não responderam.

Segundo o Ipec, a avaliação ótima/boa da gestão de Lula é mais expressiva entre:

Os moradores da região Nordeste (55%);
Aqueles que têm renda familiar de até 1 salário-mínimo (53%);
Os menos escolarizados (47%) e
Os católicos (48%).

Já a avaliação ruim ou péssima se destaca entre:
Os residentes na região Sul (44%);
Brasileiros com renda familiar superior a 5 salários-mínimos (37%);
Os evangélicos (35%) e
Aqueles com renda de mais de 2 a 5 salários-mínimos (33%).

(Com informações do G1).

sexta-feira, 7 de abril de 2023

Entenda o significado da Sexta-feira da Paixão de Cristo

É o dia em que se recorda a crucificação e morte de Jesus Cristo

Brasil 247, 07/04/2023, 05:16 h Atualizado em 07/04/2023, 05:51
...A Paixão de Cristo é o maior exemplo de amor e postura ética e moral que a humanidade teve o privilégio de conhecer, pois, por intermédio Daquele que foi mortificado, os homens e as mulheres puderam conhecer a Palavra (Foto: Davis Sena Filho)

A Sexta-feira da Paixão, também conhecida como Sexta-feira Santa, é uma data muito importante para os cristãos em todo o mundo, especialmente para os católicos. É o dia em que se recorda a crucificação e morte de Jesus Cristo, o filho de Deus, conforme relatado na Bíblia.

De acordo com a narrativa bíblica, Jesus foi traído por um de seus discípulos, Judas Iscariotes, e entregue aos líderes religiosos judeus para ser julgado. Ele foi condenado à morte pelo governador romano Pôncio Pilatos, que cedeu à pressão das autoridades judaicas e da multidão que clamava por sua crucificação.

Jesus foi então torturado e crucificado no Monte Calvário, uma colina localizada fora das muralhas da cidade de Jerusalém. Segundo a tradição cristã, ele morreu na cruz por volta das 15 horas da tarde, após ter sido pregado nas mãos e nos pés.

A Sexta-feira da Paixão é, portanto, um dia de profundo luto e reflexão para os cristãos, que meditam sobre o sacrifício de Jesus por seus pecados e sobre o amor divino que o levou a oferecer sua vida pelos homens. Muitas igrejas realizam cerimônias e celebrações especiais neste dia, como a Via Sacra, que consiste em percorrer os 14 momentos da paixão de Cristo até a sua crucificação, e a adoração da Cruz, em que se venera a cruz em que Jesus foi crucificado. É também um dia de jejum e abstinência para os católicos, que se abstêm de carne e fazem uma refeição frugal.

Lula vai propor a Xi Jinping que promova diálogo com Putin sobre a guerra na Ucrânia

O presidente brasileiro diz que China tem “potencial extraordinário” para dialogar

Brasil 247, 07/04/2023, 04:54 h Atualizado em 07/04/2023, 06:35
Luiz Inácio Lula da Silva e Xi Jinping (Foto: Reuters)

O presidente Lula afirmou nesta quinta-feira (6), que quer discutir com seu homólogo chinês Xi Jinping sobre a possibilidade de o país asiático promover um diálogo com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, pelo fim da Guerra na Ucrânia. “Nós não concordamos com a invasão da Rússia à Ucrânia. Estou convencido que tanto a Ucrânia quanto a Rússia estão esperando que alguém de fora fale: vamos sentar para conversar”, disse Lula.

“E por que eu quero sentar para conversar com o Xi Jinping? É porque eu acho que a importância econômica, militar e política da China e a relação da China com a Rússia, e até mesmo a divergência da China com os Estados Unidos dá à China um potencial extraordinário para conversar”, acrescentou.

Sobre o conflito na Ucrânia, Lula destacou o posicionamento contrário e disse que quer propor a Xi Jinping a criação de um grupo de países pela paz na região. “A China tem peso, o Brasil tem peso. Eu acho que a Indonésia pode participar, a Índia pode participar. Vamos lá conversar com o Putin, vamos conversar com o [presidente da Ucrânia] Zelensky, vamos conversar com o [presidente dos Estados Unidos] Biden. Vamos tentar ver se encontramos um grupo de pessoas que não se conforme com a guerra. Não é necessário ter guerra”.

Lula viaja na terça-feira (11) para a China.

quinta-feira, 6 de abril de 2023

Documento oficial desmente versão de Bolsonaro sobre escândalo das joias sauditas

Bolsonaro disse ter tomado conhecimento das joias um ano após a retenção da Receita Federal, mas um documento oficial aponta que ele tentou reaver os itens três dias após o fato

Brasil 247, 06/04/2023, 14:32 h Atualizado em 06/04/2023, 14:51
(Foto: ABR | Reprodução)

247 - Um documento oficial desmente a versão contada por Jair Bolsonaro no depoimento que prestou à Polícia Federal, na quarta-feira (6), no âmbito do inquérito das joias sauditas que foram introduzidas ilegalmente no país por membros de uma comitiva oficial e que ele tentou se apropriar. Em seu relato, o ex-mandatário disse ter tomado conhecimento do estojo de joias, avaliado em cerca de R$ 16,5 milhões, que havia sido apreendido pela Receita Federal no dia 26 de outubro de 2021, apenas em dezembro de 2022.

Um ofício do gabinete da Presidência da República, porém, foi enviado ao ministério de Minas e Energia apenas três dias depois da apreensão dos itens, solicitando que os objetos fossem encaminhados para que pudessem ser incorporadas ao "acervo privado do Presidente da República ou ao acervo público da Presidência da República".

As joias foram retidas pela Receita durante a revista de uma mochila em poder de um assessor do então ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque.

“No depoimento desta quarta-feira, o ex-mandatário afirmou, de acordo com relato de uma pessoa que o acompanhou no depoimento, que acionou o ajudante de ordens para verificar a situação das joias em Guarulhos para tentar evitar um vexame diplomático de o presente dado por outra nação ser levado a leilão”, ressalta o jornal O Globo.

