domingo, 28 de março de 2021

Cláusula de barreira será desafio para vários partidos, diz Jairo Nicolau

Cientista político alerta que as legendas terão de atingir 2% dos votos válidos para deputados federais, após irem mal nas eleições municipais

Por Matheus Leitão Atualizado em 18/12/2020, 10h26 - Publicado em 18/12/2020, 10h11
 
    O cientista político Jairo Marconi Nicolau durante palestra, no Rio 
Ale Silva/Futura Press

As eleições de 2020 mostraram que alguns partidos terão que trabalhar para melhorar seu desempenho na disputa de 2022 sob o risco de caírem na cláusula de barreira. A regra retira recursos do fundo partidário e propagandas em rádio e televisão das legendas que não têm o aproveitamento previsto em lei.


Para o cientista político Jairo Nicolau, atingir a cláusula de desempenho de 2% dos votos válidos para deputados federais – prevista para a próxima eleição – será um desafio para mais de uma dúzia de legendas. Na visão dele, a eleição municipal “mostra que a luz amarela acendeu para muitos partidos. Não só para as que estão abaixo de 2%, como para as que ficaram pouco acima”.

Como a coluna mostrou, siglas importantes como o PSOL, de Guilherme Boulos, a Rede, de Marina Silva, e o PCdoB, de Manuela D’Ávila, podem perder ainda mais espaço se não reverterem o resultado das disputas municipais.

Um gráfico divulgado por Jairo Nicolau em seu Twitter mostra que o PCdoB conseguiu apenas 1,7% dos votos para vereador em todo o país. O PSOL alcançou 1,6% dos votos e a Rede teve somente 0,7%.

Embora as eleições para prefeitos e vereadores não estejam inseridas na cláusula de barreira, elas são um sinal do que pode acontecer no futuro.

“Olhar a votação para vereador dá uma pista a respeito do enraizamento dos partidos em âmbito nacional. Mas temos que ter cuidado para extrapolar esses valores para eleições futuras”, alerta Jairo Nicolau.

Segundo determina a cláusula de barreira, a partir de 2022, só terão direito ao fundo partidário e às propagandas as siglas que obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 2% dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação, com um mínimo de 1% dos votos válidos em cada uma delas; ou que elegerem pelo menos 11 deputados federais distribuídos em pelo menos um terço das unidades da federação.

“Pessoas vão morrer nas ruas em Porto Alegre”, alerta Nicolelis

Nicolelis caracteriza com terrível dramaticidade a dimensão da tragédia. “Porto alegre parece um foguete decolando … a curva era inclinada e agora ela é vertical”, relata Miola

Brasil 247, 28/03/2021, 15:35 h Atualizado em 28/03/2021, 16:36
  Miguel Nicolelis e cemitério em Manaus (AM) em meio à pandemia de coronavírus 
(Foto: Brasil 247 | REUTERS/Bruno Kelly)

Em entrevista ao Tutameia [22/3], o cientista Miguel Nicolelis traçou um quadro tenebroso sobre a catástrofe em curso na capital gaúcha Porto Alegre.

Nicolelis destacou a repercussão internacional da imagem das chaminés do crematório da cidade expelindo fumaça escura provavelmente devido à sobrecarga de queima de corpos com a consequente saturação de resíduos gerados.

Não por acaso, neste sábado [27/3] o jornal The New York Times disse que Porto Alegre é o coração de um colapso monumental do sistema de saúde.

Em menos de 5 minutos de diagnóstico, Nicolelis caracteriza com terrível dramaticidade a dimensão da tragédia. Ele começa dizendo que “Porto alegre parece um foguete decolando … a curva era inclinada e agora ela é vertical”.

“Não tem saída fora do lockdown, porque já explodimos”, afirmou Nicolelis. Em referência ao governador e também ao prefeito Sebastião Melo/MDB, ele questiona: “E o governador do RS quer abrir o comércio. Aí eu me pergunto: em que galáxia este senhor vive? Em que mundo paralelo ele vive?”

Ele faz um alerta: “as pessoas vão morrer nas ruas em Porto Alegre”, e associa a causa disso: “faz anos que o RS está nas mãos de administrações que só fizeram aumentar a miséria, moradores de rua, a falta de acesso à saúde; […] Porto Alegre está sofrendo um processo de decadência”

Nicolelis entende que a pluma de fumaça do crematório sinaliza uma realidade similar a “Los Ângeles [EUA], que o crematório teve de parar devido aos resíduos que estavam sendo espalhados pela cidade” devido ao trabalho excessivo de cremação de mortos.

