domingo, 22 de novembro de 2020

Frente ampla nasce em São Paulo com união entre Lula, Ciro, Dino e Marina em torno de Boulos

Líderes do PT, do PDT, do PCdoB e da Rede gravaram vídeo em torno de Guilherme Boulos, do PSOL

Brasil 247, 22/11/2020, 05:54 h Atualizado em 22/11/2020, 06:26
Twitter (Foto: Twitter)

A frente ampla dos partidos de esquerda, que vem sendo por várias lideranças como o único caminho para enfrentar a direita e a extrema-direita, finalmente começou a ser viabilizada no segundo turno da disputa municipal em São Paulo, com a união entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, Ciro Gomes, do PDT, o governador Flávio Dino, do Maranhão, e Marina Silva, da Rede, em torno de Guilherme Boulos. Os quatro gravaram apoios ao candidato do Psol, que disputa a prefeitura com Bruno Covas, do PSDB. Confira, abaixo, algumas repercussões:

Compartilho com Lula, Ciro e Marina a tela dos que estão apoiando Boulos e Erundina em São Paulo. O campo progressista tem que caminhar assim: com UNIÃO. Acredito na nossa vitória. Avante, com força e fé. pic.twitter.com/8kpr6Iijeo— Flávio Dino 🇧🇷 (@FlavioDino) November 22, 2020

Não sei se vai ter frente ampla em 2022, mas parece que já tá rolando na campanha do Boulos em SP pic.twitter.com/hEXMacIUQq— Bernardo Mello Franco (@BernardoMF) November 22, 2020

Poucos candidatos conseguirão repetir o feito de @GuilhermeBoulos e unir essas lideranças em defesa de uma cidade mais justa. Que bela imagem! #ViraSP #Boulos50 pic.twitter.com/UtrR3rgwLl— Juliano Medeiros (@julianopsol50) November 22, 2020

A hora é agora. Não sabemos quando teremos outra chance como esta. Como diria Renato Russo, "a primeira vez é sempre a última chance..." https://t.co/ZnTJwHw0DH— Eduardo Moreira (@eduardomoreira) November 22, 2020

Folha reconhece, com atraso, que Haddad foi quem mais investiu em São Paulo. Covas é o último

A uma semana das eleições em São Paulo, o jornal Folha de S. Paulo finalmente reconhece que Fernando Haddad, do PT, foi quem mais investiu na cidade: R$ 15,4 bilhões, contra R$ 15,2 bilhões de Gilberto Kassab, R$ 10,4 bilhões de José Serra e apenas R$ 8,2 bilhões de Bruno Covas

Brasil 247, 22/11/2020, 09:54 h Atualizado em 22/11/2020, 10:21
   Fernando Haddad e Bruno Covas (Foto: Brasil 247 | Kelly Fuzaro/Band)

O ex-prefeito Fernando Haddad, do PT, que apoia a candidatura de Guilherme Boulos, do PSOL, no segundo turno da disputa municipal em São Paulo, foi quem mais investiu na metrópole nos últimos quinze anos. O levantamento foi feito pelo jornal Folha de S. Paulo, que levantou os gastos em obras, deixando de fora despesas fixas, como salários, previdência e outros gastos correntes. 

A reportagem publicada neste domingo, assinada pelo jornalista Artur Rodrigues, aponta que Haddad investiu R$ 15,4 bilhões, contra R$ 15,2 bilhões de Gilberto Kassab, do PSD, e R$ 10,4 bilhões de José Serra. O pior desempenho é o de Bruno Covas, do PSDB, com apenas R$ 8,2 bilhões, mesmo somando seus números com os do antecessor João Doria, hoje governador de São Paulo. Os valores foram corrigidos e atualizados pela inflação – o que permite uma comparação real entre as quatro gestões.

Os principais investimentos de Haddad foram feitos em mobilidade urbana, como nos novos corredores de ônibus e nas ciclovias, o que conferiu a São Paulo uma aspecto mais moderno e humano. Covas, por sua vez, concentrou seus investimentos em recapeamento de vias urbanas e não realizou nenhuma obra que tenha deixado qualquer marca na cidade.

