segunda-feira, 20 de junho de 2016

Dilma já é um passo à frente do petismo lulista


"A história costuma ser irônica. Mais uma prova disso é que, duramente criticada inclusive por seus pares de PT, Dilma Rousseff pode ser a via pela qual o próprio PT pode vir a se recuperar como partido, pelo menos em parte. 

Com toda a crise que levou o Brasil a uma das fases mais obscuras de sua história, Dilma tem protagonizado nas últimas semanas um fenômeno extremamente interessante: sua popularidade cresce a olhos vistos. 

Mais do que isso: ela está superando a popularidade que poucos (ou ninguém) esperavam que poderia ter".

A análise é do jornalista Eduardo Maretti, para quem, "Dilma tem incendiado uma militância até outro dia adormecida" e se mostra "um passo à frente do petismo lulista".

‘Golpistas já tentam barrar investigação em público’

Perderam a vergonha?

O ex-ministro-chefe da Casa Civil Jaques Wagner (BA) alfinetou, no Facebook, o atual comandante da pasta no governo Michel Temer, Eliseu Padilha, ao dizer que "no momento em que a operação se aproxima da cúpula do PMDB, Padilha, o homem forte de Temer, fez um apelo para que os procuradores coloquem logo um ponto final nas apurações"; "É o indisfarçável desespero de quem ainda não entendeu que os tempos do Engavetador-Geral da República ficaram no passado", disse; Wagner faz referência à declaração de Padilha, que durante palestra em São Paulo, disse ter certeza de que os agentes da Lava Jato "terão a sensibilidade" para saber o momento em que deverão "aprofundar ao extremo", e de "caminharem rumo a uma definição final".

Substituto de Machado na Transpetro foi indicado por Jucá

Por quê? Para quê?

Senador acusado por Sérgio Machado de receber R$ 21 milhões em propina, o senador e ex-ministro do Planejamento Romero Jucá (PMDB-RR) é padrinho político de Claudio Campos, que antes de assumir a presidência da Transpetro, era diretor de Serviços da subsidiária da Petrobras.

Alvo do MPF, Padilha nega indisponibilidade de bens


O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, rebateu as informações de que teria seus bens bloqueados a pedido do Ministério Público Federal.

"Ação de Improbidade contra mim ainda não foi recebida pela Justiça. Não houve nem há qualquer indisponibilidade de bens", afirmou ele no Twitter.

"A Ação de Improbidade não deve prosperar, pois foi fundada em documento nulo e o praticado por mim é legal", disse.

Segundo reportagem de Veja, o MPF pediu o bloqueio dos bens e a devolução de R$ 300 mil aos cofres públicos em ação de improbidade administrativa na Justiça Federal contra Padilha por supostamente ter mantido uma funcionária fantasma em seu gabinete quando deputado federal.

Odebrecht vai mirar 175 deputados e senadores


Delação que está sendo negociada pela empreiteira de Marcelo Odebrecht com os procuradores da Lava Jato envolve nada menos que um terço do Congresso Nacional.

Isso sem incluir os sem-mandato.

Até agora, os advogados da empresa citaram exatamente os nomes de 175 deputados federais e senadores.

Conforme o 247 já havia noticiado, também devem ser envolvidos o presidente interino Michel Temer e 13 governadores.

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Dono da UTC diz que pagou propina a Paulinho da Força


DCM, 17/06/2016


O delator da operação Lava Jato, o dono da UTC Engenharia, Ricardo Pessoa, disse em depoimento ao juiz Sérgio Moro que repassou valores ao deputado federal, Paulinho da Força (SDD-SP). De acordo com o colaborador, os valores foram repassados como doações oficiais nas campanhas de 2010 e 2012.

Pessoa participou de audiência, nesta quinta-feira, como testemunha de acusação em ação penal relacionada a 26ª fase da operação Lava Jato. O processo possui 12 réus – entre eles, o executivo da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, o marqueteiro do PT, João Santana, a esposa dele, Mônica Moura, e o ex-tesoureiro do partido, João Vaccari Neto.