Na visão dele, “está havendo colapso funerário. Começa a ter atraso nos enterros, atraso no manejo dos corpos, começa a se empilhar os corpos”.

Nicolelis também alerta que em consequência ao descontrole, “começa a ter este tipo de efeito colateral”.

“E de repente explode, e aí você corre o risco de epidemias bacterianas, tifo, contaminação do solo, do lençol freático, dos alimentos”, disse ele, arrematando: “Aí você pode esquecer, aí eu estou falando de anos, para reverter um troço desses, entendeu?”.

Não se trata de acidente, fatalidade ou de algum fenômeno inevitável, como Nicolelis mostra na entrevista [vídeo aqui]. Esta catástrofe sanitária, econômica e humanitária deriva da condução irresponsável dos governos no enfrentamento à pandemia.

Diante da previsão de que, a se manter esta condução irresponsável, pessoas poderão “morrer nas ruas em Porto Alegre”, o que faz o prefeito Sebastião Melo/MDB? Exorta as pessoas a morrerem para salvar a economia!

Jean Goldenbaum: “as pessoas perguntam aqui na Alemanha, ‘por que vocês são regidos por um governo nazista no Brasil?’”

“O Brasil é governado hoje por um governo neonazifascista. Todos os elementos estão aí, até a morte em massa, o genocídio está acontecendo”, alerta o membro do Observatório Judaico dos Direitos Humanos do Brasil. 

Brasil 247, 26/03/2021, 18:34 h Atualizado em 26/03/2021, 19:25
     Jean Goldenbaum e Jair Bolsonaro (Foto: Divulgação)

Jean Goldenbaum, do Observatório Judaico dos Direitos Humanos do Brasil, em entrevista à TV 247, repercutiu o ato nazista feito pelo assessor de Jair Bolsonaro Filipe Martins durante sessão virtual no Senado Federal na última semana e não pestanejou em afirmar que “o Brasil é governado hoje por um governo neonazifascista”.

Segundo Goldenbaum, todos as características nazistas estão presentes no atual governo federal, até mesmo o genocídio, promovido por Bolsonaro por meio da pandemia de Covid-19 já que se omite e até mesmo atrapalha as ações de combate ao vírus. “Vejam só a coragem de um cidadão como esse [Filipe Martins] de fazer isso no meio de uma sessão oficial. Por que ele faz isso? Porque ele está seguro de que ele está dentro do sistema que compreende a ideologia dele. Não dá mais para falarmos em meias palavras. O Brasil é governado hoje por um governo neonazifascista. Todos os elementos estão aí, até a morte em massa, o genocídio está acontecendo. Quem morre mais nesse genocídio? Logicamente são os vulneráveis, os indígenas, negros, pobres. Existe um genocídio calculado”.

Morando na Alemanha, país onde Hitler executou milhões com uma política nazista declarada, Goldenbaum relata que cidadãos locais já percebem o autoritarismo e a discriminação praticada por Bolsonaro. “Aqui na Alemanha, berço de onde tudo aconteceu e que gerou um dos momentos mais horrorosos da história da humanidade, que meus avós passaram e tiveram que fugir para o Brasil, as pessoas me perguntam: ‘como pôde acontecer isso no Brasil? Por que vocês são regidos por um governo nazista?’. É claro para o povo daqui, que passou por tudo isso. É claro e evidente, e a gente precisa deixar isso claro para a população brasileira. Não podemos esperar que no ano que vem nós teremos eleições democráticas. Estamos lidando com um governo neonazista, e esse cara não vai largar o poder de mão beijada dessa forma. Não chamemos esse governo de outra coisa que não a verdade: é um governo neonazifascista e único no planeta”.

Rafael Valim: "o destino dos golpistas deve ser a cadeia"

Autor do livro Lawfare, em parceria com os advogados Cristiano Zanin e Valeska Teixeira Martins, o professor Rafael Valim defende que atores que tenham participado de golpes de estado sejam punidos na forma da lei

Brasil 247, 28/03/2021, 14:23 h Atualizado em 28/03/2021, 14:23
  Professor de Direito da PUC-SP Rafael Valim

O professor Rafael Valim, que é um dos autores do livro Lawfare: uma introdução, que aborda o uso de mecanismos judiciais para perseguições políticas e empresariais, concedeu uma entrevista à TV 247, voltada aos estudantes de direito, em que defendeu que o ex-juiz Sergio Moro, recentemente condenado pelo Supremo Tribunal Federal, e o procurador Deltan Dallagnol sejam punidos. Ao comentar o caso da ex-presidente boliviana Jeanine Añez, que chegou ao poder por meio de um golpe de estado, ele também defendeu sua punição. "O destino dos golpistas, em geral, deve ser a cadeia", afirmou.

