sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Ácidas

Separando as coisas Não é justo que trabalhadores e seus familiares paguem pelos crimes praticados por donos e executivos de empreiteiras. Tampouco a economia pode ser tragada pela sanha punitiva dos que não se importam que o país vá à bancarrota em nome de seus interesses políticos.

Estado de Direito ou Estado da Direita?  É curiosa a situação que vive hoje o Brasil. Estamos em plena vigência de um Estado de Direito? Ou de um “estado” de direita, que está nos levando, na prática, a um estado de exceção?

O sonho virou delírio O sonho presidencial de Alckmin perdeu força em 2015 Lu Alckmin, filha do governador Geraldo Alckmin, PSDB/SP, usou aeronaves e jatos em 132 deslocamentos desde 2011. Todos os outros secretários juntos apenas em 76 vezes. 

Esperança O que o movimento democrático espera da nova orientação econômica do país são medidas claras que desafoguem a vida do povo e promovam uma reversão das expectativas, apontando a retomada do desenvolvimento e a queda de desemprego

Devagar com o andor, que o santo é de barro O mais emergencial agora, além de abortar as investidas golpistas, é concretizar uma agenda de consenso para interromper a queda da atividade econômica e recuperar o seu crescimento

Revelação Marina agrega outro adjetivo à sua história política: golpista. Ela não tem cara de golpe paraguaio, que é parlamentar. É sujo e violento, mas tem o verniz, ao menos, de uma participação popular, via seus representantes no congresso. Marina tem cara de golpe hondurenho, que é ainda mais ardiloso e mais antidemocrático: o golpe judicial.

Dilma x PT Concordo com Alex Solnik em parte. De fato, não é função dos partidos "impor" aos seus filiados que ocupem a chefia do executivo suas diretrizes. Mas não é papel de nenhum chefe do executivo “mandar no partido” ao qual esteja filiado.

Melhorou, mas ainda é desigual Embora os Estados do Nordeste alardeiem tantos avanços, do ponto de vista de números reais da economia brasileira, mesmo com tantos investimentos nos diversos Estado, os indicadores mostram que o patamar de participação nordestina no PIB ainda é abaixo dos 14%.

Corretíssimo Terceirizar não é vale tudo. A liberação da prática da terceirização para qualquer atividade da empresa poderá trazer uma série de consequências negativas. O principal perigo que o trabalhador irá enfrentar é a fragilização da relação de emprego

Bipolar FHC carrega um general golpista dentro dele. "Tudo indica que é um general integrante da UDN, que andava incubado e agora aflorou", afirma o colunista do 247 Laurez Cerqueira; segundo ele, em matéria de "falta de constrangimento público, de aridez interna, Fernando Henrique e Eduardo Cunha se parecem"; "Não sentem vergonha do que estão tramando. Aliás, estão juntos na empreitada do "golpe paraguaio" no Brasil. Os dois, além de Michel Temer, entrarão para a história pela porta dos fundos e farão parte da ala dos golpistas", afirma.

Jaques Wagner? Se Jaques Wagner será um quadro para a disputa à presidência é adivinhação. Lula nunca saiu do páreo, mas Wagner pode surpreender se compuser alianças pacificadoras e ‘conseguir’ um 2016 melhor.


Reforma da previdência? A Seguridade não é desse ou daquele governo, ela é dos trabalhadores, dos brasileiros. Diante de tudo isto, acredito em um caminho: a mobilização das ruas

O Futuro da Bolsa Esse capitalismo nanico pregado, aperfeiçoado e tenebrosamente difundido ao longo dos últimos anos sucateou as empresas brasileiras e as colocou em liquidação perante o capital estrangeiro. O tempo de recuperação será longo.

A Globo deveria trocar seu Plim-plim por vibrante dobre de finados...A programação capricha em evidenciar o baixo astral em cada notícia, em cada chamada de telejornal, como se temas felizes, pessoas alegres, mensagens com 0,01% de esperança no futuro e pautas inclusivas e não-partidarizadas estivessem para sempre banidos da emissora do Jardim Botânico carioca

Mitômano, o que é isso? Faz ou não faz todo sentido presidente da ANJ ser um mitômano? Ah, a Associação Nacional de Jornais… Poderia haver órgão mais representativo do coronelismo jornalístico brasileiro do que esse? 

Sartori: cadê o projeto do mínimo regional? O governador sequer recebeu em audiência as centrais para discutir a reivindicação. Ele passou o ano espalhando o caos na sociedade, atacando os servidores públicos, aumentando o ICMS, precarizando os serviços públicos e ignorando as demandas da população

Médicos precisam repensar seus valores, antes que seja tarde Os esquemas de corrupção em procedimentos, compras de medicamentos e em bular horários de trabalho, incluindo casos de manufaturas de dedos de silicone para bater o ponto são recorrentes; entidades médicas sabem que isso é comum, mas não tratam do tema.

Eduardo Cunha caminha para a forca? Ministro Teori Zavascki, relator do processo da Lava Jato no STF, concederá um prazo de 10 dias para que Eduardo Cunha apresente a sua defesa; caso ele, conhecido por sua agressividade e cinismo, não apronte mais alguma tramóia - sempre com o apoio dos "deputados éticos" do PSDB, DEM, PPS e SD -, poderá estar rumando para o cadafalso já no final de fevereiro.

Rapidinhas

Por que o TCU é contra? Ministros do TCU afirmam que, se o governo não devolver à corte o direito de apitar nos acordos de leniência com as empreiteiras do petrolão, não só irão se negar a aprovar os acertos como abrirão processos independentes para apurar as irregularidades, o que atrasará muito o processo. Ameaçam ainda punir servidores da CGU e da AGU, responsáveis pela costura dos acordos, caso entendam que a multa às empresas envolvidas está abaixo do calculado pelo tribunal.

