domingo, 6 de dezembro de 2015

Lançada Rede da Legalidade contra o impeachment

Proposta é uma nova versão da iniciativa capitaneada por Brizola em 1961, que buscou organizar uma resistência à primeira tentativa de golpe contra João Goulart
Carlos Lupi, Ciro Gomes e Flávio Dino em coletiva de imprensa. Para eles, impeachment é tentativa de golpe

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), o ex- governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT) e o presidente do PDT, Carlos Lupi lançaram neste domingo (6) uma nova versão da Rede da Legalidade, contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff. O anúncio foi feito durante uma coletiva de imprensa, na sede do governo do Maranhão. A proposta é similar à iniciativa capitaneada por Leonel Brizola em 1961, que buscou organizar uma resistência à primeira tentativa de golpe contra João Goulart.

Enquanto na década de 1960 a Rede da Legalidade teve o rádio como principal canal de difusão, a versão moderna da iniciativa vai buscar apoio na internet. Uma das estratégias é mobilizar o público por meio das redes sociais, pensando nisso, Dino anunciou o lançamento da página “Golpe nunca mais”, no Facebook. O nome é uma alusão ao projeto “Brasil nunca mais”, que denunciou os crimes cometidos durante o período da ditadura militar. Segundo Dino, o objetivo é “mostrar o que acontece quando a constituição não é respeitada”.

Os políticos argumentaram que o pedido de impeachment de Dilma não encontra respaldo na Constituição Federal, pois a presidente não estaria diretamente envolvida em crimes de responsabilidade. “Não há nenhum ato da presidente da República que atende contra a probidade dela, mesmo os adversários mais firmes da presidente não imputam a ela nenhum ato de corrupção”, disse Flávio Dino. “Não é razoável, ela é uma senhora decente”, completou Ciro Gomes, que enfrentou o PT nas eleições presidenciais de 2002.

O governador do Maranhão afirmou que as chamadas “pedaladas fiscais” praticadas pelo governo Dilma em 2014 não justificam a interrupção do atual mandato da presidente. Dino também rebateu outro argumento utilizado por aqueles que são favoráveis ao impeachment: a abertura de créditos suplementares pelo governo em 2015 sem observar o superávit da meta fiscal do ano. Para o governador, no momento em que o Congresso Nacional aprovou a proposta de revisão da meta fiscal (PLN 5/2015), as supostas irregularidades foram suprimidas. “Ao aprovar o PLN 5 o Congresso deu uma prova de que não deseja o impeachment”, avaliou Dino.

Golpe

Para Dino, Ciro Gomes e Lupi, o impeachment de Dilma é uma tentativa de golpe, e disseram que estão dispostos a promover mobilizações para reforçar a manutenção do atual governo. “Nós não podemos nos calar aceitar passivamente uma virada de mesa antidemocrática, não podemos aceitar que se rasgue a Constituição, isto está acima de qualquer governo”, disse Dino, que aproveitou para deixar um recado “para quem não gosta do governo”: “quero dizer que as críticas todas são legítimas, o direito à oposição é legítimo, mas ele não está acima do país”. “No presidencialismo não existe impeachment por gosto”, completou.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi alvo de duras críticas dos políticos. “Não vejo legitimidade do presidente daquela Casa em fazer o impeachment de ninguém. Ele é um homem sob suspeição”, disse Carlos Lupi, fazendo referência às acusações que pesam sobre Cunha, que responde a um processo no Conselho de Ética da Câmara por suposta quebra de decoro parlamentar. Além disso o peemedebista é um dos principais personagens da Operação Lava Jato no âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF), suspeito de ter recebido propinas milionárias do esquema de corrupção descoberto pela Polícia Federal na Petrobras.“Não pode ser que esse homem seja transformado no guardião da Constituição e da lei. É uma inversão absurda”, completou Lupe.

Em seu pronunciamento, Ciro Gomes também acusou o vice-presidente, Michel Temer, de ser o “capitão do golpe”. “O Michel Temer é sócio íntimo do Eduardo Cunha, colega de partido, eu sei o que estou dizendo”, disse o ex-governador do Ceará, para quem o PMDB é principal beneficiário do golpe - os três nomes na linha sucessória da Presidência da República em caso de impeachment são do partido -, porém, não é o único ator deste processo, que também encontra respaldo em “setores conservadores e reacionários” do país.

Ciro Gomes fez criticas à política econômica adotada pela equipe de Dilma, e pediu para que a população se organize em duas frentes de luta: “de um lado, proteger a democracia. Não tolerar que um grupo de mafiosos utilizando protocolos formais derrubem a democracia no Brasil.” E, por outro lado “exigir, pedir, suplicar para que a presidente Dilma se reconcilie com os valores e os grupos sociais que lhe deram a vitória”.

sábado, 5 de dezembro de 2015

A mudança do País passa pela mudança de mentalidade do seu povo

Me admira que muitas pessoas não se deem conta que a negociação de balcão, neste país, existe desde que roubaram as terras dos índios. Corrupção, no Brasil, existe e dificilmente acabará. Simplesmente porque não depende de decreto presidencial. 