Valim também denunciou a participação dos Estados Unidos na Lava Jato. “A operação foi um cavalo de tróia para subjugar o Brasil aos interesses dos Estados Unidos” afirmou. Valim declarou ainda que a "violência da lei é mais dissimulada do que a violência militar”, ao explicar que os golpes do presente são diferentes dos golpes do passado.

Na entrevista, ele denunciou o papel de ONGs internacionais em processos de lawfare.​ “ONGs internacionais, como a Transparência Internacional, devem ser investigadas”, diz ele. “Elas são usadas muitas vezes para camuflar interesses escusos”.

Ícone da Faria Lima, Luis Stuhlberger diz que errou em 2018 e que nunca mais vota em Bolsonaro

"Acreditei e votei no Bolsonaro em 2018, mas ele nunca mais terá o meu voto", diz o empresário Luis Stuhlberger, do Fundo Verde, um dos maiores do Brasil

Brasil 247, 28/03/2021, 06:15 h Atualizado em 28/03/2021, 08:14
  (Foto: Divulgação)

Os financistas da Faria Lima, em São Paulo, começam a abandonar o projeto neofascista de Jair Bolsonaro, que vem destruindo a economia, a saúde e a imagem do Brasil. O primeiro grande nome a assumir seu arrependimento é Luis Stuhlberger, gestor do Fundo Verde. "Certamente, o Brasil foi o pior país do mundo na condução do combate à pandemia. Se fosse possível dois países terem regimes opostos nas políticas de combate à pandemia, eu diria que seriam a China e o Brasil", disse ele em entrevista à jornalista Cristiane Barbieri, publicada no jornal Estado de S. Paulo. O empresário atribui a mudança recente de Bolsonaro à entrada do ex-presidente Lula na cena política.

O gestor diz ainda que Bolsonaro, com sua incompetência, está impondo um custo gigantesco à economia brasileira. "O custo do atraso é tranquilamente de 1,5% a 2% de perda no PIB este ano, algo em torno de R$ 130 bilhões a R$ 140 bilhões. Se for somado ao custo do auxílio emergencial, pode-se falar numa perda de R$ 200 bilhões no ano. Era muito melhor ter gasto esse dinheiro em vacinas", afirma.

Ele também prevê um segundo turno entre Lula e Bolsonaro. "Para mim, existe 90% de certeza de que o segundo turno no ano que vem será disputado entre Bolsonaro e Lula. Está longe, mas já se começa a pôr probabilidade no preço dos ativos, nos juros. Não se sabe qual Lula teremos em 2022: o do PT da última eleição, mais à esquerda, ou o de 2003 a 2008", afirma o empresário, que disse ainda não votará em Bolsonaro. "Nunca, na minha vida, votei em branco, porque sempre acho que existe um mal menor. Dessa vez, se for Bolsonaro contra Lula, vou ter de votar em branco, porque não há mal menor entre os dois. É um recado para o presidente, no sentido de que melhore, porque há muitas pessoas e eleitores que pensam como eu."

‘A conta do desastre Bolsonaro já chegou para a elite’, diz Paulo Nogueira Batista Jr.

“Não chegou da mesma maneira que chegou para o pobre, óbvio, porque as elites têm condições de se proteger mais. Mas todo mundo está correndo risco agora”, afirmou à TV 247 o economista em meio ao caos que vive o Brasil por conta da pandemia. Ele também comentou a provocação feita por Lula ao G20. 

Brasil 247, 26/03/2021, 18:26 h Atualizado em 26/03/2021, 18:32
   Jair Bolsonaro e Paulo Nogueira Batista Jr (Foto: Reuters | Brasil247)

O economista Paulo Nogueira Batista Jr., ex-vice-presidente do Banco dos BRICS, afirmou à TV 247 que as elites brasileiras já estão pagando o preço por terem apoiado a candidatura de Jair Bolsonaro em 2018.

Com o desastre bolsonarista na condução da pandemia de Covid-19, mesmo os mais ricos não têm garantias de que conseguirão tratamento médico adequado caso contraiam a doença. A conta da eleição de Bolsonaro às elites, segundo o economista, “não chegou da mesma maneira que chegou para o pobre, óbvio, porque a classe média brasileira, as elites têm condições de se proteger mais. Mas todo mundo está correndo risco agora. Os hospitais da elite também estão com UTIs lotadas, falta de material, falta de pessoal, falta de insumos essenciais”. Ele também destacou o fracasso da política econômica de Bolsonaro, mais um fator que já faz a classe média se arrepender.