Baú da felicidade O celular de Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, segue fonte profícua de indícios da relação entre o então empreiteiro e Brahma, como o ex-presidente Lula era por ele chamado, segundo análise da PF.

Não se reprima Em 2014, Pinheiro escreve: “Ele vai estar num encontro político com o Brahma. Tem de aproveitar para pedir: solução para Porto Vida, solução para Porto Maravilha; BNDES; rolagem da dívida. É a hora de pedir. A oportunidade é única”.

Leozinho é pop Ainda em 2014, Pinheiro recebe uma mensagem de Carlos Borges, diretor da Funcef [fundo de pensão da Caixa]: “Não esqueça de me reservar uma vaga de office boy nesse arranjo político. Afinal, com sua influência junto ao Galego e a Lula, você é O CARA”.

Meu outro eu Em tempo: “Galego” é Jaques Wagner, hoje braço direito de Dilma.

Brahma pra toda obra Em setembro de 2012, Cesar Uzêda, então diretor da OAS, comenta com Pinheiro que um interlocutor em comum “esteve com o Brahma sobre Inambari”, hidrelétrica tocada pela empreiteira no Peru.

Sem provas  É lula pra cá, é Lula pra lá, mas cadê as provas?

Pirou Em 2013, quando o PT discutia o fim do financiamento privado, Pinheiro reclamava: “Ele disse que tem que acabar com isso [doações privadas], pois as empresas acabam mandando no Legislativo e no Executivo. Ficou Louco. Isso é hora de demonizar empresários?”

Outro lado O Instituto Lula afirmou, por meio de nota, que não comenta “vazamentos ilegais, seletivos, parciais, com mensagens de terceiros fora de contexto”.

Peixe fora d’água O PSB nutre pouca esperança de que Romário (RJ) permaneça na sigla. O clima, que já não era bom, azedou de vez após ele ser sacado da presidência da legenda no Rio.

Meus direitos Eduardo Cunha vai processar a Receita Federal alegando vazamento de dados sigilosos. Ele acusa o governo de usar um órgão de Estado para perseguir adversários. “Venezuela é aqui”, dispara.

Também quero Cunha ficou indócil ao saber que o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) abriu investigação para apurar o vazamento de mensagens contra o colega Jaques Wagner (Casa Civil). “Ele não abriu inquérito para apurar o meu caso. Cardozo está prevaricando”, diz o presidente da Câmara.

‌Lorde dos Pesadelos De um ministro de Dilma: “Quando achamos que Cunha está finalmente morto, ele ressurge urrando e nos dá outro susto. Parece um filme B de terror. É o Freddy Krueger da crise”.

Sem tostão Com a torneira do financiamento privado mais seca do que o sistema Cantareira, o PT avalia que terá de “reaprender a fazer campanha eleitoral”. O tempo da militância paga ficará para trás.

Quebra essa? “Será uma campanha menos na base do dinheiro e mais na troca de favores, de compromissos”, resume um petista graúdo. A promessa de cargos e de facilidades dará a tônica da relação com os apoiadores.

Bom motivo Por que Andrea Matarazzo é contra a eleição de subprefeito? Tendo sido o pior subprefeito da Sé, jamais voltaria ao cargo pelo voto. Chico Macena (PT), secretário de Governo da cidade de SP, em resposta ao pré-candidato tucano à Prefeitura de SP, que criticou o projeto de Haddad.

Supremo autoriza devassa fiscal na família Cunha


Ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República e autorizou a quebra dos sigilos bancário e fiscal do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de sua mulher, Cláudia Cruz, de sua filha, Danielle Dytz da Cunha, e de pelo menos três empresas ligadas à família; período de análise será de 2005 a 2014.

Eles são investigados por manter contas secretas no exterior que teriam sido abastecidas com propina de negócios da Petrobras na África; a Receita Federal identificou um patrimônio injustificado de Cunha de R$1,8 milhão.

Constatação

Saber votar é o desafio da democracia!

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Pinguço não tem jeito mesmo!

"Marina Silva, da Rede, tem apetite incontrolável de poder"

Engana-se quem pensa o contrário

Por Fernando Brito, do Tijolaço

Magrinha daquele jeito, Marina Silva é dona de um apetite incontrolável, daqueles que se manifestam fora de hora.

Parecia – só parecia – que Marina tinha adotado uma posição discreta, opondo-se ao golpe do impeachment – mesmo com a ressalva de que impeachment não é golpe, pois está previsto na Constituição.

Que impeachment por crime de responsabilidade não é golpe até as pedras sabem, o que é golpe é inventar crime de responsabilidade para fazer o impeachment. É contra este abuso que se está lutando e, até agora, é assim que os deputados de sua Rede têm agido.

Hoje, porém, descobre-se que não é assim a posição de Marina.

Ela quer a deposição de Dilma por outro tipo de golpe, capitaneado não por Eduardo Cunha, mas por Gilmar Mendes.

“O melhor caminho para o Brasil é o processo que está no TSE, porque no TSE você teria a cassação da chapa, se forem comprovadas as graves denúncias de que o dinheiro da corrupção foi utilizado para a campanha do vice-presidente e da presidente da República”, disse hoje Marina ao G1.

Marina bem deve confiar na Justiça Eleitoral, pois até agora nada se apurou sobre o misterioso jato sem dono que matou Eduardo Campos e que a ela servia também porque, como diz ela própria dos outros, candidato a presidente e o vice "são faces da mesma moeda".