Em seu relato aos investigadores, Bolsonaro disse não se recordar quem o teria informado sobre as joias que haviam sido retidas pela alfândega do Aeroporto Internacional de Guarulhos. Ele também negou ter praticado qualquer irregularidade na tentativa de reaver os objetos de alto valor.

domingo, 2 de abril de 2023

"É fundamental recuperar as empresas brasileiras de engenharia", diz Florestan Fernandes Júnior

“É fundamental reparar um erro grave que foi cometido no país”, diz ao lembrar que o próprio Papa Francisco citou em recente entrevista que o Brasil foi vítima de lawfare.

Brasil 247, 02/04/2023, 12:55 h Atualizado em 02/04/2023, 12:55

O jornalista Florestan Fernandes Júnior participou do programa Bom Dia 247 neste domingo (2) e comentou a respeito do editorial do site Brasil 247 deste domingo, intitulado “STF deve reparar a devastação da Lava Jato”, indicando o rombo bilionário que a operação causou ao país.

Em sua fala, Florestan destaca que é “fundamental reparar um erro grave que foi cometido no país”, ao lembrar que o próprio Papa Francisco citou em recente entrevista à mídia argentina que o Brasil foi vítima de lawfare, reféns dos interesses dos EUA.

“Não é atoa que a primeira agenda de Moro enquanto ministro da Justiça é participar de uma agenda junto com Bolsonaro na CIA, nos EUA”, relembra.

Florestan indica que reverter o rombo causado pela Operação passa por recuperar as empresas brasileiras de engenharia. Em sua visão, combater a corrupção das empreiteiras não é argumento para falir empresas estratégicas nacionais.

STF deve reparar a devastação da Lava Jato

É urgente rever os acordos de leniência e as multas impostas às construtoras, como pede a ADPF de autoria do Psol, do Solidariedade e do PCdoB

Brasil 247, 02/04/2023, 05:23

É da maior relevância para o país a possibilidade aberta pela entrada, junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), da ação para suspender as indenizações e multas impostas em todos os acordos de leniência celebrados entre o Estado e empresas investigadas durante a Operação Lava-Jato.

A Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), de autoria do Psol, do Solidariedade e do PCdoB, pede o reconhecimento de que os acordos foram celebrados "em situação de extrema anormalidade política-jurídica-institucional".

São chamados de "acordo", mas na verdade foram impostos por meio de "coação" exercida durante um "Estado de Coisas Inconstitucional".

Essa situação de exceção se instalou no país a partir da instalação da Operação Lava-Jato, sob o comando político e operacional do juiz Sérgio Moro, só depois declarado suspeito, e o procurador Deltan Dallagnol, este com mais de uma dezena de reclamações no Conselho do Ministério Público.

A ação pede a suspensão imediata, e com efeito retroativo das indenizações e multas impostas sobre empresas e indivíduos em decorrência dos acordos de leniência.

Assinada por um grupo de advogados identificados com a defesa das garantias da cidadania, a iniciativa dos três partidos da base aliada ao presidente Lula transcende os casos das pessoas físicas e jurídicas envolvidas na extorsão em cadeia que foi identificada como modus operandi da Lava-Jato.

Ela é uma oportunidade de reparação dos prejuízos e falências em cascata que levaram à destruição de setores inteiros da economia nacional.

Ainda está por ser aberto o sigilo decretado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos sobre sua participação na orientação da Lava-Jato, que envolveu inclusive a vinda de agentes estadunidenses ao Brasil com o fim específico de impulsionar a operação.

Importa saldar uma dívida do país consigo mesmo. Trata-se de restituir, ao menos em parte, as condições de funcionamento daquelas empresas e setores visados pela organização extorsionária de Curitiba.

Mais do que tudo é necessário fazer reviver essas empresas porque, em primeiro lugar, elas nunca deveriam ter sido penalizadas enquanto tais.

Menos ainda deveriam ter sido vítimas de um processo em massa de execuções empresariais sumárias.

Que fossem, sim, punidos eventuais crimes cometidos nas pessoas de seus sócios ou executivos.

Já as empresas deveriam ser intencionalmente preservadas, porque elas exercem função social inestimável, inscrita na própria Constituição, como geradoras de emprego e como irradiadoras de estímulos multiplicadores na miríade de interações com fornecedores e clientes.

Mais do que isso, empresas como a Petrobras e as do ramo da construção pesada são, em suas respectivas áreas, um repositório estatal e privado de expertises particulares muito raras de alcançar. O resultado do acúmulo de competências de mais de uma geração foi desfigurado, em questão de meses, por uma cáfila sequiosa de devastação, em busca de recursos bilionários, a serviço de si mesmos e de interesses inconfessáveis.

A destruição das empresas se deu sob o olhar cúmplice das instituições que deveriam zelar pela legalidade: o Judiciário e o próprio Estado. Acordos de leniência ad hoc, vicejavam selvagemente, sem regras, feitos por diversas instituições de Estado em competição, na terra sem lei que foi a Lava-Jato.

Felizmente vem sendo possível dar meia volta e reverter parte relevante dos efeitos desse sequestro da Justiça por interesses políticos que foi a Lava-Jato.

A ADPF visa dar ao STF e, por ele, ao país a oportunidade de reparar, ao menos parte dos estragos dessa mutilação do patrimônio nacional, na forma de suspensão dos pagamentos mas também de revisão dos acordos e mesmo de sua anulação, sem prejuízo do ressarcimento pleno pela União das empresas e pessoas gravadas ilegalmente.

Dever-se-ia examinar também a eliminação das consequências dos acordos exorbitantes. E empresas, por exemplo, deveriam ter restituídos seus certificados de idoneidade para se habilitar a voltar a disputar concorrências públicas e ter acesso a crédito.

Mais do que tudo, porém, o STF terá, ao examinar essa ADPF, a chance de olhar para o futuro e prospectivamente regular os entendimentos em torno da legislação dos acordos de leniência, de forma a evitar que sejam instrumento de lawfare.

Seria mais um passo no caminho do desmonte do "Estado de Coisas Inconstitucional". O país deve a si ao menos esse aprendizado, após período tão ruinoso.