Para Paulo Nogueira Batista Jr., a elite achou que poderia controlar Bolsonaro após sua chegada ao Palácio do Planalto, assim como a direita alemã acreditou no passado que poderia controlar Adolf Hitler. “O pessoal da ‘escolha difícil’ achou que apoiando o Bolsonaro, evitaria o PT, e que acabaria conseguindo controlá-lo, algo muito semelhante ao que aconteceu na Alemanha em 1933, quando a direita tradicional apoiou a formação de um governo com Hitler na frente na expectativa de que conseguiria controlar aquele sujeito. O Bolsonaro se mostra incontrolável. Ele não permitiu o surgimento de nenhum superministro. O Bolsonaro é incontrolável. Eu não tenho a menor expectativa de que a gente possa enfrentar os problemas do país com esse sujeito na presidência. Quando é que a direita tradicional brasileira, essa que se autointitula ‘centro’, vai compreender isso? Vai compreender que o preço que eles vão pagar, também, mas sobretudo o povo mais pobre, a população em geral, é alto demais?”.

Lula e a convocação do G20

Paulo Nogueira Batista Jr. comentou ainda a provocação feita pelo ex-presidente Lula em entrevista à CNN norte-americana e depois ao jornal francês Le Monde aos presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, da França, Emmanuel Macron, e da Rússia, Vladimir Putin, para a convocação de uma reunião do G20 para acelerar a vacinação contra Covid-19 da população global.

Segundo o economista, Lula sabe da importância que o grupo teve na articulação da crise internacional de 2008 e tem consciência de que uma nova cooperação entre os países pode mitigar os efeitos da pandemia. “Essa sugestão do Lula foi muito interessante. Veja a sagacidade dele: falando com a CNN dos Estados Unidos, ele se dirigiu ao presidente Biden e disse a ele que está na hora de convocar uma reunião extraordinária do G20 para tratar exclusivamente do tema da vacinação, reconhecendo que esse problema da pandemia é um problema que transcende as fronteiras nacionais e exige a cooperação internacional. Poucos dias depois ele foi entrevistado pelo Le Monde e se dirigiu ao Macron também fazendo a mesma sugestão”.

“O Lula tem a memória do que foi o G20 na crise anterior, na grande crise internacional anterior a essa, de 2008 e 2009. Nesse contexto, o Lula teve um papel muito importante na transformação do G20, que já existia, em um foro presidencial, de líderes. Ele tinha uma relação boa com o George W. Bush, que era o presidente norte-americano naquele momento, e em diálogo com o Bush conseguiu que ele encampasse essa ideia de transformar o G20 em um foro de líderes, em substituição ao G7. Agora estamos enfrentando a segunda grande crise, e o G20 não tem tido papel visível. Então o Lula pensou: ‘por que o G20, que foi tão importante na crise anterior, não pode agora, em uma crise muito mais grave, atuar de maneira coordenada?’”, completou.

sábado, 27 de março de 2021

“Se Lula for candidato, é óbvio que vai vencer a eleição”, afirma Marcia Tiburi

“Se ele não for assassinado, se ele não for preso de novo, se não criarem alguma grande canalhice ou falcatrua contra ele”, a vitória do ex-presidente em 2022 é certa, diz a escritora. 

Brasil 247, 26/03/2021, 18:36 h Atualizado em 26/03/2021, 19:25
  Marcia Tiburi e Lula (Foto: Mídia NINJA | Ricardo Stuckert)

A filósofa e escritora Marcia Tiburi, em entrevista à TV 247, analisou o cenário político-eleitoral brasileiro após o ex-presidente Lula voltar de vez ao jogo com a anulação de suas sentenças na Lava Jato pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin e com o ex-juiz Sergio Moro declarado suspeito nos processos contra o petista pela Corte.

Para ela, candidatos da direita brasileira só terão bom desempenho na eleição de 2022 caso Lula seja retirado novamente do pleito. Se o ex-presidente não tiver seu direito de se candidatar retirado mais uma vez, sua vitória é certa, diz Tiburi. “Qualquer um se torna perigoso se o Lula sai da parada. Se Lula for candidato, se ele não for assassinado, se ele não for preso de novo, se não criarem alguma grande canalhice ou falcatrua contra ele, é óbvio que ele vai vencer a eleição. Ele é muita coisa para o Brasil, ele é a alma dos brasileiros, sabe falar com as pessoas. Não é só no sentido dos acúmulos de tudo que ele traz e de tudo que ele fez. A pessoa carismática do Lula faz qualquer um se apaixonar por ele. Ele desperta muitos desejos, desejos terríveis naqueles que se sentem atraídos por ele pelo ódio, e desejos apaixonados por pessoas pelo mundo afora”.

sexta-feira, 26 de março de 2021

Termo “Bolsonaro” vira xingamento nas ruas de Salvador

Institutos de pesquisa já apontavam a baixa popularidade do presidente na capital baiana, mas não se imaginava tanto

Revista Forum, por Julinho Bittencourt, 26 mar 2021 - 12:53
   Foto: Reprodução

Diversos institutos de pesquisa têm apontado a fraca popularidade do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) na Bahia.

