quinta-feira, 17 de março de 2016

Flávio diz que Lava Jato não pode virar um vale-tudo



Governador do Maranhão se manifesta "em apoio a todas as investigações e em combate à corrupção", mas afirma que "isso não pode se transformar num vale-tudo".

"É preciso observar o que a Constituição e as leis determinam e neste caso concreto, infelizmente, da interceptação telefônica [de Lula e Dilma], houve várias violações legais", disse Flávio Dino (PCdoB), que é advogado e ex-juiz federal.

Ele ressalta que "não era possível o vazamento de áudios" pelo juiz Sérgio Moro e que a gravação não tinha mais autorização da Justiça.

"Obviamente, se não havia ordem judicial vigente, a prova é ilícita, é claro que houve uma ilegalidade", afirmou.

O governador apontou ainda "ao bom senso e ao diálogo".

"Faço um apelo ao respeito às regras do jogo democrático", declarou, reafirmando que não há motivos jurídicos para a interrupção do mandato da presidente Dilma.

Que atitude o Supremo vai tomar contra o juiz que quer provocar uma convulsão social?

Em sua fala, hoje no STF, o presidente da instituição, Ricardo Lewandowski, disse que o Supremo não faltará à sociedade brasileira. "Os constituintes de 1988 atribuíram a esta Suprema Corte a elevada missão de manter a supremacia da Constituição Federal e a manutenção do Estado Democrático de Direito. Eu tenho certeza de que os juízes dessa Casa não faltarão aos cidadãos brasileiros com o cumprimento desse elevado múnus." 

Aproveitando a deixa, ministro, que atitude o Supremo vai tomar contra o juiz que quer provocar uma convulsão social?

Ministro da Justiça diz que vai apurar grampos, 'doa a quem doer'

Em Brasília17/03/201614h41

Luis Macedo/Câmara dos Deputados
O ministro da Justiça, Eugênio Aragão, empossado nesta quinta

O novo ministro da Justiça, Eugênio Aragão, sugeriu nesta quinta-feira (17), após assumir o cargo, que o juiz Sérgio Moro, que conduz a Operação Lava Jato na Justiça Federal em Curitiba, pode ter cometido crime ao tornar públicos os áudios entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma Rousseff. De acordo com ele, que é subprocurador-geral da República, Moro deveria ter "fechado os autos e encaminhado ao Supremo Tribunal Federal" ao encontrar o áudio da presidente, que possui foro privilegiado em razão da sua função.

Na visão do ministro, existem "várias circunstâncias" que sugerem que a interceptação telefônica foi ilegal e prometeu "ir atrás" dessa apuração e "tirar as consequências disso, doa a quem doer".

"Se houve conversa da presidente que merecesse atenção jurisdicional, não caberia ao juiz de primeira instância nem sequer aquilatar o valor daquela prova e muito menos dar-lhe publicidade. Como se trata de uma eventual prova obtida em encontro fortuito, sua excelência, o meritíssimo juiz, deveria ter fechado os autos e encaminhado ao STF. Não o fez. E mais, ainda declarou de público que achava importante que a população soubesse", disse Aragão a jornalistas.

Ontem, Moro levantou o sigilo sobre os autos da investigação sobre o ex-presidente Lula e tornou públicos áudios interceptados por investigadores. Em uma das conversas, a presidente Dilma conversa com Lula sobre o termo de posse como ministro da Casa Civil. No diálogo, de ontem, a presidente afirma que iria enviar para Lula o termo de posse para ser usado em "caso de necessidade". Para investigadores, a conversa demonstra tentativa de evitar a prisão do ex-presidente conferindo ao petista foro privilegiado.


O novo ministro da Justiça disse que a publicação do áudio envolvendo a presidente "cheira muitas vezes ao artigo 10 da lei de interceptações, que qualifica como crime quando se torna público uma gravação que diz respeito a investigações autorizadas dentro do marco legal e constitucional".

