terça-feira, 2 de outubro de 2018

O que eles disseram

O peso dos 38 anos do PT na eleição e na candidatura Haddad  Eu entendo os votos em Ciro Gomes e em outras alternativas progressistas. Não entendo votar no PSDB sem projeto. Mas esquecer que o PT tem essa história e achar que ela não pesa em sua militância (e até em não-militantes, como eu) é ignorar um fator muito importante e orgânico na votação que teremos no domingo.

Alckmin vira barriga de aluguel de Bolsonaro  Geraldo Alckmin (PSDB), abandonado, se conformou fácil com a derrota. Jogou a toalha. Atuará como linha auxiliar de Jair Bolsonaro (PSL). Para cumprir esse papel de coadjuvante, o tucano cederá seu tempo de TV ao capitão do Exército como se fosse uma barriga de aluguel.

Toffoli confirma Lula preso político  Lula, certamente, se falasse, agora, poderia virar, definitivamente, o jogo a favor da candidatura Haddad-Manuela, apesar da última pesquisa Ibope indicar, estranhamente, avanço da candidatura Bolsonaro e recuo da de Haddad.

A eleição do fake news  Nestas eleições presidenciais do Brasil, as redes sociais ajudaram - e muito – a produzir um grosso e indigesto caldo de cultura que alimenta a bactéria da intolerância, do ódio, do ressentimento, do envenenamento dos espíritos, independentemente de sexo, raça, religião, parentesco ou classe social.

Moro dá contribuição valiosa à vitória de Fernando Haddad  A liberação pré-eleitoral dos ataques de Palocci contra o ex-chefe que praticamente o inventou na grande política tenderá a mover em favor de Lula, do PT e finalmente de Haddad boa parte da opinião pública que se sentirá manipulada de forma infame pelo juiz, que sequer cuidou de apresentação de provas.

#elenão O momento não é de se omitir. Não podem existir votos nulos, ou brancos. Não permita que por conta da sua omissão, um presidente fascista assuma a presidência do Brasil. Qualquer um, menos ele. Nada pode ser pior.

Hadadd é meio Lula  Fria e numericamente, até aqui, "Haddad é meio Lula", pois o potencial de transferência era de 40%. Na verdade, se formos justas com os números, Haddad é menos que meio Lula, porque ele tinha 4% sozinho, ou seja, conseguiu minguados 17% dos lulistas (ou 16%, pois Manuela, sua vice, pontuava em torno de 1%).

As flores vencendo canhões?  O movimento de mulheres que ocupou as ruas não parece disposto voltar para casa de mãos abanando. Quer trazer a vitória das eleições, participar do governo, mais democracia, o restabelecimento da legalidade, a união nacional pelo desenvolvimento sustentável, superação da pobreza e da desigualdade, e barrar o fascismo.

É preciso sair da crise investindo no Brasil  Fique atento a todos os políticos que votaram contra os trabalhadores. É preciso votar em candidatos comprometidos com você.

O Brasil diz não ao candidato do fascismo  Sem dúvida, o movimento das mulheres pelo #Elenão foi além da questão de gênero e se constituiu na mais contundente manifestação antifascista dessa campanha. Os protestos contra o Coiso, como ele acabou sendo chamado, significaram a rejeição radical ao produto final do Golpe.

Sororidade  Fui ao ato das mulheres contra o inominável, tudo lindo! Fui às lágrimas: não saía da minha cabeça a imagem criada por Lula antes da sua prisão: “Vocês podem arrancar uma, duas flores... mas não podem impedir a chegada da primavera”. A primavera chegou chegando, e elas estavam lá.

Os neo-reacionários de Bolsonaro  Muitos sociólogos modernos confundem as políticas de Trump e Bolsonaro com tendências políticas neoconservadoras, quando na verdade elas são manifestações neo-reacionárias. As reações de Trump são etnocêntricas e em Bolsonaro neocoloniais.

Sobre o debate na TV da Igreja Universal  Donald Trump sobretaxa produtos chineses e intensificou seus avanços imperialistas sobre a riqueza de nações emergentes. Que boa oportunidade para trazer de volta a lembrança dos milhares de indústrias que se dissolveram no Brasil, pela canetada de FHC, ao aderir ao "modernismo" da Globalização.

