quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

Cortado por Bolsonaro de reunião com ministros, Mourão reage e não vai a cerimônia no Planalto

Hamilton Mourão disse que "tinha outras coisas para fazer", ao justificar a ausência em uma cerimônia na qual Jair Bolsonaro discutia a abertura para a iniciativa privada operar em áreas de preservação ambiental - o vice preside o Conselho Nacional da Amazônia

Brasil 247, 10/02/2021, 07:38 h Atualizado em 10/02/2021, 07:48
   Vice-presidente Hamilton Mourão (Foto: ABr)

O vice-presidente Hamilton Mourão, que comanda o Conselho Nacional da Amazônia, não compareceu nesta terça-feira (9) à cerimônia na qual Jair Bolsonaro lançou um programa destinado a buscar investimentos privados para a Amazônia. A jornalistas, Mourão disse que "estava trabalhando" e que "tinha outras coisas para fazer".

O general havia sido excluído de uma reunião de Bolsonaro com todos os ministros. Auxiliares da Presidência afirmam que Bolsonaro está insatisfeito com Mourão e considera que o vice usa as informações de encontros do governo para rebatê-lo durante entrevistas.

Apesar de não ter ido à cerimônia sobre a Amazônia, Mourão disse que foi convidado. "Fui, lógico que fui".

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, também foi questionado sobre a ausência de Mourão no evento. "Isso é uma iniciativa de todo governo federal, tanto que vários ministros estão presentes, parlamentares, enfim, que une inclusive os governos estaduais. Então, a ideia é aglutinar o máximo de esforços de todos", respondeu.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

Gilmar detona Lava Jato: “maior escândalo judicial do mundo”

Declaração foi feita durante voto do julgamento da Segunda Turma que validou o compartilhamento das conversas da Lava Jato que comprovam os crimes da Operação e do ex-juiz Sergio Moro. Gilmar também disse que a imprensa é cúmplice dos crimes da Lava Jato contra Lula

Brasil 247, 9/02/2021, 18:32 h Atualizado em 9/02/2021, 19:06
Gilmar Mendes, Sérgio Moro e Lula (Foto: STF | Reuters | Ricardo Stuckert)

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, afirmou em voto proferido nesta terça-feira (9), durante julgamento da Segunda Turma, que ou os diálogos da Lava Jato “são ficcionais e merecem o Prêmio Nobel de literatura, ou é o maior escândalo judicial do mundo”.

Gilmar votou com o relator, Ricardo Lewandowski, a favor do compartilhamento das conversas da Lava Jato, que revelaram os crimes da Operação e do ex-juiz Sergio Moro, em um conluio contra o ex-presidente Lula e outros réus. Votaram ainda com Lewandowski os ministros Kassio Nunes Marques e Cármen Lúcia. O único voto contrário foi do ministro Luiz Fachin.

“Ou nós estamos diante de uma obra ficcional fantástica, ou estamos diante de um caso extravagante, que o colunista do The New York Times tem razão de dizer: é o maior escândalo judicial da História da Humanidade”, declarou Gilmar, em referência a um artigo do professor Gaspard Estrada, da universidade Sciences Po de Paris, publicado no The New York Times.

Em seu voto, Gilmar também disse que a imprensa é cúmplice dos crimes da Lava Jato contra Lula. Em entrevista ao Portal Jota nesta terça, Gilmar afirmou que pretende julgar Sergio Moro na semana depois do Carnaval.

STF valida divulgação das provas da suspeição de Moro obtidas por Lula

Por 4 a 1, Segunda Turma do STF rejeitou recurso de Deltan Dallagnol e outros procuradores e manteve o direito da defesa de Lula de ter acesso às mensagens da operação Spoofing que comprovam o conluio da Lava Jato para incriminá-lo

Brasil 247, 9/02/2021, 17:54 h Atualizado em 9/02/2021, 19:06
  (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | ABr)

Por 4 votos a 1, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal decidiu nesta terça-feira (9) que é legal o compartilhamento com a defesa do ex-presidente Lula das mensagens trocadas entre o ex-juiz Sérgio Moro e procuradores da Lava Jato, apreendidas na Operação Spoofing.

O voto do relator, Ricardo Lewandowski, contrário ao recurso, foi seguido pelos ministros Kássio Nunes Marques, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes. O único que divergiu foi Edson Fachin.

Em seu voto, Gilmar detonou a Lava Jato: “Ou nós estamos diante de uma obra ficcional fantástica, ou estamos diante de um caso extravagante, que o colunista do The New York Times tem razão de dizer: é o maior escândalo judicial da História da Humanidade”.