Depende, principalmente, do caráter das pessoas. Em um país em que a gente cresceu ouvindo a Lei de Gerson, não me admira que as pessoas abram os olhos apenas quando lhes convém. 

Há fortes indícios de que a corrupção existe em todo lugar, em todos os governos estaduais, municipais e nos três poderes.

Grande parte das pessoas gritam contra a corrupção mas quando alguém deixa o poder, sem desviar o recurso público, dizem: "É burro!"

A maioria das pessoas que ainda não corromperam ou não foram corrompidas é porque não tiveram a oportunidade.

A moral, os princípios e ética quando assimilados, principalmente no seio familiar, tendem a estar presentes na ações de quem as têm e essas pessoas estão escassas nos dias atuais.

O brasileiro só tem uma saída: rever, repensar o seu comportamento em todos os sentidos, discutir e modificar a estrutura de poder e adquirir a educação da vigilância permanente sobre todos que governam, que dirigem, que têm autoridade institucional.

Recordando o governo do PSDB

Após pedido de Impeachment de Dilma, Aécio já se prepara para assumir

Sonhar não custa nada

Após o Eduardo Cunha dizer que vai dar início ao processo de Impeachment da presidente Dilma Rousseff, o quase presidente Aécio Neves ficou muito contente.

Aécio Neves mandou confeccionar uma faixa presidencial e começou a andar com ela em todos os seus compromissos.

O senador se reuniu com o Governador de São Paulo Geraldo Alckmin já usando a sua faixa.

Aécio disse que está muito confiante e acredita que em menos de 15 dias ele será o presidente da República e Dilma será apenas uma ex-presidente.

Fonte: Jornal Folia de São Paulo

A assessoria de Aécio disse que ele havia mandado confeccionar a sua faixa no último final de semana.

“Vou assumir finalmente a presidência, eu nasci para ser presidente, o Brasil precisa de alguém como eu com a minha honestidade e o meu caráter para acabar com os corruptos” Declara Aécio Neves.


Pergunta que não quer calar

Dilma instrumentalizou a operação Lava Jato com a delação premiada e nunca interferiu no processo. Temer, Renan e Cunha foram citados em delações premiadas. Alguém acredita que eles seriam parceiros políticos fiéis a presidente Dilma?

Silvio Costa: 'Cunha era o marginal que virou santo?'


Vice-líder do governo na Câmara, deputado Silvio Costa (PSC-PE) disse, em entrevista ao 247, que o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), alcançou o "ápice da chantagem" ao decidir, por "raivinha, mesquinharia", abrir o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Ele também condenou a reaproximação dos partidos de oposição com Cunha; "Tem 15 dias que a oposição deixou o plenário da Câmara esculhambando com o Cunha. Chamaram ele até de marginal. Agora reataram a relação com este desqualificado para destruir o país. Isso é brincar de pedir impeachment", disparou. Para Costa, o pedido de impeachment "não pode ser levado a sério".

Ciro Gomes afirma que "Temer é o capitão do golpe"


247 – Enquanto aliados da presidente Dilma Rousseff (PT) e os políticos a favor do impeachment contra a petista saia do papel acirram suas disputas políticas, o ex-ministro da Integração Nacional Ciro Gomes (PDT-CE) vê na tentativa de golpe contra a presidente Dilma Rousseff, estimulado por tucanos e por aliados do vice-presidente Michel Temer, uma real possibilidade de firmar como uma alternativa à polarização PT-PSDB. Na tarde deste sábado, sem meias palavras, ele afirmou que 'Temer é o capitão do golpe'.

Em referência ao presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), prestes a ser cassado por contas secretas na Suíça e suspeita de prestar favores o BTG Pactual, de André Esteves, preso na Operação Lava Jato, Ciro bateu duro no peemedebista. “Não aceitaremos que um chefe de quadrilha processado na justiça por corrupção leve o País à ruptura democrática! Não aceitaremos o golpe”, afirmou, na semana passada, via rede social.

Disparando críticas contra Cunha, Ciro chamou o deputado de “ladrão”, acusou o vice-presidente Michel Temer de estar conspirando a favor do impeachment da presidente Dilma. À jornalista Mariana Godoy, o pedetista disse, nesta sexta-feira (4), que Temer é “sócio em tudo” de Cunha.

Ciro não aliviou para o vice-presidente e afirmou que o peemedebista está sendo hipócrita com o discurso das “pedaladas fiscais”. De acordo com o ex-ministro, há separados decretos assinados por Temer, nos seus períodos de interinidade, onde ele também praticaria “pedaladas” orçamentárias.

Ex-ministro do governo Lula e ex-deputado federal, Ciro que também foi governador do Ceará e prefeito de Fortaleza, inicia suas movimentações diante do conturbado contexto político-econômico para ser o candidato da esquerda à presidência da República, caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não tente o seu terceiro mandato.

Um fator que pesa a favor do pedetista, ex-candidato à presidência da República, em 1998 (ficou em terceiro lugar) e em 2002 (em quarto), é o aumento da rejeição das principais lideranças políticas nacionais. Pesquisa divulgada pelo Ibope, no dia 26 de outubro, o percentual dos que dizem que não votariam de jeito nenhum Lula saltou de 33% em maio de 2014 para 55% agora.