Intolerância e ataques à democracia: a relevância de Paulo Freire e de seu esperançar  Tristemente, o cinquentenário da Pedagogia do Oprimido acontece nestes tempos sombrios, quando se tenta subjugar o pensamento crítico, com proposições de políticas de silenciamento, como as da escola sem partido e da ideologia de gênero.

5 dias para Festa da Democracia  Vamos celebrar a Democracia nestas eleições: a vontade da mudança nos olhos e corações do brasileiros. As pessoas querem mudança! Assistimos atônitos à falência do SUS, onde os hospitais não funcionam e pessoas morrem na fila sem atendimento digno, isto é um extermínio!

#EleNão x Zumbis  Diante do que está se vendo, o que alguém imaginaria esperar de um governo com esse perfil político, técnico e humano? A mobilização popular mostrou que o povo percebeu o nível de irresponsabilidade que isso significa para o presente e para o futuro do país

Das mentiras que se lêem por aí: a China é uma ditadura?  A adesão dos chineses às transformações sociais, políticas e econômicas é, sem sombra de dúvida, fator central dos sucessos obtidos até aqui e deve-se, antes de mais nada, à sua efetiva participação nos processos políticos.

A imprensa livre e democrática como voz dos oprimidos  Nesse festival de mosquito batendo palmas para o inseticida poder-se-iam alegar insanidade coletiva não fosse a justificativa da força de convencimento dos meios de comunicação de massa na sua tarefa cotidiana de legitimação dos valores dos dominadores.

A Primavera Brasileira contra o Fascismo chama-se #EleNão  O espetáculo democrático que as mulheres fazem hoje não carece de seus holofotes e repórteres deturpadores da verdade. Dispensamos sua fábrica de notícias. O Brasil se torna referência mundial na luta contra o ódio. Pelas mãos femininas a guerra de braços contra o fascismo será vencida.

No dia das mulheres, Dilma acerta contas com a história  Que o 29 de setembro seja a abertura para um novo tempo para a democracia e para a participação das minorias na vida política do país.

Precisamos falar (a sério) sobre Jair Bolsonaro  O brasileiro é profundamente mal-educado. E é analfabeto político. Mas, como mostrou uma pesquisa Datafolha, o eleitor possível do Bolsonaro tem ensino superior. É letrado. Tem capacidade intelectual. Mas é um boçal que acredita no "perigo comunista". Este cara precisa ser reeducado.

A semana decisiva  "A pesquisa CNT/MDA consolida o cenário. Haddad continua subindo. Chega a 25% acabando de desidratar Marina. Bolsonaro mantém seus 28%, apesar de Mourão e da pesada artilharia adversária", reforça o colunista Ricardo Cappelli; "Importante acompanhar como se comportarão os eleitores de Ciro e Alckmin na reta final. Os ciristas anteciparão voto útil em Haddad? Vão resistir e marcar posição? Os eleitores que restaram com Alckmin são democratas e votarão contra o fascismo? Ou será que a aversão ao PT é mais forte entre eles? Morrerão abraçados com o chuchu no primeiro turno? Os indecisos serão distribuídos igualmente seguindo a tendência atual? Seguirão alguma onda?", questiona; "Tudo dependerá da resiliência dos eleitores de Alckmin e Ciro".

Mulheres mudam rumo  O saldo de tudo registrado no Brasil no sábado histórico por força incomunal das mulheres mobilizadas contra o significado de Bolsonaro é o atestado sociológico mais importante da conjuntura barrando a onda pró candidato ultra conservador.

As mulheres entenderam que a luta contra o golpe e o fascismo só se dá com o povo mobilizado nas ruas  As mulheres são imprescindíveis novamente para arejar a democracia, expulsar o fascismo, empurrando-o para o esgoto da história e para a construção da paz nacional e mundial.

Derrota do Golpe à vista  O #ELENÃO uniu as esquerdas e os democratas contra o fascismo e a ignorância. Nova pesquisa mostra que Haddad continua a crescer e ganha no segundo turno. O golpe está prestes a ser derrotado nas urnas, mas só acabará com amplas mobilizações e uma hegemonia clara na sociedade em favor da democracia e dos valores humanitários.

