segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Cuidados ao entrar no carro e ligar o ar condicionado


Um carro estacionado na sombra durante um dia com as janelas fechadas pode conter de 400-800 mg. de Benzeno. Se está no sol a uma temperatura superior a 16º C., o nível de Benzeno subirá a 2000-4000 mg, 40 vezes mais o nível aceitável... 
A pessoa que entra no carro mantendo as janelas fechadas  inevitavelmente aspirará em rápida sucessão, excessivas quantidades desta toxina.
O Benzeno é uma toxina que afeta o rim e o fígado. E o que é pior, é extremamente difícil para o organismo expulsar esta substância tóxica.
Ar condicionado ou ar simples dos  Automóveis 
O manual do condutor indica que antes de ligar o ar condicionado, deve-se primeiramente abrir as janelas e deixá-las assim por um tempo de dois minutos,porém não especificam "o porquê", só deixam entender que é para seu "melhor funcionamento". 
Aqui vem a razão médica:
De acordo com um estudo realizado, o ar refrescante antes de sair frio, manda todo o ar do plástico quente o qual libera Benzeno, que causa câncer (leva-se um tempo para dar-se conta do odor do plástico quente no carro). Por isto é a importância de manteros vidros abertos uns minutos.
"Por favor não ligar o ar condicionado ou simplemente o ar, imediatamente ao entrar no carro.
Primeiramente deve-se abrir as janelas e depois de um momento, ligar o ar e manter as janelas abertas uns 2 (dois) minutos."


Além de causar câncer, o Benzeno envenena os ossos,  causa anemia e reduz as células brancas do sangue. 
Uma exposição  prolongada pode causar Leucemia, incrementando o risco de câncer. 
Também pode causar um aborto. O nível apropriado de Benzeno em lugares fechados é de 50 mg/929 cm2. 
Assim amigos, por favor, antes de entrar no carro, abrir as janelas e a porta para assim dar tempo a que o ar interior saia e disperse esta toxina mortal.
Colaboração de Edna Hellen/Novo Progresso

Complexo Hidrelétrico do Tapajós estaria no maior distrito aurífero do mundo

No território da bacia hidrográfica do Tapajós está inserida a chamada Província Mineral do Tapajós (PMT), com 100 mil quilômetros quadrados, considerada uma das maiores áreas de mineração e o maior distrito aurífero do mundo. Empresas nacionais e internacionais estão articuladas para explorar e expropriar, com o aval e financiamento do Estado, o potencial de riqueza no interior das terras indígenas. O ouro na região foi descoberto no início de 1950 e a sua exploração por garimpeiros tem sindo constante ao longo dos últimos 50 anos.

“A Brazilian Gold pretende usar os recursos da venda para avançar no desenvolvimento de seus projetos na região Norte, onde detém oito áreas na província mineral do Tapajós e duas na província aurífera de Alta Floresta, nas imediações de Tapajós.” Fonte: AGECO15/04/2011

Estima-se que tenham saído da PMT – oficial e ilegalmente – até hoje, cerca de 800 t de ouro, equivalente a 16 vezes a produção total de Serra Pelada. Isso significaria perto de US$ 2 bilhões, mas nos números oficiais só constam que foram produzidos, até 2006, aproximadamente 194 t[1].

Há presença maciça de garimpos na região, confirmados pela quantidade de pistas de pouso – 300 no Tapajós, 170 em Parima e 185 em Alta Floresta. O Projeto Província Mineral do Tapajós – Projeto PROMIN-TAPAJÓS foi criado em 1995 para buscar um nível confiável de conhecimento geológico e incentivar a pesquisa de depósitos de ouro e novos empreedimentos.

O ouro, aliado aos projetos hidrelétricos no Tapajós e Jamanxim que, coincidentemente, estão sobre a província mineral, vai pavimentar definitivamente a ocupação predatória da região.

Só a simples perspectiva de implantação de projetos hidrelétricos nas bacias do rio Tapajós e Teles Pires já é suficiente para induzir a ocupação de áreas protegidas da Amazônia. A extração de minério, garimpo do ouro e as novas concessões de direitos minerários trarão consigo outro ciclo de exploração madeireira. Novos impactos atingirão os territórios indígenas.