As mensagens, que foram anexadas pela defesa de Lula em recurso ao STF, confirmam o papel de Moro como chefe da Operação e a intimidade do então juiz com procuradores, orientando, criticando e combinando datas dos processos junto à força-tarefa. As conversas confirmam o conluio para processar, prender e tirar Lula das eleições presidenciais.

Vladimir Netto, filho de Miriam Leitão, orientou Dallagnol sobre condução coercitiva de Lula

Mais de um ano e meio depois da primeira reportagem da Vaza Jato, site The Intercept expõe relações criminosas entre a família Marinho e jornalistas da Globo com Deltan Dallagnol e procuradores da Lava Jato

Brasil 247, 9/02/2021, 15:51 h Atualizado em 9/02/2021, 16:01
   (Foto: Reprodução/Twitter)

Revista Fórum - Mais de um ano e meio depois de iniciar a série Vaza Jato, o site The Intercept Brasil divulgou nesta terça-feira (9) diálogos que mostram a relação espúria e criminosa do procurador Deltan Dallagnol e membros da Lava Jato com a família Marinho e jornalistas das organizações Globo.

Em uma das diversas conversas divulgadas pelo site, o jornalista Vladimir Netto, filho de Miriam Leitão que fez a cobertura jornalística da Lava Jato pela Globo, orienta Dallagnol a como proceder durante a condução coercitiva do ex-presidente Lula, ocorrido no dia 4 de março de 2016.

Na troca de mensagens, Dallagnol pergunta a Netto se deveria emitir nota sobre a operação e é aconselhado a não se pronunciar.

4 de Março de 2016

Deltan Dallagnol– 16:20:49 – Vc acha que temos que fazer nota sobre a condução coercitiva?

Vladimir Netto – 16:23:36 – Não

Netto – 16:24:02 – Pra q? Não vejo o q vcs poderiam ganhar com isso

Netto – 16:24:18 – Rsrs entendi o recado Rsrs

Netto – 16:25:02 – O CF foi muito bem na coletiva ao abordar esse ponto.




CF é o ex-procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, que se aposentou do Ministério Público Federal (MPF) e atualmente trabalha com consultoria de “compliance” em empresas privadas.

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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

Procuradores da Lava Jato combinavam com a Receita quebra de sigilo de ministros do STJ

É o que apontam os novos diálogos entregues ao STF pela defesa do ex-presidente Lula. "A RF [Receita Federal] pode, com base na lista, fazer uma análise patrimonial [dos ministros], que tal?", afirma Deltan Dallagnol em uma das conversas

Brasil 247, 8/02/2021, 11:41 h Atualizado em 8/02/2021, 12:24
   (Foto: ABr)

Procuradores do Ministério Público Federal do Paraná (MPF-PR) tinham um esquema, no âmbito da Operação Lava Jato, para quebrar o sigilo de ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ), de acordo com os novos diálogos entregues ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em julho de 2015, por exemplo, os procuradores conversaram sobre uma anotação encontrada com Flávio Lúcio Magalhães, apontado como operador de propina da Andrade Gutierrez. A lista citava diversas pessoas, entre elas ministros do STJ. "A RF [Receita Federal] pode, com base na lista, fazer uma análise patrimonial [dos ministros], que tal?", diz Dallagnol. Em seguida o procurador informa: "Combinamos com a Receita."

Na sexta-feira (5), o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Humberto Martins, solicitou que o procurador-geral da República, Augusto Aras, instaure inquérito para investigar a conduta de procuradores da Lava Jato. Martins cita a notícia de que os procuradores Deltan Dallagnol e Rodrigo Castor tinham intenção de investigar ministros do STJ sem autorização do Supremo Tribunal Federal.

Leia a íntegra da reportagem do Conjur, publicada nesta segunda-feira (8), sobre o esquema de procuradores da Lava Jato em Curitiba:

Os procuradores da República de Curitiba, da chamada "lava jato" tinham um esquema clandestino com a Receita Federal para quebrar o sigilo de seus alvos, inclusive de ministros do Superior Tribunal de Justiça.

O uso do esquema era tratado com naturalidade, segundo mostram novos diálogos entregues ao Supremo Tribunal Federal pela defesa do ex-presidente Lula nesta segunda-feira (8/2). Segundo o documento, a Receita funcionava como um braço lavajatista.

Os acertos ilegais eram feitos com Roberto Leonel de Oliveira Lima, chefe do Escritório de Pesquisa e Investigação na 9ª Região Fiscal. Pela cooperação, Roberto Leonel foi premiado quando Sérgio Moro tornou-se ministro da Justiça, com o comando do Coaf. Clique aqui para ver palestra de Deltan Dallagnol e Roberto Leonel.

Em julho de 2015, por exemplo, os procuradores discutiam uma anotação encontrada com Flávio Lúcio Magalhães, apontado como operador de propina da Andrade Gutierrez. A lista citava diversas pessoas, entre elas ministros do STJ.

"A RF [Receita Federal] pode, com base na lista, fazer uma análise patrimonial [dos ministros], que tal?", diz Dallagnol. Em seguida o procurador informa: "Combinamos com a Receita."




A conversa não indica quais ministros foram investigados, mas mostra que o MPF no Paraná só tinha por honestos ministros que atendiam, incondicionalmente, os pedidos da "lava jato". "Felix Fischer eu duvido. Eh (sic) um cara sério", diz o procurador Diogo Castor em referência ao relator dos processos da "lava jato" no STJ.

O próprio Dallagnol admite não acreditar que a lista encontrada com Magalhães envolvia pessoas que recebiam propina. Mas decidiu pedir a análise patrimonial mesmo assim. "Aposto que não são propina. São muitos pra serem corruptos", afirmou.

Os alvos vão desde ministros até figuras relacionadas a políticos, como é o caso de Marisa Letícia, esposa de Lula, morta em 2017. "Dona Marisa comprou árvores e plantas no Ceagesp em dinheiro para o sítio. Pedi pro Leonel ver se tem nf [nota fiscal]", disse o procurador Januário Paludo em uma conversa de fevereiro de 2016.

Embora não mencionem diretamente quais ministros das turmas criminais do STJ foram investigados, os procuradores mostram, em uma conversa, também de 2016, desconfiança com relação a Reynaldo Soares.

Atalho ilegal
Um outro diálogo de 2015 mostra que os procuradores recorriam a Leonel para obter consultas fiscais ilegalmente. Na conversa, Deltan pergunta se Roberson Pozzobon entrou em contato com a Receita de São Paulo, e Roberson responde que ainda não: "quero pedir via Leonel para não dar muito na cara, tipo pescador de pesque e pague".

3 Aug 15
20:42:00 Deltan Robinho, Vc entrou em contato com a RF de SP??
20:42:12 Deltan Sobre os filhos do Bhrama??
20:42:32 Deltan Viu na imprensa do Taiguara, que era sobrinho do LULA que fazia varandas e está multimilionário fazendo obras pra Oddebrect na africa??
20:45:40 Deltan O que saiu??
20:51:44 Roberson MPF Vou ver isso amanhã de manha Delta, quero pedir via Leonel para não dar muito na cara, tipo pescador de pesque e pague rsrsrs
20:52:12 Roberson MPF Onde saiu esta noticia do sobrinho do homem
20:52:16 Roberson MPF ?

Médicos e cientistas protocolam pedido de impeachment de Bolsonaro

De acordo com um grupo de médicos e cientistas, o negacionismo de Jair Bolsonaro "implicou (e vem implicando) perda de vidas e prejuízos incomensuráveis, da saúde à economia". Já foram protocolados mais de 60 pedidos de impeachment contra Bolsonaro

Brasil 247, 8/02/2021, 12:38 h Atualizado em 8/02/2021, 13:24
Jair Bolsonaro (Foto: Marcos Correa - PR)

Um grupo de médicos e cientistas protocolou um pedido de impeachment na Câmara contra Jair Bolsonaro e citou crimes de responsabilidade cometidos por ele na condução da pandemia do coronavírus. De acordo com os estudiosos, Bolsonaro "usou seus poderes legais e sua força política para desacreditar medidas sanitárias de eficácia comprovada"

O grupo citaram a frase "Não sou coveiro", proferida por Bolsonaro após ser questionado sobre o número de óbitos pela doença no país. Eles também lembraram outras declarações contra medidas de isolamento social.

"O Sr. Jair Messias Bolsonaro insistiu em arrastar a credibilidade da Presidência da República (e, consequentemente, do Brasil) a um precipício negacionista que implicou (e vem implicando) perda de vidas e prejuízos incomensuráveis, da saúde à economia", destaca um trecho do documento.

Cabe ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), decidir se aceita ou não um pedido de impeachment.

Foram protocolados mais de 60 pedidos de impeachment contra Bolsonaro, que tem Lira como seu aliado.