Mourão volta a criticar 13º salário: ‘Todos saímos prejudicados’

"O 13º eu simplesmente disse que tem que ter planejamento, entendimento de que é um custo", disse o vice de Bolsonaro

Catraca livre, 02/10/2018 - 15:23
Crédito: Futura Press/Folhapress Eleitores do candidato Jair Bolsonaro (PSL) erguem boneco de Mourão em São Paulo

Após polêmica na última semana, o general Hamilton Mourão (PRTB), vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), voltou a fazer críticas ao 13º salário nesta terça-feira, 2.

“O 13º eu simplesmente disse que tem que ter planejamento, entendimento de que é um custo. Na realidade, se você for olhar, seu empregador te paga 1/12 a menos [por mês]. No final do ano, ele te devolve esse salário. E o governo, o que faz? Aumenta o imposto para pagar o meu. No final das contas, todos saímos prejudicados”, afirmou Mourão no aeroporto de Congonhas, em São Paulo.


Na semana passada, o general foi duramente criticado ao chamar o 13º de “jabuticaba brasileira”. “Temos algumas jabuticabas que a gente sabe que é uma mochila nas costas de todo empresário. Jabuticabas brasileiras: 13º salário. Se a gente arrecada 12 (meses), como é que nós pagamos 14? É complicado, e é o único lugar em que a pessoa entra em férias e ganha mais, é aqui no Brasil.”

Depois da repercussão da fala de seu vice, Bolsonaro saiu em defesa dos direitos trabalhistas. “O 13° salário do trabalhador está previsto no art. 7° da Constituição em capítulo das cláusulas pétreas (não passível de ser suprimido sequer por proposta de emenda à Constituição). Criticá-lo, além de uma ofensa à quem trabalha, confessa desconhecer a Constituição”‬, escreveu no Facebook.

Em seu discurso nesta terça, 2, Mourão ainda destacou que o 13º é um dos gastos que o Brasil precisa diminuir para ter competitividade internacionalmente.

“Se você recebesse seu salário condignamente, você economizaria e teria mais no final do ano. Essa é minha visão. Não pode acabar [o 13º]. O que eu mostrei é que tem que haver planejamento. Você vê empresa que fecha porque não tem como pagar. O governo tem que aumentar imposto, e agora já chegou no limite e não pode aumentar mais nem emitir títulos. Uma situação complicada”, disse.

“Tem governos estaduais que pagam atrasado. Não pode mudar [o 13º salário], está enraizado. Só se houvesse um amplo acordo nacional para aumentar os salários. Os salários são muito baixos, né? Você olha a nossa faixa salarial e ela é muito ruim”, finalizou o general.

Em relação à “bronca” que recebeu de Bolsonaro, ele explicou que é a “maneira dele de se expressar” e ainda utilizou uma expressão em inglês para dizer que não vê problemas: “I can live with that” (“posso viver com isso”).

Mourão ignora Bolsonaro e volta a atacar o 13º Salário


General Hamilton Mourão ignorou a determinação Jair Bolsonaro e voltou a criticar 13º salário nesta terça-feira.

"O 13º eu simplesmente disse que tem que ter planejamento, entendimento de que é um custo. Na realidade, se você for olhar, seu empregador te paga 1/12 a menos [por mês]. No final do ano, ele te devolve esse salário. E o governo, o que faz? Aumenta o imposto para pagar o meu. No final das contas, todos saímos prejudicados", disse Mourão a jornalistas em São Paulo.

Há uma semana, Mourão chamara o 13º de "jabuticaba".

Haddad afirma que "parte da elite abandonou a social democracia pelo fascismo"


Em campanha no Rio, Fernando Haddad fez um duro ataque ao PSDB nesta terça, acusando os tucanos de responsáveis pelo giro de parte da elite brasileira rumo à extrema-direita.

"Parte expressiva da elite brasileira abandonou a social-democracia pelo fascismo". Ele disse ainda: "Temos sofrido muitos ataques do PSDB, mas isso não está favorecendo o PSDB, e sim o fascismo. Quando você alimenta o ódio, alimenta o fascismo. Aconteceu na Alemanha, na Itália".

Record desmente o Globope!