A rejeição também aumentou para outros possíveis presidenciáveis. A o senador Aécio Neves (PSDB-MG) subiu de 42% para 47% em um ano, a da ex-ministra Marina Silva (Rede), de 31% para 50%; a do senador e ex-governador de São Paulo, José Serra (PSDB), de 47% para 54% em dois anos.

No caso do atual chefe do executivo paulista, Geraldo Alckmin (PSDB), não há comparativo, mas a rejeição é de 52%, assim como de Ciro.
Apesar de uma rejeição se superior a 50%, Ciro Gomes tem a seu favor a divisão o racha entre o PSDB de São Paulo e o de Minas.

De um lado, o governador Geraldo Alckmin (SP) articula uma operação para firmar seu nome em nível nacional. No entanto, a crise hídrica no estado e a recente truculência da polícia paulista contra os estudantes que protesta contra o fechamento de escolas, que o governo diz ser uma reorganização escolar (o projeto foi suspenso) pesam contra o tucano.

Um reflexo de que uma eventual candidatura de Alckmin à presidência terá de ser árdua é a sua popularidade, que, segundo pesquisa Datafolha realizada nos dias 25 e 26 de novembro, atingiu a sua pior marca: 28% do eleitorado paulista qualifica o desempenho do tucano como ótimo ou bom, a menor taxa de aprovação na série do instituto ao longo dos quatro mandatos dele, desde 2001. De acordo com o levantamento, a reprovação também é recorde, pois 30% dos paulistas classificam o desempenho do governador como ruim ou péssimo (leia mais aqui).

Por sua vez, o senador Aécio Neves (MG) aproveita a onda pró-impeachment e continua a desferir fortes críticas à presidente Dilma para tirá-la do poder. Mas vale ressaltar que, apesar de a última eleição presidencial ter sido bastante apertada (51% para Dilma contra 48% do tucano), o parlamentar mineiro perdeu em seu próprio reduto eleitoral (Minas Gerais), onde governou por oito anos tanto no primeiro quanto no segundo turno do pleito. Um dos principais políticos a favor do impeachment, o congressista também não conseguiu deixar claro à população quais seriam suas propostas para retomar o crescimento econômico do País.

Fonte: Brasil 247, 05/12/2015

Gilmar acusa o PT de fazer "test drive de juíz"

É ou não é uma esculhambação ?
De Petralha Zuero, no face do c af


O deputado Wadih Damous já deu a resposta que o Ministro (sci) Gilmar tinha solicitado: Gilmar destila ódio e não esconde o partidarismo.


(A propósito, veja o que o PT disse dele e do Moro e os dois se calaram )

Nessa sexta-feira, 4/11, num evento em São Paulo, o ministro (sic) votou, de novo, fora dos autos e do Supremo (porque no STF ele é irremediavelmente minoria).

E acusou o PT e seus três deputados de fazer "test drive" de juiz !

E denunciou a "fraude" à OAB !

Para quem chamou o Lula de fraudador, isso é pouco !

É ou não é uma esculhambação, amigo navegante ?

Como diz aquele amigo navegante: na próxima, o Gilmar vai morder a orelha de um petista, como o Luisito Suárez...

Em tempo: a CBN diz que Gilmar acusa o Governo. Não é verdade. Gilmar se refere a "eles". Porque "nós" devem ser o Aecím, e mais o Cunha e o Pauzinho do Dantas, que participaram do histórico café da manhã para organizar o impitim.

Paulo Henrique Amorim

Fonte: Conversa Afiada, 05/12/2015

Final de Cunha

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

A pergunta que não quer calar

Datafolha aponta Joaquim Barbosa como "o mais confiável" do Brasil


Potencial candidato à presidência da República em 2018, o ex-ministro do STF Joaquim Barbosa foi apontado como a personalidade mais confiável do Brasil em 2015, segundo levantamento do Datafolha, divulgado nesta sexta-feria, 4.

Em uma escala de 0 a 10 (nada confiável a totalmente confiável), Barbosa ficou com a nota média 5,9. O sentimento anticorrupção, detectado em pesquisa recente como a maior preocupação do brasileiro, favorece a eventual candidatura do ministro, que já se posicionou contra o impeachment e se prepara para 2018.

Já o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), que deflagrou processo de impeachment, aparece com a pessoa menos confiável do Brasil, com nota 2,3; levantamento foi feito nos dias 25 e 26 de novembro com 3.451 pessoas em 185 cidades.

Ministro da Saúde diz que PMDB vai atuar alinhado contra impeachment


BRASÍLIA (Reuters) - O PMDB deve atuar alinhado em defesa do mandato da presidente Dilma Rousseff na comissão especial que analisará o pedido impeachment que começará a funcionar na segunda-feira, disse o ministro da Saúde, Marcelo Castro.

"O PMDB não é um partido golpista. A história do partido é em defesa da democracia, lutou pelas Diretas, pelo estado democrático de direito, essa é a marca do PMDB", disse o ministro peemedebista à Reuters nesta sexta-feira.

O PMDB tem direito a oito vagas na comissão especial que analisará o pedido de impeachment, maior bancada no colegiado de 65 assentos, juntamente com o PT, que também tem direito a oito deputados.

