domingo, 18 de abril de 2021

Evangélicos já começam a abandonar Bolsonaro

A gestão da pandemia do novo coronavírus tem provocado fissuras na base formada por líderes religiosos que apoiam Jair Bolsonaro

Brasil 247, 18/04/2021, 11:17 h Atualizado em 18/04/2021, 12:01
   Evangélicos ampliam influência sob Bolsonaro. (Foto: Reuters)

A gestão da pandemia do novo coronavírus tem provocado fissuras na base formada por líderes religiosos que apoiam o presidente Jair Bolsonaro. Alguns pastores evangélicos que votaram nele há dois anos já falam em terceira via para as eleições de 2022, enquanto outros admitem que o apoio ao Bolsonaro persiste apenas para evitar a volta do PT ao poder. Nem o empenho do governo federal para manter templos abertos durante a crise sanitária melhorou o humor de parte de sua base. A reportagem é do jornal O Globo.

A redução do entusiasmo com o mandatário começou a ficar clara em 29 de março, quando Bolsonaro fez uma convocação para um “dia do jejum”. No ano passado, 36 líderes evangélicos gravaram um vídeo em que atendiam “à proclamação santa feita pelo chefe supremo da nação”. Este ano não houve vídeo. A cerimônia, realizada no mesmo dia em que foi anunciada a troca de seis ministros, teve a presença de três lideranças.

Líderes evangélicos ainda apoiam Bolsonaro com o objetivo de evitar a volta do PT à Presidência, na opinião do pastor batista Carlito Paes, líder da Igreja da Cidade de São José dos Campos. “Penso ser um erro, porque este ato pode ser lido pelo governo como apoio incondicional e (levar o governo a que) cometa novos erros”, escreveu no Twitter, no começo de março. Apesar da crítica, Paes já rezou com Bolsonaro depois que ele foi eleito presidente e chegou a tentar indicar nomes no Ministério da Educação.

sábado, 17 de abril de 2021

Lula culpa governo pelo cenário de miséria: “Brasil poderia ter qualquer outro problema, menos a fome”

Ex-presidente foi ao sindicato dos Metalúrgicos do ABC neste sábado contribuir na campanha de arrecadação de alimentos para famílias que se encontram em situação de insegurança alimentar e lamentou a situação grave que o brasileiro enfrenta

Brasil 247, 17/04/2021, 11:28 h Atualizado em 17/04/2021, 12:02

O ex-presidente Lula foi ao sindicato dos Metalúrgicos do ABC neste sábado (17) contribuir na campanha de arrecadação de alimentos para famílias que se encontram em situação de insegurança alimentar e lamentou a situação grave que o brasileiro enfrenta.

"Este país tem terra, tem produção. Não tem outra explicação para a fome do que a irresponsabilidade de quem governa esse país. O Brasil poderia ter qualquer outro problema, menos a fome”, apontou Lula.

O petista ainda lembrou que, durante as gestões do PT, “o Brasil saiu do mapa da fome e 2012” e agora volta a enfrentar situação de miséria.

Golpe contra Dilma completa cinco anos, marcados pela destruição da economia, das instituições e da imagem do Brasil

No dia 17 de abril de 2016, Eduardo Cunha conduziu a sessão mais infame da história da Câmara dos Deputados, dando início a um período de destruição nacional, que abriu as portas para a retirada de direitos dos trabalhadores, para a entrega do petróleo e para a ascensão do fascismo

Brasil 247, 17/04/2021, 04:13 h Atualizado em 17/04/2021, 04:13
  Dilma Rousseff e Eduardo Cunha

No dia 17 de abril de 2016, há exatos cinco anos, o Brasil provocou perplexidade internacional, ao revelar ao mundo que uma sessão da Câmara dos Deputados seria capaz iniciar um processo de impeachment contra uma presidente honesta, Dilma Rousseff, com votos de parlamentares corruptos, como Eduardo Cunha, e exaltadores da tortura, como Jair Bolsonaro. Naquele dia, foi realizada a sessão mais infame da história da Câmara dos Deputados, a partir de uma farsa: a tese das "pedaladas fiscais" criada pelo PSDB para retornar ao poder após quatro derrotas eleitorais.