Ele saiu em defesa, no entanto, da legalidade do diálogo entre Dilma e Lula. Segundo ele, em razão do estado de saúde da esposa do ex-presidente Lula, Marisa Letícia, a presidente Dilma encaminhou o termo de posse para assinatura do petista. Assim, segundo ele, o Planalto poderia realizar a cerimônia de posse ainda que Lula estivesse ausente. "Não podemos neste momento de crise ter o cargo de chefe da Casa Civil vago. Então foi estabelecido: assine o termo que, chegando, a gente faz a posse com a presidente assinando o termo na cerimônia e o presidente Lula faz a transferência de cargo na terça-feira. Então está tudo muito claro que não houve ali nenhuma intenção de absolutamente nada", disse Aragão.

Segundo ele, a presença de Lula é "fundamental" no governo neste momento para "construir pontes e chegar a algum tipo de consenso nacional". "O presidente Lula é uma pessoa chave nisso", disse Aragão. Citado nas escutas por Lula como "nosso amigo", Aragão disse que as menções a seu nome não o afetam e que o ex-presidente fez observações na esfera privada. "Isso pra mim é uma prova cabal de que minha atuação foi sempre pautada pelo absoluto republicanismo", completou o novo ministro.

Vazamentos

Responsável agora também pela Polícia Federal, subordinada ao Ministério da Justiça, Aragão afirmou que irá investigar vazamentos seletivos das investigações. "Quero tomar pé e saber em que medida essa seletividade está sendo operada. Não vamos admitir de jeito nenhum falta de profissionalismo. Investigações devem ser feitas com maior respeito à presunção de inocência", disse o ministro.

Juiz que suspendeu posse de Lula foi a ato anti-Dilma, mas nega conflito

UOL, 17/03/2016
Reprodução/Facebook/Itagiba
Catta Preta Neto
O juiz Itagiba Catta Preta Neto, que suspendeu a posse de Lula, postou foto durante protesto que pedia o impeachment de Dilma

O juiz federal Itagiba Catta Preta Neto,que concedeu a liminar que suspende a nomeação de Luiz Inácio Lula da Silva como ministro da Casa Civil, afirmou que participou de protesto contra o governo da presidente Dilma Rousseff. Ele disse, no entanto, que não vê "conflito". O juiz concedeu entrevista na tarde desta quinta-feira (17) à rádio BandNews FM.

"Participei sim", respondeu o magistrado ao ser questionado se teria ido a algum ato anti-Dilma. Ele declarou que foi motivado pela "indignação contra a corrupção".

Questionado sobre se poderia haver conflito de interesses, ele foi direto: "não há conflito". "Qualquer juiz, qualquer ser humano sempre vai ter uma influência, vai agir de acordo com suas convicções políticas, religiosas, familiares. Quem julga não é uma máquina, é um ser humano", declarou.

"O juiz não é surdo nem cego ao que está acontecendo em todo o país. Mas o que levou à decisão é o que está no processo", esclareceu o juiz. Neto entendeu que há indícios de crime de responsabilidade na nomeação de Lula porque ela teria o objetivo de garantir foro privilegiado ao ex-presidente que é investigado pela Operação Lava Jato e pelo MP-SP (Ministério Público de São Paulo).

Juiz do Distrito Federal suspende posse de Lula


Decisão da Justiça Federal de Brasília determina a suspensão da posse do ex-presidente Lula como ministro da Casa Civil.

A alegação do juiz Itagiba Catta Preta Neto é de que há indícios de cometimento do crime de responsabilidade.

A decisão do juiz cabe recurso.

Moro grampeou até os telefones dos advogados de Lula

Ele pode tudo!

Além de interceptar e vazar as comunicações entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o advogado Roberto Teixeira, o que é proibido por lei, o juiz Sergio Moro também grampeou os telefones centrais do escritório Teixeira, Martins e Advogados.

Para isso, o número foi incluído no despacho de forma sorrateira como se pertencesse à LILS, empresa de palestras de Lula.

Em nota, os advogados Roberto Teixeira e Cristiano Martins bateram duro em Moro: "Isso significa que a intenção do juiz e dos membros do Ministério Púbico foi a de monitorar os atos e a estratégia de defesa do ex-Presidente, configurando um grave atentado às garantias constitucionais da inviolabilidade das comunicações telefônicas e da ampla defesa e, ainda, clara afronta à inviolabilidade telefônica garantida pelo artigo 7º, inciso II, do Estatuto do Advogado (Lei nº 8.906/1994)".