A declaração do ministro da Saúde foi feita horas depois de ter sido revelado que o ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, um dos principais aliados do vice-presidente Michel Temer, pediu demissão do cargo.

A saída de Padilha foi confirmada pela Reuters com duas fontes do partido, que alegaram que o motivo seria problema em uma nomeação para a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Padilha estaria insatisfeito com o governo há algum tempo, e a gota d'água para o pedido seria a indicação por Padilha de um nome para a Anac encaminhado ao Senado, que teria sido retirado pelo Palácio do Planalto, segundo uma das fontes do PMDB.

O pedido de demissão também ocorre dois dias após o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (RJ), correligionário de Padilha no PMDB, ter acatado pedido de abertura de processo de impeachment contra Dilma.

Fonte: Brasil 247, 04/12/2015

Pezão pede 'racionalidade' contra o impeachment de Dilma

Folha, 03/12/2015

Carlos Magno/Divulgação 
Pezão (PMDB/RJ), dá coletiva ao lado do ex-presidente Lula
O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB-RJ), declarou nesta quinta-feira (3) ser contrário aoacolhimento do pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Ele telefonou para a aliada pela manhã para manifestar seu apoio.

"É lamentável que a gente vá para o segundo ano [do governo Dilma], discutindo impeachment, quando o país está precisando que as pessoas se entendam, respeitem o resultado das urnas e criem uma pauta positiva. Estamos caminhando para uma taxa de desemprego de dois dígitos. A gente tem que pedir racionalidade aos deputados. Essa pauta não ajuda o país. O apelo que eu faço é que a gente termine rapidamente esse processo e dê governabilidade ao país", afirmou Pezão.

Amigo próximo da presidente, o governador fez um apelo para que a bancada federal do Rio trabalhe pela retomada do desenvolvimento do país.

"Hoje, nenhum estado hoje do país, nem mesmo o governo federal, consegue manter o regime previdenciário. Precisamos discutir a reforma tributária, a renegociação da dívida dos estados com a União e a reforma previdenciária. Está difícil para todo mundo. As receitas do governo federal estão despencando. De São Paulo ao Acre, todos os governos estão com muita dificuldade", disse Pezão.

O peemedebista recebeu à tarde o ex-presidente Lula. Os dois discutiram a formação de um bloco de governadores em defesa do mandato da presidente.

ABCP chama aceitação do pedido de impeachment de 'ilegítima'

Folha, 03/12/2015

A ABCP (Associação Brasileira de Ciência Política) considerou, nesta quinta-feira (3), como 'ilegítima e sem fundamentação jurídica' a aceitação do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aceitou nesta quarta (2) o pedido feito pelos advogados Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaína Paschoal. Agora, o plenário da Casa decidirá se abre ou não um processo de impedimento, que correria no Senado.

"Embora o instrumento jurídico-político do impeachment faça parte da institucionalidade democrática existente no Brasil, causa perplexidade e preocupação a forma como ele foi aceito pelo presidente da Câmara dos Deputados", afirma nota da associação.

Investigado no STF (Supremo Tribunal Federal) por corrupção, Cunha aceitou o pedido horas depois que os deputados da bancada do PT decidiram votar continuidade do processo de sua cassação. Os votos petistas na Comissão de Ética da Câmara são vistos como cruciais para dar seguimento à cassação de Cunha.

"Acuado por gravíssimas denúncias de corrupção e ocultação de recursos no exterior, o deputado Cunha utilizou-se do instrumento, talvez o mais importante na defesa da ordem democrática, como arma na tentativa de resguardar seus interesses privados", argumenta a ABCP. "Por conta disso, a ABCP expressa a sua perplexidade diante da utilização ilegítima e sem fundamentação jurídica do instrumento do impeachment por uma das mais altas autoridades da república."

"A ABCP conclama os atores políticos do país a agirem com responsabilidade na defesa da estabilidade das instituições democráticas", diz o texto. 

Quem bate em estudante merece ser presidente


Se havia um projeto presidencial 'Alckmin 2018', ele acabou na tarde desta quinta-feira, quando um policial militar de São Paulo agrediu, com o punho cerrado, um estudante secundarista, como se pretendesse levar a nocaute o jovem que protestava pelo direito de ter uma educação pública de qualidade.

Se o paranaense Beto Richa era o governador tucano que batia em professores, Alckmin conseguiu ir além: é o governador que bate em alunos.

Não por acaso, a Folha de S. Paulo desta sexta-feira indica que sua aprovação despencou vinte pontos e é mais baixa da história. Nem o recuo na 'reorganização educacional', nem um improvável pedido de desculpas poderão transformar Alckmin num candidato viável.

"Um desqualificado manda a julgamento uma mulher íntegra"


"É vergonhoso que a Câmara seja presidida por uma pessoa sem qualquer vinculação com a verdade e com o que é reto e decente. Manipula, pressiona deputados, cria obstáculos para o Conselho de Ética. 

Mais vergonhoso ainda é ele, cinicamente, presidir uma sessão na qual se decide a aceitação do impedimento de uma pessoa corretíssima e irreprochável como é a Presidenta Dilma Rousseff", diz o teólogo Leonardo Boff.