Naquela sessão, parlamentares corruptos se uniram para derrubar um governo progressista e instalar no poder uma aliança entre a velha política representada por Michel Temer e o neoliberalismo do PSDB e do DEM. Graças a essa farsa histórica, apoiada pelos veículos de comunicação da imprensa corporativa, teve início um processo de destruição da economia nacional, das instituições republicanas e da imagem internacional do Brasil. Após a queda de Dilma, acelerou-se a retirada de direitos trabalhistas, a entrega do pré-sal e o fim da soberania nacional. Os governos seguintes, do traidor Michel Temer e do neofascista Jair Bolsonaro, praticamente eliminaram a influência geopolítica do Brasil, que passou a atuar como satélite dos Estados Unidos.

Na economia, a prometida "volta da confiança" jamais se materializou. O mercado de consumo interno do Brasil se tornou cada vez mais anêmico e o país se tornou ainda mais dependente do agronegócio. No campo dos direitos humanos, houve imenso retrocesso, assim como na educação, na cultura, na ciência e tecnologia e no combate à corrupção. Além disso, com o esquartejamento da Petrobrás e a privatização de ativos estatais, a concentração de riqueza se tornou ainda maior no Brasil. Para completar a destruição, o Brasil voltou ao mapa da fome, do qual havia sido retirado na gestão de Dilma Rousseff.

Gisele Cittadino: ‘em qualquer lugar sério, a turma de Curitiba estaria presa’

De acordo com a jurista, os procuradores da Lava Jato de Curitiba e o ex-juiz Sergio Moro traíram o Brasil ao colaborarem secretamente com os Estados Unidos e a Suíça. A cooperação clandestina já foi, inclusive, destaque na imprensa internacional.

15 de abril de 2021, 17:37 h Atualizado em 15 de abril de 2021, 17:53
   Gisele Cittadino, Sergio Moro e Deltan Dallagnol (Foto: Divulgação)

A jurista Gisele Cittadino, integrante do Grupo Prerrogativas (Prerrô) e da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), afirmou à TV 247 que em qualquer país sério do planeta os procuradores da Lava Jato de Curitiba estariam na cadeia.

“Em qualquer país sério do mundo, o lugar dessa gente era na cadeia, ou pelo menos afastados dos serviços. Em qualquer lugar sério eles estariam presos”, afirmou a jurista.

Para ela, o grupo traiu o próprio país ao colaborar secretamente com os Estados Unidos e com a Suíça, cooperação esta que inclusive foi destaque na imprensa suíça em meados de fevereiro deste ano. O Le Monde, principal jornal da França, destacou nas últimas semanas os serviços prestados pelo ex-juiz Sergio Moro aos norte-americanos.

Bolsonaro mais uma vez ignora mortes, promove aglomeração e empurra-empurra

Jair Bolsonaro causou mais uma vez aglomeração neste sábado em passagem na cidade de Goianápolis. Maioria das pessoas estavam sem máscara

Brasil 247, 17/04/2021, 12:14 h Atualizado em 17/04/2021, 13:01
  Bolsonaro promove aglomeração

Jair Bolsonaro causou mais uma vez aglomeração neste sábado (17) durante passagem na cidade de Goianápolis (GO). A maioria do público que o aguardava no local estava sem máscara, e se empurrava para ter contato com ele.

Nesta sexta-feira (16), o Brasil completou 21 dias com a média de óbitos por Covid-19 acima de 2,5 mil, de acordo com dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Só nas últimas 24 horas, foram 3.305 vidas perdidas e novos casos 85.774 da doença, chegando ao total acumulado de 368.749 mortes e 12.832.455 registros do novo coronavírus (Sars-CoV-2).

Dino: não há dúvida de que Lula é inocente

O governador Flávio Dino, que é ex-juiz federal, analisou a decisão do STF que garantiu a liberdade política de Lula e ressalta que não há dúvidas da sua inocência

Brasil 247, 17/04/2021, 11:44 h Atualizado em 17/04/2021, 11:52
  (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247)

O governador do Maranhão, Flávio Dino, que é ex-juiz federal, analisou em suas redes sociais a decisão do Supremo Tribunal Federal que garantiu a liberdade política do ex-presidente Lula e ressalta que não há dúvidas da sua inocência.

“Sobre a polêmica se o STF “inocentou” Lula, a resposta é positiva. Está na Constituição, art. 5º, LVII. Se nem existe sentença penal condenatória, não há nenhuma dúvida de que o acusado é inocente. Para um autêntico democrata, Constituição é coisa séria, não mera folha de papel”, disse Dino.