Durante a audiência, o delator ainda comentou que fez pagamentos ao ex-deputado Valdemar Costa Neto (PR). Ricardo Pessoa explicou que os valores foram entregues como uma estratégia para manter um relacionamento dentro do Ministério dos Transportes.

“O interesse na contribuição ao Valdemar Costa Neto era manter o interesse na relaçao com o Ministério dos Transportes abertos e iniciando. Porque nessa época, em 2010, o grupo UTC adquiriu o Constran e nós queríamos reestabelecer o relacionamento com o Ministério dos Transportes. Por isso que me aproximei do Valdemar Costa Neto que era o comandante do partido PR que tinha o domínio sobre o Ministério dos Transportes, essa é a verdade”, afirma.

Ricardo Pessoa também disse que pagava propina desviada de contratos da Petrobras diretamente na conta do Partido dos Trabalhadores, a pedido do ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto.

“No caso do João Vaccari, a grande absoluta maioria, quase absoluta, era depositada nas contas do Partido dos Trabalhadores. A maioria no Diretório Nacional. Como eu mencionei, na minha colaboração, se não me recordo em torno de 2 milhões e 900 em espécie para Vaccari, ao longo desse período que nós trabalhamos nesse sentido”, disse.

Deputada que teve marido preso após impeachment é investigada

Agência Câmara 
Deputada Raquel Muniz (PSD-MG) em sessão da Câmara

Folha, 17/06/2016

O STF (Supremo Tribunal Federal) investiga a suspeita de que a deputada Raquel Muniz (PSD-MG) e seu marido, o prefeito afastado de Montes Claros (MG), Ruy Muniz (PSB), comandaram uma organização criminosa que cometeu crimes como sonegação fiscal, falsidade ideológica, estelionato, fraude contra credores e lavagem de dinheiro.

Em seu primeiro mandato, Raquel ganhou projeção nacional ao elogiar seu marido durante a sessão da Câmara que aprovou o avanço do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, em abril.

Ao votar, ela justificou ser favorável ao processo e disse que Muniz "mostra que o Brasil tem jeito". Ele acabou preso um dia depois e atualmente cumpre prisão domiciliar.

Segundo o Ministério Público Federal, foi descoberto um suposto esquema em que a Sociedade Educativa do Brasil (Soebras), entidade filantrópica comandada pela deputada e seu marido, exercia verdadeira atividade empresarial, auferindo e distribuindo lucros e rendas, por meio de transferências a entidades presididas pela congressista.

A Procuradoria aponta que a deputada e o prefeito assumiram o comando da sociedade com a finalidade de se utilizar do certificado de beneficência titularizado pela entidade, colocando sob administração escolas particulares e cursos reparatórios de propriedade do casal, para que estas empresas gozassem de imunidade e isenção tributárias.

Para a Procuradoria-Geral da República, o casal adotou, para a aquisição dos estabelecimentos, o seguinte procedimento irregular: abrir uma filial da Soebras no mesmo endereço da instituição a ser incorporada; transferir todo o patrimônio da instituição para a Soebras; alterar o quadro societário da instituição para incluir interpostas pessoas como filhos e irmãos do casal; e manter a inscrição no CNPJ da empresa incorporada, movimentando recursos, e beneficiando-se da imunidade tributária de que goza a sociedade.

Para o MP, o modus operandi consiste na distribuição, por tais instituições, de dividendos para os chefes da organização criminosa e na blindagem patrimonial dos bens de uso pessoal do casal Ruy Muniz e Raquel Muniz.

A entidade controlada pelos investigados possui mais de 125 instituições de ensino e saúde, detentoras de certificados de benemerência que lhes conferem imunidade/isenção tributária.