Haddad e Bolsonaro estão empatados

Conversa Afiada, 02/10/2018

O Globope, cada vez mais Globo e menos Ibope, anunciou uma vantagem de 10 pontos percentuais para Bolsonaro, contra Haddad

A RecordTV, segundo portal R7, contratou a Real Time Big Data e chegou a resultado diferente (em ambos, Ciro vence Bolsonaro no segundo turno):

A menos de uma semana da eleição, pesquisa RealTime Big Data/RecordTV de intenção de voto para presidente da República mostra um possível segundo turno entre os candidatos Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT). No levantamento, divulgado nesta segunda-feira (1º), os candidatos aparecem com 29% e 24%, respectivamente.

Confira os números:

• Jair Bolsonaro (PSL): 29%
• Fernando Haddad (PT): 24%
• Ciro Gomes (PDT): 11%
• Geraldo Alckmin (PSDB): 7%
• Marina Silva (REDE): 5%
• João Amoêdo (NOVO): 3%
• Henrique Meirelles (MDB): 3%
• Álvaro Dias (PODE): 2%

Os candidatos Cabo Daciolo (PATRI), Eymael (DC), João Goularf Filho (PPL) e Vera Lúcia (PSTU) tiveram juntos 1% das intenções de voto. Guilherme Boulos (PSOL) não pontuou. Votos brancos e nulos representam 8%; indecisos, 7%.

A pesquisa foi realizada nos dias 28 e 29 de setembro, com 3.200 entrevistados. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral sob o número: BR-06928/2018.

Veja abaixo a evolução dos candidatos na comparação com as pesquisas anteriores. 
O Real Time BigData também simulou nove cenários de segundo turno.

Bolsonaro x Haddad

Haddad: 45%
Bolsonaro: 41%
Nulos/brancos: 9%
Indecisos: 5%

Bolsonaro x Ciro

Ciro: 47%
Bolsonaro: 39%
Nulos/brancos: 8%
Indecisos: 6%

Bolsonaro x Marina

Bolsonaro: 37%
Marina: 36%
Nulos/brancos: 18%
Indecisos: 9%

Bolsonaro x Alckmin

Bolsonaro: 40%
Alckmin: 39%
Nulos/brancos: 17%
Indecisos: 4%

Ciro x Marina

Ciro: 40%
Marina: 23%
Nulos/brancos: 28%
Indecisos: 9%

Ciro x Haddad

Ciro: 40%
Haddad: 31%
Nulos/brancos: 24%
Indecisos: 5%

Marina x Alckmin

Alckmin: 29%
Marina: 28%
Nulos/brancos: 29%
Indecisos: 14%

Marina x Haddad

Haddad: 35%
Marina: 28%
Nulos/brancos: 32%
Indecisos: 5%

Alckmin x Haddad

Haddad: 37%
Alckmin: 35%
Nulos/brancos: 22%
Indecisos: 6%

Os entrevistados também opinaram sobre em qual candidato eles não votariam de jeito nenhum. Como é possível escolher mais de um, as somatórias excedem 100%.

Veja o índice de rejeição de cada candidato:

• Jair Bolsonaro (PSL): 54%
• Fernando Haddad (PT): 53%
• Ciro Gomes (PDT): 45%
• Geraldo Alckmin (PSDB): 44%
• Cabo Daciolo (PATRI): 37%
• Marina Silva (REDE): 36%
• Guilherme Boulos (PSOL): 31%
• João Amoêdo (NOVO): 28%
• Henrique Meirelles (MDB): 27%
• Vera Lúcia (PSTU): 27%
• Alvaro Dias (PODE): 26%
• Eymael (DC): 22%
• João Goulart Filho (PPL): 22%
• Não rejeita nenhum candidato: 8%

segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Tacla Duran: "Moro não aguentou ficar fora do processo eleitoral"


O advogado Rodrigo Tacla Duran criticou o juiz Sérgio Moro por ter nesta segunda-feira, 1, quebrado o sigilo de parte da delação premiada do ex-ministro Antonio Palocci.

"Juiz super-herói!!! Não aguentou ficar fora do processo eleitoral", disse Tacla Duran.

A atuação de Moro a seis dias das eleições foi rechaçada por vários líderes petistas.