Servidores do Ibama pedem revogação de medida de Salles que paralisa multas ambientais

Os servidores alertaram em nota que as novas medidas sobre multas ambientais paralisam o processo de fiscalização e autuação de criminosos

Brasil 247, 17/04/2021, 13:06 h Atualizado em 17/04/2021, 13:06
  O Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles 
(Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

Servidores do Ibama denunciaram a medida imposta pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que altera a política de multas por crimes ambientais. Eles apontam que as alterações paralisam o processo de fiscalização e autuação de criminosos e pedem a revogação das mudanças.

Em nota, os funcionários afirmam que a alteração gera "insegurança jurídica", além de conter "vício de forma a todos os procedimentos de fiscalização registrados".

As novas regras sobre multas ambientais foram publicadas nesta quinta-feira (14), e também foram assinadas pelos presidentes do Ibama, Eduardo Fortunato Bim, e do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), Fernando Lorencini.

Entre elas, estão o requerimento de um relatório de fiscalização antes do auto de infração. No entanto, o próprio sistema do Ibama não possui uma ferramenta para lidar com a demanda. "Torna-se impossível a emissão de relatório de fiscalização de modo preparatório ou concomitante ao auto de infração", afirmam os servidores.

Além disso, foi estabelecido que as multas devem passar por autoridades superiores e que elas terão um prazo de 5 dias para serem analisadas.

As informações foram reportadas no Estadão.

Governo Bolsonaro se preocupa com aproximação de Lula ao empresariado e evangélicos e deve intensificar articulação

O ex-presidente Lula vem promovendo o diálogo com o empresariado e setores evangélicos. Movimentações preocupam deputados e senadores governistas, que incentivam Bolsonaro a intensificar campanha

Brasil 247,17/04/2021, 07:05 h Atualizado em 17/04/2021, 07:05
  Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro 
(Foto: Stuckert e Agência Brasil)

Percebendo que o eleitorado vem migrando para o ex-presidente Lula nas pesquisas de opinião sobre a disputa presidencial em 2022, Jair Bolsonaro deve começar a buscar fortalecer sua base de empresários e setores evangélicos.

O presidente foi aconselhado por deputados e senadores governistas a realizar, no segundo semestre, viagens a templos pentecostais e reforçar que cumprirá a promessa de indicar um ministro "terrivelmente evangélico" para o STF (Supremo Tribunal Federal). Isso vem após pedido do próprio Lula para que lideranças petistas priorizem o diálogo com os evangélicos.

Além disso, Bolsonaro vem se articulando com o empresariado, que ameaça uma debandada. O jantar com empresários no início deste mês foi a primeira movimentação nesse sentido, mas já estão sendo preparadas articulações mais contundentes.

Um dos nomes avaliados pelo governo é o de Josué Alencar, da Conteminas. Lula sinalizou ao Centrão a possibilidade de ter o filho do ex-vice presidente José Alencar como seu vice. O nome está também no radar do governo.
Corrupção

A campanha de Jair Bolsonaro deve enfatizar o tópico da corrupção. A ideia é associar Lula e o Partido dos Trabalhadores (PT) ao problema. "Se o Lula voltar pelo voto direto, pelo voto auditável, tudo bem. Agora, veja qual vai ser o futuro do Brasil com o tipo de gente que ele vai trazer para dentro da Presidência", afirmou o presidente na sua live semanal na última quinta-feira (15).

As informações foram reportadas na Folha de S.Paulo.

“A concentração do capital está cada vez maior no Brasil”, diz Alysson Mascaro

Para reverter o quadro de acentuada concentração de renda, o caminho “não é convencer o 0,001%” mais rico do planeta e nem a classe média, “que não entendeu ainda a realidade”. Segundo o professor, “qual é a única possibilidade? É convencer o povo”.

Brasil 247, 15/04/2021, 17:32 h Atualizado em 15/04/2021, 18:02
Alysson Mascaro (Foto: Divulgação)

O jurista e professor da USP Alysson Mascaro afirmou à TV 247 que há um movimento no Brasil e no mundo de maior concentração de riquezas, mesmo diante de toda a crise financeira decorrente da pandemia de Covid-19.

“O que está acontecendo no mundo é uma espécie de aceleração da acumulação em mãos ainda menores. Ou seja, a concentração de capital está se tornando ainda maior. Para esses que têm todo o capital e que estão ainda tomando mais sangue do nosso povo, está ótimo. Efetivamente, nós estamos aumentando o número de bilionários no Brasil no ano da pandemia”, falou.

Mascaro alertou que não se pode esperar dos mais ricos a proposta de uma mudança no cenário econômico. Para eles, segundo o professor, é melhor manter do jeito que está. “Se todos os maiores capitalistas do Brasil e do exterior estão lucrando extraordinariamente com a crise brasileira e mundial, se o lucro está extraordinário, esta classe não vai mudar a situação. Pelo contrário, vai lutar para manter do jeito que está”.