Na outra ponta, a extração vegetal do açaí e da castanha-do-pará que ocorre em todos os municípios da bacia do Tapajós, com destaque para Santarém e Jacareacanga estará ameaçada. Há ainda grandes desafios a serem superados: baixo retorno financeiro, desequilíbrio entre oferta e demanda, falta de políticas públicas e limitada capacidade de suporte da natureza. A construção de hidrelétricas não corrigirá essas deficiências e não conduzirá ao desenvolvimento sustentável da região.

O extrativismo mineral clandestino continua num ritmo acelerado. Também não há fiscalização da garimpagem livre do ouro nos rios dentro ou fora das terras indígenas. Mineração ilegal é caminho certo na direção da degradação ambiental e da contaminação dos recursos hídricos. No Departamento Nacional de Produção Minerária (DNPM) tramitam 17.408 processos minerários em análise, a caminho da exploração.

Os municípios da região da bacia do rio Tapajós foram recompensados com a riqueza natural das reservas florestais e minerais, recursos hídricos, estoque pesqueiro, exuberância cênica e vocação turística. O governo federal entende erroneamente que para agregar valor aos produtos primários da região e fortalecer a economia local e regional deve estimular um desenvolvimento artificial. Encabeçando a lista de prioridades para atingir seu objetivo está o incentivo à exploração do potencial hidrelétrico com um conjunto de usinas nos rios Tapajós e Teles Pires e Juruena.

Grandes grupos mineradores, incentivados pelas facilidades concedidas pelo governo federal aos projetos hidrelétricos na Amazônia – usinas do Madeira e Belo Monte, já disputam espaço na exploração das reservas minerais. De olho nessa riqueza, se prepara a abertura das terras indígenas à mineração com um projeto de lei que tramita na Câmara dos Deputados[2].

Empresas nacionais e internacionais pretendem aumentar sua capacidade de produção explorando as terras indígenas. Aumenta a demanda global por recursos minerais.

O Complexo do Tapajós vai catalisar a ocupação da região e dar força, também, ao avanço da fronteira agrícola sobre os ecossistemas. Infelizmente, a escolha do governo ao favorecer a construção de grandes e pequenas hidrelétricas visa favorecer o agronegócio, o comércio exterior de soja e a industrialização na região, a qualquer custo.

O projeto da hidrovia Tapajós – Teles Pires, na esteira das hidrelétricas, é predatório e vai servir só para facilitar o escoamento da produção agropecuária e minerária da região. O projeto excluiu qualquer possibilidade de consulta aos povos indígenas. As hidrelétricas em sequência nos rios Tapajós e Teles Pires e a construção de eclusas vai permitir a navegação de grandes comboios. Os reservatórios e os derrocamentos do leito do rio (retirada das pedras) visam superar as barreiras naturais dos trechos encachoeirados desses rios.

A transposição de desnível será possível para as embarcações. Espécies de peixes, no entanto, como a “matrinxã” e várias outras não adaptadas para viverem em lagos, serão extintas em toda a extensão do rio Teles Pires. Na hidrelétrica Sinop, no rio Teles Pires, está prevista a construção de uma grande eclusa com largura superior à de Tucuruí, recém-inaugurada.

Outro setor que pressiona a construção de complexos hidrelétricos na região da bacia do Tapajós é o das indústrias eletrointensivas. Em Juruti, extremo oeste do Pará, a Alcoa teve aprovada a licença de instalação de mineração de bauxita para construir uma planta de beneficiamento, um porto fluvial e uma ferrovia.

Grandes indústrias cujo principal insumo é a energia buscam locais em que há planos de construção de usinas hidrelétricas. A implantação dessas indústrias traz impactos significativos às regiões onde se instalam. Com os projetos vem o aumento das receitas dos municípios, mas traz consigo a migração, a pressão sobre a infra-estrutura, serviços públicos, recursos naturais e o recrudescimento dos conflitos fundiários.