Moro faz lobby contra as construtoras e o setor de engenharia no Brasil




Ex-juiz suspeito quer manter o projeto de destruição e subdesenvolvimento imposto ao País com a Lava Jato

Brasil 247, 02/04/2023, 05:12 h Atualizado em 02/04/2023, 05:23


Sérgio Moro (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

247 – O ex-juiz suspeito Sergio Moro, que se elegeu senador, protestou, na noite deste sábado, contra a proposta que renegocia as multas dos acordos de leniência impostas às construtoras brasileiras, que foram destruídas na Lava Jato. Tal ação de lawfare, condenada até pelo Papa Francisco, destruiu mais de 4 milhões de empregos no Brasil, paralisou praticamente todas as obras públicas, transformou engenheiros em motoristas de aplicativo e promoveu um golpe de estado no Brasil que mudou, para pior, o modelo econômico. De forma irônica, Moro disse que se trata de dar "picanha" às empreiteiras:

Em 2021, o estudo do Dieese “Implicações econômicas intersetoriais da operação Lava Jato” mostra que Brasil perdeu R$ 172,2 bilhões de reais em investimento no período de 2014 a 2017.

O montante que o país perdeu em investimentos é 40 vezes maior do que os recursos que os procuradores da força-tarefa da lavo jato do Paraná anunciaram ter recuperado e devolvido aos cofres públicos. No total, a Lava Jato contribuiu para exterminar cerca de 4,4 milhões de postos de trabalho.


A maneira como as denúncias eram feitas visava a desmoralização e a destruição da imagem de empresas, inclusive paralisando atividades, resultando em perda de postos de trabalho, apontou a Central Única dos Trabalhadores.

Somente no setor de construção civil, cerca de 1,1 postos de trabalho foram extintos. Mas os reflexos também se estendem a outros setores como comércio e serviços, transportes, alimentação e até mesmo, indiretamente, nos serviços domésticos.

Com os impactos negativos da redução de investimentos e do emprego, a massa salarial foi reduzida em cerca de R$ 85 bilhões

"O governo Lula depende crucialmente da economia", diz Paulo Nogueira Batista Júnior

"Estabilização democrática não enche barriga", lembra o economista

Brasil 247, 31/03/2023, 13:39 h Atualizado em 31/03/2023, 13:39
Paulo Nogueira Batista (à esq.) e Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | REUTERS/Agustin Marcarian)

247 – O economista Paulo Nogueira Batista Júnior afirmou, em entrevista ao jornalista Leonardo Attuch, editor da TV 247, que o adiamento da viagem presidencial à China não vai esfriar a relação Brasil-China. "O Brasil não escolherá nenhum lado na disputa entre Estados Unidos e China", disse ele, que também exaltou a escolha da ex-presidente Dilma Rousseff para comandar o banco dos BRICS. "Eu fui uma das pessoas que pediram à Dilma para aceitar o convite. Dilma vai interagir com os líderes dos países sócios e vai colocar pressão no corpo técnico para que o banco seja o que foi concebido para ser. O banco dos BRICS pode ser co-financiador de projetos de interesse no Brasil", apontou.

Na entrevista, ele afirmou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva precisa rapidamente trazer melhores resultados na economia. "O governo Lula depende crucialmente da questão econômica. Sem retomada econômica, o desgaste será muito grande. Os adversários do governo sabem disso e não veem com maus olhos a imobilização do governo", aponta. "A área econômica não está entendendo o tamanho do desafio. Várias oportunidades estão sendo perdidas. Uma delas foi a de rever a meta de inflação. O governo Lula não pode fazer indicações pífias para as diretorias do Banco Central", acrescenta.

Paulo Nogueira também disse que o governo Lula está gastando muita energia em coisas que dão muito trabalho e pouco resultado, como é o caso da reforma tributária. "A diretriz comum do governo deve ser tirar a economia do marasmo e é bom lembrar que estabilização democrática não enche barriga", diz ele. "A classe empresarial não vai trabalhar pelo sucesso do governo Lula. O capital financeiro é hostil ao crescimento", aponta.

O economista também fez um alerta. "Sempre achei Geraldo Alckmin como vice uma opção perigosa. A existência de um vice com o perfil do Alckmin é um chamariz para um novo golpe", diz ele. Na entrevista, ele afirmou que as empreiteiras brasileiras precisam ser resgatadas e disse que a mídia brasileira já está mostrando as garras.

segunda-feira, 27 de março de 2023

A grande mídia e Lula



O que a grande mídia faz é tirar a humanidade de Lula.

Lula não pode emocionar o povo e ter sentimentos.

Lula tem que ser mostrado como um ser egoísta, perverso, vingativo, mal caráter e digno de asco.

A grande mídia é uma organização criminosa que como as igrejas evangélicas, servem ao mercado. E atuam como mecanismo de destruição de reputação, focando sempre nas eleições.

O que Pedro Cardoso falou da CNN é o que sempre vimos na grande mídia e é exatamente o que vemos os pastores evangélicos fazerem nos cultos: uma lavagem cerebral regrada com músicas, discursos acalorados a lá Hitler.

E mesmo diante de tantos crimes praticados por esses segmentos, nada acontece.

Um pastor pode estuprar uma criança de seis meses que não vai acontecer escândalo e a igreja será poupada.

A matéria vai surgir em linha escondida em um parágrafo pequeno e nada mais.

Se fosse um esquerdista: o jornalista que noticiou o estupro da criança sentada e de voz mansa... Levantaria da cadeira, de olhos arregalados, pulando, gritando e daria a notícia mostrando revolta.

Temer pode se casar com uma mulher de vinte anos aos 70 anos que a mídia não vai encontrar nada de errado.

Mas se Lula se relacionasse com uma mulher de 30 aí a grande mídia se levantaria da cadeira para levantar questões diversas.

Assim Bolsonaro pode matar milhares, roubar jóias, aumentar combustíveis, destruir a economia, xingar a grande mídia, dizer que mataria a petralhada, usar crianças com armas, desfilar sem capacete nas motociatas, falar que pegaris criança de 12 anos, dizer que usava apartamento pago com dinheiro público para pegar a mulherada etc.

Tudo normal.