Para a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, decisão de Moro "é mais uma prova do desespero daqueles que usaram o aparelho do estado, nos últimos anos, para tentar destruir Lula e o PT".

Delação de Palloci foi recusada pelo Ministério Público por falta de provas


Utilizada por Sergio Moro a seis dias da eleição para tentar prejudicar Fernando Haddad, a delação do ex-ministro Antonio Palocci foi recusada pelo Ministério Público Federal por falta de provas.

"Demoramos meses negociando. Não tinha provas suficientes. Não tinha bons caminhos investigativos. Fora isso, qual era a expectativa? De algo, como diz a mídia, do fim do mundo. Está mais para o acordo do fim da picada. Essas expectativas não vão se revelar verdadeiras", explica o procurador da Lava Jato Carlos Fernando dos Santos Lima.

Em agosto, o STF decidiu que delações sem provas devem ser sumariamente arquivadas.

Palloci sai com 45 milhões da sua delação


Ter atacado o ex-presidente Lula próximo das eleições presidenciais se revelou um lucrativo negócio para o ex-ministro Antônio Palocci.

Sua delação premiada firmada com a Polícia Federal em março deste ano teve o sigilo quebrado pelo juiz Sérgio Moro nesta segunda-feira (1) seis dias antes das eleições presidenciais.

Pelo acordo, o ex-ministro teve redução de dois terços da pena e terá que pagar multa de R$ 35 milhões.

Em junho, a Lava Jato já havia identificado R$ 80 milhões em patrimônio no nome do delator e familiares.

Ele sairá livre em breve com pelo menos R$ 45 milhões nos bolsos.

Atos de mulheres contra Bolsonaro se tornam o maior dessas eleições


Da Universa, no Rio de Janeiro e São Paulo, 29/09/2018 11h14










O ato "Mulheres Contra Bolsonaro" aconteceu neste sábado (29) em várias cidades brasileiras durante o dia. O evento, protagonizado pelas mulheres, foi o maior dessas eleições no país. A dispersão começou por volta das 21h, após cerca de 8h de manifestação. O assunto também teve força nas redes sociais. No fim da tarde, mais de 60 cidades registraram atos contra o candidato e em ao menos 27 os atos foram também favoráveis.

Em São Paulo, no Largo da Batata, 500 mil pessoas se reuniram, segundo os organizadores. A polícia não costuma estimar público presente em manifestações assim. Elas marcharam para a Avenida Paulista, onde chegaram por volta das 19h30. Lá, a cantora Elza Soares se apresentou. Uma das organizadoras teve seu celular hackeado no dia anterior ao evento.

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Na Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro, mais de 200 mil pessoas se reuniram, segundo os organizadores. O protesto tomou proporções gigantescas e é um dos maiores que já aconteceu na cidade. Elas rumaram em volta de um caminhão de som para a Praça XV, onde aconteceram shows da percussionista Lan Lanh com a atriz Nanda Costa e a sambista Tereza Cristina. Organizadores avaliaram o evento como "um dia histórico"

Todos os protestos aconteceram de maneira pacífica, sem confrontos. Celebridades também se uniram pela causa e postaram fotos se posicionando. No Rio de Janeiro, muitas atrizes estiveram no ato e se declararam contra o candidato.

Também aconteceram atos a favor do candidato do PSL em São Paulo e no Rio. 

Pela manhã, aconteceram manifestações contrárias a Bolsonaro em Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Santa Catarina, interior de São Paulo e no Tocantins, em um total de 35 cidades.
Exterior também se posicionou

Os protestos "Mulheres no Exterior Contra Bolsonaro" aconteceram em 63 cidades espalhadas por 20 países, neste sábado (29) e domingo (30): Cidade do Cabo (África do Sul), Berlim (Alemanha), Buenos Aires (Argentina) e Londres (Reino Unido) estão entre elas.

Atos a favor de Bolsonaro foram registrados em 27 cidades. No Rio de Janeiro, manifestantes a favor de Bolsonaro se uniram no calçadão da praia de Copacabana.
Carnaval de protesto no Rio

No Rio de Janeiro, um ato do início da tarde na escadaria da Câmara dos Vereadores, no centro do Rio. Mais de 80 blocos de carnaval se uniram em um clima de festa. No fim da tarde, milhares se concentraram na Cinelândia. 