"O primeiro exame apresenta elementos de participação direta da parlamentar e seu marido (Ruy Muniz) nos fatos narrados. Não se está diante de notícia sem qualquer apoio indiciário ou de notícia fundada somente em denúncia anônima, devendo-se dar prevalência, diante disso, ao interesse da sociedade em ver esclarecidos os fatos", escreveu o ministro Luís Roberto Barroso, relator do inquérito.

O ministro já autorizou a quebra do sigilo fiscal das empresas componentes do grupo econômico controlado pelo casal.

"O presente inquérito visa a apurar supostos delitos de sonegação fiscal, falsidade ideológica, estelionato, fraude contra credores e lavagem de dinheiro por parte de organização criminosa supostamente comandada pela investigada e por seu marido, Ruy Muniz", afirmou o ministro.

Na sessão do impeachment, Raquel Muniz disse em seu voto a favor da abertura de processo contra a presidente que tomava aquela decisão "para dizer que o Brasil tem jeito" e que "o prefeito de Montes Claros mostra isso para todos nós com sua gestão".

"É pelo norte de Minas, é por Montes Claros, é por Minas Gerais, é pelo Brasil", afirmou a deputada.

O prefeito é suspeito de inviabilizar a existência e o funcionamento de hospitais públicos e filantrópicos que atendem pelo SUS ao deixar de prestar serviços pela rede municipal.

OUTRO LADO

Procurada pela Folha, a deputada Raquel Muniz informou, por meio de sua assessoria que "desconhece o inquérito citado e, portanto, não tem como se manifestar sobre os fatos. Tão logo a deputada seja notificada pela Justiça prestará os devidos esclarecimentos".

Na época da prisão, Ruy Muniz negou envolvimento com irregularidades.

Veja quanto Machado diz em delação que cada político recebeu em propina

Renata Mello/Transpetro 
Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro e ex-aliado do PMDB

Folha, 17/06/2016

Em seu acordo de delação premiada na Lava Jato, o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado afirmou ter intermediado o repasse de propina para ao menos 25 políticos quando ocupava o cargo máximo na subsidiária da Petrobras. Sua denúncia envolve nomes importantes do PMDB, PT, DEM, PSDB, PCdoB e PP.

Segundo Machado, parte dos pagamentos foi em dinheiro e outra parte em doações eleitorais. Todos os citados negam irregularidades (veja abaixo).

Como os repasses foram feitos em parcelas pagas ao longo de vários anos, não é possível atualizá-los para valores atuais. Por isso, as quantias abaixo estão exatamente como citadas em seu depoimento. Veja:
*

OUTRO LADO

RENAN CALHEIROS

Presidente do Senado, Renan (PMDB-AL) disse que "nunca autorizou ninguém para falar em seu nome" e que todas as doações que recebeu para campanhas eleitorais, foram legais e com contas prestadas e aprovadas pela Justiça. "Não tenho absolutamente nada a temer", afirmou.

JUCÁ, LOBÃO E SARNEY

O advogado dos senadores Romero Jucá (PMDB-RR) e Edison Lobão (PMDB -MA) e do ex-presidente José Sarney, Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, disse que os três negam ter recebido recursos de Machado.

"A delação é bastante ampla e tem que ver qual é a credibilidade dela, tendo em vista que ela foi feita para livrar os filhos [de Sérgio Machado] da cadeia. A delação tem que ser vista com muitas reservas", disse à Folha.

CHALITA

Gabriel Chalita (PDT), hoje secretário municipal de Educação de São Paulo, disse que, como manifestado anteriormente, não conhece e não tem nenhum contato com Machado. Ele afirmou ainda que nunca soube de um eventual pedido que teria sido feito pelo presidente interino.

AÉCIO

Em nota, o senador Aécio Neves negou que tenha usado propinas para comprar apoio na Câmara dos Deputados.