Essa hipocrisia midiática tem que acabar, pois não é democrática, honesta, decente, justa e é sim nociva a sociedade e responsável direta pelos crimes de ódio e intolerância.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

Se voltar ao Brasil, Bolsonaro irá diretamente do aeroporto para o hospital

Acerto já foi feito entre o líder dos atos terroristas de 8 de janeiro, que tem medo da cadeia, e seu oncologista Antônio Macedo

Brasil 247, 30/01/2023, 04:48 h Atualizado em 30/01/2023, 05:02
Jair Bolsonaro e Antônio Luiz Macedo (Foto: ABr | Divulgação)

Jair Bolsonaro, que liderou os atos terroristas de 8 de janeiro de 2023, irá diretamente do Aeroporto de Guarulhos para o hospital Vila Nova Star, caso regresse ao Brasil. O acerto já foi feito entre ele e o médico oncologista Antônio Macedo. Sempre que se vê em apuros, Bolsonaro se interna para supostamente tratar sequelas do evento ocorrido com ele em Juiz de Fora, no dia 6 de setembro de 2018.

"Jair Bolsonaro combinou com Antônio Macedo, o cirurgião que o operou da facada, que disponibilize um carro para levá-lo diretamente do aeroporto de Guarulhos ao hospital Vila Nova Star quando voltar dos EUA, para fazer a cirurgia que vai corrigir a alça que tem causado constantes episódios de suboclusão intestinal. De qualquer forma, é improvável que Bolsonaro retorne ao Brasil em fevereiro", informa o jornalista Lauro Jardim, do Globo.

Ou seja: a própria nota deixa claro que não há gravidade alguma no quadro de Bolsonaro, uma vez que ele não retornará em fevereiro. O que, por sua vez, aponta a possibilidade de que o hospital seja uma espécie de esconderijo legal. O filho de Jair, Flávio, disse que o pai talvez nunca mais regresse ao Brasil.

Infecção urinária indo e vindo?

Médico fala sobre infecção urinária de recorrência, cistite e até mesmo a incontinência urinária.


Estatisticamente, problemas na bexiga e uretra, como a incontinência, inflamação de recorrência e a cistite, são diagnosticadas em 72% das mulheres com mais de 50 anos (e 37% em mulheres com mais de 30 anos).

O mais perigoso dessa patologia é que sua progressão é rápida e causa uma série de complicações graves, que vão desde manchas e odores desagradáveis, até as dores indescritíveis e a perca total do controle urinário ou mesmo tumores.

Cientes dessa grave condição e da negligência no tratamento dessa patologia, pesquisadores americanos, buscavam há anos uma solução que bloqueasse o avanço dessas patologias. E somente agora, a descoberta do verdadeiro causador das infecções, incontinência e cistite, permitiu que um tratamento definitivo fosse desenvolvido.

Com eficácia de até 92% nas primeiras 3 semanas, o tratamento dispensa procedimentos invasivos e pode ser realizado em casa. Para falar sobre, entrevistamos o famoso urologista e ginecologista Dr. Carlos Emanuel Ortega, que deu várias dicas e trouxe uma solução incrível para esses problemas.

Como resultado, chegaram a uma combinação de ativos potencializados, que prometem recuperar a saúde e o controle do sistema urinário feminino, mas será isso uma realidade?

Para falar sobre o assunto, entrevistamos o famoso ginecologista e urologista Dr. Carlos Emanuel Ortega, que esclareceu sobre o tratamento e trouxe dicas infalíveis, de como tratar de verdade o problema da cistite, inflamação urinária recorrente e incontinência.

Para saber mais sobre a matéria, acesse o link: https://uromagazine.com/materia-dr-carlos-v1/?







quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

"Fake news" sobre o BNDES voltam a circular: é mentira que banco público financia países


COMBATE À MENTIRA

Ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta vai às redes combater desinformação bolsonarista

Redação Rede Brasil Atual24 de Janeiro de 2023 às 18:29

BNDES tem função estratégica para o país - Agência Brasil

Uma das fake news favoritas surgidas no bolsonarismo é a de que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) "financia" países (de preferência totalitários), em prejuízo da economia brasileira. O ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, foi nesta terça-feira (24) às redes sociais para comentar o assunto, afirmando que “sobra desinformação” a respeito.

"O que é feito pelo BNDES é o financiamento para exportação de serviços de empresas brasileiras, com agregação de valor e geração de empregos qualificados no Brasil".

Assim, o banco não trata de financiamento a países, observa o ministro. "O BNDES financia a empresa brasileira exportadora, não financia outro país!", ressalta Pimenta. "Não existe risco de calote, uma vez que a garantia do pagamento são os recebíveis dos importadores, se eles não pagarem, o seguro cobre este prejuízo".

Obra de ficção

Com isso, emenda o titular da Secom, "dizer que o Brasil financia obras no exterior não passa de uma obra de ficção, uma vez que o financiamento é feito para a empresa brasileira que vai exportar e gerar empregos aqui".

O próprio banco lembra que não empresta dinheiro a países, mas a empresas, muitas realizando obras em diversos países, com retorno em dólares para o Brasil. Na área de engenharia, por exemplo, o BNDES financia operações para obras no exterior desde o final dos anos 1990.

BNDES desmente boato

Informe de 2019 do próprio BNDES – ou seja, no governo Bolsonaro – mostra que o maior volume de financiamento, no período 1998 a 2017, está longe de ser uma "ditadura socialista", como repetem os bolsonaristas. O principal destino são os Estados Unidos, com US$ 17 bilhões. Depois vêm Argentina (US$ 3,5 bilhões), Angola (US$ 3,4 bilhões), Venezuela (US$ 2,2 bilhões) e Holanda (US$ 1,5 bilhão). No total, são mais de 40 países.

Os próprios resultados do banco, disponíveis no site da instituição, mostram lucro líquido em todos os anos ao longo dos governos Lula e Dilma (2003 a 2015, ano anterior ao golpe que tirou a presidente do cargo).

BNDES financiar obras em outros países é sim bom negócio


Artigo de José Paulo Kupfer

Uol, 24/01/2023, 14h38

Além da polêmica da moeda comum, o presidente Lula lançou outra, na viagem à Argentina. Lula anunciou nesta segunda-feira (23), em Buenos Aires, que o BNDES, o banco de desenvolvimento estatal, deve retomar o financiamento de exportações de empresas brasileiras. A prática é comum a todos os países com algum peso no comércio exterior.