As crianças começaram cedo, no cortejo “Brincato” com suas mães, e foram recebidas nas escadarias da Câmara dos Vereadores pela organização do evento. O povo abriu caminho para se sentarem em família. Lá, elas amamentaram bebês e cantaram músicas contra o candidato. Na sequência, grupo de mulheres leu um manifesto em forma de jogral e seguiu em marcha para a Praça XV.

Protesto contra o candidato à presidência da República pelo PSL, Jair Bolsonaro na Cinelândia, no Rio de Janeiro (RJ), na tarde deste sábado (29).Imagem: Francisco Proner/Farpa/Folhapress

Candidatos estiveram em São Paulo

Marina Silva (Rede), Guilherme Boulos e Sonia Guajajara (Psol) estiveram no Largo da Batata na tarde de sábado. "Estamos aqui todas juntas pra dizer ele não, contra o facismo, contra o machismo e contra a violência", afirmou Guajajara. Marina afirmou que na democracia temos que respeitar aqueles que pensam diferente de nós. "As mulheres devem ser respeitadas e devem ver seus direitos respeitados". As vices Manuela D'ávila (PCdoB), do candidato petista Fernando Haddad (PT) e Katia Abreu (PDT), de Ciro Gomes, também estavam no evento.

A atriz Mônica Martelli também esteve no Largo da Batata: "eu sou mulher, e estou aqui dizendo não ao candidato que não respeita as mulheres. As mulheres vão mudar o mundo e mudar o resultado dessa eleição", afirmou. 

Luiza Erundina, candidata a deputada federal pelo Psol, afirmou que é preciso ter ousadia. "Não é só eleição que resolve. Resolve só uma parte. O povo tem que estar na rua. Ele é fascista, brutamontes, machista, atrasado, estuprador, reacionário e não merece a sociedade e o povo que tem. Nós vamos derrubá-lo e reconstruir a democracia no País. Com o povo na rua!”, disse.
Indignação

A menos de um mês das eleições presidenciais de 2018, grupos virtuais de mulheres se mobilizaram na rede contra e a favor às declarações de Jair Bolsonaro. Até pouco antes da manifestação, a página que chamava para o ato contra o candidato, no Largo da Batata, em São Paulo, tinha 83 mil pessoas confirmadas e 238 mil interessados. 

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“O que é importante enfatizar é que existe um grande movimento da sociedade que está sendo liderado pelas mulheres, mas que é um movimento da sociedade. São mulheres que tomaram consciência de seu papel de eleitoras e que de fato podem, quando se unem, fazer escolhas determinantes em eleições, como já aconteceu em 2016 com o candidato Pedro Paulo na prefeitura do Rio de Janeiro. Agora isso está acontecendo de novo em escala nacional. As mulheres liderando esse processo, mas boa parte da sociedade não concorda com as ideias que ele tem, e também está se manifestando”, diz a diretora e roteirista Antonia Pellegrino, uma das articuladoras do movimento no Rio.

Efeito de atos contrários pode ser sentido às vésperas da eleição

Na avaliação de especialistas em opinião pública, o efeito dos atos convocados por mulheres para este sábado poderá ser avaliado na próxima semana, já às vésperas da eleição. Mulheres mais pobres, protestos de rua e um comportamento inédito do eleitorado feminino -- mais distante do voto masculino -- podem enfraquecer a campanha de Jair Bolsonaro em um eventual segundo turno. 

As mulheres formam o grupo que mais rejeita a candidatura de Jair Bolsonaro à presidência. Segundo pesquisa do Datafolha divulgada na última sexta (28), Bolsonaro é líder nas pesquisas, com 28% das intenções do voto. Apesar disso, 
mantém uma rejeição entre 46% das mulheres. Comparado com a última pesquisa, a rejeição feminina subiu três pontos percentuais. 

"As mulheres estão na rua porque o Bolsonaro não as respeita, isso é evidente. O projeto de país dele é um atraso e é contra isso que as mulheres estão se insurgindo. Nesse projeto de país, que é do atraso, está lá a cláusula de que as mulheres voltam a ser cidadãs de segunda classe".

