domingo, 20 de março de 2016

Damous diz que vai pedir impeachment de Gilmar

O deputado federal Wadih Damous (PT-RJ) informou que vai pedir o impeachment do ministro do STF Gilmar Mendes. Segundo o parlamentar, ex-presidente da OAB-RJ, as atitudes de Mendes “desonram a toga”.

"Eu já tenho uma petição pronta, mas tenho que atualizar porque ele [Gilmar Mendes] fala besteira todos os dias. Ele desonra a toga todos os dias, então eu tenho que acrescentar isso à petição. Mas eu quero logo, nas próximas semanas, protocolar o pedido de impeachment dele", disse.

Mendes decidiu suspender a posse do ex-presidente Lula no cargo de ministro-chefe da Casa Civil e devolver os processos que envolvem Lula nas investigações da Operação Lava Jato ao juiz federal Sérgio Moro.

Juristas assinam recurso de Lula contra Gilmar


Ex-presidente Lula acaba de apresentar pedido de habeas corpus ao Supremo Tribunal Federal, assinado por alguns dos mais importantes juristas do País, contra decisão liminar do ministro Gilmar Mendes, que remete seu caso ao Paraná.

O habeas corpus é assinado pelos juristas Celso Antônio Bandeira de Mello, Weida Zancaner, Fabio Konder Comparato, Pedro Serrano, Rafael Valim e Juarez Cirino dos Santos, junto com os advogados Cristiano Zanin Martins, Valeska Teixeira Zanin Martins e Roberto Teixeira, defensores de Lula; os juristas e advogados apontam que Gilmar Mendes extrapolou e invadiu a competência do ministro Teori, ao conceder a liminar pedida por PSDB e PPS.

Eventual prisão de Lula pode criar um Getúlio vivo


A liminar do ministro Gilmar Mendes, que devolveu a investigação sobre o ex-presidente Lula na Lava Jato para o juiz Sergio Moro, deixou um clima de suspense no ar.

No sábado, um telejornal do grupo Bandeirantes noticiou que Lula poderia ser preso nesta segunda-feira, Há poucas horas, advogados do ex-presidente impetraram um pedido de habeas corpus junto ao Supremo Tribunal Federal, alegando que Gilmar usurpou a competência do ministro Teori Zavascki.

Em São Bernardo do Campo, apoiadores de Lula se mobilizam para defendê-lo de eventuais arbitrariedades.

O que poucos se questionam é: quais seriam as consequências para o País da eventual prisão daquele que aparece em primeiro lugar em todas as pesquisas como o melhor presidente de todos os tempos?

Obama chega a Cuba em visita histórica

Viagem sela reaproximação

Folha, 20/03/2016

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, desembarcou na tarde deste domingo (20) em Cuba, para uma histórica visita que coroará areaproximação entre os dois países, anunciada em dezembro de 2014.

Mike Theiler/Reuters 
Presidente dos EUA, Barack Obama, e primeira-dama, 
Michelle, embarcam para viagem a Cuba
Seu voo, que fez o percurso entre Washington e Havana em três horas, chegou aproximadamente às 16h20 (horário local, 17h20 de Brasília),

O último presidente norte-americano que visitou a ilha foi Calvin Coolidge, em 1928. No entanto, diferentemente do predecessor, que chegou em um navio de guerra, Obama investirá em uma imagem conciliadora. Ele estará acompanhado de mulher, filhas e sogra —além de uma comitiva de empresários e parlamentares.

Os horários da agenda do presidente americano não foram divulgados. No entanto, ainda neste domingo, a família Obama deverá fazer um passeio pela região histórica da capital cubana, Havana.

Na catedral da cidade, eles deverão ser recebidos pelo arcebispo Jaime Lucas Ortega y Alamino —religioso que, ao lado do papa Francisco, intermediou o diálogo entre autoridades americanas e cubanas visando a reconciliação diplomática.

Obama chega disposto a mostrar a face mais amistosa de seu país, acompanhado da mulher, das duas filhas e da sogra -além de uma grande comitiva de empresários e parlamentares.

DISCURSO HISTÓRICO

Na segunda (21), o principal evento marcado é uma reunião com o ditador Raúl Castro, com quem Obama deverá debater projetos de cooperação bilateral e assuntos regionais, como o processo de paz entre o governo da Colômbia e guerrilheiros das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), mediado por Cuba.