Moro, Fernando Henrique e Gilmar Mendes não querem apenas um golpe, mas uma guerra civil

Na tarde de quarta, 16, houve um quiproquó em frente ao Palácio do Planalto, em que deputados, seus assessores, movimentos de extrema direita e penetras como Fernando Gabeira bateram panela e gritaram “Fora Lula” e outros slogans da Avenida Paulista.

A confusão cresceu e, até o momento em que escrevo este texto, há oito mil pessoas em torno de um grito de Ocupa Brasília.

Fernando Henrique Cardoso, Gilmar Mendes e Sergio Moro não estavam presentes pessoalmente, mas em espírito — e um espírito público que se apequena mais e mais, em busca de atirar o Brasil no caos.

Moro vazou para o G1 e a GloboNews o conteúdo de grampos de conversas entre Lula, Dilma e ministros do STF. Justamente no dia em que o ex-presidente assumia a Casa Civil. As gravações trazem um diálogo sobre o convite. No trecho que está sendo usado como prova de obstrução de Justiça, Dilma fala que está mandando o termo de posse.

— Use em caso de necessidade, tá?

Moro encaminhou o despacho para o STF. No próprio documento, ressalta que “não há nenhum indício nas conversas, ou fora delas”, de que as pessoas citadas tentaram, de fato, agir “de forma inapropriada”.

Então por que vazou?

Para se vingar. Porque foi contrariado. Para incendiar um país.

Ele está em boa companhia. Citado na delação de Delcídio, que mencionou os esquemas na Petrobras quando presidiu a empresa, entre 1999 e 2001, FHC tirou os punhos de renda e declarou para uma plateia de corretores de seguros que “conhecimento é fundamental. Você não pode dirigir esse país sendo analfabeto. Não dá”.

Lula no ministério é escandaloso e “um erro do ponto de vista da organização do governo”. A sociedade precisa “reagir energicamente” ao fato de “uma pessoa ser ministro no momento em que pode se tornar réu em um processo”. No governo dele, “no tempo de Jesus Cristo, houve alguém que fez alguma coisa errada. Sempre ocorreu.”

A catilinária de FHC perdeu em baixo nível apenas para a de Gilmar Mendes, que insiste em confundir as funções de juiz com as de político em campanha.

Na sessão que derrubou os recursos de Eduardo Cunha para o rito do impeachment, Gilmar, sempre estrebuchando, enfurecido, o lábio pendente, lembrou que “o quadro se agrava”.

Lula assume o posto, segundo ele, “na condição de ser um supertutor da presidente da República. É preciso muita desfaçatez para obrar desta forma das instituições. É preciso ter perdido aquele limite que distingue civilização de barbárie.”

A conversa de civilização contra barbárie foi usada por muita gente boa, como Hitler, que queria uma “raça pura, única, civilizada”.

Ambos têm uma ficha corrida de dar gosto. A de FHC, particularmente, ganhou contornos mais coloridos e inescapáveis desde a delação contrariada de sua ex-namorada, a jornalista Mirian Dutra. De onde veio isso, tem mais.

A inversão moral é uma ferramenta perigosa. Lula é acusado por essa gente que espuma de ser incitador do “ódio de classes”. Ora, acusar alguém de analfabeto é o quê? O que vem depois? Nordestino safado?

É um caso de estudo. A demagogia não incentiva apenas revoltados on line que escrevem em caixa alta, mas provoca uma reação instintiva que foge a qualquer controle. Ela cria um ciclo de raiva, medo, ódio e violência que empurra moderados para o extremo.

É o que eles querem? Sim. O golpe está nas ruas.

Fonte: DCM,16/03/2016

As mentiras de Aécio Neves em sua defesa no escândalo de Furnas

Ao se defender da delação do senador Delcídio do Amaral, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, repete os mesmos argumentos utilizados dez anos atrás, quando a Lista de Furnas se tornou pública. O objetivo é desqualificar a denúncia e quem fez a denúncia.

