segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Soldados da Borracha' da Amazônia na 2ª Guerra esperam indenizações

Folha de São Paulo, 05/01/15

Os ex-combatentes recebem sete salários, abono, assistência médica e outros benefícios. Os 55 mil nordestinos tiveram o apoio de 10 mil seringueiros que já atuavam na Amazônia.Manuel Ferreira de Brito, 88, tinha 17 anos e vivia em Canutama, interior do Amazonas. Os EUA decidiram financiar a reativação dos seringais brasileiros, em decadência desde o final do século 19.A produção de cerca de 45 mil toneladas de borracha anuais fez parte dos acordos firmados entre os dois países.

Aos 17 anos, Manuel Viriato ouvia no Ceará as notícias sobre a Segunda Guerra quando se deparou com um cartaz do governo: "Mais borracha para a vitória!".

Em 1943, juntou-se ao "exército" voluntário de 55 mil nordestinos enviados à Amazônia para extrair borracha para a indústria bélica americana e assim ajudar a derrotar os países do Eixo.

O episódio, ocorrido entre 1942 e 1945, é conhecido como "A Batalha da Borracha".

Sete décadas depois, os pouco mais de 5.500 "soldados da borracha" sobreviventes sonham em ter o mesmo reconhecimento que os ex-combatentes brasileiros obtiveram após a vitória dos Aliados na Segunda Guerra.

"Pra mim, não houve sucesso algum. Teve sucesso para o país, né? Talvez hoje a gente estivesse sob domínio nazista se não fosse a borracha brasileira", diz Viriato, que jamais voltou ao Ceará.

eldorado

Em 1942, os EUA se depararam com um grande problema durante a guerra: maior produtor mundial de borracha, o sudeste asiático estava sob domínio japonês. Os EUA decidiram financiar a reativação dos seringais brasileiros, em decadência desde o final do século 19.

A produção de cerca de 45 mil toneladas de borracha anuais fez parte dos acordos firmados entre os dois países. Para isso, Getúlio Vargas iniciou um "esforço de guerra".

"Trabalhador nordestino, alista-te hoje mesmo, cumpre o teu dever para com a pátria", estampava a capa da cartilha divulgada para atrair os trabalhadores. Nas mensagens, o governo equiparava os "soldados da borracha" aos combatentes de guerra.

"A gente pensava que as condições seriam melhores, que teríamos boa assistência. Mas nos jogaram no seringal e nos deixaram lá", conta Viriato, que atuou em seringais do Acre e de Rondônia, onde reside até hoje, aos 88 anos.

As condições de trabalho dos seringueiros, porém, eram semelhantes às encontradas no final do século 19: semiescravidão. Estima-se que ao menos 30 mil morreram na Amazônia até o fim da guerra, além dos milhares que não resistiram à longa viagem de caminhão e barco.

"Os patrões fizeram da gente o que quiseram, pagavam como quiseram, não havia fiscalização, as condições eram ruins", diz Viriato.

Sem experiência na mata, os nordestinos eram alvos fáceis para onças, cobras e doenças tropicais, como malária e febre amarela. Os 55 mil nordestinos tiveram o apoio de 10 mil seringueiros que já atuavam na Amazônia.

Manuel Ferreira de Brito, 88, tinha 17 anos e vivia em Canutama, interior do Amazonas. Mesmo com pouca experiência, ensinou o ofício a centenas de retirantes. "Foi uma dificuldade enorme, a seringa é uma árvore difícil de se trabalhar. Eles foram enganados, pensavam que o serviço era fácil. Os soldados morriam na guerra, eles morriam na selva", conta Brito.

"Os alto falantes diziam que a vitória do Brasil dependia da borracha e dos trabalhadores da Amazônia. E a gente, rapaz novo, ficava entusiasmado", conta Viriato.

ABANDONO

Vencida a guerra, o governo ignorou os milhares de nordestinos recrutados para a selva. A maioria jamais voltou para sua terra natal.

"Essas pessoas jamais foram desmobilizadas, ninguém deu passagens a eles após a guerra. Foram trazidos e abandonados", diz Frederico de Oliveira Lima, autor do livro "Soldados da Borracha: das vivências do passado às lutas contemporâneas".

Os seringueiros contam que os EUA enviaram dinheiro logo após a guerra para indenizá-los. Desde 1988, recebem dois salários mínimos. Os ex-combatentes recebem sete salários, abono, assistência médica e outros benefícios. Montante que nunca chegou aos seringueiros.

Em maio deste ano, o Congresso promulgou uma PEC que garante R$ 25 mil a cada seringueiro e descendentes, a serem pagos em 2015.

O Sindsbor (Sindicatos dos Soldados da Borracha e Seringueiros de Rondônia) pretendia obter R$ 800 mil para cada, e tem duas ações em andamento contra a União: por violação dos direitos humanos e exigindo direitos trabalhistas retroativos.

Os "soldados da borracha" sobreviventes moram principalmente em Rondônia e no Acre. De janeiro a outubro de 2014, 400 morreram. "Faltou consciência humana. Dizem que vão pagar em 2015. Se deixar para dezembro de 2015, mais quantos vão morrer?, questiona Viriato.

Ajuste das contas públicas é 'indispensável', diz novo ministro da Fazenda

Do UOL, 05/01/2015

Wilson Dias/Agência Brasil
Secretário-executivo e ministro interino, Paulo Rogério Caffarelli, empossa Joaquim Levy

O equilíbrio das contas públicas é indispensável para que o país fique no caminho do desenvolvimento e amplie as oportunidades para a população, disse nesta segunda-feira (5) o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que tomou posse oficialmente do cargo em cerimônia em Brasília. 

"É a chave para a confiança e desenvolvimento do crédito, bem estar geral e crescimento da nação", disse Levy em seu primeiro discurso como ministro.

Segundo ele, o país tem plenas condições de exercitar o equilíbrio fiscal, com disciplina no gasto público e uso de outros instrumentos com os bancos públicos "sem ofender os direitos sociais"

Segundo o novo ministro, a responsabilidade fiscal da primeira metade dos anos 2000 foi indispensável para a política de inclusão de milhões de brasileiros e para se ter a política anticrise a partir de 2008.
Ajuste já começou

Levy acrescentou que o ajuste fiscal já começou, com a adequação dos empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e em benefícios trabalhistas e previdenciários.

"A economia proporcionada por essas medidas, especialmente pelo alinhamento de juros do BNDES, economizará bilhões e diminuirá a exposição do BNDES, abrindo espaço para novos papeis".

O novo ministro não descartou a possibilidade de aumento de tributos para realinhar as contas públicas. "Possíveis ajuste de tributos serão considerados, especialmente aqueles usados para estimular a poupança doméstica e corrigir desbalanços tributários entre os setores", afirmou.
Nova equipe

Levy anunciou os novos secretários da pasta

Tarcísio Godoy ocupará a Secretaria Executiva e será o número dois do ministério. Jorge Rachid voltará a comandar a Secretaria da Receita Federal. O secretário do Tesouro Nacional será Marcelo Santili Barbosa.

O novo secretário de Política Econômica é Afonso Arino de Melo Franco Neto. O secretário de Assuntos Internacionais será o diplomata Luís Balduíno.

Na Secretaria de Assuntos Econômicos, foi mantido o economista e servidor de carreira Pablo Fonseca. A procuradora-geral da Fazenda Nacional, Adriana Queiroz, também foi mantida no cargo. 

O ex-secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, voltará a comandar o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), órgão que cuida de recursos administrativos de contribuintes.

domingo, 4 de janeiro de 2015

Abra a porta para a felicidade!

“"A FELICIDADE BATE NA PORTA, MAS NÃO GIRA A MAÇANETA.QUEM DECIDE SE QUER QUE ELA ENTRE OU NÃO, É VOCÊ."”

Mantenha viva a criança que há em você!

Mulher e menina ao mesmo tempo!

Sou uma mulher que anda de salto alto... 
E uma menina que brinca no balanço... 

Sou uma mulher que luta... 
E uma menina que chora... 

Sou uma mulher cheia de desejos... 
E um menina cheia de sonhos... 

Sou uma mulher que briga... 
E uma menina que perdoa... 

Sou uma mulher que faz regime... 
E uma menina que se “entope” de sorvetes e chocolates... 

Sou uma mulher que grita... 
E uma menina que ouve... 

Sou uma mulher que fica triste... 
E uma menina que da risada... 

Sou uma mulher que acredita em Deus... 
E uma menina que confia no “Papai do céu"... 

Sou uma mulher que "encanta"... 
E uma menina que aplaude... 

Enfim, sou uma mulher romântica 
Que busca ser feliz!!!

Contribuição de Conceição/Itb

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

A Presidente da República reconhece dificuldades e pede o apoio direto de brasileiros

Fernando Rodrigues, 01/01/2015 
Dilma Rousseff ao discursar no plenário da Câmara
A presidente Dilma Rousseff tomou posse de seu segundo mandato nesta 5ª feira (1º.jan.2015) fazendo um discurso no qual reconheceu, em vários trechos, as dificuldades que terá para conduzir o país na área econômica e política. Chamou a atenção em sua fala o apelo por apoio direto da sociedade.

