sábado, 13 de fevereiro de 2016

Sogro de responsável por obra em sítio de Lula nega pagamento de R$ 550 mil


O Instituto Lula diz que o ex-presidente frequenta o local, de propriedade de amigos da família.

No endereço na periferia da cidade de Colorado (noroeste do Paraná), em que é a sede da empresa Fernandes dos Anjos e Porto Montagens de Estruturas Metálicas existe uma casa simples, em uma rua sem asfalto, informou a "Folha de S. Paulo".

Documentos apreendidos pela Polícia Federal no escritório do pecuarista José Carlos Bumlai, segundo o jornal "O Globo", indicam que a empresa recebeu R$ 550 mil para reformar o sítio usado pelo ex-presidente Lula.

Reportagem da "Folha" revelou que, segundo testemunhas e depoimentos colhidos pelo Ministério Público, uma espécie de consórcio informal de empresas (Odebrecht, OAS e Usina São Fernando) dirigidas por amigos do ex-presidente bancou as obras.

A empresa de Colorado pertence a Adriano Fernandes dos Anjos. No estanto, o sogro de Adriano, o aposentado Antônio Miguel da Silva, segundo a "Folha", disse que ele nunca recebeu esse valor.

Silva afirma que o genro trabalhou no local na montagem de estruturas metálicas, como base para uma construção e que o serviço durou um mês. "Mas de jeito nenhum ele recebeu R$ 550 mil. Foi algo entre R$ 35 mil e R$ 70 mil. Meu genro só tem dívidas e vontade de trabalhar", disse.

Fonte: Msn, 13/02/2016

Deputado afirma que para a Justiça há duas categorias de pessoas os "investigáveis" e os "ininvestigáveis"

A primeira categoria é vinculada ao PT e a segunda ao PSDB

Em entrevista ao 247, o deputado Wadih Damous (PT-RJ) admite que não enxerga má fé na conduta de Sérgio Moro nem da força tarefa do ministério público ("eles têm certeza de que os investigados são culpados e montam o processo de modo a provar sua tese") mas diz que a Lava Jato está consagrando um país onde há uma categoria de pessoas "investigáveis," no PT, e os "ininvestigáveis," no PSDB. 

"Numa operação anunciada como redentora, não consigo entender que se ignore as menções a Aécio Neves. Por muito menos, há pessoas presas e investigadas." Damous também recorda o tratamento recebido por Fernando Henrique: "Lula é perseguido por causa de um sítio com pedalinho, que nunca foi dele. Fernando Henrique teve uma fazenda de gado, comprada em sociedade com o tesoureiro do PSDB, e ninguém achou errado." 

Referindo-se ao apartamento no Guarujá, o deputado ironiza: "Fernando Henrique vive passando férias num apartamento na avenue Foch, um dos endereços mais caros do mundo. Não tem nada a ver com o Guarujá, que há muito tempo deixou de ser uma praia exclusiva para milionários"

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Sai o edital para estudos de concessão da BR-163



Os interessados poderão sugerir alterações na futura concessão, como, por exemplo, a inclusão de contornos e variantes, e a exclusão, modificação e inclusão de segmentos da malha viária e também pedir o fracionamento dos trechos em mais de uma concessão. As alterações deverão ser fundamentadas e tecnicamente justificadas.

Eles deverão ter experiência qualificada e terão que detalhar as atividades que pretendem realizar. As regras completas do processo podem ser encontradas no edital de chamamento do DOU e na página do Ministério dos Transportes.

Os requerimentos deverão ser endereçados ao Ministério dos Transportes, até o dia 14 de março de 2016, no endereço: Esplanada dos Ministérios, Bloco "R". CEP: 70.044-902 - Brasília/DF.

Segundo o Ministério dos Transportes, Antonio Carlos Rodrigues, os interessados devem realizar estudos de mercado, de engenharia, ambientais e avaliação econômico-financeira.

A inclusão do trecho na concessão da BR-163 vem sendo discutida pela Associação Comercial e Empresarial de Santarém (Aces), prefeitura municipal e outros órgãos em audiências públicas, que já foram realizadas em Brasília (DF), Itaituba (PA) e em Sinop (MT).

Em junho de 2014, o prefeito Alexandre Von já havia solicitado ao ministro dos Transportes, em Brasília, a concessão rodoviária da BR-163 até o porto de Santarém. Na ocasião, o prefeito ressaltou a necessidade da concessão se estender até o município, por causa do grande fluxo de carretas transportando grãos de Mato Grosso.