Suas declarações não se sustentam nos fatos.

O que diz Aécio: “A Lista de Furnas já teve seu autor condenado por mais de 7 anos.”

Fato: O autor da lista é Dimas Toledo, então diretor de Engenharia, Construção e Planejamento de Furnas, conforme atestou perícia da Polícia Federal. Ele nunca foi condenado.

Aécio Neves deveria estar se referindo a Nílton Monteiro, lobista e delator do esquema de Furnas.

Nílton Monteiro não é autor da lista, mas diz ter recebido de Dimas Toledo quatro listas assinadas por eles, idênticas, com o nome de 156 políticos da base de sustentação de Fernando Henrique Cardoso, que na campanha de 2002 receberam dinheiro desviado de Furnas por 91 empresas prestadoras de serviços ou fornecedora de equipamentos.

Lobista e operador assumido de esquemas de corrupção, Nílton tinha como missão entregar os originais a políticos que encabeçavam a lista, como forma de pressioná-los para que negociassem com o presidente Lula a manutenção de Dimas na Diretoria de Furnas.

Nílton guardou um dos originais, e depois que estourou o escândalo do Mensalão de Brasília, em 2005, entregou o original à Polícia Federal. A lista foi periciada e, em 2006, sua autenticidade comprovada.

Por que, então, Aécio mencionou a condenação de sete anos?

Nílton Monteiro foi condenado em primeira instância num processo que não tem ligação direta com a Lista de Furnas. A origem do processo é uma nota promissória, no valor de 3 milhões de reais, com assinatura de advogado Felipe Amodeo reconhecida em cartório. Quando o advogado morreu, Nílton se habilitou no inventário para receber a nota, a família não concordou e apresentou queixa contra Nílton. Nílton diz que a perícia, realizada pelo Instituto de Criminalística de Minas Gerais, é falsa.

Seu advogado acredita que a condenação deva cair na segunda instância, pois todas as denúncias de Nílton, desde o esquema da Samarco no Espírito Santo, no ano 2000, são contestadas a princípio, e confirmadas depois. Nílton sustenta que o advogado Amodeo e Dimas tinham negócios, e Nílton ficou com a nota, como credor por serviços que ele só revelaria no caso de uma delação premiada no Ministério Público Federal. “Se federalizarem a investigação, eu conto tudo”, diz.

O que diz Aécio: “(Nílton) cumpriu pena em Minas Gerais. É ainda investigado e processado por inúmeros outros crimes.”

Fato: Nílton Monteiro nunca cumpriu pena, já que não há condenação definitiva contra ele. Ele ficou na cadeia por dois anos, em prisão preventiva, decretada na maior parte do tempo quando Aécio estava em campanha para presidente da República.

“Eles queriam destruir minha reputação, para abafar a Lista de Furnas, e com o poder que tinham em Minas Gerais conseguiram fazer com que maus policiais, maus promotores e maus juízes e desembargadores me colocassem na cadeia. Foi uma prisão política. Queriam passar a imagem de que eu era bandido, e confundir as pessoas”, afirma Nílton.

O que diz Aécio: “E esta Lista de Furnas na verdade não é uma, são inúmeras listas de furnas. Para todos os gostos”.

Fato: Existe uma só Lista de Furnas, cujo original foi periciado pela Polícia Federal e serviu de base para a denúncia que a procuradora da república Andréia Bayão apresentou no Rio de Janeiro em 2012, depois de inquérito da Polícia Federal que durou seis anos. Foram onze as pessoas denunciadas por ela, por crimes de corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro, todas sem foro privilegiado, entre elas Dimas Toledo, o ex-deputado Roberto Jéfferson e o próprio Nílton Monteiro.

Aécio e mais de uma centena de políticos só não entraram na denúncia porque têm foro privilegiado e a investigação contra eles está parada na Procuradoria Geral da República, em Brasília.

O que diz Aécio: “(A lista) foi constituída para chantagear determinados agentes políticos, inclusive do PT.