Depois de falar sobre as necessidades apresentadas pelos brasileiros na eleição de 2014, a presidente apelou a deputados e senadores: “Sei que conto com o apoio dos senhores”. Em seguida, disse também contar com os petistas. “Sei que conto com o militantes do meu partido, o PT” e com o “maior líder popular da nossa história, Luiz Inácio Lula da Silva”.

Dilma afirmou também que contará com os “movimentos sociais”, incluindo sindicatos e federações, na hora de aprovar medidas duras na economia. “Vamos provar que se pode fazer ajustes na economia sem revogar direitos conquistados”.

Esse apelo por apoio popular tem sido a regra para presidentes da República em dificuldades na atual fase democrática do país. Dilma sabe que será difícil aprovar no Congresso todas a medidas necessárias para estabilizar a economia e fazer o país voltar a crescer.

O discurso da presidente (leia a íntegra) começou às 15h36 no plenário da Câmara dos Deputados, que reunia congressistas e autoridades nacionais e estrangeiras.

Dilma finalizou às 16h21.

O discurso da presidente foi redigido para tentar refutar a interpretação de que as medidas que está tomando sejam contraditórias com o que ela prometeu durante a campanha eleitoral de 2014. Ficou apenas na retórica.

Para a presidente, o que está sendo feito é a correção de “distorções” –por exemplo, a redução do acesso ao benefício do seguro desemprego, medida já baixada por meio de uma medida provisória.

A presidente declarou que o “Brasil precisa voltar a crescer” e que os “primeiros passos para esta caminhada passam por um ajuste nas contas públicas”. 

Dilma prometeu no seu discurso de posse fazer os ajustes “com o menor sacrifício para a população”, mas não explicou como conseguirá empreender tal missão. Afirmou apenas que se compromete com a “manutenção de todos os direitos trabalhistas e previdenciários”..

Como repetiu Dilma, trata-se da “correção permanente de distorções e excessos”. É uma retórica que será colocada à prova quando as medidas forem votadas pelos plenários da Câmara e do Senado.

A presidente se escora numa retórica: “Vamos derrotar a tese de que existe conflito entre conquistas sociais e desenvolvimento econômico”.

Ao terminar sua fala, a presidente escolheu um verso que tentou inocular otimismo nos presentes ao plenário do Congresso. “O impossível se faz já. Só os milagres ficam para depois”, recitou Dilma. É uma frase de efeito retórico, mas cuja eficácia prática ninguém pode garantir.

Votos de Feliz Ano Novo com um convite a reflexão o nosso rio Tapajós

Três imagens do rio Tapajós, em anos diferentes, com cores diferentes, mostram claramente o que fingimos não ver: a morte lenta desse belo rio

Com os votos de Feliz Ano Novo a todos aqueles que acompanham este blog, peço também que reflitam sobre o nosso majestoso rio Tapajós. 

Outrora, um rio de águas limpas, azuladas e hoje, com seu leito sendo gradativamente assoreado,águas sujas, começa a dar sinais de que se a poluição continuar nesse mesmo ritmo não demorará termos somente a lembrança dessa estrada de sonhos, de aventuras, de contemplação e beleza.

A verdade é que estamos deixando isso acontecer com o nosso rio Tapajós, que está apresentando uma coloração totalmente alterada. Do belo rio de antes, hoje nos resta uma corrente de água barrenta.

Para evitar que aqueles que dizem que não é nada, o nosso cartão de Feliz Ano Novo vem acompanhado de três fotografias.

A primeira, uma foto aérea que mostra como era o Tapajós até poucos anos, algumas horas de barco acima de Itaituba.

A segunda foto foi tirada por Jota Parente, em 2010, de uma residência próxima do Rotary Clube, mostrando ainda um pouco do azul que tanto encantava.

Finalmente, a terceira foto mostra o Rio Tapajós às duas horas de hoje, foto também de jota Parente, dentro da barraca de eventos, na frente da cidade de Itaituba.

Existem ou não, motivos de sobra para quem ama a natureza, lamentar essa agressão, que acontece com a conivência das nossas autoridades e sob o nosso mais profundo silêncio.

Como diz o velho ditado, quem cala, consente.

Com informações e fotos do amigo Jota Parente, 31/12/14

2015 é tempo de renovar a esperança

Sonhos impossíveis são para os fracos!

Feliz Ano Novo!








    Como em Sydney, na Austrália, o mundo celebra a chegada de 2015