Fonte: Blog do Jota Parente, 12/02/2016

O que fazer diante do golpismo da mídia?

Em função da crescente monopolização do setor, da sua perigosa fascistização e das próprias mutações em curso na área da comunicação, a questão do papel estratégico da mídia é hoje um dos temas mais debatidos em todo o planeta. Nos EUA, por exemplo, o presidente Barack Obama se recusou a dar entrevista a Fox, do “imperador” Rupert Murdoch, tratada como um “aparelho” do Partido Republicano. No Reino Unido, a “bolivariana” rainha Elizabeth aprovou uma lei duríssima contra as calúnias e difamações dos jornais privados. Já na América Latina, os governos progressistas tiveram que se defrontar com os barões da mídia, que substituíram os decadentes partidos conservadores nas suas campanhas de desestabilização política e econômica. A "Ley Resorte" da Venezuela, a “Ley de Medios” da Argentina e as novas Constituições da Bolívia e do Equador representaram momentos decisivos desta batalha comunicacional.

Já no Brasil, paraíso dos banqueiros, dos latifundiários e dos barões da mídia, o debate sobre o tema está interditado. A legislação que rege o setor é de 1962, antes da existência do satélite, da tevê a cores ou da internet. Neste longo período, 19 projetos foram elaborados para regulamentar o setor, inclusive pelos generais e pelo servil FHC, mas nenhum saiu do papel. A ditadura da mídia se impôs, esbravejando cinicamente pela liberdade de expressão. Os governos Lula e Dilma também não enfrentaram as aberrações deste setor e pagam um alto preço pela falta de coragem política. Na atual correlação de forças do Congresso Nacional – dominado pelas bancadas da bala e da bíblia, filhas pródigas dos monopólios midiáticos –, o debate sobre o tema ficou ainda mais difícil.

Mas o balanço da correlação de forças nunca deve servir para o acovardamento político, mas sim para a análise concreta da situação concreta e para definir as melhores estratégias de superação das adversidades. Com a mídia cada vez mais monopolizada e partidarizada não é apenas o governo Dilma que corre riscos; não é somente o ex-presidente Lula que sofre a desconstrução do seu legado. É a própria democracia que está em perigo; é o projeto de soberania e desenvolvimento que fica contido; é a luta dos trabalhadores pela superação da barbárie capitalista que esbarra em obstáculos intransponíveis. A batalha pela democratização da comunicação é hoje estratégica e não pode ser subestimada. E ela se dá em duas frentes, que se articulam e se complementam.

A primeira é por mudanças na legislação e nas políticas públicas que fragilizem os monopólios midiáticos e estimulem maior pluralidade e diversidades nos meios. A proposta da “lei da mídia democrática”, elaborada pelo Fórum Nacional de Democratização da Comunicação (FNDC), que congrega os principais movimentos sociais brasileiros, segue na ordem do dia. É uma bandeira de propaganda política que serve para pressionar o governo e o parlamento. Como fruto desta mobilização é possível conquistar, inclusive, algumas vitórias parciais. A lei do direito de resposta, aprovada pelo Senado e sancionada por Dilma, demonstra que isto é possível. Outras “pequenas” conquistas ajudam a reforçar a luta maior por um novo marco regulatório das comunicações no Brasil.

Ao mesmo tempo, é urgente fortalecer todos os veículos da mídia contra-hegemônica. Das rádios e tevês comunitárias, que continuam sendo perseguidas pelos poderes públicos, ao sistema público de comunicação e às novas formas de comunicação da era da internet. A imprensa sindical, com seus milhões de exemplares, a assessoria dos mandatos parlamentares, com sua estrutura mais profissional, e as centenas de blogs, sites progressistas e redes sociais jogam papel decisivo na atualidade no enfrentamento à mídia golpista. Eles não podem ser encarados como gastos, mas sim como investimentos na batalha de ideias, na luta pela hegemonia na sociedade. Os desafios estão lançados e são urgentes!

As razões da partidarização da mídia

O que explica tamanha radicalização da mídia na sua partidarização direitista? Afinal, os governos Lula e Dilma não promoveram transformações estruturais no Brasil, não afetaram os interesses econômicos das elites dominantes. No máximo, eles realizaram um “reformismo brando”, com alguns avanços sociais e a ampliação da democracia. Apesar da neurose dos “midiotas”, o país não tem nada de “bolivariano” e, muito menos, de socialista. Os ricos seguem ganhando muito dinheiro – que o digam os três filhos de Roberto Marinho, que figuram no topo do ranking da revista Forbes como os maiores bilionários brasileiros. Eles também mantêm seus privilégios, suas contas secretas em paraísos fiscais e a sua sonegação criminosa de imposto – inclusive os barões da mídia.