Tais números devem ser usados por Guilherme Boulos para alertar o eleitor sobre a paralisia dos investimentos em São Paulo nos últimos anos. Embora Haddad tenha apoiado Jilmar Tatto no primeiro turno, ele tem sido um dos principais conselheiros de Boulos, nesta reta final da disputa municipal.

sábado, 21 de novembro de 2020

Justiça rejeita ação que acusava Lula de integrar organização criminosa

De acordo com nota dos advogados de Lula, esta é a 'sexta vez em que a Justiça rejeita uma denúncia sem materialidade contra o ex-presidente'

Brasil 247, 21/11/2020, 15:37 h Atualizado em 21/11/2020, 15:37
   Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/ Instituto Lula)

A 12ª. Vara Federal Criminal rejeitou uma ação que acusava o ex-presidente Lula de integrar uma organização criminosa. De acordo com texto divulgado pelo escritório dos advogados de defesa de Lula, esta foi a "sexta vez em que a Justiça rejeitou uma denúncia sem materialidade contra o ex-presidente".

Em outro momento, Lula já havia sido definitivamente absolvido da mesma acusação pelo Juízo da 12ª. Vara Federal Criminal.

A defesa do ex-presidente ressalta que "em todos os processos em que Lula foi julgado fora da autointitulada 'Lava Jato de Curitiba' a acusação foi sumariamente rejeitada ou o ex-presidente foi absolvido, com trânsito em julgado".

Os advogados divulgaram uma lista dos processos citados:

1) Caso “Quadrilhão” - 12ª Vara Federal Criminal de Brasília – Processo n.º 1026137-89.20184.01.3400 – o ex-presidente Lula foi absolvido sumariamente e a decisão se tornou definitiva (trânsito em julgado);

2) Caso “Obstrução de justiça” - (Delcídio do Amaral) – 10ª Vara Federal Criminal de Brasília – Processo n.º 0042543-76.2016.4.01.3400 (42543-76.2016.4.01.3400) – o ex-Presidente Lula foi absolvido por sentença que se tornou definitiva (trânsito em julgado);

3) Caso “Frei Chico” - 7ª Vara Criminal Federal de São Paulo – Inquérito n.º 0008455-20.2017.4.03.6181 – rejeição da denúncia em relação ao ex-presidente Lula confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 3ª. Região;

4) Caso “Invasão do Tríplex” - 6ª Vara Criminal Federal de Santos – Inquérito n.º 50002161-75.2020.4.03.6104 – denúncia sumariamente rejeitada em relação ao ex-presidente Lula.

5) Caso Janus I - 10ª Vara Federal de Brasília – Ação Penal n° 0016093-96.2016.4.01.3400 – processo trancado por inépcia da denúncia e ausência de justa causa por decisão unânime do Tribunal Regional Federal da 1ª. Região proferida em 1º/09/2020).A nova decisão da Justiça Federal de Brasília é mais uma evidência de que Lula é vítima de lawfare, pois o ex-presidente foi vítima de múltiplas acusações frívolas e descabidas com fins ilegítimos.

Discurso de Bolsonaro sobre racismo no Brasil gera choque e indignação entre participantes do G20

"Como é que, em pleno século 21, ainda escutamos tais discursos", questionou uma diplomata europeia que participou da cúpula do G20

Brasil 247, 21/11/2020, 17:05 h Atualizado em 21/11/2020, 17:38
   (Foto: Reprodução)

Constrangimento, choque e indignação eram os sentimentos entre algumas delegações estrangeiras da ONU, após o discurso de Jair Bolsonaro na abertura da cúpula do G20, neste sábado (21), em que reclamou dos protestos contra o racismo no Brasil.

De acordo com reportagem de Jamil Chade, do UOL, uma parcela das delegações não entendeu imediatamente do que se tratava. Mas para quem acompanhava a situação do país, como uma negociadora de alto escalão de um país europeu a fala de Bolsonaro deixou ela e outros membros da delegação "em choque" ao ouvir a "tese de conspiração" sobre o racismo no Brasil. "Como é que, em pleno século 21, ainda escutamos tais discursos", questionou a diplomata, na condição de anonimato.

