domingo, 29 de abril de 2018

Ataque fascista ao acampamento de apoio à Lula repercute negativamente

As balas usadas no atentado são de uso restrito do Exército e da Policia Federal, assim como também eram as balas usadas para matar Marielle Franco. Quem está atirando com essas balas? Confira a repercussão desse atentado a democracia, se é que ainda existe no Brasil


"As armas que mataram Marielle e atiraram contra acampamento Marisa Letícia, ferindo duas pessoas, uma delas gravemente, o sindicalista Jeferson Lima de Menezes, são ambas pistolas 9 mm, armas de uso restrito no Brasil. Apenas o Exército e a Polícia Federal usam têm autorização para uso destas armas", informa o jornalista Mauro Lopes.

"Marielle foi morta há 45 dias. O atentado contra o acampamento ocorreu há um dia, mas já há até vídeos com a imagem do autor dos disparos. Ninguém foi preso. E as autoridades do golpe e das forças de seguranças recusam-se a investigar e passam o tempo a lançar insinuações e acusações contra as vítimas e as forças de esquerda. Está claro de onde partiram os tiros que mataram Marielle no Rio e atingiram os que estão ao lado de Lula em Curitiba".


Em um texto publicado no site do MST, Kelli Mafort, da direção nacional do movimento, lembra que o atentado a tiros contra o acampamento Marisa Letícia, em Curitiba, não foi o primeiro; há cerca de dez dias, militantes do MST apanharam com paus.

"Somos milhares e não nos intimidarão. Marielle vive em nós feito semente germinada, junto com outros lutadores e lutadoras do povo. Seguiremos na batalha por Lula Livre que hoje representa a luta do povo brasileiro por sua própria libertação e contra os retrocessos imposto por uma minoria rica, machista, LGBTfóbica e racista", escreve a militante.


"Decidi dormir aqui para mostrar que fascista algum vai nos intimidar", disse o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), junto com a jornalista Laura Capriglione, do Jornalistas Livres, em resistência uma noite depois do atentado a tiros contra o acampamento, que deixou duas pessoas feridas.

"Eles estão querendo nos intimidar, e a gente não pode aceitar esse tipo de intimidação", disse o senador.


O jornalista Xico Sá criticou no Twitter a cobertura que vem sendo feito na imprensa tradicional do atentado a tiros contra o acampamento que defende a liberdade de Lula em Curitiba; neste sábado, o Jornal Hoje, da TV Globo, ignorou o fato. 

"Se fosse contra a direitona teria plantão das maiores redes de tv", comparou Xico.


"Vamos dar nome aos bois: disparos com armas de fogo contra populações civis, pacíficas e desarmadas, por motivação política é terrorismo", diz o ex-chanceler Celso Amorim, sobre o atentado fascista ocorrido em Curitiba.


Senador do Paraná responsabiliza o discurso criado pela Lava Jato para o clima de ódio e perseguição contra movimentos sociais e o PT no Brasil, que resultou no atentado a tiros contra o acampamento em defesa de Lula em Curitiba e antes contra a caravana do ex-presidente.

Segundo ele, porém, o que "os procuradores e a operação de Sergio Moro não percebem" é que "esses atentados têm mão dupla".

"Hoje pode atingir o acampamento, mas amanhã pode atingir os seus promotores", alerta; "A irresponsabilidade desses meninos pode levar o Brasil a uma guerra civil", alerta.

Nenhum comentário: