segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

Procuradores da Lava Jato combinavam com a Receita quebra de sigilo de ministros do STJ

É o que apontam os novos diálogos entregues ao STF pela defesa do ex-presidente Lula. "A RF [Receita Federal] pode, com base na lista, fazer uma análise patrimonial [dos ministros], que tal?", afirma Deltan Dallagnol em uma das conversas

Brasil 247, 8/02/2021, 11:41 h Atualizado em 8/02/2021, 12:24
   (Foto: ABr)

Procuradores do Ministério Público Federal do Paraná (MPF-PR) tinham um esquema, no âmbito da Operação Lava Jato, para quebrar o sigilo de ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ), de acordo com os novos diálogos entregues ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em julho de 2015, por exemplo, os procuradores conversaram sobre uma anotação encontrada com Flávio Lúcio Magalhães, apontado como operador de propina da Andrade Gutierrez. A lista citava diversas pessoas, entre elas ministros do STJ. "A RF [Receita Federal] pode, com base na lista, fazer uma análise patrimonial [dos ministros], que tal?", diz Dallagnol. Em seguida o procurador informa: "Combinamos com a Receita."

Na sexta-feira (5), o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Humberto Martins, solicitou que o procurador-geral da República, Augusto Aras, instaure inquérito para investigar a conduta de procuradores da Lava Jato. Martins cita a notícia de que os procuradores Deltan Dallagnol e Rodrigo Castor tinham intenção de investigar ministros do STJ sem autorização do Supremo Tribunal Federal.

Leia a íntegra da reportagem do Conjur, publicada nesta segunda-feira (8), sobre o esquema de procuradores da Lava Jato em Curitiba:

Os procuradores da República de Curitiba, da chamada "lava jato" tinham um esquema clandestino com a Receita Federal para quebrar o sigilo de seus alvos, inclusive de ministros do Superior Tribunal de Justiça.

O uso do esquema era tratado com naturalidade, segundo mostram novos diálogos entregues ao Supremo Tribunal Federal pela defesa do ex-presidente Lula nesta segunda-feira (8/2). Segundo o documento, a Receita funcionava como um braço lavajatista.

Os acertos ilegais eram feitos com Roberto Leonel de Oliveira Lima, chefe do Escritório de Pesquisa e Investigação na 9ª Região Fiscal. Pela cooperação, Roberto Leonel foi premiado quando Sérgio Moro tornou-se ministro da Justiça, com o comando do Coaf. Clique aqui para ver palestra de Deltan Dallagnol e Roberto Leonel.

Em julho de 2015, por exemplo, os procuradores discutiam uma anotação encontrada com Flávio Lúcio Magalhães, apontado como operador de propina da Andrade Gutierrez. A lista citava diversas pessoas, entre elas ministros do STJ.

"A RF [Receita Federal] pode, com base na lista, fazer uma análise patrimonial [dos ministros], que tal?", diz Dallagnol. Em seguida o procurador informa: "Combinamos com a Receita."




A conversa não indica quais ministros foram investigados, mas mostra que o MPF no Paraná só tinha por honestos ministros que atendiam, incondicionalmente, os pedidos da "lava jato". "Felix Fischer eu duvido. Eh (sic) um cara sério", diz o procurador Diogo Castor em referência ao relator dos processos da "lava jato" no STJ.

O próprio Dallagnol admite não acreditar que a lista encontrada com Magalhães envolvia pessoas que recebiam propina. Mas decidiu pedir a análise patrimonial mesmo assim. "Aposto que não são propina. São muitos pra serem corruptos", afirmou.

Os alvos vão desde ministros até figuras relacionadas a políticos, como é o caso de Marisa Letícia, esposa de Lula, morta em 2017. "Dona Marisa comprou árvores e plantas no Ceagesp em dinheiro para o sítio. Pedi pro Leonel ver se tem nf [nota fiscal]", disse o procurador Januário Paludo em uma conversa de fevereiro de 2016.

Embora não mencionem diretamente quais ministros das turmas criminais do STJ foram investigados, os procuradores mostram, em uma conversa, também de 2016, desconfiança com relação a Reynaldo Soares.

Atalho ilegal
Um outro diálogo de 2015 mostra que os procuradores recorriam a Leonel para obter consultas fiscais ilegalmente. Na conversa, Deltan pergunta se Roberson Pozzobon entrou em contato com a Receita de São Paulo, e Roberson responde que ainda não: "quero pedir via Leonel para não dar muito na cara, tipo pescador de pesque e pague".

3 Aug 15
20:42:00 Deltan Robinho, Vc entrou em contato com a RF de SP??
20:42:12 Deltan Sobre os filhos do Bhrama??
20:42:32 Deltan Viu na imprensa do Taiguara, que era sobrinho do LULA que fazia varandas e está multimilionário fazendo obras pra Oddebrect na africa??
20:45:40 Deltan O que saiu??
20:51:44 Roberson MPF Vou ver isso amanhã de manha Delta, quero pedir via Leonel para não dar muito na cara, tipo pescador de pesque e pague rsrsrs
20:52:12 Roberson MPF Onde saiu esta noticia do sobrinho do homem
20:52:16 Roberson MPF ?

Médicos e cientistas protocolam pedido de impeachment de Bolsonaro

De acordo com um grupo de médicos e cientistas, o negacionismo de Jair Bolsonaro "implicou (e vem implicando) perda de vidas e prejuízos incomensuráveis, da saúde à economia". Já foram protocolados mais de 60 pedidos de impeachment contra Bolsonaro

Brasil 247, 8/02/2021, 12:38 h Atualizado em 8/02/2021, 13:24
Jair Bolsonaro (Foto: Marcos Correa - PR)

Um grupo de médicos e cientistas protocolou um pedido de impeachment na Câmara contra Jair Bolsonaro e citou crimes de responsabilidade cometidos por ele na condução da pandemia do coronavírus. De acordo com os estudiosos, Bolsonaro "usou seus poderes legais e sua força política para desacreditar medidas sanitárias de eficácia comprovada"

O grupo citaram a frase "Não sou coveiro", proferida por Bolsonaro após ser questionado sobre o número de óbitos pela doença no país. Eles também lembraram outras declarações contra medidas de isolamento social.

"O Sr. Jair Messias Bolsonaro insistiu em arrastar a credibilidade da Presidência da República (e, consequentemente, do Brasil) a um precipício negacionista que implicou (e vem implicando) perda de vidas e prejuízos incomensuráveis, da saúde à economia", destaca um trecho do documento.

Cabe ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), decidir se aceita ou não um pedido de impeachment.

Foram protocolados mais de 60 pedidos de impeachment contra Bolsonaro, que tem Lira como seu aliado.

Lula apresenta novas provas de que Moro mandava na Lava Jato e ordenava reuniões com FBI, MP suíço e Embaixada dos EUA

Defesa do ex-presidente Lula apresentou novos elementos que comprovam que o ex-juiz Sergio Moro, chamado de "russo" pelo procuradores, era o verdadeiro chefe da força-tarefa da Lava Jato e que também agia em sintonia com autoridades estrangeiras - o que, segundo especialistas configura o crime de traição nacional

Brasil 247, 8/02/2021, 12:33 h Atualizado em 8/02/2021, 13:24
   (Foto: ABr | Felipe L. Gonçalves/Brasil247)

Uma petição protocolada no Supremo Tribunal Federal (STF) hoje (8) pela defesa do ex-presidente Lula apresenta novas provas de que o ex-juiz Sergio Moro entrou em conluio com autoridades estrangeiras na condução do processo que levou à prisão do líder petista.

A ligação entre Moro e procuradores, assim como a postura da força-tarefa de desafio ao STF, ficam claras. Em 5 de abril de 2018, dia em que Lula teve prisão decretada por Moro, a procuradora Isabel Grobba revelou a notícia: "Moro manda prender Lula", e Deltan Dallagnol respondeu: "Antes que MA (ministro Marco Aurélio) ferre tudo".

Em 27 de junho de 2018, o procurador Roberson Pozzobon pediu um levantamento da idade dos réus, para saber se Lula teria fatores atenuantes adicionados à sentença.

Em uma sequência de mensagens ele pede a Moro: "Nós podemos fazer um levantamento das idades dos nossos réus. E passar os nomes para eles levantarem especificamente em relação aqueles que fizeram 70 antes da sentença. Lula é um dos casos (sic)".

Mais uma vez, a ligação fica clara. Pozzobon conclui a sequência: "Acho que vale tb falar com Moro para que ele considere isso na sentença do Sitio e do Instituto (sic)".

Antes da prisão do ex-presidente, as mensagens do dia 31 de agosto de 2016 comprovam a cooperação entre autoridades brasileiras e estrangeiras. O servidor Sérgio Bruno revelou: "o Janot teve com o pessoal da Embaixada dos EUA na semana passada e parece q comentou sobre esse fato [quebra de arquivos de maneira ilícita], sem entrar em detalhes (sic)".

A quebra de arquivos citada é outro escândalo. No mesmo dia, Pozzobon cita o alinhamento da força-tarefa também com hackers do FBI (Federal Bureau of Investigation, em inglês): "pedimos para verificarem se o FBI tem expertise para quebrar, considerando o fornecimento de uma chave e a ausência dos arquivos pdf e imagem, e caso contrário se tem algum hacker par aindicar, a ser pago pela ODE".

Cooperação com autoridades suecas e suíças também foi evidenciada. No dia 14 de fevereiro de 2018, Grobba diz, se referindo a 'Drousys' e 'My Web Day' como o sistema de comunicação e contabilidade do setor de propinas da Odebrecht: "Relembrando: 1) recebemos da Odebrecht primeiramente material do Drousys oriundo da Suécia; 2) recebemos em seguida material da Odebrecht obtido pela empresa junto às autoridades suíças, compreendendo Drousys e My Web Day; e 3) recebemos das autoridades suíças em resposta ao nosso pedido de cooperação material compreendendo Drousys e My Web Day que acreditamos ter o mesmo teor daquele da entrega 2 acima".

Em anexo, os pdfs das mensagens:





Uma delas é a professora Carol Proner. 

Juristas acionam CNMP e pedem demissão dos procuradores da Lava Jato

Fernando Hideo Lacerda, Marco Aurélio de Carvalho e Carol Proner ingressaram com reclamação disciplinar no Conselho Nacional do Ministério Público para que o órgão tenha acesso ao conteúdo dos diálogos entre Sergio Moro e os procuradores da Lava Jato apontando que tais conversas "constituem material de evidente interesse público e questão de soberania nacional"

Brasil 247, 8/02/2021, 14:29 h Atualizado em 8/02/2021, 14:29
    (Foto: Reprodução)

Os juristas Fernando Hideo Lacerda, Marco Aurélio de Carvalho e Carol Proner ingressaram com reclamação disciplinar no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) para apurar as condutas dos procuradores da República que integram a força-tarefa da Lava Jato a partir das revelações dos diálogos da Operação Spoofing que evidenciaram conluiu para condenar réus, entre os quais o ex-presiddente Lula.

O pedido é para que o CNMP tenha acesso à íntegra do material apreendido na Operação Spoofing e possa fazer a distinção entre as mensagens de caráter privado, que merecem sigilo em razão do direito à intimidade e vida privada, e as mensagens funcionais trocados pelos procuradores no exercício do cargo, que devem ser de conhecimento público em razão do direito à informação e ao princípio da supremacia do interesse público sobre o interesse privado.

"Tais mensagens, somadas à transparência que deve ser dada ao teor dos acordos de leniência e delação premiada celebrado pelos integrantes da força-tarefa da Operação Lava Jato, muitas vezes em cooperação clandestina com autoridades estrangeiras, constituem material de evidente interesse público e questão de soberania nacional", sustentam os juristas.

O pedido aponta ainda as sanções previstas para tais crimes cometidos pelos prcuradores , entre as quais a pena de demissão dos procuradores da República, "caso se comprove a lesão aos cofres públicos ou dilapidação do patrimônio nacional, a prática de improbidade administrativa ou a revelação de segredos nacionais".

XP/Ipespe: em eventual 2º turno, Bolsonaro e Haddad têm empate técnico

Pesquisa de fevereiro testou alguns cenários de segundo turno para 2022. Numa disputa entre Jair Bolsonaro e Fernando Haddad, candidato de Lula à presidência, o placar é de 41% para Bolsonaro a 36% para o petista. Margem de erro do levantamento é de 3,2 pontos para mais ou para menos

Brasil 247, 8/02/2021, 16:31 h Atualizado em 8/02/2021, 16:37
   Fernando Haddad e Jair Bolsonaro (Foto: Abr)

Pesquisa XP/Ipespe divulgada nesta segunda-feira (8) fez simulações de segundo turno na eleição presidencial de 2022. Em uma disputa entre Jair Bolsonaro e Fernando Haddad, o candidato do PT indicado pelo ex-presidente Lula, o resultado é de empate técnico.

Bolsonaro registraria 41% das intenções de voto, contra 36% do petista. A margem de erro da pesquisa - realizada com 1.000 pessoas nos dias 2, 3 e 4 de fevereiro - é de 3,2 pontos para mais ou para menos.

Ainda nessas simulações, Bolsonaro aparece com empate técnico também contra outros adversários, como Sergio Moro, com 32% contra 36% de seu ex-ministro; Ciro Gomes (39% para Bolsonaro a 37% do pedetista) e Luciano Huck (37% a 33% do apresentador da Globo).

O presidente venceria o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), por 37% a 30%; e Guilherme Boulos, presidenciável do PSOL, por 42% a 31%. Entre Moro e Haddad, o ex-juiz da Lava Jato aparece à frente do petista por 43% a 29%.

A mesma pesquisa confirmou tendência de queda na aprovação ao governo Bolsonaro, desta vez de 33% para 30%, enquanto a rejeição saltou de 40% para 42%, principalmente entre os mais pobres. Leia mais aqui.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

Haddad confirma sua candidatura presidencial: “Lula me pediu para colocar o bloco na rua”

Em entrevista à TV 247, Fernando Haddad revelou que teve uma conversa com o ex-presidente Lula no último sábado, em que ele lhe pediu para já começar a se mover como candidato a presidente em 2022

Brasil 247, 4/02/2021, 23:16 h Atualizado em 4/02/2021, 23:16
    (Foto: Diego Padilha)

O ex-prefeito Fernando Haddad antecipou, em entrevista à TV 247 nesta quinta-feira (4), que aceitou ser candidato a presidente em 2022, diante do impasse sobre os direitos políticos do ex-presidente Lula.

“Ele me chamou para uma conversa no último sábado e disse que não temos mais tempo para esperar”, disse Haddad ao jornalista Leonardo Attuch. “Ele me pediu para colocar o bloco na rua e eu aceitei”, afirmou Haddad, que disputou com Jair Bolsonaro o segundo turno das eleições presidenciais de 2018.

Fernando Haddad, no entanto, fez uma ressalva. Afirmou que, diante da evidente parcialidade do ex-juiz Sérgio Moro, espera que Lula recupere seus direitos políticos. “Caso isso ocorra, ele terá o apoio de todos nós”, afirmou.

Também em entrevista à TV 247, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) afirmou na manhã desta quinta-feira que no dia em que forem devolvidos os direitos do ex-presidente Lula, ele retira seu nome da sucessão presidencial em nome da unidade democrática.


quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

Lula diz que o tempo é o senhor da razão, após a desmoralização completa de Moro

Depois de obter provas de que o ex-juiz Sergio Moro fraudou a justiça e o perseguiu, o ex-presidente Lula foi às redes sociais e resgatou o vídeo de quando o questionou sobre se seria julgado por um juiz imparcial 

Brasil 247, 4/02/2021, 14:59 h Atualizado em 4/02/2021, 16:25

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva relembrou nesta quinta-feira (4), em seu perfil no Twitter, um vídeo de 2017 em que ele pergunta ao então juiz da Lava Jato Sergio Moro se ele, Lula, seria julgado por um juiz imparcial. O vídeo é o trecho de um depoimento prestado por Lula como réu no caso do triplex do Guarujá.

“Eu vou chegar em casa amanhã, vou almoçar com oito netos e uma bisneta de seis meses. Eu posso olhar na cara dos meus filhos e dizer que eu vim a Curitiba prestar depoimento a um juiz imparcial?”, indaga o ex-presidente a Moro.

A lembrança acontece após a desmoralização completa de Sergio Moro, depois da divulgação de diálogos entre ele e procuradores da Lava Jato e também entre os procuradores a respeito dos processos de investigados na operação. As conversas comprovam diversos crimes cometidos para perseguir, prender e tirar Lula das eleições.


“#tbt de 2017, quando Lula perguntou a Sérgio Moro se seria julgado por um juiz imparcial. O tempo é o senhor da razão. #equipeLula”, postou Lula nesta quinta.


Biden surpreende mais uma vez e retoma operações com portos e aeroportos com Venezuela

Joe Biden continua a surpreender com medidas progressistas e de pacificação. Nesta terça-feira, foi revogada decisão que autoriza transações para a retomada de operações portuárias e aeroportuárias na Venezuela

Brasil 247, 4/02/2021, 07:56 h Atualizado em 4/02/2021, 08:02
   (Foto: Reuters)

O governo Joe Biden continua a surpreender com um pacote de medidas progressistas de de pacificação. Nesta terça-feira (2), foi revogada decisão do governo Trump e emitida uma licença que autoriza a retomada de operações portuárias e aeroportuárias com a Venezuela

O Departamento do Tesouro emitiu a licença 30A, que permite a operação portuária e aeroportuária comum, o que havia sido proibido em agosto de 2019 pelo governo Trump. O documento afirma, no entanto, que a licença ainda não é geral e não permite transações com qualquer pessoa ou instituição bloqueada por sanções dos EUA.

Outra medidas progressistas de Biden no início de seu mandato foram a volta dos EUA à Organização Mundial da Saúde (OMS), regras para uso de máscaras e distanciamento social em prédios e áreas federais, retorno ao Acordo de Paris, revogação do “muslim ban”, que proibia a entrada nos Estados Unidos de cidadãos de uma série de países de maioria muçulmana, suspensão da proibição para os transgêneros servirem nas Forças Armadas, revogação da construção do muro na fronteira com o México, entre outras.

Mudança de postura

Biden segue na contramão de Trump, que foi o primeiro líder a reconhecer o opositor golpista Juan Guaidó como presidente da Venezuela e promover as “Sanções de Caracas”, que inclui embargos econômicos ao país, principalmente na área do petróleo, fonte primária da economia do país vizinho.

O governo de Jair Bolsonaro ecoou as ordens do republicano e passou a promover diversos ataques diplomáticos à Venezuela, chegando a fechar fronteiras com o país. Agora, com o novo cenário em Washington, o governo extremista brasileiro está deslocado no contexto geopolítico para promover novas ameaças à nação vizinha.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

Lira escolhe Bia Kicis para a CCJ e revolta parlamentares

"É inaceitável que uma parlamentar que prolifera fake news, que desrespeita e debocha das normas de combate à Covid-19, sente na cadeira de presidente da CCJ", protestou a deputada Jandira Feghalli, do PCdoB. ""O lugar de Bia Kicis não é na CCJ, é no Conselho de Ética", enfatizou o deputado do PSOL, Marcelo Freixo. São intensas as críticas à indicação da deputada federal bolsonarista Bia Kicis (PSL) para o comando da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ)

Brasil 247, 3/02/2021, 04:47 h Atualizado em 3/02/2021, 05:27
   Bia Kicis (Foto: Reprodução (TV Câmara))

"É inaceitável que uma parlamentar que prolifera fake news, que desrespeita e debocha das normas de combate à Covid-19, que trabalha contra a democracia, SENTE NA CADEIRA DE PRESIDENTE DA CCJ!!!!!!!!!" - protestou Jandira Feghalli (PCdoB) pelo Twitter, diante da indicação da bolsonarista Bia Kicis para o comando da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados.

Líder do governo Bolsonaro, Ricardo Barros diz que prisão em 2ª instância só foi feita para tirar Lula da eleição

O deputado bolsonarista Ricardo Barros disse que a medida foi um "casuísmo" e classificou a Lava Jato como "quadrilha". "Nunca teve prisão em segunda instância no Brasil. Só teve para prender o Lula e tirá-lo da eleição”, afirmou

Brasil 247, 2/02/2021, 16:14 h Atualizado em 2/02/2021, 16:14
   Ricardo Barros e Lula (Foto: Agência Brasil)

O deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo Bolsonaro na Câmara, criticou nesta terça-feira (2) a prisão após condenação em segunda instância.

Em entrevista à Rádio CBN, Barros, que é ex-ministro da Saúde do governo Michel Tetmer, disse que a medida foi criada com a finalidade específica de retirar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva da eleição presidencial de 2018. “Nunca teve prisão em segunda instância no Brasil. Só teve para prender o Lula e tirá-lo da eleição. Foi um casuísmo”, disse Ricardo Barros.

A prisão após condenação em segunda instância foi fortemente defendida pelo ex-juiz Sérgio Moro e pelos procuradores da Lava Jato. Nessa segunda-feira (1), o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), tornou públicas mensagens trocadas entre Moro, Dallagnol e outros procuradores da Lava Jato que mostram o conluio para condenar o ex-presidente.


Para o líder do governo Bolsonaro, a Lava Jato foi uma "quadrilha". “Não vamos permitir que as conversas do Intercept da Lava-Jato, que foram autenticadas pelo ministro Lewandowski, desapareçam. São crimes cometidos pela quadrilha da Lava-Jato”, afirmou Ricardo Barros.