Na terça, último dia da viagem, o presidente americano deverá fazer umdiscurso televisionado ao povo cubano a partir do Gran Teatro Alicia Alonso, antes de assistir a um jogo de beisebol entre a equipe americana Tampa Bay Rays e a seleção cubana. Logo depois, Obama e família embarcam para a Argentina, onde se encontrarão com o presidente Maurício Macri.

O discurso de terça, segundo seu assessor, Ben Rhodes, será um "momento muito importante da visita" e uma "oportunidade para Obama descrever o curso em que estamos, revisar a complicada história entre nossos países e falar da razão por trás dos passos que tomamos", assim como para "olhar para o futuro, projetar sua visão de como os Estados Unidos e Cuba podem trabalhar juntos".

"Vemos esse discurso como um momento único na história entre os dois países", disse Rhodes à imprensa. "Será a primeira visita de um presidente americano a Cuba em quase 90 anos, e certamente o primeiro discurso de um presidente americano em solo cubano em quase 90 anos."

Ainda segundo Rhodes, é provável que as autoridades cubanas transmitam o discurso de Obama pela TV, assim como fizeram em dezembro, quando houve um pronunciamento do presidente americano sobre a reaproximação entre os dois países.

PARLAMENTARES

Um pequeno grupo de legisladores do Partido Republicano participa da histórica viagem, sublinhando as crescentes divisões no partido sobre o futuro do embargo comercial dos Estados Unidos contra a ilha.

Pelo menos cinco republicanos, todos conhecidos por apoiarem relações comerciais normais com Cuba, fazem parte da visita, segundo fontes do Congresso e legisladores ouvidos pela agência Reuters.

Líderes republicanos no Congresso têm sido contrários à flexibilização do embargo contra Cuba proposta pelo presidente Barack Obama, mas um número crescente de membros do partido, atraído pelos benefícios econômicos que poderá trazer o fim do embargo, está se alinhando em apoio à Casa Branca.

"Esta é a política certa. Ele fez a coisa certa", disse o senador republicano Jeff Flake, que propõe laços mais estreitos entre os EUA e Cuba e estará na viagem.

Além de Flake, os deputados republicanos Mark Sanford, Tom Emmer e Reid Ribble e o senador Mark Heller também participarão da visita de Obama.

O apoio desses republicanos vai contra a corrente do pensamento do partido, que procura evitar dar a Obama qualquer tipo de vitória política, no país ou no exterior. E normalizar as relações com Cuba seria um legado significativo de Obama em política externa.

Muitos republicanos, porém, veem o embargo como contrário aos princípios de liberdade econômica do partido e acreditam que não cabe ao governo dizer para que lugares os cidadãos podem viajar.

Dilma pretende denunciar o golpe ao mundo

A presidente Dilma Rousseff (PT) deverá iniciar, na próxima semana, uma agenda de entrevistas à imprensa internacional, para dizer que está sendo vítima de uma tentativa de golpe, argumento que tem usado em seus discursos mais recentes no País.

A informação é do blog do Kennedy Alencar; a presidente e o PT avaliam que a presença do ex-presidente Lula no governo é a única chance de evitar o impeachment.

Apesar de estar desgastado, ele capacidade de articulação política maior do que Dilma, segundo o Palácio do Planalto.

Marco Aurélio Mello, do STF: Moro cometeu crime

Em entrevista ao portal Sul 21, publicada neste domingo, ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, fez as mais duras críticas já registradas ao juiz Sergio Moro, que conduz a Lava Jato.

"Ele não é o único juiz do país e deve atuar como todo juiz. Agora, houve essa divulgação por terceiros de sigilo telefônico. Isso é crime, está na lei. Ele simplesmente deixou de lado a lei. Isso está escancarado. Dizer que interessa ao público em geral conhecer o teor de gravações sigilosas não se sustenta", afirmou.

Ele também disse que o STF é a última trincheira da cidadania, afirmou que o ministro Teori Zavascki – e não Gilmar Mendes – é o relator das ações contra o ex-presidente Lula e fez um alerta: "Não podemos incendiar o País".