"Fontes ainda confirmaram que diplomatas estrangeiros trocaram mensagens comentando a atitude do brasileiro, enquanto outros, sem saber o motivo da declaração, buscavam entender do que Bolsonaro falava", contou Chade, destacand que uma delegação de uma das agências da ONU, a reação foi de indignação, chamando a atenção pelo fato de Bolsonaro não ter feito nenhuma referência sobre a vítima e nem sobre a necessidade de uma resposta que leve em consideração a Justiça.

Moro trabalha para bilionário israelense investigado por corrupção, denuncia o Intercept

Benjamin "Beny" Steinmetz, defendido pelo ex-juiz Sergio Moro, é investigado por suspeitas de corromper governantes, lavar dinheiro, sonegar impostos e violar direitos humanos e leis ambientais

Brasil 247, 21/11/2020, 11:53 h Atualizado em 21/11/2020, 12:35
   (Foto: Lula Marques)

Ex-juiz da Lava Jato, ex-ministro de Jair Bolsonaro e suposto símbolo de combate à corrupção, Sergio Moro está trabalhando para um bilionário de Israel investigado por suspeitas de corromper governantes, lavar dinheiro, sonegar impostos e violar direitos humanos e leis ambientais, de acordo com revelação do site Intercept Brasil.

Benjamin "Beny" Steinmetz, cliente de Moro, atua na área de mineração e já foi preso na Suíça e Israel e investigado pelo FBI. 

O serviço de Moro, requisitado pelo próprio bilionário, consiste na elaboração de um parecer jurídico, que, segundo o Intercept, trata-se de "um diagnóstico sobre uma questão legal ou do direito, das provas existentes num caso e das leis sob as quais ele será avaliado". O parecer elaborado por Moro lhe renderá R$ 750 mil.

O ex-ministro ainda fará mais dois pareceres, mas os clientes estão sob sigilo.

Fachin determina que STJ julgue recurso de Lula no caso triplex

Defesa do ex-presidente Lula pede a suspensão da tramitação do recurso especial pelo STJ até que o Supremo Tribunal Federal dê a palavra final sobre a parcialidade do ex-juiz Sergio Moro

Brasil 247, 18/11/2020, 20:39 h Atualizado em 18/11/2020, 21:28

O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) julgue o recurso no qual a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva solicita a paralisação do caso do triplex no Guarujá (SP).

Os advogados de Lula querem o sobrestamento da tramitação do recurso especial pelo STJ até que o Supremo dê a palavra final sobre a suposta parcialidade do ex-juiz Sergio Moro, responsável pela condenação em primeira instância.

O relator no STJ, ministro Felix Fischer, já negou o pedido de sobrestamento. A defesa, entretanto, contestou a decisão monocrática e pediu que o colegiado responsável, a Quinta Turma, analisasse a questão. Mas o recurso, um agravo, foi julgado incabível pelo relator, que negou o andamento.

Na decisão assinada nessa terça-feira (17), Fachin determinou que o pedido de sobrestamento seja julgado na Quinta Turma. Na prática, o pedido posterga a conclusão do processo no STJ, após a Quinta Turma do tribunal ter rejeitado, na terça-feira (17), uma série de embargos de Lula no caso do triplex.

Fachin argumenta ser “equivocada” a decisão em que Fischer negou o julgamento colegiado do pedido de sobrestamento. Ele concordou com parecer do procurador-geral da República, Augusto Aras. O ministro, no entanto, disse não caber ao Supremo se pronunciar, ainda, sobre o pedido de sobrestamento em si.

Habeas corpus

A defesa do ex-presidente quer que o caso fique paralisado no STJ até que o Supremo julgue dois habeas corpus sobre a suspeição de Moro no processo do triplex no Guarujá (SP). Caso seja reconhecida a parcialidade do ex-juiz, todo o processo seria anulado.

Os dois habeas corpus devem ser julgados pela Segunda Turma do STF, composta por cinco ministros. Edson Fachin e Cármen Lúcia já se posicionaram contrários ao argumento de que houve parcialidade de Moro no caso. Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski já se manifestaram no sentido inverso. Diante de um possível empate, o julgamento, que ainda não tem data para ocorrer, pode ser decidido pelo recém-empossado ministro Kassio Nunes Marques.