"São acusações falsas e covardes de quem, no afã de apagar seus crimes e conquistar os benefícios de uma delação premiada, não hesita em mentir e caluniar. Qualquer pessoa que acompanha a cena política brasileira sabe que, em 1998, sequer se cogitava a minha candidatura à presidência da Câmara dos Deputados, o que só ocorreu muito depois. Essa eleição foi amplamente acompanhada pela imprensa e se deu exclusivamente a partir de um entendimento político no qual o PSDB apoiaria o candidato do PMDB à presidência do Senado e o PMDB apoiaria o candidato do PSDB à presidência da Câmara dos Deputados. A afirmação feita não possui sequer sustentação nos fatos políticos ocorridos à época."

VACAREZZA

O deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) afirmou que "Machado nunca arrecadou para as minhas campanhas, nunca pedi que ele arrecadasse. Ele cita meu nome de forma genérica, sem dizer qual empresa [doou], qual o valor [foi doado]. Isso nunca existiu".

HENRIQUE EDUARDO ALVES

O ministro Henrique Eduardo Alves (Turismo) disse que "repudia a irresponsabilidade e leviandade" das declarações de Machado e que "nunca pediu qualquer doação ilícita a empresários ou qualquer que seja".

Em nota, Alves disse que todas as doações para suas campanhas "foram oficiais", com prestações de contas "aprovadas" pela Justiça Eleitoral. O ministro afirmou ainda que "está à disposição da Justiça" e "confiante que as ilações envolvendo o seu nome serão prontamente esclarecidas".

JADER BARBALHO

O senador Jader Barbalho (PMDB-PA) disse: "Eu não trato de declaração deste canalha porque não sou especialista em estrume. O que ele quer, na verdade, é, combinado com o Ministério Público e a Justiça, sair da cadeia e ir beber vinho em Paris com os filhos. É um bandido com cobertura judicial. Não acredito em nada deste rapaz e não me causará nenhuma espécie se ele citar o papa Francisco para se livrar da cadeia. Inclusive, sou pessoalmente incompatibilizado com este canalha, não falo com ele há anos".

GARIBALDI E WALTER ALVES

Tanto o senador Garibalde Alves (PMDB-RN), quanto o deputado Walter Alves (PMDB-RN) afirmaram, ambos por meio de nota, que as doações recebidas foram legais, "oficiais e sem nenhuma troca de favor, benesse ou vantagem de qualquer natureza".

Para os parlamentares, esse tipo de arrecadação de campanha estava prevista em lei e pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), "inclusive fixando percentuais para pessoas físicas e jurídicas".

AGRIPINO MAIA

O senador José Agripino Maia (DEM-RN) afirma que as doações recebidas "foram obtidas sem intermediação de terceiros, mediante solicitações feitas diretamente aos dirigentes das empresas doadoras". Ele ainda afirma que, como presidente de partido de oposição, não teria nenhuma "contrapartida a oferecer a qualquer empresa que se dispusesse a fazer doação em troca de favores" do governo. Por fim, reafirma que as doações recebidas têm "origem lícita" e foram declaradas à Justiça Eleitoral.

LUIZ SÉRGIO

O deputado Luiz Sérgio (PT-RJ) confirma ter recebido doações da Queiroz Galvão, mas afirma que elas foram legais.

"Pedi doação para minha campanha, até porque todo candidato pede. Mas pedi doações legais, recebi e declarei tudo na Justiça Eleitoral. O que recebi da Queiroz Galvão está declarado na minha prestação de contas: foram R$ 332,5 mil em 2014. Esses valores estão errados [Sérgio Machado diz que os repasses ao deputado foram feitos via Queiroz Galvão: R$ 200 mil em 2010 e R$ 200 mil em 2014]. Eu não sabia da relação que Sérgio Machado estabelecia com as empresas. Uma coisa é pedir doação legal e declarar, que foi o que eu fiz. Outra coisa é participar de um esquema criminoso", afirmou.

JANDHIRA FEGHALI

Em nota, a deputada Jandira Feghali (PC do B-RJ) reafirmou ter se encontrado algumas vezes com Sérgio Machado, em reuniões públicas relativas ao setor da indústria naval, e que todas as doações que recebeu foram lícitas, registradas e aprovadas pela Justiça.