China, Estados Unidos, Japão, Coreia, Espanha, França, Índia e muitos outros países financiam vendas externas de suas empresas por meio de bancos públicos de exportação e importação. As instituições financiadoras nacionais são em geral conhecidas como Eximbanks, como nos EUA e Japão, mas também designadas como agências de financiamento ao comércio exterior, na Alemanha, ou ainda como seguradoras, na Espanha.

Sair dos limites nacionais, dirigindo vendas para outros países, quando se tem capacidade competitiva, é uma forma clássica e recomendável de expandir mercados. Ao ampliar mercados, aumentam-se as possibilidades de faturamento e, na esteira, de expandir a oferta de empregos nos mercados locais originários.

Por isso, trata-se de um equívoco, que se disseminou no Brasil, na carona da operação Lava Jato, acreditar que está sendo financiada a expansão de negócios e empregos no país comprador. O financiamento ao exterior opera exatamente para assegurar a venda de produtos e serviços, com a devida criação de empregos e renda no país vendedor.

Estimativas do jornal digital Poder360 concluem que o mercado global de serviços de engenharia, um dos mais beneficiados pelos financiamentos ao exterior de países exportadores, somava US$ 420 bilhões, em 2020. A China, com 26% do mercado, domina a área, seguida da Espanha, com 15% do total contratado.

Entre as vantagens reconhecidas nas exportações de serviços de engenharia destacam-se: . Ampliação de mercados; . Expansão do emprego e do recolhimento de tributos; . Exportação de produtos de maior valor agregado.

A polêmica, no caso brasileiro, se prende a negócios de empresas brasileiras financiadas pelo BNDES que resultaram em calotes dos clientes. Teve calote, sim, mas o negócio é benéfico, desde que a escolha do cliente seja correta, como em qualquer negócio financiado..

O mais notório dos calotes ao BNDES envolve o porto de Mariel, em Cuba, construído pela então empreiteira Odebrecht. Negócios com Venezuela e Moçambique também ficaram com saldo devedor não quitado.

Negócios de empresas brasileiras de exportação de serviços de engenharia, com financiamento ao comprador externo pelo BNDES foram, justamente, o alvo principal da Lava Jato. O combate à corrupção conduzido pelo ex-juiz, depois ministro no governo Bolsonaro e agora senador, deveria punir apenas os executivos corruptos, mas atingiu também as empresas.

PERDAS BRASILEIRAS NO MERCADO EXTERNO

O levantamento publicado pelo Poder360 mostra que, até junho de 2022, foram financiados pelo Brasil US$ 10,5 bilhões, com saldo devedor — e em alguns casos, de calotes já declarados - de US$ 1 bilhão. A inadimplência, portanto, alcança 10% dos financiamentos.

No auge das operações, de acordo com o levantamento, empresas brasileiras respondiam por 3,2% dos negócios globais de exportação de serviços. A presença nacional no exterior, neste segmento, começou a crescer nos governos FHC.

Depois da Lava Jato, em 2019, as exportações de serviços de engenharia caíram para 0,5% das exportações mundiais de serviços de engenharia. No período, ainda segundo o levantamento publicado pelo Poder360, o faturamento conjunto das maiores empresas brasileiras do setor recuou de R$ 108 bilhões, em 2015, para R$ 12 bilhões, em 2019.

terça-feira, 3 de janeiro de 2023

Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira promete investimento em refinarias e nova política de preços da Petrobrás

Prioridade deve ser a defesa do consumidor, disse ele
Brasil 247, 03/01/2023, 05:14 h Atualizado em 03/01/2023, 05:36
(Foto: ABR | Agencia Senado)

O novo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, garantiu que o Brasil terá uma nova política de preços de combustíveis e investirá mais em refino, com a finalidade de proteger os consumidores. “Apesar de sermos, muito graças à Petrobras, a maior produtora de petróleo da América Latina, nossa capacidade de refino deficitária nos torna reféns da importação de derivados de petróleo e de gás natural, deixando o mercado nacional exposto às constantes e abruptas oscilações internacionais de preço”, disse ele Silveira, durante sua posse, segundo reportagem do Valor.

“Precisamos implementar um desenho de mercado que promova a competição, mas que preserve o consumidor da volatilidade de preço dos combustíveis”, acrescentou. “É muito difícil explicar ao povo brasileiro que somos o paraíso dos biocombustíveis, que temos a riqueza do pré-sal, mas que ele ficará inevitavelmente à mercê dos preços da commodities internacionais ou do açúcar no mercado internacional”, pontuou. “Algumas coisas estamos fazendo de forma equivocada. Precisamos exercitar nossa criatividade e pensar em soluções que funcionem para os investidores, mas, em especial, para o povo brasileiro”, disse.

Brasil voltará a ter protagonismo internacional, promete o novo chanceler Mauro Vieira

“A boa notícia, como tem dito o presidente Lula, é que o Brasil está de volta. Existe uma clara demanda do mundo pelo Brasil”, disse ele

Brasil 247, 03/01/2023, 04:59 h Atualizado em 03/01/2023, 05:36
(Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

BRASÍLIA (Reuters) - Em um discurso de quase 40 minutos em sua cerimônia de posse, o novo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, deixou claro o fim da política externa do governo de Jair Bolsonaro e prometeu a volta do Brasil ao protagonismo internacional.

Na presença do ex-chanceler Carlos França, Vieira apontou que o Brasil retomará sua tradicional política de direitos humanos, voltará ao protagonismo nos fóruns internacionais e voltará a investir nas relações regionais.

“Estivemos alijados do cenário internacional nos últimos anos por força de uma visão ideológica limitante. Com bom senso e muito trabalho e dedicação, reconquistaremos nosso lugar”, afirmou o novo ministro.

Nos últimos quatro anos, o Brasil se afastou de posições internacionais tradicionais, que vão desde a defesa da solução de dois Estados para a situação da Palestina à defesa de direitos das mulheres e de minorias e da ação a favor de imigrantes.