Lula apresenta novas provas de que Moro mandava na Lava Jato e ordenava reuniões com FBI, MP suíço e Embaixada dos EUA

Defesa do ex-presidente Lula apresentou novos elementos que comprovam que o ex-juiz Sergio Moro, chamado de "russo" pelo procuradores, era o verdadeiro chefe da força-tarefa da Lava Jato e que também agia em sintonia com autoridades estrangeiras - o que, segundo especialistas configura o crime de traição nacional

Brasil 247, 8/02/2021, 12:33 h Atualizado em 8/02/2021, 13:24
   (Foto: ABr | Felipe L. Gonçalves/Brasil247)

Uma petição protocolada no Supremo Tribunal Federal (STF) hoje (8) pela defesa do ex-presidente Lula apresenta novas provas de que o ex-juiz Sergio Moro entrou em conluio com autoridades estrangeiras na condução do processo que levou à prisão do líder petista.

A ligação entre Moro e procuradores, assim como a postura da força-tarefa de desafio ao STF, ficam claras. Em 5 de abril de 2018, dia em que Lula teve prisão decretada por Moro, a procuradora Isabel Grobba revelou a notícia: "Moro manda prender Lula", e Deltan Dallagnol respondeu: "Antes que MA (ministro Marco Aurélio) ferre tudo".

Em 27 de junho de 2018, o procurador Roberson Pozzobon pediu um levantamento da idade dos réus, para saber se Lula teria fatores atenuantes adicionados à sentença.

Em uma sequência de mensagens ele pede a Moro: "Nós podemos fazer um levantamento das idades dos nossos réus. E passar os nomes para eles levantarem especificamente em relação aqueles que fizeram 70 antes da sentença. Lula é um dos casos (sic)".

Mais uma vez, a ligação fica clara. Pozzobon conclui a sequência: "Acho que vale tb falar com Moro para que ele considere isso na sentença do Sitio e do Instituto (sic)".

Antes da prisão do ex-presidente, as mensagens do dia 31 de agosto de 2016 comprovam a cooperação entre autoridades brasileiras e estrangeiras. O servidor Sérgio Bruno revelou: "o Janot teve com o pessoal da Embaixada dos EUA na semana passada e parece q comentou sobre esse fato [quebra de arquivos de maneira ilícita], sem entrar em detalhes (sic)".

A quebra de arquivos citada é outro escândalo. No mesmo dia, Pozzobon cita o alinhamento da força-tarefa também com hackers do FBI (Federal Bureau of Investigation, em inglês): "pedimos para verificarem se o FBI tem expertise para quebrar, considerando o fornecimento de uma chave e a ausência dos arquivos pdf e imagem, e caso contrário se tem algum hacker par aindicar, a ser pago pela ODE".

Cooperação com autoridades suecas e suíças também foi evidenciada. No dia 14 de fevereiro de 2018, Grobba diz, se referindo a 'Drousys' e 'My Web Day' como o sistema de comunicação e contabilidade do setor de propinas da Odebrecht: "Relembrando: 1) recebemos da Odebrecht primeiramente material do Drousys oriundo da Suécia; 2) recebemos em seguida material da Odebrecht obtido pela empresa junto às autoridades suíças, compreendendo Drousys e My Web Day; e 3) recebemos das autoridades suíças em resposta ao nosso pedido de cooperação material compreendendo Drousys e My Web Day que acreditamos ter o mesmo teor daquele da entrega 2 acima".

Em anexo, os pdfs das mensagens:





Uma delas é a professora Carol Proner. 

Juristas acionam CNMP e pedem demissão dos procuradores da Lava Jato

Fernando Hideo Lacerda, Marco Aurélio de Carvalho e Carol Proner ingressaram com reclamação disciplinar no Conselho Nacional do Ministério Público para que o órgão tenha acesso ao conteúdo dos diálogos entre Sergio Moro e os procuradores da Lava Jato apontando que tais conversas "constituem material de evidente interesse público e questão de soberania nacional"

Brasil 247, 8/02/2021, 14:29 h Atualizado em 8/02/2021, 14:29
    (Foto: Reprodução)

Os juristas Fernando Hideo Lacerda, Marco Aurélio de Carvalho e Carol Proner ingressaram com reclamação disciplinar no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) para apurar as condutas dos procuradores da República que integram a força-tarefa da Lava Jato a partir das revelações dos diálogos da Operação Spoofing que evidenciaram conluiu para condenar réus, entre os quais o ex-presiddente Lula.