"Seu ato irresponsável pode lançar a nação em um grave retrocesso, abalando a jovem democracia, que, com vítimas e sangue, foi duramente conquistada".

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

PT e PMDB terão o maior número de integrantes na comissão especial


03/12/2015

O PT e PMDB serão os partidos com o maior número de representantes na comissão especial que avaliará a denúncia de impeachment contra a presidente Dilma Roussef.

Pelas regras de proporcionalidade de representação na comissão especial, serão oito petistas e oito peemedebistas entre os 65 deputados que integrarão o grupo de deputados; O PSDB será representado por seis integrantes.

Na lista de representação, quatro partidos poderão indicar quatro integrantes cada: PP, PSD, PR e PSB. O PTB terá o direito de indicar três deputados, enquanto que PRB, PROS e DEM serão representados por dois parlamentares cada.

Por blocos partidários, a composição fica da seguinte maneira: O PSDB e o bloco que compõe, junto com PSB, PPS e PV, totalizará 12 vagas. O bloco comandado pelo PT, que é integrado ainda pelo PSD, PR, PROS e PCdoB, terá 19 vagas. O PMDB terá oito representantes. O bloco formado pela legenda e pelo PP, PTB, DEM, PRB, SDD, PSC, PHS, PTN, PMN, PRP, PSDC, PEM, PRTB tem 25 integrantes.

Cada partido representado na Câmara dos Deputados terá ao menos um integrante na comissão. O número garante a participação de parlamentares de todos os partidos e blocos da Câmara, como determina a Lei do Impeachment. Outros 65 suplentes serão indicados, seguindo a mesma regra de representação. 

Leia mais em: http://zip.net/bbstnx

Edinho: "Governo está seguro da defesa de Dilma"

O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, disse nesta quinta (3) que o Palácio do Planalto está seguro para a defesa jurídica caso o processo avance.

Ele criticou a tentativa da oposição de resolver questões políticas com ruptura institucional e disse que o governo está preparado para se defender de ataques e ameaças.

“Estão afrontando não o governo da presidenta Dilma, mas a democracia brasileira, a imagem internacional do Brasil como um país democrático”, avaliou o ministro.

Edinho afirmou que Dilma vai manter o ritmo de trabalho durante o andamento do processo na Câmara.

Sociedade se coloca contra o impeachment de Dilma, aberto por pura retaliação

Maiores lideranças políticas do País estão dizendo NÃO
ao oportunismo, a retaliação e ao "terceiro turno"

247 - Menos de 24 horas depois de deflagrada a tentativa de ruptura da ordem democrática pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), por retaliação e chantagem contra a presidente Dilma Rousseff, uma avalanche de forças de vários estados e de movimentos sociais do País condenaram a ação de Cunha, que tem apoio de líderes da oposição, como o senador Aécio Neves (PSDB).

O repúdio ao golpe contra a presidente Dilma Rousseff uniu até o momento três presidenciáveis - Ciro Gomes (PDT), Luciana Genro (PSOL) e o ex-STF Joaquim Barbosa, dez governadores - Luiz Fernando Pezão (PMDB-RJ), Rui Costa (PT–BA), Ricardo Coutinho (PSB–PB), Flávio Dino (PCdoB–MA), Paulo Câmara (PSB–PE), Robinson Farias (PSD–RN), Camilo Santana (PT–CE), Wellington Dias (PT–PI), Jackson Barreto (PMDB–SE) e Renan Filho (PMDB–AL), além de líderes de movimentos sociais e religiosos, como o presidente da CUT, Vagner Freitas; da UNE, Carina Vitral; e do MST, João Pedro Stédile, e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Além dos líderes políticos e de movimentos sociais, a repressão à iniciativa golpista de Eduardo Cunha foi expressada por vários juristas, que apontaram as fragilidades do pedido de impeachment formulado por Helio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaína Paschoal.

A substância principal do pedido de impeachment de Dilma Rousseff é um parecer de um procurador de contas Júlio Marcelo de Oliveira, do Tribunal de Contas da União, que acusa o governo de praticar "pedaladas fiscais" em 2015, por meio de seis decretos de suplementação orçamentária que totalizam R$ 2,5 bilhões.

No entanto, a aprovação pelo Congresso Nacional da mudança da meta fiscal de 2015, reconhecendo o déficit, transforma o pedido aceito por Eduardo Cunha em "natimorto".

Fonte: Brasil 247, 03/12/2015

Líder da Rede, partido de Marina Silva, se manifesta contra impeachment


Os líderes do Psol, Chico Alencar (RJ), e da Rede Sustentabilidade, Alessandro Molon (RJ), se pronunciaram sobre a decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de autorizar a abertura de processo de impeachment da presidente Dilma

Segundo o líder da Rede, a conduta de Cunha é "uma clara retaliação à perspectiva de derrota no Conselho de Ética"; "Espero que o Procurador-Geral da República acolha a nossa representação, que pede seu afastamento imediato, para livrar a República da lógica da chantagem e da ameaça".

Lula: 'É uma insanidade, o Brasil não merce isso'


Ao lado do governador do Rio de Janeiro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva condenou duramente o processo de impeachment iniciado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

"Me sinto indignado com que estão fazendo com o país. Cunha só está pensando nele. Não pensa no país, na economia. O Brasil não merece isso", afirmou.