Fato: Neste esquema, o PT está fora. Todos os políticos da lista eram da base de Fernando Henrique Cardoso, inclusive Eduardo Cunha e Jair Bolsonaro. O objetivo da lista era mesmo chantagem, mas de políticos como Aécio Neves, para que negociassem com Lula a permanência de Dimas em Furnas. Por três anos, deu certo, e há vários testemunhos, entre eles o de Roberto Jéfferson e agora o de Delcídio do Amaral, de que Aécio pediu a Lula que mantivesse Dimas em Furnas.

No passado, a versão de Aécio prevaleceu sobre os fatos. E agora?

Fonte: DCM, 16/03/2016

Um apelo pela racionalidade e pela paz!

Sou contra a corrupção, mas não posso e não devo colocar fogo no País por causa da luta contra esse câncer. Esse País tem lei. Portanto, sigamos os tramites legais, sem provocar animosidades, sem estimular o vandalismo, a depredação de patrimônios, sem causar derramamento de sangue. Vamos confiar na tramitação dos processos. Que os suspeitos sejam denunciados, julgados e sentenciados de acordo com a lei. Sem distinção de partido, porque os ladrões estão em todos eles. É este o meu apelo!

Moro estupra a Constituição e põe fogo no País

Moro não é juiz. Esse elemento sem classe não passa de um agente do golpe, motivado pelo golpe e encolerizado pela vontade de destruir aqueles que ele considera como seus inimigos políticos.

Davis Sena. 17/03/2016, no Brasil 247





Pimentel: Brasil atravessa momento político gravíssimo

“Não estamos aqui defendendo apenas a presidenta Dilma, estamos aqui defendendo a Constituição brasileira. Este País não pode ser vítima da vontade de alguns em detrimento da legislação brasileira”, disse o líder do Governo no Congresso, José Pimentel (PT-CE). 

Em pronunciamento no Senado, na noite desta quarta-feira (16), o parlamentar manifestou sua indignação com o vazamento do conteúdo de ligações entre a presidente Dilma e o ex-presidente Lula e afirmou que o juiz Sérgio Moro “rasgou a constituição”. 

Para ele, o Brasil vive um momento político "gravíssimo".

"Não Justiça quando as leis são desrespeitadas"


Durante a posse do ex-presidente Lula como ministro da Casa Civil, no Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff disse que "não há justiça quando as leis são desrespeitadas, a Constituição aviltada. Não há Justiça para os cidadãos quando as garantias constitucionais da própria Presidência da República são violadas".

"Se se fere a prerrogativa da presidência da República, o que se fará com os cidadãos?", questionou.

Sobre o grampo divulgado ontem pelo juiz Sérgio Moro, declarou: "Nós queremos saber quem o autorizou, por que o autorizou e por que foi divulgado sem que se tivesse nada que pudesse levantar qualquer suspeita sobre seu caráter republicano".

Dilma denunciou ainda a "interpretação desvirtuada" do diálogo entre ela e Lula e ressaltou que "investigações baseadas em grampos ilegais não favorecem a democracia nesse país".

"Convulsionar a sociedade brasileira em cima de inverdades, de métodos escusos, viola princípios e garantias constitucionais, os direitos dos cidadãos e abre precedentes gravíssimos. Os golpes começam assim", ressaltou.

DCM: Como a Globo venezualizou o Brasil

Um dia depois da divulgação criminosa dos áudios da presidente Dilma Roussseff com o ex-presidente Lula, o jornalista Paulo Nogueira, editor do diário do Centro do Mundo (DCM), comenta que a "Globo, Aécio e Moro venezualizaram o Brasil".

Ele conta que Lula jamais foi agressivo com a elite e sempre tentou conciliação.

"Jamais deixou de despejar centenas de milhões de reais nas empresas jornalísticas em propaganda federal – um dinheiro público que elas utilizaram para montar um exército de editores e comentaristas dedicados a destruir o próprio Lula e, depois, Dilma", afirma.

"Para alcançar seus desígnios, a Globo e seus aliados estratégicos não hesitaram em fazer do Brasil uma Venezuela gigante. É terrível".