O ódio visceral dos barões da mídia têm razões políticas e econômicas. Ele já se manifestou em outros momentos da história do Brasil – como na cruzada que levou ao suicídio do “trabalhista” Getúlio Vargas, na campanha contra o “desenvolvimentista” Juscelino Kubitschek ou no golpe militar que derrubou João Goulart em 1964. A chamada “grande imprensa” nunca aceitou governos comprometidos com os anseios populares e com o projeto de desenvolvimento da nação – mesmo os oriundos de dissidências na burguesia. Ela sempre se comportou como um instrumento partidário da oligarquia mais reacionária, egoísta e entreguista. Daí sua histórica defesa do receituário ultraliberal, sua satanização dos movimentos sociais e seu doentio complexo de vira-lata diante dos EUA.

No caso do ex-presidente Lula, a este fator político é preciso acrescentar uma razão de classe. Os barões da mídia nunca toleraram a chegada ao Palácio do Planalto de um retirante nordestino, peão e líder grevista. Na sua mentalidade escravocrata, o trabalhador é para trabalhar. Não é para pensar e muito menos para governar um país da dimensão do Brasil. Para eles, é natural – quase sagrado – que FHC frequente a mansão de um “amigo” em Paris e seja proprietário de um apartamento de luxo em Higienópolis; é justo que Aécio Neves use um jatinho oficial para dar carona para celebridades globais e que até construa um aeroporto na fazenda do seu tio-avô no interior mineiro. Já o peão não pode ter um apartamento na praia e nem um pedalinho ou canoa de metal. Já no caso da presidenta Dilma Rousseff, é preciso acrescentar a questão do machismo – tão presente na sociedade brasileira deformada pela mídia.

O fator político, porém, não é o único motivo da imprensa para a sua radicalização partidária. Os barões da mídia não dão ponto sem nó. Eles seguem com as suas fortunas, alienando os brasileiros e explorando a mão de obra barata de seus jornalistas – inclusive daqueles que chamam o patrão de companheiro. Mas eles percebem que seu modelo de negócios está em declínio, em decorrência da explosão da internet e da própria perda de credibilidade dos seus veículos. Muitos jornais já faliram ou tiveram quedas vertiginosas de tiragem. A Folha de S.Paulo, o maior diário do Brasil, despencou de um milhão para menos de 200 mil exemplares. As revistas estão em decadência, inclusive a asquerosa “Veja”. As audiências da tevê derretem a cada dia. No ano passado, por exemplo, a TV Globo perdeu 7% do seu faturamento em publicidade. Diante deste cenário dramático, a eleição de um "governo-amigo" seria vital para reerguer o setor!

“Sangrar” Dilma e “matar” Lula

Essa cavalgada golpista, porém, não conseguiu depor o governo democraticamente eleito pela maioria dos brasileiros. No final do ano, a oposição midiática e partidária sofreu duros revezes. O herói dos fascistas mirins, o correntista suíço Eduardo Cunha, foi desmascarado na sua manobra diversionista para escapar da cassação e da prisão. A Procuradoria-Geral da República (PGR) finalmente pediu seu afastamento da presidência da Câmara Federal. Já o Supremo Tribunal Federal (STF), atendendo a uma solicitação da bancada do PCdoB, abortou a sua “comissão especial do impeachment”. Para fechar o ano goleando a mídia e os “midiotas”, os movimentos sociais demonstraram maturidade e unidade e organizaram gigantescos atos contra o golpismo e em defesa da democracia.

Mas, como já foi dito, a mídia monopolista chegou a um ponto de não-retorno. Com o desgaste temporário da tese do impeachment, ela adota uma nova tática, que consiste em “sangrar” Dilma e “matar” Lula. Atuando como um partido coeso e centralizado, que lembra a rígida disciplina militar, ela agora pauta a sua linha editorial no esforço para desgastar diuturnamente o governo, inclusive jogando no pessimismo e na paralisação econômica do país, e para evitar o risco do retorno do carismático líder petista nas eleições presidenciais de 2018. Nesta cruzada insana, a imprensa nativa bate recordes mundiais de cretinice e imundices. Vale tudo: o tríplex que não é de Lula, a sítio do amigo, os pedalinhos, o “iate” de latão comprado por R$ 4 mil pela ex-primeira-dama.