Ele também disse esperar que Luiz Fernando Pezão (PMDB) lidere outros governadores contra o que chamou de "insanidade".

Sobre a declaração de Cunha de que Dilma teria "mentido à nação" ao dizer que não faz barganha, declarou: "Eu conheço a Dilma e acho muito difícil que ela faça barganha".

Golpe acunhado

Tudo que ele quer é desviar a atenções do processo contra ele que está na Comissão de Ética

"Cunha acusar Dilma é, como já se disse alhures, um sujeito acusado de tudo acusar uma presidente acusada de nada. É como se o Estado Islâmico acusasse o Dalai Lama de terrorismo. É como se Hitler acusasse Roosevelt de genocídio. É como se Judas acusasse Jesus Cristo de traição. É uma total e surreal inversão de valores".

Dallari: decisão de Cunha é “antiética e oportunista”


Jurista reafirma que continua não havendo fundamento jurídico para uso da pedalada como base para abertura de um processo de impeachment e, sobre o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, Dalmo Dallari lembra que "ele foi eleito por deputados que sabem que ele é absolutamente antiético e oportunista. Portanto, os deputados que o elegeram também participaram do jogo antiético".

Para ele, processo contra a presidente Dilma tem "pouquíssima possibilidade de sucesso".

CNBB questiona 'autoridade moral' de Cunha


Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) é mais uma entidade representativa da sociedade a levantar contra o ataque de Eduardo Cunha à ordem democrática.

Em nota, a CNBB que a atitude de Cunha "carece de subsídios que regulem a matéria" e que a sociedade está sendo levada a crer que "há no contexto motivação de ordem estritamente embasada no exercício da política voltada para interesses contrários ao bem comum".

"Que autoridade moral fundamenta uma decisão capaz de agravar a situação nacional com consequências imprevisíveis para a vida do povo?", questiona.

Lula questiona reportagem do Globo em audiência


Ex-presidente compareceu nesta quinta-feira 3 a audiência da ação por danos morais que move contra jornalistas do jornal O Globo, na 46ª Vara Cível do Rio de Janeiro.

Ao juiz, Lula reafirmou que jamais teve um apartamento tríplex no Guarujá, como afirmou o jornal em agosto. Já os repórteres disseram ao juiz que tinham apenas ouvido falar por meio de "fontes" anônimas sobre o apartamento e sua relação com a Lava Jato e o doleiro Alberto Youssef, mas não chegaram a ver documentos. Os advogados das partes têm cinco dias para apresentar as alegações finais.

'Movimentos irão às ruas impedir tentativa de ferir democracia'


Líder do MST, João Pedro Stédile, afirma que "certamente, os movimentos populares irão fazer suas avaliações e, nos próximos dias, nos articularemos para programarmos mobilizações e impedirmos, nas ruas, qualquer tentativa de ferir nossa nascente democracia".

Ele afirmou ainda que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), "não tem moral" para encaminhar processo de impeachment.

'País não precisa de impeachment', afirma Pezão


Governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB) disse que já se foi um ano (2015) "onde a racionalidade não operou na Câmara Federal".

Durante vistoria na estação de Metrô no Leblon, Zona Sul do Rio, ele disse a situação vivida no impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello foi bem diferente da atual. "Uma pessoa séria com dificuldades de governabilidade, ela (Dilma) é uma pessoa acima de qualquer dúvida sobre sua vida. Pessoa muito séria".

Pedido de impeachment é boa notícia


"A oposição de direita e os desgarrados do centro precisarão reunir 342 dos 513 votos para aprovarem a admissibilidade do impeachment, sob a batuta de um homem marcado por denúncias fortíssimas de corrupção e movido pelo rancor", diz o colunista Breno Altman.

Ele lembra que o campo governista precisa de 172 votos e diz que, a partir de agora, "cabe apostar na mobilização dentro das instituições e nas ruas, para derrotar simultaneamente o golpismo e a chantagem, reconstruindo por baixo a governabilidade necessária para voltar ao programa eleito em 2014".

Dilma se reúne com Temer para discutir impeachment


Um dia após o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aceitar pedido de abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma, o Palácio do Planalto começou a se mobilizar logo cedo para reagir à iniciativa.

Dilma chamou o vice-presidente, Michel Temer, e os ministros da Casa Civil, Jaques Wagner; da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva; da Justiça, José Eduardo Cardozo; e a da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, para uma reunião em seu gabinete.

“Todo brasileiro deveria estar indignado”


Deputado do PSOL diz que "chantagem barata de Cunha vai além do que jamais suporia Maquiavel"; Jean Wyllys ressalta que o impeachment é "um remédio drástico, só aplicável em última instância, quando existe crime de responsabilidade. E não é o caso"; "Estou extremamente indignado, como todo brasileiro e toda brasileira deveriam estar nesse momento, independentemente de sua opinião sobre o governo da presidenta Dilma Rousseff", afirma

CUT “vai para a rua” defender Dilma


Presidente da Central Única dos Trabalhadores, Vagner Freitas, classificou como "desespero" a decisão de Eduardo Cunha, que deveria estar preso, segundo ele.