Em sua defesa, Planalto divulga cópia de termo de posse assinado só por Lula

Toda autoridade judicial sabe que um termo de posse, principalmente sem a assinatura do superior hierárquico, não vale como salvo conduto

Folha, 16/03/2016

A Secretaria de Comunicação Social do governo federal divulgou à imprensa na noite desta quarta (16) um fac símile do termo de posse de Lula como ministro da Casa Civil em que há somente a assinatura do próprio ex-presidente. O campo de assinatura da presidente Dilma Rousseff está em branco.

Em nota, a secretaria diz que Dilma só assinará o documento nesta quinta (17), "estando presente ou não o ex-presidente Lula". Segundo o Palácio do Planalto, a presidente enviou o documento ao seu antecessor porque não sabia se ele poderia comparecer à cerimônia de posse.

" [O termo] comprova que a explicação do governo é verídica, que o termo era para garantir a posse formal de Lula amanhã [quinta], no caso da sua ausência, já que dona Marisa encontra-se enferma. O termo de posse assinado só por Lula e não pela presidenta Dilma, em posse do governo, nenhuma validade teria para validar a tese de benefícios de proteção do atual ministro, a possíveis ações judiciais", diz a nota.
Reprodução 
Cópia do termo de posse do ex-presidente Lula divulgada pelo Planalto


Em grampo, divulgado sob autorização do juiz Sergio Moro, a petista afirma que encaminharia a Lula o "termo de posse" de ministro. Ela diz a ele que o termo de posse só seria usado "em caso de necessidade". Os investigadores da Operação Lava Jato interpretaram o diálogo como uma tentativa de Dilma de evitar uma eventual prisão de Lula.

Se houvesse um mandado do juiz, de acordo com essa interpretação, Lula mostraria o termo de posse como ministro e, em tese, ficaria livre da prisão.

Mais cedo nesta quarta, o Planalto divulgou comunicado dizendo que a Justiça será acionada e que houve flagrante violação da lei pelo juiz Sergio Moro.

"Em que pese o teor republicano da conversa, repudia com veemência sua divulgação que afronta direitos e garantias da Presidência da República. Todas as medidas judiciais e administrativas cabíveis serão adotadas para a reparação da flagrante violação da lei e da Constituição da República, cometida pelo juiz autor do vazamento", diz a nota.

Leia a íntegra da nota:

Tendo em vista a divulgação pública de diálogo mantido entre a Presidenta Dilma Rousseff e o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cumpre esclarecer que:

O ex-presidente Lula foi nomeado no dia de hoje Ministro-Chefe da Casa Civil, em ato já publicado no Diário Oficial e publicamente anunciado em entrevista coletiva;

A cerimônia de posse do novo Ministro está marcada para amanhã às 10 horas, no Palácio do Planalto, em ato conjunto quando tomarão posse os novos Ministros Eugênio Aragão, Ministro da Justiça; Mauro Lopes, Secretaria de Aviação Civil; e Jaques Wagner, Ministro-Chefe do Gabinete Pessoal da Presidência da República;

Uma vez que o novo ministro, Luiz Inácio Lula da Silva, não sabia ainda se compareceria à cerimônia de posse coletiva, a Presidenta da República encaminhou para sua assinatura o devido termo de posse. Este só seria utilizado caso confirmada a ausência do ministro.

Assim, em que pese o teor republicano da conversa, repudia com veemência sua divulgação que afronta direitos e garantias da Presidência da República.

Todas as medidas judiciais e administrativas cabíveis serão adotadas para a reparação da flagrante violação da lei e da Constituição da República, cometida pelo juiz autor do vazamento.

Tentando assaltar o poder


Só o desespero diante da possibilidade do governo Dilma recuperar oxigênio com a posse de Lula na Casa Civil explica a organização de um protesto de natureza tipicamente fascista em frente ao Palácio do Planalto. 

O objetivo é impedir uma presidente eleita por mais de 54 milhões de brasileiros de exercer o direito de escolher livremente seus auxiliares. Um dos instrumentos usados para estimular o protesto foi a divulgação, pela TV, de um grampo contendo conversas de Lula com a presidente da República, iniciativa que escandaliza autoridades ouvidas pelo 247. 