Em fóruns internacionais e na Organização das Nações Unidas (ONU), o país se alinhou a nações como a Arábia Saudita, por exemplo, contra políticas de direitos reprodutivos. Votou, pela primeira vez, com os Estados Unidos e contra a condenação ao embargo a Cuba. Abandonou os fórum regionais e a prioridade na relação com países como a Argentina e criou problemas nas relações com China, França e Alemanha, entre outros.

Posições que Vieira deixou claro que serão abandonadas com a volta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao poder.

“Teremos de recompor relações bilaterais danificadas e retomar o protagonismo construtivo nos foros e organismos internacionais onde temos uma contribuição singular a oferecer", afirmou.

"O Brasil será um parceiro confiável, um ator incontornável, uma liderança e uma força positiva em favor de um mundo mais equilibrado, racional, justo e pacífico”, acrescentou. “O Brasil realinhará a política externa em direitos humanos aos parâmetros da Constituição Federal e do direito internacional dos direitos humanos, sobretudo na promoção da igualdade de gênero; no combate à discriminação e à violência em função de orientação sexual e identidade de gênero; na promoção da igualdade racial e o combate ao racismo e a xenofobia; e na defesa dos direitos dos povos indígenas."

Logo após o assumir o cargo, Vieira instaurou três mudanças em áreas que tinham sido relegadas a segundo plano no governo anterior: recriou as secretarias de Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, que fora rebaixada a um departamento; da África e Oriente Médio, que havia sido unida à da Europa; e a de Serviço Consular, colocada como um departamento da Secretaria de Assuntos Políticos.

São três áreas colocadas como prioritárias para o novo ministro. Vieira, que indicou pela primeira vez uma mulher para a Secretaria-Geral do Itamaraty, a embaixadora Maria Laura da Rocha, tocou também em um ponto sensível para a gestão da chancelaria: a pouca quantidade de negros e mulheres em geral na carreira --elas representam apenas 27% dos diplomatas-- e menos ainda nos cargos mais altos.

O próprio ministro foi criticado por, em sua primeira passagem como chanceler, ter promovido poucas mulheres. Agora, se comprometeu a adotar políticas de maior inclusão de negros e mulheres na carreira.

“A sub-representação crônica de pessoas negras e mulheres distancia o perfil da diplomacia brasileira da sociedade que representa. Para reverter progressivamente esse quadro, instruirei a Secretaria de Estado a elaborar uma política de diversidade e inclusão no Itamaraty”, disse.

IMPEACHMENT

Mauro Vieira, de 71 anos, volta ao topo da carreira diplomática quase sete ano depois de deixar o cargo com o impeachment da então presidente Dilma Rousseff em maio de 2016.

O embaixador foi o terceiro ministro das Relações Exteriores de Dilma, e citou o impedimento de Dilma em seu discurso na volta ao comando do Itamaraty.

“Não é comum que a nós seja dada uma segunda oportunidade de voltar a fazer algo que foi brusca, involuntariamente interrompido. Em maio de 2016, deixei o cargo a que hoje regresso, em meio a um doloroso processo de impeachment que fraturou o país e deixou marcas profundas”, lembrou.

“Queria reiterar a gratidão que devo à presidenta Dilma Rousseff, primeira mulher a ocupar a Presidência do nosso país, pela confiança que em mim depositou naquele período, lamentando que não tenhamos podido concluir, na política externa, as tarefas a que nos havíamos proposto.”

Em um salão lotado de convidados e, especialmente, diplomatas, Mauro Vieira foi aplaudido de pé por um Itamaraty que, nos últimos quatro anos, sobreviveu praticamente alijado das principais decisões de governo, executando uma política externa que terminou por afastar o país do centro do cenário político internacional.

“A boa notícia, como tem dito o presidente Lula, é que o Brasil está de volta. Existe uma clara demanda do mundo pelo Brasil”, afirmou.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2023

Lula toma posse diante de centenas de milhares, recebe a faixa de representantes do povo e defende a democracia

Em um dos momentos mais marcantes do dia, presidente subiu a rampa com cidadãos comuns, entre eles uma criança, um homem com deficiência, uma catadora e um indígena.

Por g1 — Brasília, 01/01/2023 18h12 Atualizado há 20 horas


Luiz Inácio Lula da Silva chega ao Palácio do Planalto com grupo que representa diversos segmentos da sociedade após sua posse como novo presidente em Brasília, Brasil, domingo, 1º de janeiro de 2023 — Foto: AP Photo/Eraldo Peres

Luiz Inácio Lula da Silva tomou posse neste domingo (1º) como o 39º presidente da história do país. A celebração do início do mandato levou centenas de milhares de apoiadores à Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Em um dos momentos mais marcantes, Lula recebeu a faixa presidencial de pessoas comuns, representantes do povo brasileiro.

Em discursos, o presidente ressaltou a defesa da democracia e o foco no combate à pobreza e à fome. Ao falar de fome, no parlatório do Palácio do Planalto, de frente para a multidão, Lula chegou a chorar.

Ele também fez críticas ao governo anterior, sem citar o nome do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Apoiadores de Lula se reúnem na Esplanada dos Ministérios para a posse presidencial — Foto: Silvia Izquierdo/AP

Veja o que de principal aconteceu na posse:

Desfile no Rolls Royce

A equipe de Lula não havia confirmado até o início da tarde se o presidente faria o trajeto até o Congresso Nacional em carro aberto.

A dúvida acabou quando, no início da tarde, ele subiu no tradicional Rolls Royce da Presidência. Lula estava acompanhado da primeira-dama, Janja da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e da mulher do vice, Lu Alckmin.

Lula desfila em carro aberto antes da cerimônia de posse, em Brasília, neste domingo (1º) — Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

Tropas em revista

Em seguida, na chegada ao Congresso, Lula passou em revista as tropas militares, uma das etapas tradicionais da celebração da posse.

Presidente passa tropas em revista

Discurso no Congresso


Em discurso de posse, Lula diz que mensagem ao Brasil é de 'esperança e reconstrução'; veja íntegra

Lula foi oficialmente empossado no Congresso, em cerimônia diante de parlamentares e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Em uma fala de 31 minutos, o presidente exaltou a "democracia para sempre".