Está claro que o que a faz considerar o TSE “melhor” que o impeachment é o mesmo que faz Aécio preferi-lo também: sentir que o impeachment naufragou politicamente e que a “esperança” de eleições antecipadas estão no Tribunal.

Virou siamesa de Aécio: só pensam em “assaltar a geladeira” durante a noite.

Infelizmente Marina decaiu a um nível que só as pessoas dadas a delírios – ou oportunistas que se penduram em certa imagem “limpinha e cheirosa” que a mídia ainda dela projeta – a leva sério.

Ela só sobrevive porque uma parte do PT tem certo banzo do udenismo e porque a direita, sempre esperta, sabe que ela, já há duas eleições, presta-se com prazer ao papel de “bucha” para tirar votos do campo popular.

Fonte: Brasil 247, 07/01/2016

Ministro da Justiça manda investigar vazamentos de Leo Pinheiro


Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, determinou no início da noite desta quinta-feira, 7, a abertura imediata de inquérito pela Polícia Federal, para investigar o vazamento à imprensa de mensagens do empresário Leo Pinheiro, da construtora OAS, que estão protegidas por sigilo legal.

Nas mensagens interceptadas por investigadores da operação Lava Jato, Pinheiro aparece em conversas com o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, e com o ministro da Comunicação Social, Edinho Silva.

Em outro diálogo, Leo Pinheiro revela pressão de Eduardo Cunha (PMDB) por doações eleitorais: "Estou sendo cobrado com insistência. Liga para o EC (Eduardo Cunha). Fugir é o pior", diz o executivo a outro dirigente da construtora.

A oposicao, por meio do PPS, ja usa os vazamentos para pedir ao STF investigação contra Jaques Wagner.

A lógica pela qual a imprensa não cobre o caso Lu Alckmin


A bordo, como de costume: Lu Alckmin

Acabo de dar uma vasculhada nos tuítes dos últimos dois dias de Ricardo Noblat.

Era um teste cujo resultado, a rigor, eu já conhecia.

Queria ver se ele tinha feito alguma menção aos vôos de Lu Alckmin patrocinados pelo contribuinte paulista.

Nada.

Escolhi Noblat porque, para mim, ela é a essência do jornalista que temos nas grandes empresas. O JP, o Jornalista Patronal, aquele que se empenha loucamente em produzir e reproduzir conteúdos que agradem os patrões.

O caso aéreo de Lu é exemplar para entender a alma abjeta da imprensa.

Se fosse a mulher de Lula, jornais e revistas se atirariam, em matilha, às denúncias. Manchetes, primeiras páginas, capas, demorados minutos no Jornal Nacional. O público, ou vítima, seria bombardeado.

Mas não é Dona Mariza.

Sendo a mulher de Alckmin, ninguém repercute a história ou, muito menos, a aprofunda. A própria Folha, que deu, logo esquece, ao contrário do que faria se fosse Dona Mariza, ainda que o furo fosse da concorrência.

A mídia já não faz questão sequer de manter as aparências. É preciso ser definitivamente um analfabeto político para levá-la a sério.

Machado de Assis escreveu que o pior pecado depois do pecado é a publicação do pecado. Jornais e revistas usam essa lógica machadiana para encobrir os pecados dos amigos: não os publicam.

O problema é que, na Era Digital, a informação se espalha velozmente pelos sites progressistas e pelas redes sociais.

Quem perde é a sociedade com o comportamento delinquente da mídia.

Discussões importantes são perdidas. Por exemplo: faz sentido um Estado, mesmo sendo São Paulo, ter aviões e helicópteros para o transporte do governador?

Um governo que não pode pagar decentemente professores pode se dar a tal luxo?

Recentemente, o governo britânico conseguiu enfim aprovar a aquisição de um jato para uso do premiê e dos ministro. Uso a serviço, naturalmente, não aquilo que Lu Alckmin e Aécio fizeram com aviões mantidos por recursos públicos.

A argumentação contrária era que um avião para o governo seria um gesto ruim em tempos de austeridade e uma afronta à cultivada frugalidade britânica.

O governo teve que fazer contas para mostrar que economizaria dinheiro com um avião particular.

Foi uma batalha.

Enquanto isso, você fica sabendo, por vias tortas como a compulsão aérea da primeira dama de São Paulo, que o governo paulista tem uma frota aérea.

O Brasil necessita de um choque urgente de simplicidade e frugalidade para que excessos dessa natureza, e de muitas outras, sejam evitados.

A mídia poderia ajudar se fizesse um trabalho decente.

Mas o que ela faz é indecente.

Vice-Presidente admite que não haverá impeachment de Dilma

Numa velocidade relativamente estonteante para um homem de seu quilate, Michel Temer passou de autor de cartas constrangedoras a golpista fracassado.

Um deputado do PMDB, Osmar Terra, contou ao Estadão que ele, Temer, “trabalha com a ideia de que não vai ter impeachment. Pelo menos este ano ele acha que não vai”. Terra ainda falou que Temer “quer todo o PMDB unido para a eleição de 2018”.

O afastamento de Dilma teria “perdido relevância” depois da decisão do STF. Lúcio Vieira Lima, também da facção peemedebista pró golpe, fez uma conta: “Com esses embargos, a votação na Câmara deve ficar lá para maio ou junho deste ano. No segundo semestre, tem eleições municipais e depois, acabou o ano”.

Se alguém ainda achava que Temer era um grande articulador — e não faltaram colunistas descrevendo-o desta maneira — , é melhor repensar.