A classe média, por sua vez, “ainda não entendeu que está perdendo”, disse Mascaro. Portanto, “a única plataforma possível de ação” para reverter o quadro atual de concentração de renda, de acordo com o professor, “não é convencer o 0,001%” que detém a maior parte do capital do planeta “de que o mundo está mal embora eles estejam bem”. “Também não é convencer a classe média, que não entendeu ainda a realidade”, afirmou o professor. “Qual é a única possibilidade? É convencer o povo”, concluiu.

sexta-feira, 16 de abril de 2021

Renan Calheiros é escolhido para ser relator de CPI e aumenta pressão sobre Bolsonaro

Crítico do governo federal, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) será o relator da CPI da Covid-19. Parlamentar apontou esta semana crime de responsabilidade de Jair Bolsonaro, que, na conversa com Jorge Kajuru (Cidadania-GO), demonstrou a intenção de interferir nos rumos das investigações

Brasil 247, 16/04/2021, 11:43 h Atualizado em 16/04/2021, 13:00
   Senador Renan Calheiros (MDB-AL) (Foto: Agencia Brasil)

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) será o relator da CPI da Covid-19, o que aumentará a pressão sobre Jair Bolsonaro. Além de ser crítico ao governo, o emedebista também é entusiasta de uma eventual candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Planalto.

Os senadores da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) fecharam nesta sexta-feira (16) acordo para a composição dos cargos de comando da CPI da Covid-19. A informação foi publicada pela coluna de Vera Magalhães, no jornal O Globo.

O colegiado será presidido por Omar Aziz (PSD-AM) e o vice-presidente será o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).


Alvo de mais de cem pedidos de impeachment protocolados junto ao Congresso Nacional, Bolsonaro cometeu inúmeros crimes desde o começo da pandemia. Estimulou aglomerações, criticou em diversas ocasiões o isolamento social e saiu às ruas sem máscaras.

Bolsonaro também sabotou materiais fornecidos pela China para a produção de vacinas no Brasil, receitou medicamentos sem comprovação científica no tratamento contra a Covid-19 e amenizou em várias ocasiões os efeitos da pandemia, chegando a classificá-la como uma "gripezinha".

De acordo com a plataforma Worldometers, que disponibiliza dados globais sobre a pandemia, o País registrou, até esta sexta-feira (16), a segunda maior quantidade de mortes provocadas pelo coronavírus (365 mil). Os Estados Unidos têm o número de óbitos provocados pela Covid-19 (579 mil).

O Brasil contabilizou, até o momento, o terceiro maior contingente de infectados (13,7 milhões), atrás da Índia (14,3 milhões) e dos EUA (32,2 milhões).
Tentativa de interferência

A pressão em cima de Bolsonaro aumentou esta semana, após a divulgação de uma conversa em que ele revelou a intenção de interferir nos rumos da CPI, no intuito de perseguir governadores e prefeitos, além de pedir impeachment de ministros do STF. O diálogo aconteceu com o senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO).

Em entrevista ao jornalista Luis Costa Pinto, o senador Renan Calheiros destacou, em vídeo divulgada na última segunda-feira (12), que houve crime de responsabilidade de Bolsonaro. "Ninguém dispõe sobre o limite do escopo (da investigação) de uma CPI. Uma conversa cheia de ameaças, insinuação...", afirmou.
Críticas do exterior

A eurodeputada pelo Partido Verde, a alemã Anna Cavazzini, vice-presidente da delegação do Parlamento Europeu para assuntos relacionados ao Brasil, afirmou que Jair Bolsonaro "tem grande parcela de responsabilidade pelo número de doentes e mortos porque não levou a doença a sério".

"Incentivou as pessoas a se reunirem em grandes aglomerações, manteve-se cético no início em relação à vacinação e obstruiu os serviços de imunização em cidades e Estados do Brasil", acrescentou.

O descontrole da pandemia no Brasil também virou piada em um programa britânico. Na última edição do humorístico Have I Got News For You, apresentado pelo ator David Tennent (Dr. Whoo e Harry Potter), onde notícias são apresentadas em formato de humor e com muita ironia, o apresentador começa a falar que, com a pandemia as pessoas podem identificar os países a partir de cores, menos o Brasil, que será identificado com "ossos e cruzes". "O sinal do Brasil é um crânio e ossos em cruz", disse um dos humoristas.