O pedido é para que o CNMP tenha acesso à íntegra do material apreendido na Operação Spoofing e possa fazer a distinção entre as mensagens de caráter privado, que merecem sigilo em razão do direito à intimidade e vida privada, e as mensagens funcionais trocados pelos procuradores no exercício do cargo, que devem ser de conhecimento público em razão do direito à informação e ao princípio da supremacia do interesse público sobre o interesse privado.

"Tais mensagens, somadas à transparência que deve ser dada ao teor dos acordos de leniência e delação premiada celebrado pelos integrantes da força-tarefa da Operação Lava Jato, muitas vezes em cooperação clandestina com autoridades estrangeiras, constituem material de evidente interesse público e questão de soberania nacional", sustentam os juristas.

O pedido aponta ainda as sanções previstas para tais crimes cometidos pelos prcuradores , entre as quais a pena de demissão dos procuradores da República, "caso se comprove a lesão aos cofres públicos ou dilapidação do patrimônio nacional, a prática de improbidade administrativa ou a revelação de segredos nacionais".

XP/Ipespe: em eventual 2º turno, Bolsonaro e Haddad têm empate técnico

Pesquisa de fevereiro testou alguns cenários de segundo turno para 2022. Numa disputa entre Jair Bolsonaro e Fernando Haddad, candidato de Lula à presidência, o placar é de 41% para Bolsonaro a 36% para o petista. Margem de erro do levantamento é de 3,2 pontos para mais ou para menos

Brasil 247, 8/02/2021, 16:31 h Atualizado em 8/02/2021, 16:37
   Fernando Haddad e Jair Bolsonaro (Foto: Abr)

Pesquisa XP/Ipespe divulgada nesta segunda-feira (8) fez simulações de segundo turno na eleição presidencial de 2022. Em uma disputa entre Jair Bolsonaro e Fernando Haddad, o candidato do PT indicado pelo ex-presidente Lula, o resultado é de empate técnico.

Bolsonaro registraria 41% das intenções de voto, contra 36% do petista. A margem de erro da pesquisa - realizada com 1.000 pessoas nos dias 2, 3 e 4 de fevereiro - é de 3,2 pontos para mais ou para menos.

Ainda nessas simulações, Bolsonaro aparece com empate técnico também contra outros adversários, como Sergio Moro, com 32% contra 36% de seu ex-ministro; Ciro Gomes (39% para Bolsonaro a 37% do pedetista) e Luciano Huck (37% a 33% do apresentador da Globo).

O presidente venceria o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), por 37% a 30%; e Guilherme Boulos, presidenciável do PSOL, por 42% a 31%. Entre Moro e Haddad, o ex-juiz da Lava Jato aparece à frente do petista por 43% a 29%.

A mesma pesquisa confirmou tendência de queda na aprovação ao governo Bolsonaro, desta vez de 33% para 30%, enquanto a rejeição saltou de 40% para 42%, principalmente entre os mais pobres. Leia mais aqui.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

Haddad confirma sua candidatura presidencial: “Lula me pediu para colocar o bloco na rua”

Em entrevista à TV 247, Fernando Haddad revelou que teve uma conversa com o ex-presidente Lula no último sábado, em que ele lhe pediu para já começar a se mover como candidato a presidente em 2022

Brasil 247, 4/02/2021, 23:16 h Atualizado em 4/02/2021, 23:16
    (Foto: Diego Padilha)

O ex-prefeito Fernando Haddad antecipou, em entrevista à TV 247 nesta quinta-feira (4), que aceitou ser candidato a presidente em 2022, diante do impasse sobre os direitos políticos do ex-presidente Lula.

“Ele me chamou para uma conversa no último sábado e disse que não temos mais tempo para esperar”, disse Haddad ao jornalista Leonardo Attuch. “Ele me pediu para colocar o bloco na rua e eu aceitei”, afirmou Haddad, que disputou com Jair Bolsonaro o segundo turno das eleições presidenciais de 2018.

Fernando Haddad, no entanto, fez uma ressalva. Afirmou que, diante da evidente parcialidade do ex-juiz Sérgio Moro, espera que Lula recupere seus direitos políticos. “Caso isso ocorra, ele terá o apoio de todos nós”, afirmou.

Também em entrevista à TV 247, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) afirmou na manhã desta quinta-feira que no dia em que forem devolvidos os direitos do ex-presidente Lula, ele retira seu nome da sucessão presidencial em nome da unidade democrática.