Eduardo Cunha, o correntista suíço, é poupado pela mídia falsamente moralista e segue com suas tramoias para evitar a cassação e a prisão. Aécio Neves, o “chato” que recebeu “um terço” do esquema de propina de Furnas, é tratado como santo. Geraldo Alckmin, o governador paulista que espanca estudantes e frauda merendas escolares, desaparece das páginas dos jornais e das telinhas da televisão. A forte blindagem aos tucanos confirma uma piada que circula pelas redes sociais: basta se filiar ao PSDB para não ser investigado, julgado, condenado e, muito menos, preso! Mas o contexto de adversidades não permite brincadeiras. A tática midiática de “sangrar” Dilma e “matar” Lula tem impacto no imaginário popular e terá reflexos das próximas contentas eleitorais.

Como enfrentar a mídia golpista?

Por Altamiro Borges

Não foi só Aécio Neves, o cambaleante tucano, que até hoje não engoliu a surra nas urnas em outubro de 2014 - a quarta consecutiva da oposição neoliberal no país. A mídia monopolista, controlada por sete famílias feudais, também não se conforma com a derrota. Ela fez de tudo para desgastar o governo Dilma e para blindar o senador mineiro-carioca, mesmo desconfiando do seu estilo playboy. A capa criminosa da “Veja”, a revista do esgoto, na véspera do segundo turno, foi o ápice desta cruzada para evitar a reeleição da petista, servindo de panfleto aos cabos eleitorais do presidenciável do PSDB. O nível das baixarias da campanha eleitoral já indicava que a guerra midiática era um caminho sem volta, que a partidarização da mídia chegara a um ponto de não-retorno.

A expressão de desalento de Willian Bonner ao confirmar a derrota de Aécio Neves na telinha da TV Globo foi a senha do que viria na sequência. Desde a sua posse para o segundo mandato, em janeiro de 2015, Dilma Rousseff não teve um segundo de paz e tranquilidade. A mídia partidarizada pautou as siglas da oposição, que se transformaram em meros apêndices – sem vida própria, sem rumo e sem projeto para o Brasil. O show pirotécnico da Operação Lava-Jato, com suas prisões arbitrárias, suas “delações premiadas e premeditadas” e seus vazamentos seletivos, virou o aríete dos moralistas sem moral. Não é para menos que o juiz-carrasco Sergio Moro ganhou as capas das revistonas e foi premiado como “o brasileiro do ano” pela imaculada famiglia Marinho.

A mídia ressuscitou o moribundo Tribunal de Contas da União (TCU), que nunca teve espaço em seus veículos, com o intento de fustigar o governo reeleito. Ela também deu guarita aos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para questionar as contas da campanha vitoriosa. Além de utilizar os aparatos de hegemonia do Estado, ela instigou os recalcados com os avanços sociais a rosnarem pelo impeachment de Dilma e pela volta dos militares ao poder. Jornais, revistas e emissoras de rádio e televisão convocaram escancaradamente as quatro marchas golpistas do ano passado. Após chocar o ovo da serpente durante vários anos, a mídia conseguiu tirar os fascistas do armário e lotar as ruas numa cruzada conservadora e de ódio sem precedentes na história recente do país.

Ministro da Justiça diz que Lula se comporta com "absoluta lisura"

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Moro autoriza PF a abrir inquérito sobre Lula

No término do processo, três fatos saltarão aos olhos: não serão encontradas irregularidades, o dinheiro da sociedade foi jogado fora e fez-se mas um ataque a Lula

Juiz federal Sérgio Moro autorizou a Polícia Federal a instaurar um inquérito separado para investigar as reformas do sítio de Atibaia, frequentado pelo ex-presidente Lula e sua família; investigação será sigilosa; "Este Juízo não tem óbices à efetivação do desmembramento requerido pela PF", afirmou Moro ao autorizar a nova investigação.

Novo inquérito foi assinado por Moro no último dia 4, mas foi registrado no sistema da Justiça Federal do Paraná nesta terça-feira, 9.

O Instituto Lula afirmou que o ex-presidente nunca escondeu que frequenta o sítio em dias de descanso, que não há nada ilegal nestes fatos, e que não servem para vincular o ex-presidente a qualquer espécie de suspeita ou investigação.

O PiG é o mosquito do Brasil

Americanos virão, sim, para as Olimpíadas do Rio !
(Imagem: de Belinha, no twitter)


De Fernando Brito, no Tijolaço:
Durante várias horas, ontem, os grandes sites reproduziram uma nota da Reuters de que o Comitê Olímpico dos EUA teria “liberado” os atletas daquele país para não comparecerem aos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro. por conta do vírus zika.