"Sob os ventos da redemocratização, dizíamos 'ditadura nunca mais'. Hoje, depois do terrível desafio que superamos, devemos dizer 'democracia para sempre'", afirmou.

Lula disse ainda que seu governo vai ser de esperança, união do país e sem revanchismo.

“Hoje, nossa mensagem ao Brasil é de esperança e reconstrução. O grande edifício de direitos, de soberania e de desenvolvimento que essa nação levantou a partir de 1988, vinha sendo sistematicamente demolido nos anos recentes. É para reerguer esse edifício de direitos e valores nacionais que vamos dirigir todos os nossos esforços”, disse Lula.

Sem citar o nome de Bolsonaro, afirmou que irregularidades na pandemia devem ser investigadas.

"Em nenhum outro país, a quantidade de vítimas fatais foi tão alta proporcionalmente à população quanto no Brasil, um dos países mais preparados para enfrentar as emergências sanitárias", argumentou.

"Este paradoxo só se explica pela atitude criminosa de um governo negacionista, obscurantista e insensível à vida. As responsabilidades por este genocídio hão de ser apuradas e não devem ficar impunes", acrescentou Lula.

Faixa presidencial

Ao sair do Congresso, Lula foi para o Palácio do Planalto e subiu a rampa.

Em uma das cenas mais históricas da posse, ele subiu acompanhado de Janja, cidadão comuns (saiba quem são) e a cachorrinha do casal, chamada de Resistência, em referência ao período em que Lula passou preso.
Lula recebe faixa presidencial das mãos de representantes do povo brasileiro — Foto: Fábio Tito/g1

No alto da rampa, a faixa passou pelas mãos dos representantes do povo e foi finalmente entregue a Lula por Aline Sousa, uma mulher de 33 anos, catadora desde os 14.

Choro ao falar sobre fome

Já com a faixa no peito, Lula se dirigiu ao parlatório do palácio, para falar à multidão que o aguardava na Praça dos Três Poderes.

Foi nesse discurso que, ao falar da fome no país, Lula chorou.

"Há muito tempo, não víamos tamanho abandono e desalento nas ruas. Mães garimpando lixo em busca de alimento para seus filhos. Famílias inteiras dormindo ao relento, enfrentando o frio, a chuva e o medo. Crianças vendendo bala ou pedindo esmola, quando deveriam estar na escola vivendo plenamente a infância a que têm direito", disse.

"Trabalhadores e trabalhadoras desempregados, exibindo nos semáforos cartazes de papelão com a frase que nos envergonha a todos: 'por favor, me ajuda'", continuou, perdendo a voz em razão do choro.
Lula se emociona durante o discurso ao falar sobre a fome no país — Foto: REUTERS/Adriano Machado

Líderes estrangeiros e posse de ministros

A próxima etapa no dia de Lula foi, dentro do Palácio do Planalto, receber cumprimentos de líderes estrangeiros. Entre eles, estavam 17 chefes de Estado.

Chefes de estado e autoridades estrangeiras parabenizam Lula na posse presidencial

Na sequência, Lula deu posse a seus 37 ministros (veja a lista).
O presidente empossado Luiz Inácio Lula da Silva (PT) posa para fotos com os seus ministros, durante recepção no Palácio do Planalto, em Brasília, — Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO CONTEÚDO

Primeiros atos


Lula também assinou decreto que altera a política de Bolsonaro de flexibilização de acesso às armas.

Outro ato do presidente prevê reavaliar sigilos impostos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em documentos

A decepção de Aristides e o fim do sonho dos patriotas


Ricardo Nêggo Tom/Cantor e compositor.

Brasil 247, 31/12/2022, 11:34 h Atualizado em 02/01/2023, 12:35
Jair Bolsonaro (Foto: Alan Santos/Presidência da República)

Um clima de desespero tomava conta de Aristides. Seu comércio estava fechado desde o dia 30 de outubro, quando decidiu sair de casa e ir morar em frente a um quartel em protesto contra o resultado das eleições. Sua esposa e filhos, além de não o acompanharem na estranha aventura, decidiram que ele não entraria mais em casa e o denunciaram à justiça por abandono de lar. Enquanto aguardava a tão esperada atitude do seu mito, o comerciante recebia a informação de que aquele em que depositara toda sua esperança, estava embarcando para outro país, deixando o seu gado sem pasto, sem dono e sem rumo. Aristides irou-se.

- Me digam, por favor, que isso é Fake News da esquerda. Não posso acreditar nessa notícia.

Hildebrando, um pastor evangélico que estava coordenando a explosão de bombas no dia da posse do novo presidente, confirmou a informação.

- Infelizmente, é verdade nobre patriota. O nosso presidente vai viajar para os EUA sem invocar o artigo 142 e nos deixar aqui nas mãos dos comunistas.

Aristides foi evoluindo em sua condição de indignado e disparou:

- Filho da puta! Frouxo! Bunda mole!

Foi contido por dona Natalina, que, exigindo respeito ao seu presidente, mantinha a fé de que alguma coisa boa ainda estava por vir.

- Não julgue e não xingue um homem que foi escolhido por Deus para nos libertar do esquerdismo das trevas. Ele sabe o que faz e está agindo com estratégia e sabedoria. Hoje mesmo ele postou uma foto durante o café da manhã, e na mesa tinha 11 copos vazios, 1 pote de geleia de morango, uma fatia de pão de forma, 3 facas, um sonho com recheio de doce de leite, um relógio despertador, um pano de prato onde ele assoou o nariz, um guardanapo dobrado em formato de avião e um bambu.

Aristides, cada vez mais puto da vida, quis saber o significado da charada.

- E o que toda essa marmota significa? O avião eu já sei que é o transporte que ele vai usar para fugir do país e deixar a gente aqui com cara de tacho. E o resto?

Dona Natalina pediu calma e começou a explicar o enigma.

- Os 11 copos vazios significam os 11 ministros do STF que terão o poder esvaziado, o pote de geleia simboliza o sangue que será derramado, caso necessário, para defender a nossa pátria, a fatia de pão simboliza a propriedade privada que o comunismo quer nos tirar, as 3 facas significam o Exército, a Marinha e a Aeronáutica prontos para cortarem o mal pela raiz quando o nosso presidente as convocar, o sonho de doce de leite é o país que queremos para os cidadãos de bem, o despertador indica que é hora de agir, o pano de prato é a nossa bandeira, o guardanapo em formato de aviãozinho significa que ele vai limpar o país de cima para baixo.