O instituto Paraná Pesquisa divulgado nesta quinta-feira (25) revela que, caso as eleições fossem hoje, Bolsonaro seria derrotado na disputa pelo Palácio do Planalto, entre os eleitores baianos.

Caso o candidato do PT seja Lula, o petista teria 40,4% e o atual presidente, 24,7%. Na possibilidade de o candidato do PT ser o atual governador baiano, Rui Costa, a diferença é menor, mas Bolsonaro ainda seria derrotado por 25% a 28,5% do petista.

No final do ano passado, o Ibope, em um de seus últimos levantamentos, apontou que Bolsonaro tinha avaliação entre ruim e péssima de 66% em Salvador. Na ocasião, apenas 15% dos entrevistados consideravam o presidente ótimo ou bom.

Bastava, no entanto, que os institutos de pesquisa dessem uma volta pelas ruas da capital baiana para constatar o fenômeno. O termo “Bolsonaro” por lá virou sinônimo de coisa ruim, quase um palavrão. Quando os soteropolitanos querem desqualificar alguém, logo chamam de: “Bolsonaro”.

De acordo com post do Movimento Força Brasil Democrático, usa o xingamento, ouve logo de volta: “Lá ele… aquela lá ela!” quem em baianês significa “eu não, aquela desgraça!”.

Bolsonaristas batem continência para caixa gigante de cloroquina no RS

Convocação do ato pregava "luta por liberdade" e "contra a tirania do prefeito" de São Leopoldo, Vanazzi (PT)

Por Luisa Fragão, em  Revista Forum, 26 mar 2021 - 10:34
  Reprodução/Twitter

Um grupo de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) realizou um ato nesta quinta-feira (25) em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, contra o lockdown e pelo “tratamento precoce” contra a Covid-19. Não existe, no entanto, medicamentos que possam tratar ou prevenir a doença.

Nas redes sociais, passaram a circular imagens que mostram os manifestantes batendo continência para uma caixa gigante de cloroquina. Segundo o perfil que divulgou o registro no Twitter, bolsonaristas executaram o hino nacional durante a homenagem.

O ato teria ocorrido em frente à prefeitura de São Leopoldo. A convocação do ato pregava ainda “luta por liberdade” e “contra a tirania do prefeito” Ary José Vanazzi (PT).

O político tem defendido medidas mais restritivas para conter a doença no município. Segundo informações do Jornal do Comércio, Vanazzi decidiu manter a bandeira preta em São Leopoldo enquanto demais cidades do Vale do Rio dos Sinos combinaram de manter a região na bandeira vermelha.

Lula poderá se candidatar à presidência da República em 2022, opinam ministros do STF

O STF marcou para dia 14 análise sobre decisão de Fachin de anular condenações a Lula. Para ministros da Corte, nem mesmo eventual derrota nesse julgamento inviabiliza a candidatura de Lula a presidente em 2022

Brasil 247, 26/03/2021, 04:34 h Atualizado em 26/03/2021, 08:26
  (Foto: Ricardo Stuckert)

Membros do STF consideram que o debate do processo sobre o apartamento no Guarujá indicou que a tendência é o Supremo dar a mesma solução à ação penal relativa ao sítio de Atibaia (SP), o outro processo em que Lula foi condenado. O julgamento do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre a decisão do ministro Edson Fachin de anular as condenações contra o ex-presidente Lula (PT) está marcado para o próximo dia 14. Para ministros do Supremo, Lula permanecerá elegível.

O despacho do ministro Fachin devolveu os direitos políticos de Lula e independentemente da manutenção sobre a decisão dele, a participação do ex-presidente nas eleições de 2022 dificilmente será evitada.

A análise tem como base o julgamento da Segunda Turma da corte que, na última terça-feira (23), declarou a suspeição do ex-juiz Sergio Moro e anulou a ação em que o ex-presidente foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex de Guarujá (SP), informa a Folha de S.Paulo.