Foi preciso que o próprio o porta-voz da entidade, Patrick Sandursky fosse aos jornais negar “com veemência” a falsa informação, horas depois.

Não é possível que, a quatro meses das Olimpíadas no Rio, as redações não tenham o e-mail ou o telefone do Comitê Olímpico dos EUA. Ontem, carnaval aqui, é dia normal nos Estados Unidos. Simples checar a informação,que seria gravíssima, pelo simples fato de serem os norte-americanos a principal força esportiva dos Jogos.

Seria como o Corinthians, o Flamengo ou o Atlético Mineiro anunciarem que não disputariam o Brasileirão.

Mas, para quê?

É contra o Brasil e é contra o Rio (o que ainda é mais “saboroso” para quem detesta “esta bagunça” daqui…). E a turma do vira-latismo sai a latir sua zica ao país. Zica, com “c”, a antiga: do azar, infortúnio crônico e repetitivo.

Ninguém nega a preocupação e a necessidade de se combater um surto que acontece no Brasil e em mais 30 países, tanto que o pedido de US$ 2 bilhões pedidos por Barack Obama ao congresso para ações contra a doença são 80% destinados à prevenção interna e a pesquisas e apenas 20% para ações no exterior – e não se duvide que a Colômbia (amiga preferencial), o Caribe e o México (vizinho incômodo) serão os principais destinos de seu apoio financeiro, porque são os que mais ameaçam o território continental norte-americano.

Como em qualquer caso de saúde pública, mais ainda porque envolve a sanidade de fetos, todos devem colaborar, mantendo a serenidade e esclarecendo a população.

Mas não existe o clima de terror que se transmite nos jornais brasileiros.

Tanto é que o Carnaval no Rio “bombou” de turistas: até o sábado, a ocupação hoteleira estava, na média geral, em 82,2%, um aumento de 35% no comparativo com o mesmo período do ano passado. A expectativa é que esse número chegue a 85%, segundo a associação dos hoteleiros.

É 35% maior que no ano passado e nem se use o dólar para explicar, porque 70% dos hóspedes é do Brasil. É claro que os estrangeiros aproveitaram o câmbio favorável e o porto do Rio – ninguém me contou, vi pessoalmente – no domingo não tinha mais lugar para atracar, de tantos transatlânticos. Contei dez, da Ponte Rio-Niterói, mas a Secretaria de Turismo diz que eram 11. O número de desembarques no Carnaval é 85% maior que no ano passado: 130 mil passageiros, contra 70 mil em 2014.

A mídia brasileira virou um Aedes Egypti: suga e nutre-se das belezas do país e do trabalho e alegria de seu povo, mas inocula-lhe uma microcefalia que só faz ver aqui o fim do mundo, a mais desgraçada das terras, de onde o mundo inteiro foge, embora todos venham para cá: pessoas e capitais e voltem, sorrindo e felizes.

PS. Antes que os “contaminados” o digam: não se quer exterminar a mídia, até porque, pelos números da circulação dos jornais, parece que ela está fazendo isso sozinha.

Fonte: Conversa Afiada, 09/02/2016

Inserção de 2012 permanece atual


Advogado de Lula diz que o jornal Estado de S Paulo publica "novas mentiras" sobre seu cliente

Até quando essa mídia nojenta vai continuar se comportando assim?

247 – O advogado Roberto Teixeira, que defende o ex-presidente Lula, divulgou uma nota nesta segunda-feira 8 para rebater reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo intitulada "Topógrafo diz que fez alterações na área de propriedade", sobre o sítio em Atibaia usado por Lula e sua família.

O jornal, que já foi "cabalmente desmentido em relação ao que foi publicado no dia 04/02/2016 ('Compra de sítio em Atibaia foi lavrada em escritório de compadre de Lula'), segundo a defesa de Lula, volta a publicar "novas mentiras", desta vez "manipulando as palavras do topógrafo Claudio Benatti e misturando assuntos estritamente jurídicos com 'obras realizadas na propriedade'".

Leia abaixo a íntegra da nota:

Nota

Depois de ser cabalmente desmentido em relação ao que foi publicado no dia 04/02/2016 ("Compra de sítio em Atibaia foi lavrada em escritório de compadre de Lula"), o jornal O Estado de S.Paulo, que é dirigido por um conselho de credores, passou a atacar a minha atuação como advogado, buscando, claramente, fragilizar a defesa de meus clientes.