Gilmar Mendes confirma: Temos uma Suprema Corte acovardada

O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes mais uma vez não decepcionou na específica função para a qual foi posto na mais alta corte do país, defender, por mais escandaloso que seja, os interesses particulares do partido que o indicou para o cargo.

Mendes é um exemplo vivo e atuante do tipo de agentes do poder público com que foram aparelhados nossas instituições na época de FHC. A sua postura não difere em nada da postura exercida pelo ex-Procurador Geral da República Geraldo Brindeiro, o engavetador.

Brindeiro, como Mendes, não enxergava qualquer óbice em utilizar a sua toga em defesa do PSDB. Na sua gestão, mais de 4.000 processos que poderiam levar os seus amigos para a prisão foram sumariamente arquivados. Nisso o Brasil era “livre” da corrupção.

Gilmar consegue ser ainda mais parcial. Chega ao absurdo de se reunir com políticos de seu partido horas antes de julgamentos extremamente importantes para a nação como foi o caso do rito do impeachment. É simplesmente escandaloso.

Agora, a sua mais nova interferência monocrática e autoritária no exercício dos demais poderes e da própria democracia foi suspender a nomeação de um ministro de Estado pela presidenta da República, ato que em nada diz respeito ao judiciário.

Não é a primeira vez que Gilmar Mendes obstrui o livre processo da democracia. Ardoroso defensor do financiamento privado por parte de empresas a partidos políticos, interrompeu por mais de um ano um julgamento já consumado sob a alegação da velha manobra do pedido de vistas. Assim seguem os exemplos de seus surtos de intolerância.

A decisão de suspender a posse do ex-presidente Lula na Casa Civil não chega a surpreender já que veio de um juiz como Gilmar. O que desmoraliza de vez não só o seu entendimento mas todo o Supremo é ter devolvido o processo de um cidadão com foro privilegiado às mãos de um juiz de primeira instância e que está sendo processado no CNJ justamente por suas práticas abusivas na condução da Operação Lava Jato.

Na prática o que Gilmar Mendes fez foi atestar a sua incompetência e a incompetência de seus pares em julgar um homem como Lula. Na casa que deveria ser o maior guardião de nossa constituição, algo dessa natureza é desolador.

Seja como for, a AGU já confirmou que irá recorrer da decisão ao plenário do Supremo. Se acontecer o mesmo que já vinha acontecendo nas instâncias inferiores, ou seja, a derrubada de liminares concedidas por lunáticos travestidos de juízes, a justiça prevalecerá e a presidenta poderá exercer o seu pleno direito de nomear a equipe com quem deseja trabalhar.

Caso contrário, a maioria do Supremo Tribunal Federal confirmará, por seus próprios meios, o que já é consenso em boa parte da população brasileira. A de que temos uma Suprema Corte completamente acovardada.

Fonte: DCM, 17/03/2016

Delegado da Lava Jato desafia o Ministro da Justiça

É o que chama o Lula de "anta"!

O Estadão, em estado comatoso, é cada vez mais imprudente.

Escondeu o gato, mas deixou o rabo dos vazamentos do lado de fora.

O delegado Marcio Anselmo trabalha na Lava-Jato.

É aquele que aparece no perfil da Julia Duailibi do Estadão e da Conceição Lemes como autor de uma comparação republicana: chamou o Lula de "anta"!

Qualquer delação premiada do Houaiss mostra que "anta" significa "indivíduo de inteligência limitada, burro, estúpido"!

É esse republicano policial federal, pago - muito bem! - com dinheiro do povo que, por duas vezes, elegeu o burro e estúpido Presidente da República, é esse valentão que, agora, desafia o novo ministro da Justiça, Eugenio Aragão, que já avisou: se sentir cheiro de vazamento manda para a rua!

Numa "entrevista" a Fausto Macedo, que mereceu desse Conversa Afiada o titulo cobiçadíssimo de "Conexões Tigre", o que chama Lula de anta oferece elementos cabais para ser sumariamente removido de Curitiba para a Ilha do Diabo.