No caso do triplex, Lula foi condenado pela primeira vez por Sergio Moro, em julho de 2017, a 9 anos e 6 meses de prisão. A condenação foi depois confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) e pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), que reduziu a sentença para 8 anos e 10 meses.

PT foi o partido que mais cresceu em número de vereadores nas cidades com mais de meio milhão de habitantes

De acordo com levantamento do cientista político Jairo Nicolau, o PT foi o partido que mais avançou percentualmente em números de vereadores nas cidades com mais de 500 mil habitantes. Cresceu 6,6% contra 6,3% do DEM e 6,1% do Republicanos

Brasil 247, 20/11/2020, 15:42 h Atualizado em 20/11/2020, 16:17
  Partido dos Trabalhadores foi a legenda que mais cresceu nas câmaras municipais (Foto: Partido dos Trabalhadores/Divulgação)

Agenda do Poder - Diferentemente do que setores da mídia tentam fazer crer, o PT apresentou nas eleições municipais um surpreendente crescimento nos grandes centros urbanos brasileiros. Foi o partido que mais avançou percentualmente em números de vereadores nas cidades com mais de 500 mil habitantes, segundo levantamento do cientista político Jairo Nicolau. Cresceu 6,6% contra 6,3% do DEM e 6,1% do Republicanos. O MDB cresceu 4,9% e o PSOL 4,8%.

Se reduzimos o universo pesquisado para apenas as capitais, o PT ficou ligeiramente abaixo (53 cadeiras a 50) somente do Republicanos, Ao contrário do MDB e do PSDB, que perderam posições nas câmaras das capitais, o PT, o PSOL, o DEM, o Republicanos, o Patriota e o PSD foram as únicas siglas que cresceram em cadeiras no legislativo municipal nestas cidades

Para o vice-presidente nacional do PT, Washington Quaquá, o crescimento do partido nas capitais é um indicador real e palpável da pujança partidária . E fundamental para a definição de estratégias para 2022.

-Em 2016, diante do massacre moral de setores da mídia, o PT recuou. Agora, estamos novamente avançando, numa demonstração da nossa força e de nossa capilaridade. Números de vereadores é um dado real, mostra a força e o tamanho efetivo de sua base - afirmou.

Nas 38 cidades com mais 500 mil habitantes, onde residem 37% da população brasileira, para vereador, o PT foi o partido que mais cresceu; o DEM em segundo lugar e o Republicanos em terceiro.

terça-feira, 17 de novembro de 2020

Bolsonaro perde e une as esquerdas no segundo turno

"Jair Bolsonaro, mesmo sem querer, acabou contribuindo para a união das esquerdas que estavam meio dispersas desde a última eleição. Até Ciro e Lula fizeram as pazes", escreve o jornalista Ribamar Fonseca sobre a disputa do segundo turno nas eleições municipais

Brasil 247, 17/11/2020, 18:38 h Atualizado em 17/11/2020, 19:16
      (Foto: ABr)

O presidente Jair Bolsonaro foi o grande derrotado nas eleições municipais de domingo, um sinal de que em 2022 os seus sonhos de reeleição tendem a ser frustrados. Na verdade, o panorama politico hoje no Brasil é completamente diferente do que existia em 2018, quando a parceria Globo-Lava-Jato criou as condições ideais para a eleição do capitão, criminalizando a classe política e afastando Lula da sucessão presidencial. Incutiu-se na cabeça de parte da população que os políticos eram ladrões e Bolsonaro, de origem militar, surgiu como “salvador da pátria”, credenciado portanto para combater a corrupção que, segundo Moro e a Globo, grassava no país. E o medíocre deputado do Rio de Janeiro, há mais de 20 anos na Câmara Federal quase no anonimato, como num passe de mágica deu um salto do Congresso para a Presidência da República.