O jornal já tentou na mesma reportagem em que foi desmentido, qualificar-me como "empresário", atividade que jamais tive, pois nos últimos 46 anos me dediquei de forma ininterrupta à advocacia, tendo sido, inclusive, eleito pelos meus pares em duas oportunidades para exercer a presidência da Subsecional da OAB de São Bernardo do Campo (SP), além de ter sido presidente de banca do Exame de Ordem do Estado de São Paulo.

O jornal também mentiu ao afirmar que a compra do sítio "Santa Barbara" teria envolvido transação em dinheiro vivo no meu escritório. Demonstrei, através de documentos incontestáveis, que o preço foi pago integralmente por meio de cheques administrativos, sendo mendaz também essa versão do diário.

Na data de hoje (08/02/2016), o jornal publicou nova reportagem ("Topógrafo diz que fez alterações na área da propriedade") por meio da qual está, à toda evidência, manipulando as palavras do topógrafo Claudio Benatti e misturando assuntos estritamente jurídicos com "obras realizadas na propriedade". Como já disse anteriormente, já fiz a indicação do referido profissional a diversos clientes para dar suporte a trabalhos jurídicos envolvendo a conferência das dimensões de um imóvel ou a delimitação da propriedade. No caso concreto, o Sr. Benatti foi indicado exatamente para fazer o levantamento da área que estava sendo adquirida pelos meus clientes Fernando Bittar e Jonas Suassuna, no ano de 2010, quando prestei assessoria jurídica no processo de aquisição. Posteriormente, no ano de 2015, o mesmo profissional foi indicado apenas para subsidiar um estudo jurídico tendente à melhor divisão da propriedade. Ou seja, não houve qualquer atividade do profissional na propriedade no ano mencionado, como sugere a reportagem.

É mentirosa a afirmação de que o "topógrafo fez alterações na propriedade", uma vez que o trabalho por ele realizado teve por objetivo apenas dar suporte a providências jurídicas que estavam sob a minha responsabilidade como advogado. E este trabalho jurídico se restringiu à elaboração de documentos, como o contrato particular de compra e venda, a lavratura da escritura de compra e venda e um estudo jurídico visando a uma nova divisão da propriedade.

É lamentável a conduta do jornal, que se prestou a conceder suas páginas para a publicação de novas mentiras, como forma de tentar fragilizar a defesa jurídica dos meus clientes e retribuir o vazamento seletivo de documentos e informações, promovido de forma regular por autoridades descomprometidas com o Estado Democrático de Direito.

Roberto Teixeira

Fonte: Brasil 247, 08/02/2016

Os inimigos de Lula e os milhões de Silvas

A mentira, mesmo repetida todos os dias, não vencerá a verdade
*Jaime Amparo Alves

"Lula não é adversário, é inimigo. Ao adversário se estende a mão, reconhece-se a sua dignidade humana e se respeita as regras do jogo. Lula nunca foi aceito", analisa o antropólogo e professor Jaime Amparo Alves, em artigo para o 247.

"A Folha de S. Paulo investigou uma tal propensão genética da família Silva ao álcool, a Revista Veja já celebrou o 'câncer do presidente' e o Globo já apresentou Lula como presidiário em suas charges. Tudo isso sem falar na violência sanitarizada dos telejornais da Globo com seus apresentadores cinicamente consternados com a corrupção no país, enquanto a empresa segue mergulhada em fraudes fiscais", observa.

para o colunista, "Lula não é atacado porque fez menos do que o Brasil precisa, mas sim porque ousou arranhar a centenária estrutura hierárquica do país trazendo os pobres para o debate nacional". 

Leia a íntegra, acessando: Os inimigos de Lula e os milhões de Silvas

*Doutor em Antropologia Social pela Universidade do Texas em Austin e professor de sociologia e antropologia da City University of New York (CUNY/CSI)

Fonte: Brasil 247, 09/02/2016

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

BC quer recuperar R$ 7 bilhões de grandes devedores


Banco Central espera recuperar R$ 6,97 bilhões de grandes devedores da instituição até setembro deste ano. Na lista de devedores estão corretoras de câmbio, empresas de importação e exportação, times de futebol e pessoas físicas.

"Mas há também dívidas de maior valor provenientes de contratos celebrados no âmbito do Proer", informou o procurador-geral do BC, Isaac Ferreira. Criado em 1995 pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional investiu cerca de 2,5% do PIB em bancos falidos, que nunca foram restituídos ao Tesouro.