Faltava um objeto e Aristides caiu na besteira de perguntar qual a sua finalidade.

- E o bambu?

Uma moça no auditório do programa Silvio Santos já tinha explicado para que servia, mas dona Natalina quis dar um desfecho ainda mais escatológico à mensagem.

- O bambu significa que ele é imbrochável, incomível e imorrível.

Aristides não se convenceu e continuou a soltar os cachorros em cima do seu mito.

- Essas mensagens são pura palhaçada daquele fanfarrão. Ele tirou a gente de otário. Eu estou pegando frio e chuva na porta de um quartel há quase dois meses, e ele disse que era para esperar só 72 horas.

Pastor Hildebrando interveio:

- Calma, homem de Deus! Nós ainda temos armas e as bombas para explodir no dia da posse ainda. O eleito não vai subir a rampa, em nome de Jesus!

Aristides aloprou de vez:

- Pega essas bombas e enfia no mesmo lugar onde você vai enfiar o bambu. Para mim, chega! Eu não sou palhaço! Dei a minha vida por essa causa e agora ele vai passar férias no resort do Trump, e deixa a gente aqui ao relento.

Quando dona Natalina se preparava para mostrar outra postagem enigmática para tentar convencê-lo, foi interrompida por barulhos de sirene que podiam ser ouvidos por todo o país. Seu Anaclepto, um advogado aposentado que já tinha puxado cadeia por aplicar golpes no INSS, anunciou empolgadamente o golpe militar.

- Eu disse que a gente podia contar com nosso presidente. Ele já mandou a Federal para iniciar a intervenção militar no país. Deus seja louvado!

Menos otimista que o seu colega patriota, Aristides pressentia o cheiro daquilo que o seu presidente havia feito durante todo o mandato.

- Vem merda aí!

Enquanto seu Anaclepto prestava continência aos policiais que cercavam o acampamento, acreditando se tratar de aliados, um dos agentes lhe deu voz de prisão.

- Senhor Anaclepto de Souza Santos? O senhor está preso!

O velho advogado tentou resistir à prisão, mas foi convencido por dona Natalina a obedecer aos policiais e confiar que o seu presidente o libertaria da cadeia.

- Em 72 horas você estará livre de novo. Confie no nosso presidente.

Mal acabara de tranquilizar o colega de desordem, e ela também recebia uma ordem de prisão.

- Dona Natalina Madero? A senhora está presa.

Não houve postagem enigmática que tranquilizasse a digníssima patriota, que sacou o celular e entrou ao vivo pelo Facebook pedindo socorro.

- Valei-me, São Gabriel Monteiro! Cadê o Roberto Jefferson quando mais precisamos dele? Ministra Damares, olhe o que a Gestapo do Xandão está fazendo com a gente. Santa Michelle das causas patrióticas, valei-me! Bolsonaro! Bolsonaro! Bolsonaro! Socorro!

Apreensivo e com lágrimas nos olhos, Aristides observava os policiais terminarem de cumprir os mandados de prisão expedidos e determinar a desmontagem imediata das barracas que ali se amontoavam. Contra ele não havia mandado, mas ele se sentia traído e condenado a eterna idiotia, por ter acreditado que o seu presidente agiria em defesa da loucura que eles determinaram como a salvação do país.

- Que decepção! O que é que eu vou dizer lá em casa?

O comerciante abandonava o local onde residiu por 60 dias, enfrentando sol e chuva, apenas com uma certeza: A de que ele era um otário. Ao chegar em casa e se deparar com outro homem deitado no seu sofá e tomando a sua cerveja, se deu conta de que, além de otário, era corno.

- O que significa isso, Maristela? Quem é esse homem de camisa vermelha que está espojado no meu sofá?

Maristela, a esposa que havia sido trocada por uma causa maior, adverte:

- Auto lá! Seu sofá é uma pinoia! E esse homem é meu marido e tem nome, viu? Respeite Luís, o novo chefe dessa casa.

- Seu marido? O chefe dessa casa sou eu. Você está ficando louca?

- Louco é você, que me deixou sozinha aqui com os meninos e foi morar na porta de um quartel com um bando de doido.

- Mas foi em defesa da nossa pátria, meu amor.

- Não me chame de meu amor, porque eu sou uma mulher comprometida com outro.

- Você não pode me trocar por esse sujeito com cara de comunista. Somos uma família tradicional e de valores cristãos.

- Me poupe, Aristides! Até a ex primeira dama está dando entrada no divórcio, por não aguentar mais conviver com aquele maluco que vocês chamam de mito como marido

- Isso não pode ser verdade.

- É sim! Acabei de ler na coluna do Léo Dias.

- Que tragédia está se abatendo sobre o país.

- Sobre o país, não! Sobre vocês. E eu não sou a única a dar um pé na bunda de um patriota lunático. Acabei de assistir na Joven Pan, uma matéria falando sobre o aumento do número de mulheres bolsonaristas que se separaram dos maridos nos últimos 60 dias.

- Até a Jovem Pan está contra nós?

- Fechadíssima com o novo presidente

- Traidores! Mas vamos resistir! Deus, pátria, família e liberdade!

- Acho melhor você nem usar mais esse slogan. Deus não ouviu sua oração, a pátria já está nas mãos de outro governo e você não tem mais família.

- Mas eu ainda tenho a minha liberdade. E ela vale mais do que o ar que eu respiro.

Tinha, até uma viatura da Polícia Federal estacionar na porta de sua ex residência e um agente descer do carro anunciando:

- Senhor Aristides Junqueira Filho?

- Sou eu.

- O senhor está preso por perturbação da ordem e crimes cometidos contra a democracia.

- Mas eu só estava defendendo o país do comunismo...

Luís, o novo “presidente” da casa de Maristela, cantou de galo.

- Perdeu, mané! Não amola!

Este artigo não representa a opinião do Brasil 247 e é de responsabilidade do colunista.