Para Vagner, o país passa por um momento de paralisia provocado por um "terceiro turno que não acabou" e por uma política econômica equivocada. Manifestações em defesa do mandato da presidente Dilma Rousseff devem acontecer hoje em Brasília.

“Quem mentiu foi o presidente Eduardo Cunha”

Em coletiva à imprensa, o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, respondeu às declarações feitas hoje mais cedo pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de que a presidente Dilma Rousseff teria "mentido à nação" ao dizer que não faz barganha.

"O presidente da Câmara mentiu. Ele afirmou que o deputado André Moura teria estado com a presidenta Dilma, levado por mim", rebateu Jaques Wagner; "Essa é a prática do presidente da Casa: sempre fazendo chantagem", destacou o ministro.

Wagner falou ainda em "tapetão" e acrescentou que a oposição tentou o ano inteiro "encaixar um fato" para pedir o impeachment, mas que trata-se de "um impeachment sem causa".

PSDB volta aos braços de Cunha sem cerimônia


"O PT ganhou na loteria com a abertura do processo de impeachment da presidenta Dilma em meio à discussão sobre a cassação do mandato de Eduardo Cunha. O PSDB, que chantageou Cunha, volta aos seus braços sem nenhuma cerimônia. Agora, o PSDB é Cunha".

Todos os governadores do Nordeste dizem NÃO ao golpe contra Dilma


De forma unânime, os governadores do Nordeste contestaram a tese de impeachment lançada por Eduardo Cunha, réu por corrupção e lavagem de dinheiro, com apoio do tucano Aécio Neves, derrotado nas últimas eleições.

Em nota, os governadores Rui Costa (PT–BA), Ricardo Coutinho (PSB–PB), Flávio Dino (PCdoB–MA), Paulo Câmara (PSB–PE), Robinson Farias (PSD–RN), Camilo Santana (PT–CE), Wellington Dias (PT–PI), Jackson Barreto (PMDB–SE) e Renan Filho (PMDB–AL) manifestam repúdio ao que chamam de "absurda tentativa de jogar a Nação em tumultos derivados de um indesejado retrocesso institucional".

'Cunha desmoraliza o processo de impeachment'


"Eduardo Cunha ter aceitado o pedido de impeachment da presidente Dilma depois de o PT ter anunciado que votaria contra ele no Conselho de Ética é a desmoralização total deste processo. 

A oposição vai fazer de tudo para tirar essa marca, mas para Dilma não poderia haver um melhor cenário para que essa disputa se iniciasse".

A avaliação é do jornalista Renato Rovai. Segundo ele, "Dilma, seu partido e seu governo terão todas as condições de demonstrar que isso só está acontecendo porque o presidente da Câmara quer se vingar por não ter tido do PT o aceite da chantagem que tentou operar".

Para Jarbas Vasconcelos, 'Impeachment é fruto de chantagem fracassada'



O deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB) disse que a abertura de processo de impeachment anunciada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), contra a presidente Dilma Rousseff é resultado do fracasso generalizado do dirigente.

"Ele tentou chantagear a Oposição não conseguiu e partiu forte para cima do Governo e do PT querendo a mesma coisa e fracassou, portanto, o processo em voga é fruto do fracasso generalizado", observou.

Jarbas disse que Cunha é um "chantagista cínico".

'Impeachment será barrado no STF e nas ruas'


O deputado federal Wadih Damous (PT-RJ) criticou a abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff por Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Para o deputado, Cunha oferece a abertura do processo à oposição do governo, em troca de votos no Conselho de Ética que analisa processo contra o presidente da Casa.

"Eu não tenho a menor dúvida de que o povo brasileiro não aceitará isso. Esse processo de impeachment será barrado aqui, será barrado nas portas dos tribunais, no Supremo Tribunal Federal, e será barrado nas ruas", disse ele em vídeo publicado nas redes sociais.

Cunha, sabedor de que enfrentará um processo de cassação, abre impeachment contra Dilma

Tal atitude foi uma resposta ao PT que votará contra ele na Comissão de Ética

Prestes a ser cassado por suas contas secretas na Suíça e também acusado de prestar favores ao BTG, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), decidiu aceitar no início da noite desta quarta-feira 2 o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff feito pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior e abraçado pela oposição.

Segundo Cunha, aceitação do pedido "tem natureza técnica" e o processo seguirá seu rito "normal, com amplo direito ao contraditório"; "Não era esse o meu objetivo", disse Cunha.

A decisão ocorreu poucas horas depois que a bancada do PT decidiu votar pela continuidade da ação que pede a cassação de Cunha no Conselho de Ética.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

PT decide votar a favor da cassação de Cunha

É a única forma de acabar com a chantagem no Congresso

Os três integrantes do PT no Conselho de Ética da Câmara - Zé Geraldo (PT-PA), Leo de Brito (PT-AC), e Valmir Prascidelli (PT-SP) - votarão a favor da continuidade da ação que pede a cassação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). "A posição de bancada é pela admissibilidade. O partido tomou essa decisão. Nós agora vamos seguir a decisão da bancada do partido. Já era uma tendência nossa", disse o deputado Zé Geraldo. A decisão foi anunciada após reunião da bancada do PT na Câmara agora há pouco.

O que esperar do PT?