Telma Monteiro

Fonte: EcoDebates, 11/08/11

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Aumenta o número de ligações clandestinas de energia elétrica

No País da malandragem tudo é possível. Inclusive, segundo os bastidores, a existência de "empresas" para fazer as ligações clandestinas de energia elétrica  ou os famosos "gatos". Também é voz corrente na cidade de que funcionários da própria Rede Celpa fazem "gatos"

Em todo o Pará as ligações clandestinas se avolumam, causam problemas a todos os usuários e a conta dos que não fazem "gatos" ficam mais caras. Quando não, é a empresa concessionária de energia elétrica que "quebra", vai a falência. É o que está acontecendo com a Rede Celpa, que segundo se comenta foi vendida por um real!

Outro complicador é a constante baixa de voltagem, que queima aparelhos e implica em outros problemas. Além deste, outro possível indicador da gataria é a falta de energia elétrica.

Enquanto os bons usuários pagam preços absurdos pelo consumo do período, os "ladrões de energia elétrica" pagam alguns reais para funcionar vários aparelhos de ar condicionado e outros eletrodomésticos que consomem bastante.  

A que ponto chegamos! Valha-nos quem?

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

A dívida externa brasileira cada vez aumenta mais


O Governo Lula, como afirmam muitos, não pagou nossa divida externa e sim a do FMI. A nossa dívida externa, para quem não sabe, corresponde à soma dos débitos externos do Brasil.  

A posição estimada da dívida externa total em fevereiro de 2011 registrou US$271 bilhões. Para efeito de comparação, esse valor era de US$ 214,93 bilhões no ano de 2003, quando Lula assumiu a Presidência da República.

Dizer que o Brasil não tem mais dívida externa é mentir descaradamente para a população!

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Explosão demográfica de Itaituba


O município de Itaituba tem hoje, segundo o IBGE, cerca de 103 mil habitantes. Com o advento da construção das hidrelétricas e de mais 14 portos graneleiros, saltará para estimadamente 283 mil habitantes. Some-se esses projetos desenvolvimentistas os da iniciativa privada, que se instala nos espaços abertos pelo governo.

A construção das cinco hidrelétricas com recursos do PAC, segundo dados do Governo Federal vai gerar 25 mil empregos diretos e 50 empregos indiretos. Dos diretos, Itaituba ficará, na melhor das hipóteses com 2 mil empregos, porque tem pouca mão-de-obra qualificada. Portanto, de fora virão 23 mil trabalhadores; dos 50 mil empregos indiretos, cerca de 15 mil serão de Itaituba e 35 mil, de fora. A construção dos portos gerará cerca de 10 mil empregos.

Ora, a soma dos trabalhadores vindos de fora é igual a 68 mil, destes cerca de 34 mil, têm famílias, que em média é composta por mais 3 pessoas( o cônjuge e 2 filhos) , o que implica em mais 102 mil pessoas. Não é difícil pensar que pelo menos 10 mil marginais virão no faro da "dinheirama" que vai circular por aqui.

Na prática, a população vai triplicar dentro de 6 a 8 anos a partir do início dos grandes projetos e haja políticas públicas para atender as muitas demandas oriundas dessa explosão demográfica!

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Justiça bloqueia licença para Usina São Luiz do Tapajós


Da Agência Brasil

Brasília – A Justiça Federal em Santarém (PA) proibiu a concessão de licença ambiental para a Usina São Luiz do Tapajós, localizada no Rio Tapajós, no Pará, enquanto os índios afetados não forem ouvidos e não houver avaliação ambiental integrada dos impactos de todas as usinas planejadas para a bacia fluvial.

A decisão atende ao pedido do Ministério Público Federal no Pará (MPF-PA), que informa que a obra afetará a Terra Indígena Munduruku, onde vivem mais de 10 mil indígenas, além de unidades de conservação ambiental, comunidades quilombolas, cidades e reservas extrativistas.

Segundo o MPF, o juiz José Airton de Aguiar Portela fixou multa diária de R$ 100 mil em caso de desobediência à proibição. “O poder público não pode negligenciar regras que ele próprio instituiu, por mais urgentes que sejam as demandas energéticas do país”, informa trecho da decisão.

Edição: Fábio Massalli
Fonte:Jornal Correio do Brasil, 20/11/12