Segundo essas fontes, o normal, quando se descobre uma prova fortuita, envolvendo autoridade de foro privilegiado, é levar o material para cima.

Fascismo da Globo coloca o País em pré-guerra civil


Concessionária de serviço público, a Globo usou seus telejornais para incitar a população a ir às ruas para tentar derrubar a presidente Dilma Rousseff na noite de ontem; Globo foi também a primeira a receber o grampo ilegal contra a presidente Dilma Rousseff divulgado pelo juiz Sergio Moro.

Nos conflitos registrados ontem, ciclistas e um casal foram agredidos porque tinham a aparência de petistas.

"Era isso que queria a Globo com a divulgação de vazamentos sem apuração e a cobertura de protestos com todos os links e câmeras dando palco para animais raivosos em bandos?", questiona o jornalista Kiko Nogueira, diretor do DCM.

Os movimentos sociais devem ir às ruas em defesa da democracia e há risco de confrontos nas ruas.

Áudio comprova grampo ambiental contra Dilma, no Palácio do Planalto

Gravação da íntegra de uma conversa entre a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula, no dia da condução coercitiva, revela que a Polícia Federal fez escutas ambientais no próprio Palácio do Planalto.

'Ouça o início do áudio: a secretária da presidente faz de Brasília ligação para um segurança de Lula, em SP, mas antes da ligação ser atendida é possível ouvir a funcionária comentando algo. 

Ou seja, a ligação que partiu do Planalto já estava sendo grampeada, muito antes do segurança atender e dizer "alô". Isso seria um absurdo, Estado de Exceção. Chefe de Estado não pode ser grampeada!', postou a deputada Jandira Feghali ao divulgar o material.

O diálogo também revela relação extremamente cordial entre Lula e Dilma.

Governador Flávio Dino diz que: "Grampo de Moro é prova ilícita contra Dilma"


Governador do Maranhão, Flavio Dino questiona legalidade do grampo da conversa entre o ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff, no Planalto, divulgado pelo juiz Sérgio Moro, da Lava Jato. A comissão do impeachment diz que vai pedir as gravações.

“Não pode. Prova ilícita. Está na Constituição e na Lei 9296/96”, afirmou Dino, pelo Twitter.  ‘Direito não é "ciência exata". Mas também não comporta qualquer interpretação para sustentar teses jurídicas estranhas, por mera luta política’, acrescentou.

Em entrevista recente ao 247, o governador, que passou em primeiro lugar no mesmo concurso para juiz federal prestado por Moro, afirma que o ambiente de ódio fez com que o gênio do fascismo saísse da garrafa – “e agora não conseguem colocá-lo de volta”.

Sergio Moro divulgou grampo ilegal de Dilma

E com isso reforçou as manifestações contra o governo na tarde e noite de ontem  


Gravação entre a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula foi realizada pela Polícia Federal duas horas depois de o juiz Sergio Moro ter determinado o fim das interceptações contra Lula.

Ainda assim, o juiz Sergio Moro decidiu divulgá-las à imprensa nesta tarde; defesa de Lula alega que Moro tentou criar um clima de convulsão social no Brasil.

A presidente Dilma Rousseff afirma que Moro afrontou a lei e será processado.

O ex-presidente da OAB, advogado Marcelo Lavanére prepara representação judicial contra Moro.

Para Renan, Moro agiu como juiz de exceção que quis substituir o STF

“Um juiz de exceção não pode substituir, por mais que queira, o Supremo Tribunal Federal. E aí, por conta dessa polarização, o entendimento de que ser julgado pelo Supremo não é ser julgado pela Justiça. Nessa excepcionalidade que vivemos, tem de ser julgado pelo juiz de exceção”, disse o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Congresso Nacional, sobre o grampo ilegal divulgado na tarde de ontem pelo juiz Sergio Moro.

“É prudente aguardarmos o conhecimento detalhado dos fatos para que possamos posicionar o Congresso Nacional”