Ser Churchill ou Chamberlain?

publicado 02/12/2015

O Conversa Afiada reproduz artigo de Breno Altman, extraído do Opera Mundi:

Hoje é um dos dias mais importantes da história do PT.

Se seus três representantes na Comissão de Ética da Câmara dos Deputados — Leo de Brito (AC), Valmir Prascidelli (SP) e Zé Geraldo (PA) — votarem pela continuidade do processo de cassação de Eduardo Cunha, como se espera, honrarão seu mandato e o compromisso histórico do partido com o povo brasileiro.

Mas se sucumbirem a supostas pressões para mudar seu voto, empurrarão o partido e o governo a uma das máximas de Winston Churchill: “entre a desonra e a guerra, eles escolheram a desonra, e terão a guerra.”

O ex-primeiro-ministro inglês se referia, com estas palavras, à decisão de seu antecessor, Neville Chamberlain, aliado ao governo francês, que optou por entregar os sudetos tchecos a Hitler, em 1938, no Pacto de Munique, apostando que iria pacificá-lo e evitar o confronto.

Não tenhamos dúvidas: salvar o pescoço de Cunha apenas adiaria o processo de impeachment na Câmara, para um cenário no qual o PT e a presidente Dilma estariam tão desmoralizados, exatamente pelo eventual socorro ao peemedebista, que ralas seriam as forças dispostas a combater o golpismo.

No caso, se perderia a honra e a guerra.

Fonte: Conversa Afiada, 02/12/2015

Agora é oficial: Janot e Cunha ferraram a Dilma!

Dr Janot, quem é mais perigoso: o Delcídio ou o Cunha?​

publicado 02/12/2015

O Governo Dilma não está diante de um impasse, mas de um vexame!

Não quer proteger o Cunha, mas não quer empurrá-lo para o abismo.

Se pudesse, lavava as mãos e dizia que isso é coisa do PT e do Legislativo!

Mas, ninguém ia acreditar nisso!

O Governo precisa do Legislativo para aprovar o Orçamento, a CPMF e continuar a governar.

Por isso, se submete à chantagem.

E se deixa levar por um raciocínio que não vai à esquina: se empurrar o Cunha, ele abre o impeachment e o Governo vai às favas.

Errado.

Primeiro, porque você pode prometer o céu ao Cunha, porque ele – a depender do e-mail que troca – sempre usará o impeachment como chantagem.

Não há como converter o Cunha ao Cristianismo.

Segundo, porque o impeachment com o Cunha, o Gilmar e o Pauzinho do Dantas não vai à esquina seguinte.

De novo, o Governo não faz o cálculo político, mas o pragmático.

Deixa o Cunha sentado na cadeira e a gente consegue aprovar o teto e a CPMF.

O Governo poderá até, mais tarde, aprovar o teto e a CPMF, mas, se pagar na íntegra o valor do resgate que o sequestrador pede, babau!

Governa mas não governa!

Governa, chega ao fim, mas sabe-se lá como!

E não adianta dizer que o Governo preservou a posição do PT e do Rui Falcão.

Se o Governo pagar o resgate ao Cunha, era uma vez PT!

E o Janot?

As fontes do Governo com que o Conversa Afiada conversou nessa manhã sinistra de quarta-feira, dizem as duas a mesma coisa: o Janot poderia ter tirado o Governo Dilma – que o indicou DUAS vezes – da forca!

Se o Delcídio foi preso porque poderia, solto, continuar a delinquir, e o Presidente da Câmara, que troca emails com banqueiro corruptor?

Um senador tem mais força que um Presidente da Câmara, Dr Janot?

Um senador entre 81 é mais perigoso que UM PRESIDENTE DA CÂMARA, Dr Janot?

Por que o Janot se omitiu?

Janot não vai ao Cunha como não vai a Furnas!

Porque o Aecím… bem, o Aecím é uma reserva (moral)!

E porque o Cunha tem serventia!

Deve ser por isso.

E o Cunha só vai cair depois que o fantasma do impeachment tiver seguido o do pai do Hamlet, rumo ao esquecimento!

Paulo Henrique Amorim

Fonte: Conversa Afiada, 02/12/2015

Destino de Cunha e do PT tem quatro cenários


A decisão dos deputados do PT que têm acento no Conselho de Ética - Léo de Brito, Valmir Prascidelli e Zé Geraldo - sobre votar contra ou a favor do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, na sessão desta quarta-feira 2, comporta quatro cenários, conforme aponta a colunista do 247 Tereza Cruvinel.

No primeiro, os petistas votam contra Cunha e, "sobrevindo o processo de impeachment, nem mesmo a oposição acha que o governo não teria os 171 votos para derrotar o pedido".

No segundo, o PT cede às pressões do governo e vota a favor, desgastando o partido e a presidente Dilma.

No terceiro, os votos do PT se dividem, com dois a favor e um contra.

Nor último, também se dividem, mas com dois contra e um a favor, o que resultaria em empate, cabendo ao presidente do colegiado, José de Araújo (PSD), a decisão final. "Para o PT, esta seria a melhor saída. Não poderia ser culpado nem pela salvação de Cunha nem pela abertura do processo de sua cassação", opina a jornalista.