Diz o valentão:

- "Muitas pessoas tem defendido que deveria ter alguém para controlar a polícia (O Conversa Afiada sustenta que Policia sem chefe só nos regimes ditatoriais. O Delegado Fleury não tinha chefe, saia por aí matando quem queria e não dava satisfação a ninguém - PHA) Qualquer pessoa que assumir aquela cadeira (deve ser o "anta" do Aragão... - PHA) deve ter em mente que isso, em um estado democrático de direito (que ele agride, cotidianamente, nas atividades criminosas - ver o Janio - na Vara do Moro - PHA) não é mais possível. Não adianta trocar de Ministro. O trabalho vai continuar".

- "Tem situações pontuais (quá, quá, quá! - PHA) principalmente em casos de colaboração (que se pode chamar de extorsão - PHA), que estão sendo investigados (Investigados ? Por quem ? Por ele ? Qua qua qua ! - PHA)


Navalha

O amigo navegante percebe com clareza que o delegado que chama Lula de "anta" pensa que governa o Brasil.

Não adianta a Dilma nomear o Aragão, nem o Aragão CHEFIAR a Polícia Federal.

São todos umas "antas", porque quem manda é ele.

A linha hierárquica do Golpe é assim: Globo, vem abaixo, muito abaixo da Globo, o Janot, o que blinda o Aécio, Moro, Procuradores que falam diretamente no wi-fi de Deus, e os delegados aecistas de Curitiba.

O resto é lixo!

O delegado boquirroto e o Moro, em qualquer país civilizado do mundo, passavam a Páscoa na cadeia.

Com os chocolates que o Japa lhes levaria, em prova de amizade e devoção.

(O risco é a caixa de chocolate conter um grampo!)

Paulo Henrique Amorim, em Conversa Afiada, 20/03/2016

Constatação

A História não terminou


"Por que a ofensiva contra Lula?", pergunta Roberto Amaral, colunista do 247.

Ele mesmo responde: "Com Lula no governo, o poder que parecia vazio revelar-se-ia ocupado.

O governo que parecia sem rumo passaria a ter um timoneiro e a política sem estratégia passaria a dispor de um articulador trazendo à sociedade a sensação de segurança. Foi tudo isso que o juiz curitibano – agora com a colaboração de seu colega brasilense– intentou impedir".

Para Amaral, já em função do desdobrar da crise o Brasil pode, já proximamente ou em 2018, enfrentar a possibilidade de eleição de "um outsider que poderá chamar-se Moro".

Ministro da Justiça estuda ação contra vazamentos de conversas de Dilma

Eugênio Aragão, afirmou que ao longo da semana deverá concluir que providências podem ser tomadas contra o juiz federal Sérgio Moro, por autorizar gravações envolvendo a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula.

Aragão disse também que não irá aceitar "comportamento com finalidades políticas" na Polícia Federal.

"No caso de ficar uma fundada suspeita no comportamento irregular de vazamento com finalidades políticas, claro que eu tenho que me mexer. Não vou deixar isso acontecer porque fatalmente isso acaba atrapalhando o devido processo legal", afirmou.

"Apenas acho que a gente tem que avisar essas coisas porque está parecendo uma grande festa de sair dando informações que, às vezes, estão sob resguardo do sigilo dos autos, que sai a torto e a direito pela imprensa".

Janio: Lava Jato cria regime autoritário por combate à corrupção

Colunista Janio de Freitas afirmou neste domingo, 20, que em nome do combate à corrupção, está se instalando no Brasil um regime autoritário. 

"Os excessos do juiz Sergio Moro e os da Lava Jato devem-se, em grande parte, à irresponsabilidade de uns e à má informação da maioria que incentivam prepotência e ódio porque não podem pedir sangue e morte, que é o seu desejo", afirmou.

Janio criticou os grampos e sua divulgação ilegal, bem como o argumento defendido pela mídia de que o conteúdo da conversa justifica a ação ilegal.

PT questiona Gilmar por dar liminar contra Lula pedida por advogada do seu instituto

Segundo o deputado Paulo Pimenta (PT-RS), a advogada que assina a petição do PPS no mandado de segurança contra a posse de Lula na Casa Civil seria a coordenadora de pós-graduação de Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), Marilda Silveira.

O ministro Gilmar Mendes é sócio proprietário do IDP, o que o coloca em suspeição para julgar a matéria. "O juiz é impedido de julgar ações em que sejam partes parentes, pessoas aí ele vinculadas de alguma forma como vínculo de trabalho por exemplo", afirmou Pimenta.