Filho do casamento da Globo com Moro, Bolsonaro tornou-se um fenômeno eleitoral, arrastando junto para o poder nomes desconhecidos cuja principal credencial era não ser político, o que, na visão distorcida do eleitorado influenciado pela mídia tradicional, era um sinal positivo. E observou-se uma verdadeira corrida de delegados e militares das mais diversas patentes para a política, conquistando mandatos sobretudo no Legislativo. Alguns provavelmente conseguirão reeleger-se, mas a grande maioria será político de um mandato só porque não terão, em 2022, as mesmas condições criadas pela Globo e Lava-Jato. E o grande puxador de votos de 2018, Jair Bolsonaro, provavelmente não conseguirá eleger nem inspetor de quarteirão porque decepcionou grande parte dos seus eleitores, inclusive militares que até pouco tempo eram seu principal sustentáculo. 

Em apenas dois anos de mandato o capitão, com seu comportamento de brucutu, foi perdendo aliados e seguidores, tendo os institutos de pesquisas registrado altos índices de rejeição. O bolsonarismo foi deixando de ser um catalizador de apoios e votos e, por isso, não garantiu a eleição, no pleito de domingo, de muitos candidatos a prefeito e vereador que imaginaram atrair votos com o rótulo do capitão, o que aconteceu em 2018. Nada menos de 78 candidatos inclusive adotaram o nome “Bolsonaro”, convencidos de que isso era suficiente para a conquista do mandato, mas descobriram que o efeito produzido foi contrário ao que esperavam: apenas um foi eleito, mais precisamente o próprio filho do Presidente, Carlos, vereador. Conclusão: ser Bolsonaro, hoje, não vale mais a pena. 

Bolsonaro, na verdade, comete os mesmos erros do seu ídolo Donald Trump, de quem só não copiou o topete amarelo, e deverá ter o mesmo melancólico fim político. Até o pretexto de fraude eleitoral o capitão já começa a invocar para justificar sua derrota nas próximas eleições presidenciais, imitando o presidente norte-americano, que está criando um problemão para o seu país, considerado modelo de democracia, ao se recusar a reconhecer a derrota e dificultar a transição para o presidente eleito Joe Biden. Ainda não se sabe como os americanos vão resolver o problema, mas a democracia ficará arranhada mesmo após a saída de Trump que, ao que tudo indica, não será pacífica. E poderá provocar graves conflitos nas ruas por parte dos trumpistas, que são tão radicais quanto os bolsonaristas. Enquanto isso, o mundo espera o desfecho da novela das apurações americanas para respirar aliviado, após quatro anos de tensão do governo Trump. 

As eleições municipais de domingo também alteraram o equilíbrio das forças políticas, com o crescimento do DEM e do PSOL. Este último se tornará mais forte ainda se Guilherme Boulos for eleito prefeito de São Paulo, credenciando-se para vôos mais altos no futuro. O PT e o PCdoB já declararam oficialmente apoio a ele no segundo turno e tudo indica que a esquerda marchará unida em torno do seu nome, ampliando as suas chances de vitória. Como o atual prefeito Bruno Covas é afilhado político do governador João Dória, adversário político de Bolsonaro, não está descartada a possibilidade dos bolsonaristas despejarem seus votos em Boulos, a não ser que o capitão faça as pazes com o governador paulista, já que em politica não existe a palavra “impossível”. De qualquer modo, o panorama se mostra mais favorável para o candidato do PSOL.

O segundo turno vai provocar a união das esquerdas em todo o país, com a eleição dos candidatos progressistas nas principais capitais. Além de Boulos em São Paulo, os partidos de esquerda deverão se unir em torno das candidaturas de Manuela D´Ávila em Porto Alegre, Sarto em Fortaleza, Coser em Vitória e Marilia em Recife. Constata-se, desse modo, que Bolsonaro, mesmo sem querer, acabou contribuindo para a união das esquerdas que estavam meio dispersas desde a última eleição. Até Ciro e Lula fizeram as pazes. Isso significa que no pleito de 2018 as esquerdas poderão estar unidas na definição do nome do candidato que concorrerá à sucessão de Bolsonaro. A Globo, que está empenhada em ressuscitar Moro casando-o com Luciano Huck para o próximo pleito presidencial, já não tem a mesma força de antes e dificilmente conseguirá emplacar essa chapa. 