"Nunca conheci ou participei de qualquer conduta, ou esquema criminoso envolvendo a Transpetro e jamais aceitaria doações se pudesse supor serem de origem ilícita. Repudio a tentativa de criminalizar as doações feitas segundo as leis à época vigentes, portanto legais e públicas, e qualquer tentativa de vincular meu nome ao recebimento de propina", disse a deputada, afirmando ainda que irá processar Machado por calúnia e difamação.

FELIPE MAIA

O deputado Felipe Maia (DEM-RN) se disse surpreso com a citação de seu nome.

"Todas as doações recebidas na minha campanha foram devidamente contabilizadas e aprovadas pela Justiça Eleitoral. Em 2014, as doações recebidas de empresas privadas, dentro do que regia a legislação vigente, foram arrecadadas pelo diretório nacional do meu partido e sem intermediários", disse Felipe Maia (DEM-RN) em nota.

"Fui surpreendido com a citação do meu nome na delação do ex-senador Sérgio Machado. Afinal, como parlamentar de oposição há 10 anos, jamais teria como condicionar doação à troca de favores de governo", acrescentou.

VALDIR RAUPP

Em nota, a assessoria do senador Valdir Raupp (PMDB-RO) negou que ele tenha solicitado doações para o ex-presidente da Transpetro. "O senador Valdir Raupp repudia com veemência as ilações do sr. Sérgio Machado, na sua delação e afirma que nunca solicitou ao delator doações para campanhas eleitorais. Portanto, são mentirosas e descabidas as citações feitas ao seu nome."

JORGE BITTAR

O presidente da Telebras e ex-deputado pelo PT do Rio de Janeiro, Jorge Bittar, negou que tenha tido reuniões para solicitar recursos a Sergio Machado.

"Todas as doações recebidas por minhas campanhas foram feitas de forma legal e devidamente registradas na Justiça Eleitoral", disse, por meio de nota enviada pela assessoria de imprensa.

NÃO RESPONDERAM

A Folha não conseguiu falar com a ex-ministra Ideli Salvatti (PT-SP).

Heráclito Fortes (PSB-PI) está em missão oficial no Panamá e disse que só irá se manifestar nesta quinta-feira (16), quando retornar ao país.

Golpista: Alves se esconde no banheiro

Foi pra não ter que ouvir os gritos de "golpista" no avião

Fonte: Conversa Afiada, 17/06/2016


Créditos do original: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados (17/12/2014)


Na Fórum:

Henrique Eduardo Alves se esconde no banheiro do avião para fugir de gritos de ‘golpista’

O agora ex-ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves disse que optou por se esconder em um banheiro de avião para não ter que ouvir os gritos de “golpista” de uma passageira que estava no mesmo voo.

Alves estava em Brasília e iria pegar um voo para Natal, no Rio Grande do Norte. A senhora se sentou duas cadeiras atrás do ex-ministro, houve uma discussão entre os dois e pouco depois Alves viu que uma senadora do PT que também estava no voo.

No desembarque, o ex-ministro se refugiou no banheiro com medo de novos gritos e esperou que todos os passageiros deixassem a aeronave. Antes de sair do aeroporto, Henrique Eduardo Alves precisou ficar aguardando ainda mais tempo no saguão porque seu motorista disse que havia “petistas do lado de fora”.

Alves foi o terceiro ministro a deixar o governo interino de Temer em 34 dias de gestão. O ex-ministro do Turismo foi mencionado nas delações de Sérgio Machado por supostamente ter recebido propina no valor de R$ 1,55 milhões. Antes de Alves, havia sido demitidos os ministros Romero Jucá (Planejamento) e Fabiano Silveira (Transparência). Nos bastidores do Planalto, a aposta é que a demissão de Alves não seja a última. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

PCdoB quer plebiscito já!

"Governo" Temer acabou!