Ações europeias caem a menor nível em mais de 2 anos


Ações europeias fecharam no menor nível em mais de dois anos nesta segunda-feira, 8, com investidores preocupados com a saúde dos bancos da região, além de temores sobre a desaceleração econômica global; índice das principais ações europeias FTSEurofirst 300 fechou com queda de 3,4%.

"Investidores estão começando a pensar que os bancos não são tão sólidos como antes de imaginava", disse o gestor de fundos da Anthilia Capital, Giuseppe Sersale, na Itália.

Furnas: Por que “não cola” a explicação de Aécio


Jornalista Kiko Nogueira, do Diário do Centro do Mundo, relembra que Aécio Neves "fez aliança com o PT durante o primeiro mandato lulista e criou uma relação de absoluta proximidade", o que derruba o argumento do senador tucano de que não teria influência para indicar Dimas Toledo para a diretoria de Furnas, onde é acusado de ter comandado um esquema de propina.

Presidente do PT diz que "sem provas, querem converter Lula em vilão"

Eles já sabem que Lula concorrendo, não tem pra ninguém

Presidente nacional do PT, Rui Falcão, fez duras críticas nesta segunda-feira, 8, ao que chamou de "tentativa de linchamento político e moral" contra o ex-presidente Lula.

"Nunca antes neste País um ex-presidente da República foi tão caluniado, difamado, injuriado e atacado como o companheiro Lula", afirmou.

"Inconformado com sua aprovação inédita ao deixar o governo, o consórcio entre a oposição reacionária, a mídia monopolizada e setores do aparelho de Estado capturados pela direita quer convertê-lo em vilão", disse Rui.

Para ele, escalada de denúncias contra Lula objetiva apenas inviabilizar sua candidatura em 2018.

O nobel que a grande mídia escondeu

Só porque ele se recusou a entrar no debate sobre impeachment

"Mobilizada por sua pauta única - alimentar o impeachment de Dilma Rousseff -, a maioria dos veículos de comunicação do País perdeu o interesse pela visita do Prêmio Nobel da Paz Kailasch Satyarti depois que, diplomaticamente, ele se recusou a entrar no debate sobre a saída da presidente", destaca Paulo Moreira Leite, editor do 247 em Brasília.

"Estudando os programas sociais brasileiros há mais de duas décadas, Kailasch é um especialista em trabalho infantil que não se cansa de elogiar os progressos do Brasil nesta área", acrescenta o jornalista.

Delírio do peguem o Lula é insano!

Que absurdo: Lula queria bibliotecas!


O Conversa Afiada reproduz serenas observações do Fernando Brito:

O delírio do “peguem o Lula” perdeu qualquer restinho de sanidade.

A Folha, no clima de “vale tudo, hoje é Carnaval”, lança hoje mais uma surpresa, destas que nos tempos da minha avó a gente poderia atribuir aos efeitos dos lança-perfume.

“Uma lei assinada pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva em maio de 2010 estimulou uma nova linha de negócios de um dos donos do sítio frequentado pelo petista em Atibaia (SP)”

Aí você descobre que a tal lei (o jornal não especifica, mas a gente faz isso aqui: é a Lei 12.244/10), que obrigava, num prazo de dez anos, todas as escolas públicas a terem – vejam que absurdo! – uma bi-bli-o-te-ca!

A lei, formalmente proposta em 2003, pelo deputado tucano Lobbe Neto, teria um “gato” para beneficiar Jonas Leite Suassuna Filho, que tem negócios com um dos filhos de Lula: a inclusão da expressão ” “em qualquer suporte” para a contagem, ao lado de livros e vídeos, do número de títulos por aluno, que deveria o índice “estratosférico” de um por aluno matriculado!

A suposta “novidade” seria para beneficiar Jonas, que publica livros físicos e também em plataformas virtuais. E, aliás, é um dos principais fornecedores da Fundação Roberto Marinho, das Organizações Globo! E não consta que outros editores não estejam entrando ou não possam entrar num tipo de atividade que até o Cego Aderaldo vê que vai crescer.

Bem, isso não vem ao caso.

Voltemos, portanto, ao específico, para ver que o texto da Folha é um amontoado de sandices.

O relator do projeto no Senado, última etapa de sua aprovação, é quem acata ou rejeita emendas e era ninguém menos que Cristóvam Buarque, que até as pedras sabem ser ferrenho opositor de Lula, desde que foi demitido do Ministério da Educação.

E Cristóvam reclamou apenas de duas coisas no projeto: da demora em ser aprovado e do prazo de dez anos para o cumprimento da exigência.

A matéria é um delírio.