Moro, na verdade, é um morto-vivo que busca desesperadamente oxigênio para sobreviver politicamente, mas as revelações sobre a sua parceria com os Estados Unidos para ferrar Lula e privatizar a Petrobrás, entregando o pre-sal para os americanos, vai sepultar de uma vez os seus sonhos presidenciais. Talvez até precise se mudar para os Estados Unidos, onde seus velhos parceiros poderão empregá-lo, pois será muito difícil permanecer no Brasil, onde será visto como traidor da Pátria. Aliás, nesse ponto, Bolsonaro deve ser cumprimentado: ele acabou com o poder de Moro, que se tornara o homem mais poderoso do país até ser levado para o Ministério da Justiça e ser descartado como imprestável. No momento ele só tem a Globo como bóia de salvação, mas a própria emissora dos Marinho está se debatendo para não ser afogada pelo capitão. A situação dele, portanto, é complicada. Como diz a Biblia: “A semeadura é livre mas a colheita é obrigatória”.

Chamada de pedófila, Xuxa processa Sikera Jr e pede sua demissão da RedeTV

Na ação, ela também pede indenização de R$ 500 mil e a cassação do seu título de jornalista

Brasil 247, 17/11/2020, 21:01 h Atualizado em 17/11/2020, 21:31
   (Foto: Reprodução)

A apresentadora Xuxa Meneghel ingressou com ação na Justiça contra o apresentador bolsonarista Sikêra Jr. , após ser chamada de pedófila e de fazer apologia às drogas. 

Em ação protocolada na Vara Cível do Foro Regional de Santo Amaro, em São Paulo, Xuxa pede a cassação do título de jornalista do apresentador do Alerta Nacional, bem como sua demissão da RedeTV!, e uma indenização de R$ 500 mil, que ela pretende doar a instituições de caridade.

Segundo o site Notícias da TV, os advogados de Xuxa fizeram um longo relato para sustentar a tese de que Sikêra Jr. comete crimes diariamente ao vivo em seu programa na RedeTV!. Foram citados episódios em que o apresentador faz comentários homofóbicos, transfóbicos e preconceituosos a cidadãos comuns, incita a zoofilia, faz acusações sem provas e comemora as mortes de pessoas.

Estudo revela que a CoronaVac produz anticorpos contra Covid em 97% dos participantes

A CoronaVac é capaz de induzir uma rápida resposta de anticorpos em quatro semanas da imunização ao dar duas doses da vacina em um intervalo de 14 dias, aponta estudo publicado na revista Lancet Infectious Diseases

Brasil 247, 17/11/2020, 22:43 h Atualizado em 17/11/2020, 22:43
Profissional de saúde segura caixa de potencial vacina contra Covid-19 da chinesa Sinovac durante testes em Porto Alegre (Foto: REUTERS/Diego Vara)

Artigo científico publicado pela revista Lancet Infectious Diseases aponta que a Coronavac, a vacinha chinesa contra a Covid-19, é segura e tem capacidade de produzir resposta imune no organismo 28 dias após sua aplicação em 97% dos casos. 

Os resultados publicados se referem à análise dos ensaios clínicos de fase 1 e 2 conduzidos na China nos meses de abril e maio com 744 voluntários saudáveis e sem histórico de infecção pelo coronavírus Sars-CoV-2.

“Nossas descobertas mostram que a CoronaVac é capaz de induzir uma rápida resposta de anticorpos em quatro semanas da imunização ao dar duas doses da vacina em um intervalo de 14 dias”, disse Zhu Fengcai, um dos autores do artigo.

“Acreditamos que isso faz da vacina adequada para o uso emergencial durante a pandemia”, acrescentou Zhu em um comunicado publicado juntamente com o artigo.

Os pesquisadores disseram que os resultados do estudo amplo de Fase 3 serão cruciais para determinar se a resposta imune gerada pela CoronaVac é suficiente para proteger as pessoas da infecção pelo coronavírus.

Além do Brasil, a CoronaVac também está sendo testada em estudo de Fase 3 na Indonésia e na Turquia.