Fonte: Conversa Afiada, 17/06/2016

Créditos: Roberto Stuckert Filho/PR


PCdoB: Plebiscito já para derrotar o golpe e restaurar a democracia

Em nota, a Comissão Política Nacional do PCdoB, reunida nesta quinta-feira (16), prega que as forças democráticas políticas e sociais, ao lado da presidenta eleita Dilma Rousseff, se comprometam a convocar plebiscito sobre a antecipação de eleições presidenciais diretas, caso ela retorne ao cargo. 

O partido também defende sinalizações de Dilma no sentido de que seu governo fortalecerá a democracia, se empenhará por uma reforma política, irá assegurar conquistas sociais e liderar um pacto para que o país vença a recessão e adentre a um novo ciclo de desenvolvimento.

(...)

O governo interino, a começar da composição de seu ministério, é todo ele voltado não para verdadeiramente governar o país, mas sim para consolidar o golpe no julgamento do Senado Federal, no qual se maquina, a qualquer preço, a condenação da presidenta Dilma Rousseff. Por isto, a bancada do golpe busca, através de manobras, abreviar ao máximo o julgamento e prejudicar, e até mesmo obstruir, o exercício do direito de defesa da presidenta.

(...)

Embora em minoria na Comissão, um grupo de senadores e senadoras partidários da democracia – do qual faz farte, com destaque, a senadora do PCdoB, Vanessa Grazziotin – tem enfrentado com altivez esse estratagema dos golpistas, e a ação aguerrida de todos tem demonstrado cabalmente que a presidenta Dilma Rousseff não cometeu nenhum crime de responsabilidade.

(...)

A proposta do Plebiscito, por motivações variadas, ganha apoio no Senado, e espelha a vontade do povo e dos trabalhadores, conforme pesquisas e tomada de posição de suas entidades e seus movimentos. E ganha também crescente convergência, embora ainda existam legítimas divergências e dúvidas no elenco das forças políticas e sociais que são o núcleo propulsor da resistência democrática.

Tendo em conta essa realidade, e por suas próprias convicções, a presidenta Dilma já sinalizou publicamente que – de comum acordo com a frente política e social que luta pela democracia – poderá, sim, com base inclusive numa carta ao povo, abraçar como sua a bandeira do Plebiscito por eleições presidenciais diretas.

Barbosa: PEC de Temer para limitar gastos confirma inocência de Dilma


Em testemunho na Comissão Processante do Impeachment no Senado, o ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa afirmou que os decretos de crédito suplementar editados pela presidente eleita Dilma Rousseff entre junho e agosto do ano passado não prejudicaram o cumprimento da meta fiscal aprovada pelo Congresso, no início de 2015.

"Como é conhecido, a proposta de controle encaminhada nesta semana ao Congresso pelo vice-presidente em exercício Michel Temer elegeu, para seu limite de gastos, o gasto financeiro. Não foi nem o empenho, nem a dotação. Foi o gasto financeiro. Acho que isso, mais do que qualquer coisa, atesta a boa fé dos atos praticados pela Presidência da República", argumentou.

Dilma: ‘O povo é quem vai julgar o impeachment’


Ainda na Bahia, a presidente Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira 17 que "fica mais claro a cada dia que o impeachment é um golpe para parar as investigações" da Operação Lava Jato, e que a população já percebe "as verdadeiras motivações".

"O julgamento será feito pelo povo brasileiro, e esse julgamento deixa claro que esse impeachment é um processo que tem muito pouca base no que eles chamam de pedaladas fiscais", afirmou.

Dilma voltou a bater no governo provisório: "O que mais me incomoda no governo provisório e interino é o fato de ser um governo provisório e interino, não legítimo, que está desmontando toda a política que nós fizemos de inclusão social e desenvolvimento".

Dono de helicóptero com cocaína é nomeado no Ministério do Esporte


Ex-deputado estadual Gustavo Perrella foi nomeado nesta sexta-feira, 17, no Ministério do Esporte, para o cargo de Secretário Nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor.