MT passou 2015 tentando se vender como alternativa diante de uma queda de Dilma. Conspirou à luz do dia, chegou a ser cortejado por parlamentares (Serra tentou emplacar um ministério), palestrou para empresários, recebeu cupinchas no Palácio do Jaburu, tentou cavar uma vaga como alguém capaz de “unir o Brasil”.

Seu suposto rompimento com o Planalto naquele mimimi antológico que ele mesmo vazou para um jornalista amigo dividiu o partido. Suas próprias pedaladas foram lembradas. Consolidou-se como comparsa de Eduardo Cunha. Comprou briga com Renan Calheiros. E ainda tem sobre a cabeça a Lava Jato.

Terminou dezembro bambeando e começa janeiro tentando juntar os cacos de seu papel de vice decorativo, lutando apenas para não perder o comando da legenda.

Em algum lugar do passado recente, Temer acreditou que poderia ser mais do que isso. A realidade acabou por demonstrar que, como dizia o pessoal de Tropa de Elite, nunca será.

Fonte DCM, 06/01/2016

Movimentos sociais reagem contra a reforma na previdência


O anúncio da presidente Dilma Rousseff nesta quinta-feira, 7, de que o Brasil terá que encarar uma reforma da Previdência recebeu reação imediata dos movimentos populares; líder do MST, João Pedro Stedile disse que "haverá mobilização contra o governo" se a reforma proposta pelo governo retirar benefícios dos trabalhadores do campo.

"Se o governo tentar mudar a idade mínima no campo, certamente haverá mobilizações em todo o país contra o governo", disse Stedile: "O governo não é dono, nem responsável pela previdência dos trabalhadores", afirmou.

Para o coordenador do MTST, Guilherme Boulos, os movimentos irão para "o enfrentamento" contra a medida, que classificou como "desastrosa" e "covarde". A decisão da presidente pode resultar em perda de apoio dos que foram às ruas defender seu mandato.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Terreno onde funciona a usina de asfalto de Itaituba foi negociado

Na manhã desta quarta feira, os vereadores Peninha e Iamax Prado foram comunicados que o empresário José Oliveira Lemos – conhecido por Tata, estava limpando o terreno para murar. Imediatamente os vereadores que estavam na Câmara foram até o local e constataram que o empresário usando maquinas pesadas estava fazendo a limpeza da área para murar.



Há vários anos a Usina de asfalto funciona ali, devido o terreno pertencer ao município. Os edis apuraram que o terreno era de propriedade do falecido vereador José Alexandre Primo, que na época do então prefeito Francisco Xavier Lages de Mendonça havia trocado com o município e recebido vários terrenos situados na área do antigo aeroporto (Bairro Boa Esperança).

Entretanto, com o falecimento do então vereador José Alexandre, o terreno não chegou a ser transferido para o patrimônio municipal e em seguida apareceu varias escrituras desmembrando este terreno.

Agora, os vereadores estão buscando junto ao Cartório de Registro de Imóveis e no Setor de Terra da Prefeitura de Itaituba documentos para evitar a perda da área, que mesmo sem documento, pertence ao município.

Também, os vereadores, através da Câmara vão cobrar do município (prefeita e Procuradoria do Município) que embargue qualquer obra nele terreno, até que seja esclarecida a origem e a veracidade dos documentos daquela área.

Fonte: Blog do Peninha, 06/01/2016

Família difícil de entender

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Bolsa da China deixa clara cafajestice com que imprensa e oposição trataram da crise

O que não é novidade para ninguém

Bolsa da China: crise mundial

O que aconteceu com a Bolsa de Valores da China no primeiro pregão do ano deixou clara a cafajestice com que a imprensa nacional e a oposição política brasileira trataram a crise mundial durante todo esse tempo.

O tombo de 7% no principal índice chinês arrastou para o abismo as demais bolsas asiáticas e causou danos na Europa e no continente americano. O estrago só não foi maior porque as negociações foram encerradas antes do fechamento oficial com a intervenção do chamado “circuit breaker”.

Para conter a queda livre na desvalorização do Yuan, o Banco Central chinês injetou num único só dia, 20 bilhões de dólares no mercado. Uma mordomia para quem possui o luxo de contar com reservas internacionais de 343 bilhões de dólares. Um pouco menos do que as reservas do Brasil.

Tudo isso causado com a simples divulgação da retração na produção industrial da China. Muito antes disso, a Alemanha, a maior economia da Europa, já emitia sinais profundos de dificuldades em função da crise global.

A despeito de tudo isso, economistas picaretas como Miriam Leitão e Carlos Sardemberg, além da trupe circense que se transformou os líderes de oposição, teimaram em querer imputar as dificuldades da economia brasileira a fatores exclusivamente internos.

Tentaram, de todas as formas, desenhar um quadro onde um Brasil em ruínas se apresentava como uma ilha de retrocesso em meio a um oceano mundial de bonança e prosperidade.

O triste – para a turma do quanto pior, melhor – é que contra fatos e dados não existem argumentos. Apesar da crise MUNDIAL, o Brasil fechou o ano de 2015 com a maioria dos indicadores sociais de causar inveja a muitas potências européias.

Além de um saldo positivo na balança comercial de 19,7 bilhões de dólares, entramos 2016 com um histórico de redução da extrema pobreza de inacreditáveis 63% nos últimos dez anos.

Mais do que isso, o salário mínimo completou o seu décimo terceiro ano consecutivo de aumento real. Uma seqüência jamais vista desde a sua criação em 1 de maio de 1936 no governo de Getúlio Vargas.