Pesquisa CNT/MDA mostra empate técnico entre Bolsonaro e Haddad: 28,2% a 25,2%

Conheça outras informações importantes da pesquisa

PODER36030.set.2018 (domingo) - 7h02

Margem de erro é de 2,2 pontos

Levantamento feito em 27 e 28.set
Candidatos do PSL e do PT aparecem empatados na margem de erro a uma semana da votação Fábio Wilson Dias/Agência Brasil e Cláudio Kbene

Pesquisa CNT/MDA mostra os candidatos à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) empatados pela 1ª vez na margem de erro, de 2,2 pontos percentuais. O militar e o petista têm 28,2% e 25,2% das intenções de voto, respectivamente.

O levantamento foi realizado nos dias 27 e 28 de setembro com 2.002 pessoas em 137 municípios de 25 unidades da Federação. Está registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número BR-03303/2018. O nível de confiança é de 95%. Leia a íntegra.

Em 3º lugar também estão empatados tecnicamente o candidato do PDT, Ciro Gomes (9,4%), e o tucano Geraldo Alckmin (7,3%).

Eis os percentuais apurados:

2º TURNO

Também foram pesquisados os cenários para o 2º turno. Jair Bolsonaro só venceria o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin:

Cenário 1
Ciro Gomes: 42,7%
Jair Bolsonaro: 35,3%
Branco/Nulo: 17,8%
Indeciso: 4,2%

Cenário 2
Fernando Haddad: 42,7%
Jair Bolsonaro: 37,3%
Branco/Nulo: 16,1%
Indeciso: 3,9%

Cenário 3
Jair Bolsonaro: 37%
Geraldo Alckmin: 33,6%
Branco/Nulo: 25,1%
Indeciso: 4,3%

Cenário 4
Ciro Gomes: 34%
Fernando Haddad: 33,9%
Branco/Nulo: 26,9%
Indeciso: 5,2%

Cenário 5
Ciro Gomes: 41,5%
Geraldo Alckmin: 23,8%
Branco/Nulo: 29,1%
Indeciso: 5,6%

Cenário 6:
Fernando Haddad: 39,8%
Geraldo Alckmin: 28,5%
Branco/Nulo: 26,4%
Indeciso: 5,3%

POTENCIAL DE VOTO

Os entrevistados também foram perguntados sobre em quem votariam com certeza ou quem rejeitam por completo.

O candidato do PSL, Jair Bolsonaro, aparece com a maior rejeição e o maior potencial de voto. 55,7% do eleitorado afirmam não votar no militar de jeito nenhum. E 23,7% dizem que votariam e reconhecem que ele seria a única opção.

No 2º lugar de rejeição, vem Geraldo Alckmin. 52,8% afirmam que não votariam no tucano de jeito nenhum. Apenas 5% dizem que ele seria a única opção para o cargo.

Fernando Haddad aparece com uma rejeição de 48,3%. Outros 19,3% dizem que votariam nele com certeza.

INTERESSE NAS ELEIÇÕES

Segundo a CNT/MDA, 72,5% dos eleitores dizem ter tido contato com a propaganda eleitoral veiculada na televisão e no rádio.

Entre os que assistiram ao horário eleitoral, 20,8% dizem que Fernando Haddad tem a melhor propaganda. Logo após, vem Jair Bolsonaro (18%), Geraldo Alckmin (12,9%) e Ciro Gomes (12,5%).

De um modo geral, 32% dos entrevistados afirmaram estar muito interessados nas eleições presidenciais de 2018. Outros 25,1% afirmam ter 1 interesse médio, enquanto 21,4% declaram não ter nenhum interesse.

Os entrevistados também foram questionados sobre o nível de conhecimento que têm a respeito dos presidenciáveis. De acordo com a CNT/MDA, apenas 19,5% dizem saber bastante sobre quem são os candidatos. Outros 26,5% dizem conhecer poucos os concorrentes. E 12,9% dizem não conhecer nada.
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Pesquisa BTG Pactual: 
Bolsonaro tem 35% dos votos válidos; Haddad tem 27%A 6 dias da eleição, Bolsonaro lidera em 18 Estados; Haddad, em 8