O filho do senador Zezé Perrella (PDT-MG), um dos representantes da bancada da bola no Congresso, Gustavo Perrella, teve um helicóptero de sua empresa apreendido pela Polícia Federal com 445 kg de cocaína, em 2013.

Rosa Weber arquiva pedido para Dilma explicar uso da palavra “golpe”


Ministra do Supremo Tribunal Federal determinou o arquivamento da interpelação criminal aberta por ela contra a presidente eleita Dilma Rousseff por ela afirmar em discursos que o processo de impeachment é um "golpe de estado".

Em resposta ao questionamento, o advogado José Eduardo Cardozo, que defende a presidente, afirmou que o processo de impeachment seria um golpe porque as condutas que são imputadas como crimes de responsabilidade não são atos ilícitos que atentam contra a Constituição.

"O nome que se dá a uma ruptura institucional e democrática como esta, na ciência política, é 'golpe de Estado'", afirmou.

Lava Jato admite não ter indícios para prender Lula


Procuradores que atuam na Operação Lava Jato em Curitiba têm convicção de que os casos contra o ex-presidente Lula não têm indícios suficientes para justificar sua prisão.

A opinião tem se cristalizado a partir das investigações já realizadas pela Polícia Federal e também da denúncia feita contra Lula pelo Ministério Público de São Paulo.

Os procuradores admitem que Lula não chegou a intimidar testemunhas ou mover dinheiro no exterior, nem tentou eliminar provas, como ocorreu com outros réus da Lava Jato.

A principal esperança seria a nomeação como ministro da Casa Civil como meio de "proteção", mas o pilar da ação, o diálogo gravado entre Lula e Dilma, foi invalidado pelo Supremo Tribunal Federal, o que fere mortalmente o argumento de que Lula interferiu na Lava Jato.

Sérgio Machado diz que o golpe pró-Temer foi parte do Pacto Caxias


Ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado disse à Procuradoria-geral da República que políticos do PMDB e do PSDB articularam o “Pacto Caxias” para tirar Dilma Rousseff da Presidência e para barrar a Lava Jato.

Os tucanos possuem três ministérios no governo interino, incluindo o da Justiça, responsável, dentre outros, pela Polícia Federal; eles se referiam a Duque de Caxias, patrono do Exército conhecido como Pacificador, por ter acabado com a instabilidade política com as revoltas regionais durante o Império.

Segundo Machado, o próprio senador Romero Jucá – que caiu do Ministério do Planejamento – teria lhe confidenciado “sobre tratativas com o PSDB nesse sentido facilitadas pelo receio de todos os políticos com as implicações da Operação Lava Jato”.

"Todo dia nos perguntamos: Quem vai cair hoje


Em discurso na Universidade Federal de Pernambuco, em Recife, onde foi recebida com flores, a presidente eleita Dilma Rousseff disse que se pergunta todos os dias, quando acorda, quem do governo vai cair.

"Todo dia nós acordamos e nos perguntamos: quem vai cair hoje?", alfinetou, em uma crítica ao governo interino de Michel Temer, do qual três ministros já deixaram o cargo em 36 dias por denúncias de corrupção.

Ela voltou a dizer que o processo de impeachment foi uma "conspiração" para tentar barrar a Lava Jato e que as razões têm ficado cada vez mais claras.

"Nunca achei que voltaria a lutar contra o golpe e a favor da democracia", afirmou.
Quanto maior a crise, melhor a solução: eleição!

Conversa Afiada, 17/06/2016


O Conversa Afiada reproduz artigo do Blog do Esmael Morais:


O senador Roberto Requião (PMDB-PR), em entrevista ao jornalista Adilson Arantes, da Rádio Difusora AM 590, decretou o fim do governo provisório de Michel Temer (PMDB) e conclamou nova eleições para tirar o país da crise política.