Com o aumento estipulado em 11,67%, considerando o acumulado de 2002, já atingimos um ganho frente à inflação de 77,3%. Como efeito prático, o que em 1995 dava para comprar 1,1 cesta básica, em janeiro de 2016 o SM eqüivale a 2,4 o valor da cesta. Mais do que o dobro.

Evidente, como deixou exposto o primeiro dia útil do ano, que o cenário atual que se impõe para o Brasil e para o mundo é extremamente desafiador, principalmente com a queda das importações pela China de commodities produzidas no mundo inteiro.

No Brasil, os índices de desemprego e inflação são indicadores que merecem especial atenção pelo governo, justamente por serem os que mais rapidamente afetam a população de menor poder aquisitivo.

O fato é que ao fim e ao cabo, a exemplo das demais crises que já superamos, muitas delas piores do que a atual, iremos mais uma vez sair de uma crise internacional muito maiores e mais fortalecidos.

Apesar da grande mídia e de partidos como o PSDB e o DEM.

Fonte: DCM, 05/01/2016

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Constatação

Constatação

A PF do Zé só falta colocar na farda a insignia ou um broche de "tucaninho".

Comentário de Nilson Fernandes, na postagem "A Democracia americana é uma democracia?", em Conversa Afiada, 04/01/2016

FHC passou de grande sociólogo a golpista inveterado

Que coisa feia, deprimente, ex-presidente dando canelada!

Em entrevista ao programa Manhattan Connection, do GloboNews, nesta madrugada, o ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso voltou a defender o afastamento da presidente Dilma Rousseff: “não precisa de empurrão, se cair, Dilma cai sozinha”.

Segundo ele, Dilma e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB) ‘disputam cabeça a cabeça’ pelo título de pior de 2015. “Sou otimista, para recompor uma situação política no Brasil, 3 a 5 anos”, completou. 

Ele afirma ainda que "o risco maior na América Latina é esse populismo (...) tomara que o Brasil se livre disto". Um dos principais líderes do movimento golpista, FHC escreveu ontem que vale tudo para derrubar Dilma: "renúncia, retomada da liderança presidencial em novas bases ou, sendo inevitável, impeachment ou nulidade das eleições".

Dolar fecha a R$ 4,03 pressionado pela China


SÃO PAULO (Reuters) - O dólar subiu com força ante o real nesta segunda-feira e fechou a primeira sessão do ano na maior cotação desde setembro, em um dia marcado por aversão a risco e aumento do temor de uma desaceleração econômica global, após a divulgação de dados fracos da China.

O dólar avançou 2,18 por cento, a 4,0339 reais na venda, maior cotação de fechamento desde 29 de setembro (R$4,0591). Na máxima da sessão, a moeda norte-americana chegou a ser negociada a 4,0717 reais, alta de 3,13 por cento. (Por Flavia Bohone)

Fonte: Brasil 247, 04/01/2016

sábado, 2 de janeiro de 2016

Feliz Ano Novo!!!

Dicas rápidas para entender as novas regras da Língua Portuguesa

Que passaram a valer a partir desta sexta-feira (1º/1); fique por dentro das mudanças

Desde 1º de janeiro de 2009, as novas regras conviviam com as velhas. Agora o cadáver foi pra cova. Esperneios, jeitinhos & cias. insatisfeitas ficaram pra trás. É hora de olhar pra frente. As mudanças são poucas, muito poucas. Poderiam ter sido mais ousadas, mas optaram pela timidez. Dicionários, gramáticas, livros didáticos etc. e tal do velho time foram pro lixo. Abriram alas pra edições atualizadas. Não há volta. É adotar. Ou adotar. 

Sem bobeira 1 A reforma é ortográfica. Refere-se só à grafia das palavras. Pronúncia, concordância, regência, crase continuam do mesmo jeitinho, sem alteração. 

Sem bobeira 2 A mudança nos acentos atingiu apenas as paroxítonas. Proparoxítonas, oxítonas e monossílabos tônicos não foram nem arranhados. Mantêm-se como sempre foram.

O que mudou?

Alfabeto - O abecedário ganhou três letras. k, w e y tornaram-se gente de casa. O que era fato agora é direito. Nada mais. O emprego do trio continua como antes. Abreviaturas e nomes que se escreviam com as ex-intrusas mantêm a grafia. É o caso de km, Wilson, Yara. Atenção, não se precipite. Grafar wísque e kilo? Nem pensar. Fique com uísque e quilo.

Trema - O trema se foi, mas a pronúncia ficou. Frequente, tranquilo, lingueta, linguiça & cia. agora se grafam assim, leves e soltos. Olho vivo! Trema não é acento. Por isso não discrimina oxítonas, paroxítonas ou proparoxítonas. Para ele, tudo o que cai na rede é peixe. Nenhuma palavra portuguesa tem trema. 

Oo - O chapéu do hiato oo se despediu: voo, abençoo, perdoo, coroo & demais oos livraram-se do incômodo acessório. Xô!

Eem - O circunflexo do hiato eem disse adeus. Veem, creem, deem, leem ganharam forma mais leve e descontraída. Não vacile. Caiu o acento da duplinha eem. O solitário êm não tem nada com a história. Está firme como sempre esteve na 3ª pessoa do plural de vir, ter e derivados: eles vêm, têm, convêm, detêm, contêm.

U - O u tônico dos verbos apaziguar, averiguar, arguir & cia. perdeu o grampinho: apazigue, averigue e argue. 

I e u - O i e u antecedidos de ditongo perdem o grampo: feiura, baiuca, Sauipe. Atenção: não confunda Germano com gênero humano. Caiu o acento do i e u antecedidos de ditongo. Pouquíssimas palavras — talvez meia dúzia — se enquadram na regra. A norma que acentua o i e o u antecedidos de vogal continua firme e forte. É o caso de saída, saúde, caí, baú.

