terça-feira, 10 de novembro de 2015

Governo cria multa de até R$ 19 mil para obstrução de estradas

Lauro Yano
Isso é vandalismo puro

Em uma tentativa de desestimular a atual greve dos caminhoneiros, o governo federal aumentará as multas e as sanções a motoristas que obstruírem deliberadamente as rodovias e estradas do país, conforme antecipou o Painel às 18h32 desta terça-feira (10).

As novas regras, que serão publicadas em medida provisória no "Diário Oficial da União" desta quarta (11), criam nova tipificação e punições no Código Nacional de Trânsito para quem interromper, restringir ou perturbar o trânsito em vias públicas com o uso de veículos.

Atualmente, o Código Nacional de Trânsito prevê uma multa de R$ 1.915 para quem promover nas vias públicas competição, eventos organizados, exibição e demonstração de perícia sem permissão da autoridade de trânsito.

A atual punição será mantida, mas, no caso da obstrução deliberada com o uso veículo, o condutor será enquadrado em uma infração gravíssima e será aplicada uma multa de trânsito de R$ 5.746, podendo dobrar o valor para R$ 11.492 em caso de reincidência.

O condutor também receberá sanções como a suspensão do direito de dirigir por doze meses, a apreensão do veículo, o recolhimento da carteira de habilitação e a proibição do condutor de receber por dez anos incentivos creditícios para adquirir veículos automotores.

Locais bloqueados por caminhoneiros

A medida provisória também criará uma nova categoria de multa para quem organizar iniciativas que obstruam as estradas e rodovias, como as atuais paralisações promovidas pelos caminhoneiros. Nesse caso, os líderes dos movimentos serão multados em R$ 19.154 reais, podendo dobrar o valor para R$ 38.308 em caso de reincidência.

Segundo o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, as multas terão de ser pagas no licenciamento do veículo. "O valor das multas é avaliado pelo dano social que esses comportamentos trazem", disse.

"O governo federal não pode admitir que pessoas, sem ter uma pauta de reivindicações e por uma questão política, fechem estradas para impor aquilo que acham que deve acontecer com o país por meio de uma medida inaceitável", criticou.

O ministro disse ainda que a greve é "claramente política" e anunciou que autorizou a Força Nacional de Segurança Pública, por meio de sua Tropa de Choque, que atue com a Polícia Rodoviária Federal na desobstrução das estradas e rodovias.

A greve dos caminhoneiros entrou no segundo dia nesta terça-feira (10) com manifestações e bloqueios em rodovias de ao menos nove estados. Eles permitem o tráfego apenas de carros, ônibus e ambulância, de acordo com a PRF (Polícia Rodoviária Federal).

Para o ministro, é inaceitável que, em um estado democrático, manifestantes utilizem veículos para bloquearem estradas e rodovias. Segundo ele, os movimentos grevistas não têm pauta de reivindicações, e portanto, não há espaço para negociação com o governo federal.

"Não há pauta, ou seja, como se senta para dialogar sem pauta. Não há fórum, não consigo vislumbrar em torno de que pontos se quer fazer uma negociação se não há pauta", disse.

Segundo ele, a PRF já multou mais de uma centena de caminhões desde o início da greve na segunda-feira (9).

O ministro ressaltou ainda que a medida provisória autoriza a realização de pregões eletrônicos para a contratação de empresas privadas para recolhimento, depósito e armazenamento de veículos apreendidos.

Fonte: Folha, 10/11/2015

Mercado reage muito bem a possível troca de Levy por Meirelles



247 com Infomoney - Depois de ameaçar devolver todos os ganhos do rali de uma semana atrás, quando especulava-se sobre os preços baixos dos ativos no mercado brasileiro, o Ibovespa encontrou forças no movimento das bolsas americanas para reagir, zerar perdas no pregão desta terça-feira (10) e fechar com queda de 0,03%, a 46.206 pontos - o maior patamar do intraday. O giro financeiro negociado na Bovespa foi de R$ 4,63 bilhões.

Após a volta dos rumores de que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, estaria próximo de deixar o cargo, o Valor Pro afirmou na tarde desta terça-feira que, com o aval do ex-presidente Lula, Henrique Meirelles já estaria se reunindo com líderes políticos governistas para discutir cenários econômicos para o Brasil. A publicação citou apenas "um interlocutor" do ex-presidente do Banco Central como fonte.

De acordo com o Valor, estas conversas estariam sendo interpretadas como sondagens para uma possível entrada de Meirelles no governo para substituir Levy. Ainda segundo as informações da publicação, ele estaria disposto a aceitar assumir a Fazenda sob duas condições: indicar o ministro do Planejamento e o presidente do BC.

Ontem, segundo informações do Valor e também da Folha de São Paulo, novos boatos afirmavam que Levy pode deixar a liderança da pasta na virada do ano, ou até mesmo antes caso a situação econômica se agrave mais.

Governo endurece o jogo com caminhoneiros


Contra a greve política dos caminhoneiros, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, anunciou nesta terça (10), que o novo valor da multa para quem bloquear estradas será de R$ 5.746, valor antes fixado em R$ 1.915; quem organizar eventos terá de pagar R$ 19.154. Aqueles que receberem multas também não poderão tomar crédito para a compra de veículos por dez anos.

Com estas medidas, o governo endurece sua atuação contra a greve dos caminhoneiros e atua para impedir que haja desabastecimento em algum setor; segundo o ministro, o movimento iniciado ontem é político e não apresentou uma pauta de reivindicações para ser negociada com o governo.

Os caminhoneiros fazem 27 interdições em oito estados. Segundo o líder do Comando Nacional de Transporte, Ivar Luiz Schmidt, o movimento quer a saída de Dilma Rousseff da Presidência.

PSDB muda estratégia e propõe acordo ao governo para aprovar DRU

Líderes do PSDB na Câmara procuraram o governo para propor um acordo pela aprovação da DRU(Desvinculação de Receitas da União), mecanismo que dá maior liberdade ao governo para remanejar o Orçamento.

O deputado Bruno Araújo (PSDB-PE) procurou o líder do governo, José Guimarães (PT-CE), e avisou que os tucanos estão dispostos a aprovar a matéria, desde que haja modificações pontuais no texto.

O primeiro contato entre os dois deputados ocorreu ontem e nesta terça-feira (10) os dois grupos começaram a debater um formato de consenso para o texto.

É a primeira vez desde o início do atual mandato da presidente Dilma Rousseff que a oposição procura aliados do governo para oferecer uma trégua e ajudar na aprovação de medidas consideradas imprescindíveis pelo Planalto.

"Não queremos salvar Dilma, mas também não podemos ter compromisso com o abismo", justificou Bruno Araújo.

O encontro dos dois deputados ocorreu no gabinete da liderança do governo na Câmara. Técnicos do PSDB acompanharam a reunião.

FÓRMULA

O governo havia proposto elevar de 20% para 30% a fatia de recursos do Orçamento que podem ser usados livremente. No primeiro encontro, o PSDB exigiu que o governo mantivesse o percentual atual para apoiar a matéria. Com aval da Casa Civil, Guimarães sugeriu uma alíquota intermediária, de 25%.

Os dois grupos voltarão a discutir o acordo amanhã. O governo também conseguiu convencer o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ ) a criar a comissão especial para analisar a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da DRU.

Sem isso, o Planalto não conseguiria fazer as novas regras valerem no início do próximo ano, o que comprometeria ainda mais as finanças públicas. Depois da Câmara, a proposta ainda tem que ser avaliada pelo Senado.

Fonte: Folha, 10/11/2015

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Lock-out de caminhoneiro não tem reivindicação


O ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, afirmou nesta segunda-feira ser fundamental que o Congresso Nacional coloque em primeiro plano os interesses do País para que sejam aprovadas medidas que garantam a estabilidade fiscal e criem as condições de retomada do crescimento econômico.

“O governo está dialogando para que todas as medidas importantes que garantam o ajuste fiscal sejam aprovadas. A presidenta [Dilma Rousseff] respeita bandeiras partidárias, divergências partidárias, que são naturais da democracia, mas neste momento é fundamental que haja uma agenda de interesse nacional. Uma agenda acima de questões partidárias”, disse.

Segundo o ministro, as conversas com líderes partidários e com os presidentes das duas Casas têm sido constantes para esclarecer dúvidas sobre os projetos e construir consenso para garantir que o País retome o crescimento da economia.

“É fundamental, neste momento, que o Brasil garanta a estabilidade fiscal, porque sem ela, nós não poderemos dar o passo seguinte, que é a retomada do crescimento econômico”, acrescentou.

Edinho demonstrou otimismo em relação à aprovação das propostas. “Estamos falando de um País democrático, de lideranças que entendem o momento que o Brasil está vivendo, têm responsabilidade diante desse quadro e sabem da importância da aprovação das medidas que garantam o equilíbrio fiscal”, enfatizou.

Greve dos caminhoneiros
O ministro ressaltou que a greve dos caminhoneiros, que começou na manhã desta segunda-feira, tem “aspiração única de desgaste político do governo”. Segundo ele, nenhuma pauta de reivindicação foi apresentada, mas o governo “está sempre aberto ao diálogo”.

“Uma greve apresenta questões econômicas, sociais, geralmente é propositiva. Mesmo quando trata de questões políticas, a greve é propositiva. Nunca vi uma greve cujo único objetivo é gerar desgaste ao governo. É uma greve que não busca melhorias da categoria, mas desgaste de governo”, explicou.

Edinho destacou ainda que “uma greve que se caracteriza com o único objetivo de gerar desgaste ao governo é uma greve que vai de encontro aos interesses da sociedade brasileira”.

Em tempo: o Vasco sugere chamar o movimento Golpista do Ivar de lock-out: movimento subversivo de patrão ... E, não, greve.

Em tempo2: e cadê a PF e a Policia Rodoviaria do zé? Aquele que esconde a incompetência atrás do manto do republicanismo ?- PHA


Fonte:Conversa Afiada, 09/11/2015

Protesto de caminhoneiros é contra Dilma, diz líder. Os sindicatos não apoiam

Greve política é bagunça e bagunça exige a ação da polícia

UOL,09/11/2015
Caminhoneiros fazem protesto e bloqueiam rodovias16 fotos1 / 16
Caminhoneiros bloqueiam, nesta segunda-feira (9), a BR-101, em Parnamirim (região metropolitana de Natal), e a BR-304, entre os municípios de Assú e Mossoró (região Oeste do Rio Grande do Norte), em protesto contra os altos impostos e pedindo a saída da presidente Dilma Rousseff. Também há protestos em pelo menos outros oito Estados. Dentre as reivindicações estão a redução do preço do óleo diesel, o salário unificado em todo o país e ajuda federal para financiar dívidas Leia mais Divulgação

Caminhoneiros bloqueiam rodovias em ao menos 12 Estados nesta segunda-feira (9) e pedem o impeachment da presidente Dilma Rousseff, segundo o Comando Nacional do Transporte (CNT), que convocou o movimento por meio das redes sociais.

O CNT é crítico ao governo e pede o afastamento da presidente. "Somos apartidários e sem cunho político. Nós lutamos pela salvação do país, e isso só será feito a partir da deposição da Dilma, seja por renúncia ou por impeachment", disse Fábio Roque, um dos líderes do movimento no Rio Grande do Sul, à Agência Brasil.

De acordo com o movimento, há manifestações em São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Rio Grande do Norte e Pernambuco.
Sindicatos dizem que não apoiam protesto

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), ligada à CUT, afirma que a greve é uma "manobra de um 'grupo' que tenta usar os caminhoneiros em prol de interesses políticos, que nada têm a ver com a pauta de reivindicações da categoria".

Segundo nota divulgada pela entidade e assinada pelo presidente, Paulo João Eutasia, "esse 'grupo' que se autointitula 'comando', não representa os caminhoneiros brasileiros e tem por objetivo atrapalhar os avanços conquistados no diálogo permanente com o governo federal em favor dos trabalhadores".

A Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) também se posicionou contra as paralisações: "Ao consultar a sua base de representação, a CNTA e as entidades que a compõe, federações e sindicatos, optam pela defesa dos interesses dos caminhoneiros, por meio do diálogo e negociação com o governo federal e setor privado", disse, em nota, o presidente da CNTA, Diumar Bueno.

"Antes de qualquer pessoa se intitular uma liderança e promover uma paralisação nacional é preciso partir da premissa que uma crítica deve vir acompanhada de uma sugestão", afirma a CNTA, na nota. "Gritos de ordem incitando protestos podem conseguir apoio e simpatia, mas sem propostas concretas de nada adiantam".

Fábio Roque rebateu as críticas das entidades. "A crítica que eles fazem ao nosso movimento é a prova de que eles estão do lado do governo e, por isso, não têm credibilidade com a classe".

Outras entidades ligadas aos caminhoneiros, como a União Nacional dos Caminhoneiros, a Federação dos Caminhoneiros Autônomos de Carga em Geral do Estado de São Paulo e o Sindicato dos Transportadores Rodoviários de Bens do Estado de São Paulo, também disseram que não apoiam as paralisações desta segunda-feira.
Ministro diz que objetivo é desgastar governo 

O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Edinho Silva, disse mais cedo que os caminhoneiros em greve não apresentaram uma pauta de reivindicações e que a paralisação tem como objetivo o desgaste político do governo.

"No nosso entender, essa é uma greve que atinge pontualmente algumas regiões do país e, infelizmente, um movimento que tem se caracterizado com uma aspiração única de desgaste político do governo. Se tivermos uma pauta de reivindicação, como tivemos em outros momentos, o governo sempre estará aberto ao diálogo. Agora, uma greve que se caracteriza com o único objetivo de gerar desgaste ao governo, ela vai de encontro aos interesses da sociedade brasileira", disse Edinho Silva em entrevista no Palácio do Planalto.

(Com Agência Brasil e Estadão Conteúdo)

A escalada para o golpe branco avança


"A famosa greve dos caminhoneiros chilenos, em 1972, foi organizada para desgastar e derrubar o governo de Salvador Allende. Esta agora, no Brasil, tem como objetivo desgastar e derrubar o governo de Dilma Rousseff. Não é uma especulação, ou uma interpretação: o objetivo político de tirar Dilma do governo tem sido anunciado pelos próprios organizadores da paralisação", afirma o colunista Hélio Doyle, do 247.

Segundo ele, "as reivindicações são apenas cortina de fumaça. O que interessa mesmo aos caminhoneiros é enfraquecer ainda mais o governo e facilitar sua queda".

"A movimentação de caminhoneiros é mais um passo na escalada para chegar ao impeachment, à cassação ou à renúncia de Dilma. Se o governo continuar em sua passividade e não enfrentá-la com o vigor necessário, continuará acuado e sem condições de superar a crise", afirma Doyle.

Greve dos caminhoneiros ou dos "patrões dos caminhoneiros"?

São os patrões, de novo, são eles! E querem, porque querem, parar o país, atravancar a economia, impedir o abastecimento, travar o comércio, Aliás, essa fórmula é velha!

Fila de veículos congestiona a ERS-122, em Caxias do Sul (RS)

Os níveis revolucionários ou transformadores da classe trabalhadora brasileira estão postos à prova, em plena prova e exatamente agora. Não é "greve dos caminhoneiros", o correto, o justo e preciso é dizer: "greve dos patrões dos caminhoneiros"! O que a classe dominante, a mesmíssima classe dos burgueses e que, de uma maneira ou outra, governa nossas vidas, pretende fazer é tornar universal seus desejos e interesses, evidentemente, particulares.

Lembro do magistral filme "O Encouraçado Potenkin" [Bronenosets Potyomkin/1925, dirigido por Grigori Aleksandrov e Sergei Eisenstein], sobretudo, da parte em que os oficiais do Encouraçado reúnem no pátio da embarcação, para fins de execução, os marinheiros rebelados e que trabalhavam sob as piores condições quando, de repente, um dos marinheiros a serem executados, lança uma pergunta decisiva aos fuzileiros: "Quem são, os de que, de fato, devem ser fuzilados?". Em um átimo de tempo, os fuzis se voltam contra o alto oficialato desse navio de guerra e outra história é, enfim, contada.

Essa greve não é dos trabalhadores que "ralam" muito, ganham mal, são maltratados, não possuem qualquer segurança em seus ofícios e estão sujeitos a toda sorte de drama ou imprevisto em suas jornadas.

Evidentemente as demandas da classe trabalhadora são notadamente, outras. Esses trabalhadores carecem de melhores salários, de direitos previdenciários, planos de saúde, mais segurança, melhores estradas, alimentação adequada e mais apoios para o cumprimento de suas funções.

São os patrões, de novo, são eles! E querem, porque querem, parar o país, atravancar a economia, impedir o abastecimento, travar o comércio, Aliás, essa fórmula é velha! Estão, nesse momento, usando a economia como arma de guerra porque pela via eleitoral já viram que não conseguem!

Ocorre que, também não conseguiram pela sabotagem econômica e o que restará? Segundo o "manual do golpismo latino-americano", editado pela White House/Pentágono/CIA especialmente para a 'problemática' região compreendida entre o Rio Grande (México) até a Terra do Fogo (Argentina), a mesma América Latina: as velhas e clássicas quarteladas e tão corriqueiras na "Pátria Grande".

O cinema conta! Sugiro que assistam ao irretocável "A Batalha do Chile" [Diretor: Patrício Guzmán. Disponível no YouTube], sobretudo, em sua Parte I - "A Insurreição da burguesia". Irão entender que a estratégia do "black-out econômico" é velho estratagema das oligarquias políticas e econômicas de "Nuestra América".

Quanto aos trabalhadores do volante, que singram noites, que desafiam os dias, cujos corpos e juízos são forjados nos frios, nas secas, na solidão e em riscos cotidianos... Façam as perguntas certas! Por vocês, pelo Brasil, pelo nosso futuro comum.

Fonte: Brasil 247, 09/11/2015

domingo, 8 de novembro de 2015

Globo manda um recado aos midiotas


não a creditem em tudo que a gente publica.

o jornalista Lauro Jardim saiu da revistaveja e chegou ao Globo de forma espetaculosa. Deu uma falsa notícia sobre o filho de Lula e, por isso mesmo, ele próprio virou notícia: saiu na capa do jornal, de braços cruzados e meio riso no rosto; jactancioso.

Uma estreia triunfal como disse o seu colega de O Globo, Jorge Bastos Moreno.

O Lobista Fernando Baiano, segundo Jardim em seu texto de estreia, teria afirmado que botou 2 milhões de lascas no bolso de Lulinha, a pedido de um pecuarista, que atendia a um pedido da nora de Lula, que teria uma dívida a saldar. 

A falsa notícia fez a alegria dos midiotas. Revoltados online, colunistas da mídia velha, lutadores de MMA, atores pornôs, velhotes bicudos e roqueiros amalucados devem ter vibrado.

Incapazes de apontar uma falcatrua factual contra o ex-presidente, os descerebrados avançam contra os seus parentes. No passado já tentaram incriminar, de forma bisonha, o irmão de Lula, Vavá. 

O próprio Collor, em 1989 já acusara Lula de ficar rico porque o ex-operário teria, em casa, um aparelho de som (um 3 em 1) muito mais sofisticado que o do alagoano amante de carrões importados.

Veja que curioso.Como Collor, Jardim sabia que plantava uma falsa notícia. seus patrões também sabiam que se tratava de uma interpretações mal intencionada, canalha. Mas deixaram pra ver até onde ia.

Não foi muito longe. 28 dias depois, o Globo publica uma improvável errata desmentindo e desmoralizando o intrépido jornalista. E por que o fez? pela ética, pelo compromisso objetivo e inarredável com a verdade?

Ora, direis. ouvir estrelas? Jardim desmente a si mesmo porque foi interpelado judicialmente. É medo dos homens de preto, não tem nada a ver com compromisso com a verdade. Da verdade ele sabia, mentiu por que quis.

Fi-lo porque qui-lo, diria. Há uma prática antiga nas redações de jornalões e revistonas dedicada à destruição de reputações. 

Há também, uma antiga prática de mal jornalismo, de jornalismo preguiçoso e apressado. Vimos Sergio Conti, bisonhamente, entrevistar um sósia de Felipão como se fosse o próprio Big Phill. E a loira da TVeja seguia empregada mesmo depois de ter mais de 50 acusações de plágios.

A mídia velha precisa de caras e minas capazes de qualquer coisa. De um irresponsável mentiroso e de lápsico preguiçoso pode se esperar qualquer coisa. São esses tipos de figura que protagonizam casos como o da Escola Base e dos abjetos episódios envolvendo o ex-ministro Alcenir Guerra e o ex-parlamentar Ibsen Pinheiro, só para ficar nos casos mais estrondosos. 

Pequenos erros, diriam, um lapso.

Enquanto isso, Cunha segue livre. ninguém o entrevista apontando-lhe o dedo, todos querem ouvir suas desculpas, esforçam-se até para crer nelas. Mesmo quando ele diz que é um grande fornecedor de carne moída. 

Há jornalistas que acham suas respostas engraçadas. enquanto isso, usam a máquina de moer gente para perseguir os adversários de seus patrões.

O que dirão ativistas midiotizados como Vitor Belfort ao abrirem o Globo de hoje e se depararem com esse jardim de flores murchas.

Por dentro da mente de editor mal-intencionado

Até quando esses jornais a serviço da mentira e do PSDB vão continuar agindo assim?

Escritor Fernando Morais publicou, em seu Facebook, uma análise semiótica de uma página do Estado de S. Paulo, cujo editor quase surtou quando soube que teria que noticiar que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso recebeu quase R$ 1 milhão da Odebrecht, em parcelas mensais, ou seja, um mensalão pago por uma empreiteira da Lava Jato.

Para começar, foi necessário, antes, republicar no topo uma notícia antiga e requentada sobre o ex-presidente Lula. Depois, as legendas falam por si, da escolha das fotos, ao uso da ordem direta ou indireta, tudo foi feito para satanizar Lula e poupar FHC.

Nada, no entanto, chega perto do critério de Veja para suas capas. É esse tipo de mentalidade que leva os veículos a cometer erros vergonhosos, como o do Globo, que publicou notícia falsa sobre o filho de Lula e neste domingo se desculpou.

Para evitar condenação da Justiça jornal "O Globo" diz que denúncia era mentira

O objetivo era atingir Lula. Agora que a "cagada" foi feita não adianta quase nada

Menos de um mês depois da estreia triunfal do colunista Lauro Jardim, egresso de Veja, o jornal O Globo, da família Marinho, se retrata em sua primeira página para evitar uma dura condenação cível e criminal.

No dia 10 de outubro, Jardim deu o "furo exclusivo" da delação de Fernando Baiano, que envolveria o pagamento de R$ 2 milhões a Fábio Luis Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula.

A verdade, no entanto, é outra: Fábio não foi nem citado por Baiano, em nenhum de seus depoimentos. Neste domingo, o Globo se retratou. Resta ver se demais veículos de comunicação que se deixaram cegar pelo ódio a Lula também pedirão desculpas nos próximos dias.

IBOPE aponta rejeição recorde ao PT, mas rivais não crescem

A maioria da população tem clareza das propostas e do lado dos partidos adversários do PT. Posicionar-se a favor do PSDB e assemelhados e ser contra a maioria da sociedade. É que diz a pesquisa!

247 – Os escândalos de corrupção e o massacre midiático atingiram em cheio a imagem do Partido dos Trabalhadores, segundo pesquisa Ibope divulgada neste domingo.

Os números apontam que o partido é rejeitado por 38% da população. Em seguida, aparecem o PSDB com 8% e o PMDB com 6%.

No entanto, paradoxalmente, o PT ainda é o partido que tem o maior número de simpatizantes. São 12%, contra 10% do PSDB e 10% do PMDB.

Isso demonstra que, a despeito da parcialidade do Judiciário e dos meios de comunicação, partidos que são favorecidos pela hipocrisia nacional não tem conseguido ocupar espaços e conquistar corações e mentes da população.

O Ibope captou, por exemplo, que os tucanos também têm hoje uma imagem pior do que de outubro de 2014. Na época, segundo o Ibope, a soma de opiniões “desfavoráveis” e “muito desfavoráveis” sobre a sigla chegava a 45%. Atualmente, atinge 50%.

Fonte: Brasil 247, 08/11/2015

Leitor faz declaração antecipada de voto

Mais uma vez: o próprio SATANÁS pode ser o único candidato da ESQUERDA...
AINDA ASSIM votarei nele!!!
Primeiro, porque sempre fui TRABALHADOR; nunca fui EMPRESÁRIO nem DONO DE TERRA; imagina que estes últimos, alçados ao Poder, se preocuparão comigo, é viver no mundo do DELÍRIO; tal como religiosos o fazem...
Segundo, OUTROS DEMÔNIOS estão na DIREITA, e com um diferencial: COM DINHEIRO!!!
Não gosta do PT, nem da DILMA nem do LULA??
OK, não vote neles, mas, EM RESPOSTA, votar no PSDB/PMDB/ETC, é dar provas de ser BURRO e REBANHO...
A menos, é claro que você seja CAPITAL ou TERRA; aí faz todo sentido...
Sendo TRABALHADOR, não faz...
ANULE SEU VOTO, então!!!
LULA 2018!!

Luiz Mourão, comentando: "IBOPE aponta rejeição recorde ao PT, mas rivais não crescem", postagem do Brasil 247, 08/11/2015

Gilmar Mendes, insinua que Dilma não terminará o mandato que lhe dado pelo povo

É profundamente lamentável que o ministro não seja discreto, que mostre claramente que tem um lado político e que colabore para a instabilidade do País

247 – O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, concedeu entrevista ao jornalista Márcio Falcão (leia aqui), em que pareceu duvidar de que a presidente Dilma Rousseff concluirá seu segundo mandato.

"Temos muitas discussões abertas, como o impeachment, processos na Justiça Eleitoral, mas estamos numa situação muito difícil. É preciso encontrar o encaminhamento institucional e não podemos esquecer que, ao lado da grave crise política temos a crise econômica, que exige medidas de quem tem legitimidade, credibilidade e autoridade. Esses são elementos que estão em falta no mercado político", disse ele.

Gilmar foi além. "Estou convencido de que é muito difícil chegarmos a 2018 com esse quadro de definhamento econômico."

Em relação ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), enredado numa série de escândalos, Gilmar o aconselhou a buscar algum tipo de solução para uma transição política. "A gente tende a falar mal dos nossos políticos, mas, ao longo dos anos, logramos desenvolver uma classe política muito hábil, que propiciou desdobramentos históricos interessantes, como a transição do regime militar para o modelo de 1988. Espero que o segmento político se inspire nesses exemplos para encaminhar soluções adequadas", afirmou.

Ao ser questionado se Cunha deveria se afastar do cargo, ele voltou a atacar a presidente Dilma. "É uma questão interna do Congresso. Mas, por esse argumento, quem ainda poderia tomar alguma decisão? O que se diz é que não há nenhuma prova contra a presidente, mas nós sabemos que isso não se desenvolveu por geração espontânea, e ela estava em funções-chave desde o Ministério de Minas e Energia, Casa Civil e Presidência. Tem ela também condições de continuar a governar?"

Sobre o fato de o processo de cassação da chapa Dilma-Temer ter ficado nas mãos da ministra Maria Tereza Moura, Gilmar evitou polemizar. "É uma decisão normal, uma das possibilidades. O processo estará em boas mãos."

Fonte: Brasil 247, 08/11/2015

sábado, 7 de novembro de 2015

Aécio “derrotado” das Neves quer armar novo golpe para empossar Temer na presidência

Esse sujeito está  alimentando a crise política, aumentando a crise eonômica e deve responder por suas atitudes irresponsáveis
Parte do PMDB trabalha para derrubar a presidente Dilma Rousseff e empossar o vice Michel Temer em seu lugar

A jornalista da Folha Natuza Nery, relatou que Aécio Neves juntamente com aliados golpistas traçaram um novo roteiro para o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

O objetivo agora seria obstruir todas as sessões do Congresso para que o governo não consiga votar a revisão da meta fiscal de 2015. Ano em que, em função da recessão, o déficit primário será de 2,05% do PIB.

Se não houver a mudança, o governo terá infringido as leis orçamentária e de Responsabilidade Fiscal, abrindo uma suposta chance para um “impeachment sob medida” em 2016.

Ainda de acordo com a jornalista, oplano já teria sido discutido com a oposição liderada pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG) – na prática, é a aposta no ‘quanto pior, melhor’.

Governo federal anuncia que usina Teles Pires está pronta

Eletricidade: Hidrelétrica está situada na divisa entre o Mato Grosso e o Estado do Pará 
Início das operações da Teles Pires depende ainda de autorização da Aneel 

O Ministério de Minas e Energia anunciou ontem que a Usina Hidrelétrica Teles Pires, na divisa entre Mato Grosso e Pará, está pronta para começar a operar comercialmente. 

O início depende de uma autorização formal da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que deve ser emitida nos próximos dias. Ontem, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, havia informado que a operação comercial teria início hoje.

“A partir de amanhã (hoje) entra em comercialização a primeira máquina”, disse Braga, ao deixar o ministério, se referindo a uma das cinco turbinas da usina. Os detalhes do anúncio foram apresentados pelo secretário-executivo da pasta, Luiz Eduardo Barata, e pelo diretor de Operações do Operador Nacional do Sistema (ONS), Ronaldo Schuck, em entrevista coletiva, em Brasília. 

Conforme Barata, esta primeira turbina tem capacidade para gerar 364 MW (megawatts). Quando as cinco estiverem em funcionamento – o que deve ocorrer até o final deste ano –, a potência instalada será de 1.820 MW, o suficiente para abastecer uma população de 5 milhões de habitantes. A capacidade de geração é superior, por exemplo, à demanda por energia de todo o estado de Mato Grosso.

Fonte: Blog do Nazareno, 07/11/2015

Greve dos caminhoneiros é manobra golpista

E deve ser combatida com o aparato legal disponível

A liderança do PT na Câmara Federal reforça que a paralisação dos caminhoneiros tem um viés político; segundo informações divulgadas pela assessoria, "essa propagandeada greve dos caminhoneiros é um movimento coordenado por Ivar Schmidt, de Mossoró (RN), cujo único objetivo é o impeachment da Dilma".

"Todas as entidades de autônomos são contra (a greve)"; texto acusa Schmidt de ser "um empresário agitador pró-impeachment, que não tem respaldo nem da bancada ruralista".

A mobilização tem o apoio de movimentos pró-impeachment, como "Vem Pra Rua", Movimento Brasil Livre (MBL) e "Revoltados Online".

A decisão de cruzar os braços de uma categoria tem que estar respaldada na legislação pertinente. Diferente disso é perturbar o quadro politico e econômico do País, num momento difícil que o Brasil atravessa.

Outro dado que todos devem saber: com a realização de um movimento de  paralisação da categoria de caminhoneiros faltarão produtos, os preços subirão e a inflação também e todos vão pagar a conta.

Ademais, nenhuma organização sindical, por força de lei, pode fazer uma mobilização sem a aprovação da categoria e claramente política.

Sérgio Moro está deslegitimando o sistema político

O que virá depois?

"A pesquisa IBOPE recém divulgada nos informa que a Lava Jato vem conseguindo o mesmo efeito da Operação Mãos Limpas, na Itália: todos os grandes nomes da política nacional estão em franco declínio e os partidos em queda livre na preferência dos cidadãos. 

E depois da queda e da vertigem, o que virá?", questiona a colunista Tereza Cruvinel; ela lembra que todos os postulantes à presidência em 2018, como Lula, Aécio Neves, José Serra, Geraldo Alckmin, Marina Silva e Ciro Gomes têm altos índices de rejeição.

"E quando todos tombarem no vale dos caídos e esquecidos, presos ou não, o que virá para a democracia que estamos construindo? O que ficará no lugar? Não sei, ninguém sabe, o ponto de interrogação está à nossa frente".

Aécio Neves transportou Civita, Huck e Cia nas asas de Minas Gerais

Portanto, não tem moral para cobrar seriedade administrativas dos adversários

Nos anos em que foi governador de Minas Gerais, o tucano Aécio Neves (PSDB-MG) transportou, de graça, em aeronaves do estado, ou seja, com o dinheiro dos contribuintes mineiros, barões da mídia, como Roberto Civita, dono da Abril já falecido, e seus amigos, como o apresentador Luciano Huck, da Globo.

Outros que usaram os serviços da "AeroAécio", sem desembolsar um centavo, foram Ricardo Teixeira, ex-CBF, Maria Antonia Civita, esposa de Roberto, Sandy & Júnior, José Bonifácio Sobrinho, o Boni, e o ator Milton Gonçalves.

A cessão não onerosa das aeronaves contraria a lei e justifica improbidade administrativa. Aécio, que há um ano tumultua a vida política e econômica do País com sua obsessão golpista, diz que os voos "atenderam a interesses do Estado".

O dinheiro da Odebrecht para FHC era limpo e o do Instituto Lula, sujo?

Se Fernando Henrique fosse petista já estaria preso há bastante tempo

"A revelação de que, ao longo de 13 meses, o Instituto Fernando Henrique Cardoso recebeu quase R$ 1 milhão em 'mesadas' da Construtora Odebrecht – aparentemente sem a contraprestação de serviços – é destas coisas de deixar a oposição com um elefante entalando a goela", diz Fernando Brito, editor do Tijolaço; "Convenhamos que R$ 975 mil reais em um ano não é uma quantia 'esquecível'. A não ser que FHC esteja criando uma nova versão de sua famosa frase: 'esqueçam o que recebi'…", completa.


Relatório da Polícia Federal, na Operação Lava Jato, revela que a Odebrecht pagou R$ 975 mil ao Instituto Fernando Henrique Cardoso, entre dezembro de 2011 e dezembro de 2012; foram 11 pagamentos mensais de R$ 75 mil e um de R$ 150 mil; o documento de 26 de outubro de 2015 analisou contas da construtora Norberto Odebrecht que ‘possibilitaram identificar registros contábeis indicativos de pagamentos feitos a ex-agentes políticos ou instituições e empresas a ele vinculados’; a PF analisou no laudo e-mails trocados entre a secretaria da presidência do iFHC, um representante de uma entidade identificada como ‘APLA’ e um executivo da área cultural; eles conversavam sobre uma possível palestra do ex-presidente, que acabou não ocorrendo.

Fonte: Brasil 247, 07/11/2015

Salvar Cunha exigirá o sacrifício da inteligência

Por Josias de Souza/Uol, 07/11/2015
Ser cego e surdo não é mais o bastante. Eduardo Cunha pede aos brasileiros que sejam também imbecis. Já estava combinado que não se deve dar ouvidos aos delatores da Lava Jato nem enxergar ao pé da letra os documentos vindos da Suíça. Sob pena de o presidente da Câmara, injustiçado, tocar fogo no país. Agora, Cunha espera que todos percebam que tudo o que está na cara não é o que parece. E ensina aos cretinos que não convém arriscar a estabilidade política do país por coisas tão relativas e politicamente supérfluas como a lógica e a verdade.

Em março, Cunha disse na CPI da Petrobras que não tinha contas bancárias no exterior. Passam uns meses e a plateia ficou sabendo que o deputado tinha não uma, mas quatro contas secretas na Suíça. Desmente daqui, desconversa dali surgem os documentos. Na sequência, o silêncio. E, de repente, Cunha esclarece que não é o titular das contas, apenas o beneficiário. Na verdade, nem existem contas. O que há são empresas batizadas de “trusts” (pode me chamar de lavanderia), que Cunha diz ter contratado para gerir seu dinheiro no estrangeiro.

No fim das contas, dá na mesma: autoconvertido numa espécie de neo-Maluf, Cunha escondeu milhões numa casa bancária da Suíça. Porém, desobrigado de fazer sentido, o deputado jura que não mentiu à CPI. Ele apenas foi mal interrogado. Se tivessem lhe perguntado sobre as “trusts”, teria respondido que, sim, elas existem. E estão conectadas a uma conta vinculada ao cartão de crédito de madame Cunha, que tem como dependente a filha do casal.

E quanto à origem dos milhões entesourados na Suíça? Bem, aí mesmo é que as coisas ficam claras como a gema. Nada a ver com os US$ 5 milhões que os delatores Júlio Camargo e Fernando Baiano dizem ter desviado de um contrato de fornecimento de navios-sonda à Petrobras. Cunha conta que, nos idos da década de 1980, aventurou-se no ramo alimentício.

Nessa época, Cunha dedicava-se a comprar e revender comida. Atuando como, digamos, atravessador, obteve lucros extraordinários vendendo carne enlatada para países africanos, sobretudo a República do Congo (antigo Zaire). Multiplicou seu patrimônio aplicando os lucros no mercado financeiro. Quem eram os fornecedores? Cunha não diz. Como se chamavam os compradores? Cunha não informa. Quanto faturou? Cunha fornece cifras aproximadas: US$ entre 2 milhões e US$ 2,5 milhões.

Em 2011, o lobista João Augusto Henriques borrifou numa das contas suíças de Cunha uma petropropina de US$ 1,3 milhão. Convertido em delator premiado da Lava Jato, o depositante contou que agiu a mando de Felipe Diniz, filho do ex-deputado federal Fernando Diniz, que morrera dois anos antes, em 2009. O morto era coordenador da bancada do PMDB de Minas Gerais. Mandava e, sobretudo, desmandava na diretoria Internacional da Petrobras.

Em torno desse depósito, Cunha construiu uma fábula edificante. Desapegado das coisas materiais, o presidente da Câmara sustenta que não notou a chegada do dinheiro. Só no ano seguinte, 2012, alertado pela instituição financeira, foi saber do que se tratava. Até hoje não tem absoluta certeza. Mas imagina tratar-se do pagamento de um empréstimo que fizera ao correligionário Fernando Diniz, provavelmente no ano de 2005.

Cunha não dispõe de cópia do contrato de empréstimo. Pior: não se lembra nem se chegou a assinar um contrato. Quer dizer: o filho do morto pagou por um empréstimo informal, que o credor não estava cobrando.

A plateia aprendeu duas lições: a bondade e a lealdade do ser humano são mesmo inesgotáveis. E o patriotismo de Eduardo Cunha é enternecedor. Tendo se revelado um fabuloso vendedor de carne enlatada, abandonou a perspectiva de tornar-se um concorrente do Friboi para servir ao país como homem público. Hoje, faz à Câmara o favor de presidí-la. E tudo o que pede em troca é o sacrifício da inteligência coletiva. Não é, afinal, um pedido descabido. Para uma nação habituada ao papel de boba, fingir que nada aconteceu não será nenhum sacrifício. Uma pantomima a mais, uma pantomima a menos…

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

A entrevista de Lula no SBT deixou marcas

A entrevista de Lula, ontem no SBT, foi empolgante. Ele foi ótimo quando mencionou a campanha contra a CPMF, mas lembrou que até hoje não foi feita uma campanha para agradecer a desoneração da folha de pagamento.

A entrevista fluiu leve, clara, objetiva e, nas provocações inteligentes do entrevistador, Lula mostrou porque é um marco na história política do País; Mostrou também que um país não se faz com ódio, rancor, preconceito, vaidade, orgulho, mas com políticas públicas para beneficiar a  maioria da população. 

Lula não falou mas a turma do PSDB odeia ouvir falar sobre as obras estruturantes, como a que Dilma inaugurou ontem em Alagoas - mais um canal de transposição das águas do São Francisco - e outras como ferrovias de integração, casas para pobres, aumento constante do salário mínimo, e, principalmente, o Bolsa Família, tudo isto os deixa em atônitos.

O erro de Lula foi acreditar que a qualidade do seu governo seduziria a direita. Agora ele sabe que com a direita não tem acordo. E sabe também que deveria ter peitado antes os capitães da mídia. Por isso, se for candidato e ganhar, será melhor ainda.

O poder de Lula emana da sua essência verdadeira. Um ser de rara estirpe que felizmente para nós, não foi contaminado pelas tentações da vida na qual, a maioria sucumbe.

Quando o Lula entrou na política todos sabíamos que seria um guerreiro na defesa do povo brasileiro. E foi mesmo. Conduziu o pais de forma brilhante, com competência, ética e dignidade.

A princípio até imaginei que Lula corria o risco de nos decepcionar, devido à falta de formação acadêmica, a falta de um perfil de administrador. Lula me mostrou na prática que diploma não é tudo, que a escola da vida pode ensinar muito mais do que qualquer universidade do mundo.

Mesmo sem formação superior, Lula fez muito mais pela educação do que FHC, que além da formação  também foi professor universitário. Na comparação entre os dois presidentes Lula foi muito melhor. Lula fez muito pela Educação. Muitas universidades e escolas técnicas abriram espaços para os pobres se formarem. Faculdades particulares recebem filhos de pobres que antes nem podiam sonhar com uma graduação. Só de Lula e o PT terem feito mais universidades, escolas técnicas, bolsas Prouni e Fies que todos os governos juntos já é motivo de grande alegria.

Lula é o maior estadista brasileiro de todos os tempos. Ele fez história. Ele soube governar de frente para a sociedade. Ele foi ético, competente e respeitado. Não foi atoa que recebeu os títulos de Dr. Honoris causas mundo afora.

Do ponto de vista da formação de quadros, nomes como os de Fernando Haddad, Fernando Pimentel e Jaques Wagner se destacam. O PT pode ter gerado quadros questionáveis e até corruptos, como aliás todos os partidos, mas seguido do PCdoB, tem políticos de primeira ordem.

Fico imaginando a cara de desgosto do FHC depois de ver o Lula eleger e releger a Dilma presidente, eleger e reeleger o Haddad prefeito e e por fim eleger Haddad presidente da República.

A Presidenta Dilma deveria refletir sobre as questões econômicas e as ideias do Lula a respeito. Vencida a etapa de ajuste e de organização do orçamento vamos dar um ar de otimismo e incentivar o consumo interno através do crédito para obras de infraestrutura (saneamento, estradas, concessões, portos, energia) que são geradoras de emprego e, em consequência, de salários e consumo no comércio. Da outra parte o governo faz o controle de suas contas e combate a sonegação ( R$400 bilhões em 2015!!!) e fortalece os mecanismos já utilizados contra a corrupção. 

O impeachment de Dilma, as noticias fabricadas contra Lula e sua família, só tem um objetivo, a de denegrir e atingir Lula, a maior liderança política do País, visando descredenciá-lo à campanha eleitoral de 2018. Mas Lula está muito acima desses abomináveis enredos, que, constantemente, estão sendo manipulados contra ele, com a clara intenção de diminuir a grande dimensão do seu inexpugnável caráter, que nunca foi sequer questionado!

A oposição quer prender o Lula para voltar ao poder, mas nem com o Lula preso eles não voltarão. Mesmo que o Lula não seja candidato, nós estaremos com ele para eleger o candidato da sua preferência. 

Imagina só, depois de tanto virarem e revirarem a vida de Lula e família, e não encontraram nada para acusá-lo, um debate entre ele e os demais, sobre corrupção, vai ser um massacre!

A entrevista no SBT mostrou por que Lula é tão temido

Você pode não gostar de Lula. Pode detestar. Pode abominar. Mas você vê uma entrevista como a que ele concedeu ontem ao jornalista Kennedy Alencar, no SBT, e logo entende por que os caras têm tanto medo dele.

Imagine Lula, numa eventual campanha em 2018, debatendo com Aécio. Ou com Serra. Ou com Alckmin. Ou com quem quer que seja. É concorrência desleal. É profissional versus mirins.

O tempo deixou claro que desde Lacerda os brasileiros não viam um talento tão notável em oratória. Com a diferença de que Lacerda falava a língua da classe média, e Lula fala a língua do povo.

Lula é um natural, para usar uma expressão inglesa. Nasceu orador. O resto foi consequência, da carreira sindical à presidência. Ele fala com graça, com verve, com espírito. E, talvez o maior de seus atributos retóricos, transmite sinceridade.

Tudo isso se viu na entrevista de ontem. A forma como ele referiu às invencionices contra seu filho Lulinha faz você rir e refletir. Ele disse que Lulinha é dono da Casa Branca e da Torre Eiffel. Só com muito mau humor para não deixar escapar uma risada. As referências a FHC foram também um dos pontos altos da entrevista.

Primeiro, na questão de fundo: a inveja que FHC parece ter de Lula. Com o correr dos dias, FHC foi diminuindo do ponto de vista histórico e Lula aumentando. Hoje é claro que FHC governou para os ricos, para a plutocracia. E Lula para os excluídos.

É justo, num país tão desigual, que Lula seja por isso tão maior que FHC.

Lula deu também uma resposta definitiva a FHC na questão da corrupção. Toda vez que ele falar em corrupção tem que pensar na emenda que permitiu sua reeleição. O Congresso foi comprado com dinheiro vivo, embalado em malas, para que FHC pudesse ter um segundo mandato.

Na questão da Petrobras Lula deixou escapar uma estocada sutil mas doída na imprensa. Disse que jamais a nossa gloriosa imprensa o avisou de corrupção na Petrobras. É verdade. Nunca jornais e revistas fizeram nada no campo investigativo sobre a Petrobras.

É uma mídia viciada em vazamentos, em receber tudo no colo e depois gritar como se estivesse fazendo um outro Watergate.

Na entrevista, Lula mostrou também um bom senso que vem faltando a quase todo mundo.

Ficar falando em eleições três anos antes é uma insensatez. É conhecida a grande frase de Keynes: “A longo prazo estaremos todos mortos”.

Há um tempo para cuidar de eleições, e não é este de agora. Há problemas presentes que devem ser enfrentados antes de nos debruçarmos sobre 2018.

Temos na presidência da Câmara, por exemplo, um embaraço monstruoso, Eduardo Cunha. E temos também uma imprensa que se bate até contra o direito de resposta, uma coisa sagrada em qualquer democracia.

Há hora para tudo.

Por enquanto, o que se viu, ontem, é que não é à toa que os caras temem tanto Lula. Quem não temeria se estivesse no lugar deles?

De equilibrado a obsessivo

Lula: quem acusa, não tem 10% da minha honestidade

"Não vou mais admitir que corrupto me chame de corrupto"
"Tem um governo que está apurando mais do que eles apuravam antes"

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva subiu o tom nesta quinta-feira, 5, e disse que não vai mais admitir que corruptos o acusem de corrupção. Durante discurso de quase uma hora na 5º Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, o petista também criticou a oposição por pedir o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

"Não vou mais admitir que corrupto me chame de corrupto porque todos esses que ficam nos acusando, se colocar um dentro do outro, não dá 10% da minha honestidade", afirmou Lula durante o evento promovido pelo Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), do qual é presidente de honra.

O ex-presidente conclamou a militância a reagir às críticas de corrupção que ele o PT vêm sofrendo. Sem citar qualquer investigação específica, Lula destacou que os escândalos de corrupção estão vindo à tona atualmente não porque começaram só agora. "É porque tem um governo que está apurando mais do que eles apuravam antes", ressaltou.

O petista reconheceu que a presidente Dilma Rousseff não vive o melhor momento de seu governo, mas ponderou que a dificuldade não é apenas dela. "É nossa, é do Brasil, é do mundo", disse, emendando: "Nós temos que ajudar. Quando as coisas não estão bem é que temos que assumir a postura."

Lula avaliou que, ao pedir o impeachment de Dilma, a oposição quer "derrubar um projeto que teve sucesso neste País". Segundo ele, os ataques que ele vem sofrendo "não são à toa". Para ele, a oposição quer derrubá-lo pelo medo de que ele volte à Presidência nas eleições de 2018.

Descobriram!!!


Até tu, Temer, traindo a Dilma?

Toffoli: 'PSDB só reclamou do sistema eleitoral quando perdeu'


O ministro do Supremo Tribunal Federal e presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Dias Toffoli, criticou nesta sexta-feira (6) o PSDB pelo fato de o partido ter afirmado em relatório de auditoria que, apesar de não terem sido encontradas irregularidades, não foi possível analisar a lisura das eleições de 2014.

De acordo com o ministro, os integrantes da legenda questionaram a segurança do sistema após o pleito, mas não participaram do processo de verificação dele. "O problema é que o PSDB não compareceu seis meses antes das eleições para acompanhar as audiências públicas de auditagem do sistema. Perde e reclama”, atacou.

Provas contra o presidente da Câmara são contundentes, afirma Aécio

A afirmação só acontece agora porque Cunha não é mais o seu aliado

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), afirmou nesta sexta-feira (6) que são contundentes as provas contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), investigado por supostamente receber dinheiro de corrupção em contas na Suíça.

Pedro Ladeira - 30.jun.2015/Folhapress
Senador Aécio Neves (PSDB-MG) finalmente
posiciona-se sobre o caso Cunha
"A partir do momento em que surgem as denúncias, nossa bancada tem que votar com as provas, e as provas são contundentes contra Cunha", afirmou Aécio em entrevista a rádio Metrópole, da Bahia.

Mais tarde, após participar de um debate sobre segurança pública na capital baiana, o senador afirmou serem "extremamente graves" as denúncias contra Cunha, que estaria numa posição "frágil" e que "contamina" a Câmara dos Deputados.

Segundo Aécio, os deputados do PSDB votarão "de acordo com as provas" tanto no Conselho de Ética, quanto no plenário, numa possível votação pela cassação do mandato de Cunha.

Ainda defendeu que o relator do processo que investigará Cunha, deputado Fausto Pinato (PRB-SP), atue com independência na condução do caso.

O senador mineiro, contudo, evitou em falar nos acordos da oposição com Cunha em torno do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).

E aproveitou para reiterar que os tucanos não apoiaram Cunha para a presidência da Câmara e votaram no deputado Júlio Delgado (PSB).

"O PSDB não votou no presidente da Câmara. Mas a partir do momento em que ele venceu e nos ofereceu alguns espaços para que exercêssemos nossas funções de oposição, isso foi feito a luz do dia", disse.

Fonte: Folha, 06/11/2015