O próprio grampo prova que Dilma não agiu para proteger Lula


Jornalista Fernando Brito elenca uma série de fatos que mostram que a presidente Dilma Rousseff, que sabia que o ex-presidente Lula estava sendo monitorado, poderia ter evitado a interceptação.

"Se grava a presidenta da República, que dirá os advogados? Que dirá a mim e a você", questiona; "Se há desvio de finalidade na prática de atos de ofício, este é de Sérgio Moro. Porque usa – e já teve nisso o beneplácito de Gilmar Mendes, embora espere-se que não vá tê-lo do Supremo – não apenas uma prova ilegal, mas uma atitude imoral", critica.

Veríssimo prevê cadáver e diz que Moro pode tudo


"Do jeito que vão as coisas e as pessoas, entramos num período de expectativa técnica: quem será o primeiro cadáver dessa guerra? Não se sabe seu gênero, sua idade, sua raça ou o que o matará – mas ele toma forma, e vem vindo. Depois, os dois lados se culparão mutuamente pela sua morte, e todos lamentarão a tragédia – o que para ele não fará a menor diferença", avisa o escritor Luis Fernando Verissimo, um dos maiores intelectuais brasileiros, sobre o clima de pré-guerra civil instalado no País.

Em sua crônica, ele também critica o que considera abusos do Paraná; "as leis brasileiras foram simplificadas a uma só diretriz: o Moro pode tudo"

Lula vai a Teori contra liminar de Gilmar Mendes



Advogados do ex-presidente Lula ingressaram com ação no Supremo Tribunal Federal (STF), solicitando que o ministro Teori Zavascki reafirme sua competência para analisar as ações contra Lula remetidas ao STF no último dia 16, após o juiz Sérgio Moro declinar de fazê-lo.

Roberto Teixeira e Cristiano Zanin afirmam que não cabia ao ministro Gilmar Mendes, ao analisar as ações do PSDB e do PPS, definir o órgão competente para dar continuidade às investigações que procuram envolver o ex-presidente.

Na sexta-feira, já havia sido pedido a Teori Zavascki providências para preservar o sigilo das gravações decorrentes de interceptações telefônicas, como estabelece a lei.

Ministro Gilmar Mendes suspendeu a posse do ex-presidente Lula e remeteu a ação contra o ex-presidente para o juiz Sérgio Moro.

Falta de rumo da oposição é ainda mais surpreendente que a ruína do governo

Josias de Souza/Uol, 20/03/2016

O governo e seus símbolos estão submetidos a uma atmosfera apocalíptica. Além de reprovar Dilma (69%), a maioria dos brasileiros deseja o seu impeachment (68%) ou a sua renúncia (65%). Para piorar, mais da metade do eleitorado (57%) afirma que jamais votaria em Lula. Diante de um quadro assim, seria razoável que a oposição vivesse um momento áureo. Mas sucede o oposto. O Datafolha informa que Aécio Neves encolhe e Marina Silva não consegue crescer.

Alvo de quatro ações de cassação na Justiça Eleitoral, Dilma pode ter o mandato passado na lâmina pelo TSE. Se isso acontecer ainda neste ano de 2016, haverá nova eleição. Hoje, informa o Datafolha, Marina (21%), Aécio (19%) e Lula (17%) estão embolados nas três primeiras colocações. Em pesquisa realizada há 20 dias, Aécio ostentava 24%. Despencou cinco pontos. Marina ficou do mesmo tamanho.

Poder-se-ia repetir a velha cantilena segundo a qual a oposição não dispõe de projeto. Mas na verdade o problema é ainda mais grave. Em meio a um cenário de borrasca moral e desespero econômico, os antagonistas do governo não conseguem oferecer esperança.

Não é só: o grão-tucano Aécio, que esteve na bica de derrotar Dilma em 2014, prepara-se para escalar o monturo da Lava Jato na condição de investigado. O delator Delcídio Amaral acusou-o de receber verbas sujas desviadas da estatal elétrica Furnas, num caso mal investigado que se arrasta desde 2005. Aécio diz que a denúncia é “mentirosa” e “requentada.” A Procuradoria da República quer tirar a prova dos nove num inquérito.

