quarta-feira, 15 de maio de 2013

Hidrovia do Tocantins pode sair do papel

“Não tenho o poder de decisão, mas devo reunir o máximo de elementos para apresentar as alternativas e os projetos para que a presidenta Dilma Rousseff tome a decisão final. Uma coisa é certa: Será feito. Agora, a discussão está em outro patamar: sobre como será feito”, garantiu o general Jorge Fraxe, diretor geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), sobre o projeto de derrocamento do Pedral do Lourenço, obra fundamental para viabilizar a Hidrovia do Tocantins.

A garantia de que a obra será realizada foi dada pelo diretor do DNIT ao vice-governador do Pará, Helenilson Pontes, ao senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), a deputados federais, prefeitos e demais lideranças da região sul e sudeste do Estado, com os quais ele se reuniu na tarde desta terça-feira (14), em Brasília (DF).

Também esteve presente na reunião a senadora Kátia Abreu (PSD-TO), presidente da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), que defendeu a urgência da obra, por considerar a Hidrovia do Tocantins fundamental para o escoamento da produção mineral paraense, e também dos setores agrícola e pecuário, do Pará e de todo o Centro-Oeste brasileiro.

O general Jorge Fraxe informou que já recebeu o projeto executivo das obras de derrocamento do Pedral do Lourenço da empresa Vale, e que existem certas diferenças em relação ao projeto que estava em poder do DNIT, de autoria de técnicos e engenheiros da Universidade Federal do Pará (UFPA).

Segundo ele, na próxima semana haverá uma reunião técnica entre engenheiros da Vale e do DNIT para discutir os projetos que estão em poder do governo federal. “Depois disso, vou levar para o Ministério dos Transportes, Ministério do Planejamento e para a presidenta Dilma Rousseff decidir com base naquilo que o DNIT levantou tecnicamente”, afirmou Jorge Fraxe. A previsão, disse ele, é de que na próxima reunião do DNIT com a bancada federal e o governo do Estado, marcada para 4 de junho, seja anunciada a decisão sobre a obra.

Desenvolvimento - Para o vice-governador Helenilson Pontes, a obra de logística do Pedral do Lourenço é vital para a economia paraense e nacional. “Conseguimos reunir diferentes partidos em torno desse empreendimento, que não é algo de governo, e sim de Estado, pois é uma alavanca do nosso desenvolvimento, não só do Pará, mas também do Brasil”, ressaltou Helenilson Pontes.

Para o senador Flexa Ribeiro, já existe um ambiente favorável para que a obra seja executada. “Defendemos de forma permanente que a obra fosse retomada. Nesse período, o governo do Estado mostrou a importância dessa hidrovia, assim como a bancada federal e as lideranças da região. Com isso, temos a confirmação de que a obra vai sair. Apenas precisamos manter esse trabalho de gestão junto ao governo federal, para que ela saia com a pressa que precisamos, uma vez que estamos com investimentos previstos na região aguardando apenas a viabilização de forma perene da hidrovia”, destacou Flexa Ribeiro.

A senadora Kátia Abreu reiterou que a obra é importante para o país. “Essa hidrovia é fundamental. Temos uma área com altíssima produção de grãos, como milho e soja, que precisa de alternativas para escoar a produção, além das rodovias. Por isso, estamos junto com os paraenses lutando por essa hidrovia”, afirmou.

Fonte: Agência Pará de Notícias, 14/05/2013


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