Ei e oi - O acento dos ditongos abertos ei e oi se despediram nas paroxítonas: ideia, joia, jiboia, heroico. Lembra-se? A reforma só atingiu as paroxítonas. O grampinho permanece inalterável nas oxítonas e monossílabos tônicos: papéis, herói, dói.

Acentos diferenciais - Foram-se os das paroxítonas. Pêlo, pélo, pára, pólo, pêra ficaram mais leves. Assim: pelo, para, polo, pera. Exceção? Só duas. Mantém-se o chapéu de pôde, passado do verbo poder. E o verbo pôr fica com o chapéu à mostra. (Ele é monossílabo tônico. Escapou da facada, que só cortou o acessório das paroxítonas.)

Hifen

Vogais: só entram na jogada os prefixos que terminam por vogal e se juntam a outra palavra também iniciada por vogal. Portanto, é vogal com vogal. São duas regras:

Não se usa hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal com que se inicia o segundo elemento: aeroespacial, agroindústria, antieducação, autoescola, coedição, coautor, infraestrutura, plurianual, semiopaco. Usa-se o hífen quando o segundo elemento começar pela mesma vogal com que termina o hífen: anti-inflamatório, auto-observação, contra-ataque, micro-ondas, semi-internato.

Exceção: co- se junta ao segundo elemento mesmo quando ele acaba com o: coordenar, coobrigação. Resumo da ópera: os diferentes se atraem; os iguais se rejeitam. (O co- é exceção que confirma a regra.)

Prefixos terminados em vogal que se juntam a palavras começadas por R ou S: no caso, valem duas observações. Uma: o hífen não tem vez. A outra: pra manter a pronúncia, duplicam-se o R e o S: antirrábico, antirrugas, antissocial, biorritmo, contrassenso, infrassom, microssistema, minissaia, multisseculas, neossocialismo, semirrobusto, ultrarrigoroso, ultrassom.

Sufixos de origem tupi-guarani açu, guaçu e mirim: Use o hifen: amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu. 

Os iguais se rejeitam: quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma consoante: hiper-rico, inter-racial, sub-bloco, super-resistente, super-romântico. (O sub vai além. Usa hífen com palavra iniciada por r: sub-região, sub-raça.

Fonte: Correio Braziliense, 01/01/2016

Marta Suplicy, uma grande comntradição



Marta Suplicy foi a Marta Suplicy do ano. Em janeiro, numa entrevista ao Estadão, falou dos “desmandos” do PT, do “Volta, Lula”, da incompetência e Dilma, de como perdeu poder e prestígio na legenda.

Em 28 de abril, desfiliou-se do partido no qual militou durante 34 anos. Em tese, a situação poderia ser resumida de maneira simples: ela não via mais espaço e procurou outro caminho. Do jogo.

O ressentimento de Marta, porém, a transformou numa Rachel Sheherezade de calças. E o ressentimento, como se sabe, é um veneno que você toma esperando que o outro morra.

A Marta que nasceu de sua filiação ao PMDB guarda todas as características da encarnação anterior, especialmente a arrogância, mas agora é também um pote até aqui de mágoa.

Embarcou no discurso moralista mais rasteiro, topou o impeachment, apostou no cavalo do Temer. Meses antes, era ministra da Cultura. Haja vontade de tratar o eleitor como idiota.

“A gente quer um Brasil livre da corrupção, livre das mentiras, livre daqueles que usam a política como meio de obter vantagens pessoais. Afinal, estou no PMDB do Doutor Ulysses, que democratizou o país. E no PMDB do doutor Michel, que vai reunificar o país”, disse ao se filiar.

“Doutor Michel” é de um sabujice linda. Como ela se referia a Lula? Ao seu lado, naquela noite, Eduardo Cunha e Renan Calheiros sorriam como répteis.

Em outubro, chegou a diminuir as acusações contra Cunha. “Tem [denúncias contra ele], como tem em qualquer partido de relevância. Tem contra o PSDB. Acho que só o PSol não deve ter, né? Não sei. Mas partido grande, me diga um que não tenha. Tem no PSB, com o Bezerra, né? Todos têm, não passa por aí. A contaminação é grande na política brasileira. O que importa é nós termos uma união diferente do que está acontecendo.”

Ué, mas a ideia não era dizimar o câncer da corrupção? Ou não é um problema tão grave, dependendo do autor do delito?

Marta vai concorrer à prefeitura de São Paulo em 2016. Continuará colocando suas fichas na falta de discernimento dos paulistanos. Em sua coluna na Folha de hoje, mistura alhos e bugalhos, direita, esquerda, centro e um tal cônego Severino.

Como exemplo de “renovação diante das crises”, elenca “movimentos” como Brasil Livre e Vem pra Rua, juntamente com o Podemos e o Cidadãos da Espanha. São grupos que defendem uma “nova ordem política e social e preservação de direitos”, segundo a autora. “Bem vindos. Viva a democracia!”, vibra a senadora.

Pobre Podemos, pobre Syriza. Que direitos os kataguiris querem preservar é um mistério que Marta e seus amigos terão de responder em algum momento.

2015 foi pródigo em rancores, manifestações de ódio, oportunismo e maus perdedores. Marta Supicy juntou a isso uma impressionante quantidade de laquê e de falta de visão ao embarcar na canoa do Doutor Michel e do Achacador em seu desespero para não sumir.