Além da hipótese de cassação pela Justiça Eleitoral, Dilma corre o risco de ser impedida pelo Congresso. Nessa hipótese, assume o cargo o vice-presidente Michel Temer, também citado na delação de Delcídio como patrono da nomeação de um petrogatuno.

Pois bem, apenas 16% dos brasileiros acreditam na capacidade de Temer de entregar um governo ótimo ou bom. Na opinião de 35% dos entrevistados, um governo Temer seria ruim ou péssimo. A plateia tem fundadas razões para levar o pé atrás. Temer preside o PMDB, uma legenda que, entre outros azares, inclui o réu Eduardo Cunha e o investigado Renan Calheiros, alvo de meia dúzia de inquéritos no STF.

Ludibriada em 2014 pela marquetagem petista de João Santana, a plateia não parece disposta a fazer papel de boba novamente. Daí o receio de que Temer vire uma espécie de São Jorge que, enviado para salvar a donzela, acaba se casando com o dragão.

O Brasil não é novato em matéria de impeachment. Já arrancou da Presidência Fernando Collor, o notório. Naquela ocasião, todos os partidos políticos com alguma relevância juntaram-se ao redor do então vice-presidente Itamar Franco - todos, salvo o PT. Deu no Plano Real, que rendeu o fim da hiperinflação e dois mandatos presidenciais a Fernando Henrique Cardoso.

Hoje, vista de longe, Brasília parece mais uma comédia mal escrita, sem direção, com atores fora de suas marcas, escalados às pressas para substituir o espetáculo anterior, que talvez saia de cartaz porque o público já não suporta o elenco que está em cena. A política nunca esteve tão por baixo.

sábado, 19 de março de 2016

O Brasil é um mar de camisas vermelhas!


Avenida Paulista já cheia antes do ato começar

Nesta sexta-feira (18), milhares de manifestantes foram às ruas em defesa da Democracia e contra o Golpe que tenta derrubar a Presidenta eleita Dilma Rousseff.






Salvador

Ontem em Salvador


Em vídeo, artistas defendem democracia e cobram imparcialidade da Justiça

Artistas como as atrizes Letícia Sabatella e Zezé Polessa e os cantores Chico César, Tulipa Ruiz e Zelia Duncan gravaram um vídeo em defesa da democracia e contra um eventual golpe no país. Eles também cobraram imparcialidade da Justiça. O grupo se diz apartidário.
Em uma espécie de jogral, os artistas abrem o vídeo com um apoio ao combate à corrupção. Em seguida, alertam, porém, que este combate "já foi usado como justificativa para muitos abusos" na história do país e citam como o golpe de 1964 que desencadeou uma ditadura.

"Em 64, a ditadura derrubou o governo eleito falando contra a corrupção. E depois de muito sofrimento e muita dor, descobrimos que na ditadura também havia corrupção", afirmam.
O grupo também diz que "a corrupção nunca foi tão investigada como está sendo hoje", mas cobra imparcialidade da Justiça. "Sou contra justiça só para alguns. Sou contra justiça tendenciosas que só investiga um lado".
No encerramento, os artistas enfatizam o apoio à democracia. "Sou contra o golpe. Sou a favor da democracia. Queremos combate à corrupção, mas com democracia".
Também participaram do vídeo os cantores Lirinha e Flavio Renegado, os atores Daniel Dantas, Humberto Carrão, Irandhir Santos e Johnny Massaro, a cartunista Laerte, o humorista Gregorio Duvivier e a cineasta Anna Muylaert, entre outros.

Moro não pode prender o Lula

Calma, Gilmar, calma! É mais fácil o Moro ser preso...


O Moro não pode sequestrar o Lula nem mantê-lo em cárcere privado.

Porque os autos do processo estão retidos no Supremo.

E quem vai julgar é o Supremo - a turma ou o pleno.

Onde Lula ganhará.

Porque há muitos Mello no Supremo.

(Cuidado, Ministros, o grampo anda solto no Supremo, para ser usado na hora do Golpe!)

E depois que Lula ganhar no Supremo, automaticamente cessam as 500 mil ações coxinhas espalhadas pelo Brasil da Pátria Branca e do Catta Preta para impedir a posse do Lula.

O que eles não sabem é que o Lula já tomou posse do cargo, quando foi consagrado na Avenida Paulista.

Paulo Henrique Amorim, em Conversa Afiada, 19/03/2016