“Quando maior a crise, mais perto estamos da solução”, disse o parlamentar, ao defender uma modificação no sistema político brasileiro. “E nós precisamos de novas eleições”.

No governo atual, segundo Requião, o que está avançando é o entreguismo. É claro que existem quadrilhas na política já identificados, mas atrás disso está o poder do capital financeiro.

Na entrevista que foi ao ar na manhã desta quinta-feira (16), o peemedebista denunciou que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, está propondo o teto dos gastos públicos é o fim dos investimentos na saúde e na educação.

“A reforma na previdência também penaliza os trabalhadores, pois a média de vida no Piauí é de 65 anos, mas há intenção de elevar para 70 anos a idade média para aposentadoria. A pessoas contribuirão a vida inteira e morreria antes de aposentar”.

“O sistema de financiamento de campanhas é corrupto e precisa ser modificado”, repetiu várias vezes ao defender o fim do financiamento de empresas.

“Esse governo do Temer é tão ilegítimo quanto foi o da Dilma quando não seguiu os compromissos de campanha. A irritação com Dilma é porque ela tentou essa política econômica de direita. Agora Temer assume e vai para uma visão de direita absoluta, fazendo a política dos banqueiros e abandonando todas as políticas que privilegiam o povo e o trabalho e próprio desenvolvimento”, comparou.

“A solução é eleição direta. Quem tem que decidir é o povo, não os banqueiros”, disse.

O senador Roberto Requião defende as investigações da Lava Jato porque, segundo ele, o poder econômico tenta tomar conta do país através do financiamento de campanhas eleitorais. “Tem que proibir financiamento de pessoas jurídicas”.

Para o parlamentar, ladrão tem de ir para a cadeia. Segundo ele, no Paraná, por exemplo, tem os desvios de recursos para a construção de escolas pelo governo Beto Richa (PSDB) e das propinas na Receita Estadual. “Queremos a lava Jato também nos estados”.

“A política econômica de Temer é uma barbaridade elevada ao cubo em comparação a de Dilma, a qual eu também me contrapunha”, destacou.

“Eu sou oposição [ao governo Temer] porque eu sou brasileiro. Defendo os interesses do Paraná, do Brasil, do capital produtivo e das pessoas que querem o desenvolvimento”, afirmou Requião, que ressaltou: “Eu sempre fui oposição a essa gente [do PMDB]”.

Requião finalizou a entrevista dizendo que “o governo Temer é o governo do capital financeiro e dos bancos”. De acordo com o senador, não é Dilma ou Temer que estão em jogo, mas é o Brasil enquanto Nação.

Alkcmin manda Aécio de volta para Minas Gerais


Governador Geraldo Alckmin, de São Paulo, avalia que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) não reúne mais condições para voltar a disputar a presidência da República pelo PSDB.

A gota d'água teria sido a delação premiada (mais uma) de Sergio Machado, ex-presidente da Transpetro, que o acusou de receber R$ 1 milhão em dinheiro vivo e de comprar 50 deputados para se eleger presidente da Câmara no segundo governo FHC.

Para Alckmin, Aécio agora deve dar "um passo atrás" e tentar recuperar sua base eleitoral em Minas, concorrendo ao Palácio da Liberdade, em 2018.

Em megaeditorial, Globo descobre que no Brasil não há mocinhos

Isso está acontecendo tardiamente

“A delação de Machado, feita em troca da conversão de uma pena de 20 anos trancafiado por três anos de prisão domiciliar, traça um quadro amplo da degradação da política partidária brasileira, como nunca se viu. São citados 23 políticos de oito partidos (PMDB, PT, DEM, PSDB, PP, PSB,PCdoB e PDT)”, diz o jornal dos irmãos Marinho.

“Não restam mocinhos nessa história. Trata-se de reconstruir o sistema de representação política enquanto se espera que as instituições da República façam o trabalho de reinstituição da ética na vida pública, com a devida punição de todos os culpados, independentemente de partido”.