Fonte: DCM, 01/01/2016

PT quer imposto sobre fortunas e CPMF

Para superar ajuste, partido pede mais impostos e empréstimos da China

Em O Globo:


Documento entregue por deputados ao governo traz pacote de medidas econômicas 

SÃO PAULO — Para superar a pauta do ajuste fiscal, a bancada do PT na Câmara vai intensificar a pressão sobre a presidente Dilma Rousseff com o objetivo de que o governo adote um pacote de medidas na economia, como a reformulação da cobrança do imposto de renda com adoção de alíquota de até 40%, a tributação de lucros distribuídos por empresas a acionistas, além da busca de empréstimos na China.

(...)

AS 14 PROPOSTAS

1) Vender papéis da dívida ativa da União para bancos e levantar recursos para obras

2) Adotar sete faixas de alíquotas do Imposto de Renda — a mais alta, de 40% para salários acima de R$ 108 mil mensais — e isenção para quem ganha até R$ 3.390

3) Instituir imposto de renda sobre lucros e dividendos e remessa de recursos para o exterior

4) Fim da possibilidade de empresas poderem abater do IR o valor pago como juros para os acionistas

5) Aumentar o Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) das propriedades improdutivas

6) Mudar tributação sobre cigarros

7) Criar um imposto sobre grandes fortunas

8) Elevar imposto sobre heranças e doações

9) Instituir imposto semelhante ao IPVA para jatinhos e helicópteros

10) Legalizar jogos de azar

11) Volta da CPMF (já encampada)

12) Alterar legislação para acordos de leniência (já encampada)

13) Repatriação de recursos mantidos no exterior (já encampada)

14) Captação de empréstimo na China para financiar empresas brasileiras

Como fica o tempo hoje?

2016, campanhas eleitorais sem dinheiro das empresas. Será o fim da corrupção?

Já que essas "doações" foram a causa principal dos escândalos recentes

247 – O ano de 2015, que muitos consideram perdido, produziu uma das maiores conquistas da democracia brasileira em décadas: o fim do financiamento empresarial de campanhas políticas.

A decisão foi sacramentada no dia 17 de setembro, quando 8 dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal consideraram inconstitucionais as doações de empresas para políticos.

A conquista foi histórica porque foi duramente combatida pela plutocracia brasileira. Basta lembrar que o ministro Gilmar Mendes manteve seu voto na gaveta durante mais de um ano. Além disso, antes da decisão do STF, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tentou emplacar uma reforma política que praticamente gravaria na Constituição o direito às doações privadas, também defendidas pelos barões da mídia.

No entanto, o STF atendeu aos argumentos da Ação Direta de Inconstitucionalidade proposta pela Ordem dos Advogados do Brasil, diante da constatação de que as doações privadas estão na raiz de praticamente todos os escândalos de corrupção recentes – do 'trensalão' paulista ao chamado 'petrolão'.

"Chegamos a um quadro absolutamente caótico, em que o poder econômico captura de maneira ilícita o poder político", disse o ministro Luiz Fux, relator da ação. 

"A influência do poder econômico culmina por transformar o processo eleitoral em jogo político de cartas marcadas, odiosa pantomima que faz do eleitor um fantoche, esboroando a um só tempo a cidadania, a democracia e a soberania popular", argumentou a ministra Rosa Weber.

"Há uma influência que eu considero contrária à Constituição, é essa influência que desiguala não apenas os candidatos, mas desiguala até dentro dos partidos. Aquele que detém maior soma de recursos, é aquele que tem melhores contatos com empresas e representa esses interesses, e não o interesse de todo o povo, que seria o interesse legitimo", disse a ministra Carmen Lúcia.

Segundo o presidente da corte, Ricardo Lewandowski, a decisão do STF será aplicada já nas próximas eleições – ou seja, na disputa municipal de 2016. Portanto, será a primeira vez, desde a redemocratização, que o Brasil viverá uma disputa eleitoral sem a contaminação da política pelo dinheiro privado.

Será um importante ensaio para disputa presidencial de 2018 e também para a eleição do próximo Congresso.

Fonte: Brasil 247, 01/01/2016

Como o orçamento da Bolsa Família é fixo, se aumentasse o valor diminuiria os beneficiados

Mas o jornal do contra deu outra manchete. Confira

A manchete do Estadão sobre os vetos apostos pela Presidente Dilma Rousseff contém uma destas “jaboticabas”, as coisas que só acontecem no Brasil.

É o que estabelecia a correção dos valores dos benefícios do Bolsa Família em algo próximo de 16%.

Muito bom, muito bem, seria digno de aplauso.

Mas, espere... Não era lá no Congresso que queriam cortar o orçamento do Bolsa-Família para arranjar o tal superávit fiscal?

Não era o Estadão que, há pouco mais de um ano, chamava o programa de “Bolsa-Voto”?

A tática da maldade é disfarçar-se de bondade.

Como a dotação orçamentária para o Bolsa Família é fixa, o que acontece quando se aumenta o valor do benefício?

Sim, como o valor total é o mesmo, menos benefícios poderão ser pagos.

Logo, pessoas teriam de ser desligadas do programa.

Mas o reajuste não seria correto? Seria, e seria também desastroso.

Encher-se-ia mais o prato de uns, com todo o merecimento, esvaziaria-se o de outro, sem a menor piedade.

O inimigo do bom, dizia minha santa avó, é o ótimo.

