DE SÃO PAULO/DE BRASÍLIA
Os países desenvolvidos membros da OCDE gastam três vezes mais no ensino de alunos de 6 a 15 anos em relação ao Brasil, de acordo com relatório do Pisa (exame internacional de educação).
O documento divulgado ontem diz que o país precisa investir mais nas escolas em áreas de baixo desenvolvimento socioeconômico.
Brasil avança em matemática, mas continua entre piores em ranking
Análise: Avanço não indica melhora nas políticas de educação
Especialistas afirmam, porém, que não são apenas os recursos que explicam a má qualidade do ensino --a gestão também é um problema.
"O importante é tirar o máximo proveito dos professores, fazer avaliação de desempenho e premiar os melhores docentes", afirma o economista Naercio Menezes Filho, coordenador do Centro de Políticas Públicas do Insper.
Segundo o Pisa, o Brasil gasta em média U$S 26,7 mil (R$ 64 mil) para educar uma criança dos 6 aos 15 anos. Esse gasto chega a U$S 83,4 mil (R$ 200 mil) nos países mais ricos da OCDE (entidade que reúne países desenvolvidos e que organiza a prova).
Menezes Filho ressalta que os países desenvolvidos têm mais recursos como um todo, não apenas para educação.
Assim como no gasto com o ensino, o PIB per capita deles também é três vezes superior ao do Brasil.
O nosso PIB per capita é igual a U$S 12,5 mil (cerca de R$ 30 mil). Nos países membros da OCDE, o valor é de U$S 33,7 mil (R$ 84,5 mil).
Essa conta foi um dos principais argumentos do governo para reforçar o salto do país em matemática --ainda que o Brasil continue entre os últimos do ranking.
"Estamos fazendo muito mais com menos", afirmou ontem o ministro Aloizio Mercadante (Educação).
Mercadante, entretanto, tem afirmado que o país deve gastar mais com a área.
A posição foi posta, por exemplo, ao defender que todos os royalties do petróleo fossem para a educação --a lei sancionada destinou 75% para esse setor.
"Precisamos, sim, de ampliação de recursos, mas com excelência de gestão", avalia Priscila Cruz, da ONG Todos pela Educação.
O relatório do Pisa faz uma relação positiva entre mais investimentos e melhores índices de educação.
Essa relação, porém, nem sempre aparece. A Turquia, por exemplo, tem um PIB per capita 25% maior do que o brasileiro, investe 27% menos em educação e está 14 posições à frente em matemática, em 44º lugar na lista de 65 países. O Brasil ocupa o 58º lugar na mesma fila.
Fonte: Folha de S. Paulo, 04/12/13
Os países desenvolvidos membros da OCDE gastam três vezes mais no ensino de alunos de 6 a 15 anos em relação ao Brasil, de acordo com relatório do Pisa (exame internacional de educação).
O documento divulgado ontem diz que o país precisa investir mais nas escolas em áreas de baixo desenvolvimento socioeconômico.
Brasil avança em matemática, mas continua entre piores em ranking
Análise: Avanço não indica melhora nas políticas de educação
Especialistas afirmam, porém, que não são apenas os recursos que explicam a má qualidade do ensino --a gestão também é um problema.
"O importante é tirar o máximo proveito dos professores, fazer avaliação de desempenho e premiar os melhores docentes", afirma o economista Naercio Menezes Filho, coordenador do Centro de Políticas Públicas do Insper.
Segundo o Pisa, o Brasil gasta em média U$S 26,7 mil (R$ 64 mil) para educar uma criança dos 6 aos 15 anos. Esse gasto chega a U$S 83,4 mil (R$ 200 mil) nos países mais ricos da OCDE (entidade que reúne países desenvolvidos e que organiza a prova).
Menezes Filho ressalta que os países desenvolvidos têm mais recursos como um todo, não apenas para educação.
Assim como no gasto com o ensino, o PIB per capita deles também é três vezes superior ao do Brasil.
O nosso PIB per capita é igual a U$S 12,5 mil (cerca de R$ 30 mil). Nos países membros da OCDE, o valor é de U$S 33,7 mil (R$ 84,5 mil).
Essa conta foi um dos principais argumentos do governo para reforçar o salto do país em matemática --ainda que o Brasil continue entre os últimos do ranking.
"Estamos fazendo muito mais com menos", afirmou ontem o ministro Aloizio Mercadante (Educação).
Mercadante, entretanto, tem afirmado que o país deve gastar mais com a área.
A posição foi posta, por exemplo, ao defender que todos os royalties do petróleo fossem para a educação --a lei sancionada destinou 75% para esse setor.
"Precisamos, sim, de ampliação de recursos, mas com excelência de gestão", avalia Priscila Cruz, da ONG Todos pela Educação.
O relatório do Pisa faz uma relação positiva entre mais investimentos e melhores índices de educação.
Essa relação, porém, nem sempre aparece. A Turquia, por exemplo, tem um PIB per capita 25% maior do que o brasileiro, investe 27% menos em educação e está 14 posições à frente em matemática, em 44º lugar na lista de 65 países. O Brasil ocupa o 58º lugar na mesma fila.
No total, os gastos de educação do Brasil, não ficam muito abaixo dos
ricos. O problema é que gastamos muito com a educação superior e muito
pouco com a básica, o oposto do que acontece nos Estados Unidos. Ao
proporcionar educação gratuita para a classe média alta que pode pagar,
sacrificamos o ensino básico para as crianças pobres.
Fonte: Folha de S. Paulo, 04/12/13
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