Basta uma consulta ao projeto original do deputado tucano para ver que lá já se previa como integrantes das bibliotecas, “coleção de livros, materiais videográficos e documentos congêneres destinados a estudo, consulta ou leitura recreativa”. Livro virtual é documento congênere, pois não? Aliás, se não houvesse a expressão “qualquer suporte”, não valeriam os livros infantis em CD ou DVD, preferidos pela criançada e muito mais adequados para as atividades coletivas de leitura e interpretação, por desobrigar de ter um exemplar para cada aluno.

E as enciclopédias teriam de ser em papel, como as minhas pobres Delta-Larrousse e Barsa, que preservo naquelas altíssimas prateleiras do guarda-roupas, porque me falta estante para a casa e casa para as estantes….

Aliás, bastaria o uso do bom-senso para lembrar que, em 2003, o acesso e o uso da internet não era 10% do que já se fazia em 2010 e muitos de nós ainda ouvíamos aquele barulhinho esquisito da conexão sendo estabelecida por linha discada, recordam? A Folha deve ter esquecido do “detalhe”.

Pior ainda: a possibilidade de negócios editoriais aberta pela lei não foi ampliada pelas modificações do projeto, mas reduzida. É que o projeto original tucano previa quatro títulos por aluno e não apenas um, como ficou no texto final. Pouco, porque na justificação, Lobbe Neto argumenta que a “proporção proposta pela Associação Americana de Bibliotecas (USA), é de dez livros por aluno”.

Por fim, a malícia de dizer que a lei foi “assinada” por Lula. O que deveria fazer o então presidente, vetá-la depois de aprovada pelo Congresso?

O furor acusatório contra Lula chegou às raias da loucura: canoa, pedalinho e, agora, bibliotecas escolares.

O que essa Lava Jato lavou mesmo, parece, foram as cabeças: lavagem cerebral coletiva, em escala nacional.

Fonte: Conversa Afiada, 07/02/2016

Eles não têm e nem terão provas do envolvimento de Dilma na corrupção


Antônio Roberto Espinosa, professor de Relações Internacionais da Unifesp e Dilma Rousseff, presidente da República

Poucas pessoas conheceram tão bem e tão de perto Dilma Vana Rousseff quanto Antônio Roberto Espinosa. Além de ser seu chefe na VAR-Palmares, organização a que ela aderiu ao fundir-se com a COLINA (Comando de Libertação Nacional), em 1968, ele era o melhor amigo de seu namorado e também dirigente nacional da organização clandestina, Carlos Araújo, conhecido por Max.

Em entrevista exclusiva ao 247, o hoje Professor do Curso de Relações Internacionais de Teoria do Pensamento Político da Escola Paulista de Política e Negócios da Unifesp conta que a imagem que a mídia tenta fazer da presidente, de que seria burra, não condiz com a realidade, já que na VAR ela era considerada intelectual demais, inclusive por Lamarca que se referia a ela como "teoricista".

Ele também conta que Dilma sempre foi correta com dinheiro, o que constatou quando tanto ela, quanto ele trocaram por moeda brasileira o montante de 1,5 milhões de dólares arrecadados com o roubo do cofre do Adhemar.

Espinosa afirma que o golpe, do qual a maioria do STF desembarcou, não deu certo porque seria necessário encontrar alguma culpa direta da presidente que até agora não foi e não será encontrada "porque ela não é néscia para entrar em esquemas e não precisa disso". Nem Max nem Dilma almejam, disse ele, passar um fim de semana de luxo e sim "entrar para a história".

Para ele uma parte da Procuradoria, Polícia Federal, do setor do Judiciário, de setores empresariais preteridos em concorrências públicas da mídia e alguns ministros do Supremo fazem parte de um grupo que querem tirar o mandato de Dilma. Parte do PSDB, do DEM, do PSB e também do PMDB está envolvida nisso. Eles têm dificuldade de concretizar o impeachment porque não conseguiram provas de envolvimento Lula e nem da Dilma. 

Ele também vê a Dilma como uma estranha no PT, diz que ela foi uma candidata circunstancial na falta de um nome. Um pouco antes ela assumira a Casa Civil e não foi néscia, burra, de continuar na linha que estava fazendo água. Nem ao Lula interessava que a Casa Civil fosse envolvida nisso. Ela não participou de esquemas. Estranha no ninho no universo eleitoral. Estranha no ninho no PT, na política também porque é mulher. 

Portanto, os golpista, eles não têm e não terão provas de envolvimento da Dilma em atos de corrupção.