Fonte: Brasil 247, 02/01/2016

Na política, tudo vai continuar como está

Dilma, Temer e Cunha, nos seus lugares

1) Não haverá impeachment. Nem precisava o STF ter aprovado o novo rito. Mas com ele ficou mais fácil. Cunha não tinha 2/3 da Câmara para derrubar Dilma quando o PSDB estava unido com ele. Agora que os tucanos estão no mínimo divididos tem menos ainda. Ele está na situação daquele time que sabe que já perdeu, mas quer evitar uma goleada histórica. Se der uma zebra e, apesar de todos os sinais de derrota Cunha conseguir os 2/3 também não vai adiantar muito porque a bola vai para o Senado, onde o presidente já deu seu voto a favor de Dilma. E voto do presidente tem um peso muito grande. Não passa na Câmara. Acho até que vai perder feio, pois os deputados não vão se expor sabendo que, seja qual for seu voto, ele será derrubado no Senado. Se passar na Câmara não passa no Senado. Zé fini.

2) O assunto do afastamento de Cunha é delicado. Não sei se o Janot fez a coisa certa. Se houvesse a urgência que teve o caso Delcídio, Teori já teria defenestrado Cunha sozinho – para depois levar o caso à corte. Se não defenestrou é porque está em dúvida. In dubio pro reu. Será mais lógico o STF tirar o corpo fora e declarar que não é com ele. Os deputados que se entendam. Delcídio era apenas senador; Cunha é presidente de um Poder. Não é fácil tirar do Poder um presidente sem crime em flagrante. E todos os argumentos do Janot caem por terra por não haver flagrante. Por isso acho que o STF tende a recusar o pedido tecnicamente. Janot pede o afastamento imediato. Mas o STF não toma decisões imediatas. Leva anos para decidir. Tem de investigar, julgar, dar direito de defesa e só então julgar e condenar.

3) Não acredito mais no rompimento do PMDB com o PT. Depois da intervenção do STF no rito do impeachment e a previsível vitória do governo , a tendência de Temer é baixar a bola. Sua anunciada viagem pelo Brasil tem mais a ver com sua permanência na presidência do PMDB do que com mudança para o Planalto. Ele já sabe que Dilma vai continuar. E, se o PMDB romper a aliança a sua situação na vice-presidência fica comprometida. Talvez tivesse de renunciar. Como continuar se a aliança acabar? Sem falar nos demais ministros e sabe-se lá quantos cargos ocupados por peemedebistas na malha governamental. Por isso eu acho que o PMDB fica como está até 2018, se romper vai ficar à míngua;

4) Temer será reconduzido à presidência do partido. Com a condição de nunca mais escrever cartas à presidente;

5) Esse julgamento das contas de campanha pelo TSE virou uma novela. Se até agora o tribunal não conseguiu chegar a uma conclusão é melhor deixar para lá. Uma decisão negativa em 2016 vai tumultuar ainda mais o ambiente político. O país não merece. O TSE tem que pagar o preço da lentidão.

6) O Conselho de Ética que deveria julgar Cunha vai continuar emperrado. Já se sabe que o placar é de 11 a 10 contra Cunha. Seu único trunfo é adiar indefinidamente o dia da votação.

Fonte: Brasil 247, 02/01/2016

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Feliz Ano Novo

O que virá depois do ano da autoflagelação?

Vamos unir nossas forças e colocar o Brasil acima de nossas vontades individuais e superar a crise

Num ano marcado pelo acirramento das disputas políticas, como a continuação de uma corrida eleitoral que deveria ter terminado em 2014, a colunista do 247 Tereza Cruvinel destaca que 2015 foi o ano da "autoflagelação": "Nunca todos se esforçaram tanto para chicotear o próprio país", afirma.

"O governo cometendo erros políticos e econômicos seguidos, a oposição tomando os mais nefastos caminhos em busca de sua oportunidade de poder, o mercado apostando alto na piora de tudo, os empresários céticos, os trabalhadores apáticos e, para completar, esta corrente de intolerância que vai tomando ares cada vez mais fascistas", diz.

Para 2016, que se inicia hoje, ela faz um apelo: "Se todos pensarmos em sair disso em 2016, quem sabe? Todos ganharemos. Vamos tentar"; e aí, você topa?

Dilma: 'Brasil é maior que interesses individuais'


Por meio de suas redes sociais, a presidente Dilma Rousseff desejou um feliz 2016 aos brasileiros; Dilma disse que 2015 foi um ano difícil, mas afirmou esperar que o ano que se inicia será melhor, com a retomada dos ajustes nas contas públicas: "Acredito na força do nosso povo e na agenda que traçamos para o Brasil. #Feliz2016", disse.

A presidente destacou que 2016 será importante para o Brasil, uma vez que serão realizados os Jogos Olímpicos e, sem citar nomes, atacou a oposição, que pede seu impeachment: "O Brasil é maior do que interesses individuais e de grupos. Por isso devemos nos empenhar no essencial: um País forte para todos os brasileiros".

2015: o ano em que Cunha sequestrou o parlamento

Ele e seus comparsas atingiram gravemente a economia brasileira, estimularam o ódio e quase afundaram o Brasil
 

O roteiro amargo de 2015 foi definido no primeiro dia de fevereiro deste ano, quando o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) se elegeu presidente da Câmara dos Deputados; a partir dali, com apoio da oposição liderada pelo PSDB e dos setores mais conservadores da mídia, ele colocou em marcha um projeto de implosão política e econômica do País.

Com suas pautas-bomba, fez a aposta no 'quanto pior, melhor', em sintonia com o PSDB; com a ameaça permanente de impeachment, deflagrado no fim do ano, drenou as energias do governo para o embate político.

Depois de descobertas suas movimentações financeiras na Suíça, Cunha termina 2015 enfraquecido, mas ainda age e fala como se nada tivesse acontecido.

Feliz Ano Novo!

Feliz Ano Novo!



             Bem-vindo 2016