segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

STF deve julgar suspeição de Moro no primeiro semestre, diz Gilmar Mendes

Ministro Gilmar Mendes afirmou que o habeas corpus que pede a suspeição de Sérgio Moro na sentença que condenou o ex-presidente Lula no caso do triplex deve ir a julgamento mesmo de maneira virtual na 2ª Turma do STF

Brasil 247, 11/01/2021, 16:04 h Atualizado em 11/01/2021, 16:43
   Gilmar Mendes, Sérgio Moro e Lula (Foto: STF | Reuters | Ricardo Stuckert)

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta segunda-feira (11) que ação que pede a suspeição do ex-juiz Sérgio Moro na sentença contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode ser julgada no primeiro semestre deste ano. 

Em entrevista à jornalista Andreia Sadi, da Globonews, Gilmar Mendes disse que defendeu que o julgamento ocorresse de maneira presencial na 2ª Turma do STF, mas devido à indefinição no cronograma de vacinação, o ministro afirmou que o julgamento deve ocorrer no primeiro semestre mesmo se for virtualmente.

"É possível que no primeiro semestre a gente já julgue este caso, que é extremamente importante e relevante", disse Gilmar Mendes. "Tenho dito sempre que é importante que nós possamos propiciar ao ex-presidente Lula um julgamento digno do nome, que possamos avaliar os argumentos que ele suscita de eventual parcialidade ou imparcialidade da força tarefa de Curitiba", acrescentou. 



O habeas corpus que pede a suspeição de Sérgio Moro na sentença que condenou Lula no caso do triplex teve um pedido de vista em 2018 pelo ministro Gilmar Mendes. Na ocasião, votaram contra o pedido o ministro Edson Fachin e a ministra Cármen Lúcia. Faltam os votos de Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Nunes Marques.

Caso declarado suspeito, a sentença é anulada e os direitos políticos de Lula são restabelecidos.
Após conceder uma entrevista dizendo que não tinha "nenhum compromisso" com o impeachment de Jair Bolsonaro e ouvir do PT que poderia perder votos com isso, o candidato à presidência da Câmara recuou

Brasil 247, 11/01/2021, 17:31 h Atualizado em 11/01/2021, 17:56
  (Foto: Divulgação)

Após conceder uma entrevista dizendo que não tinha "nenhum compromisso" com o impeachment de Jair Bolsonaro e ouvir do PT que poderia perder votos com isso, Baleia Rossi (MDB-SP), candidato à presidência da Câmara dos Deputados voltou atrás e disse hoje (11) que um pedido para tal seria tratado "com muita clareza e objetividade".

“É prerrogativa do Parlamento, e nós não podemos abrir mão de nenhuma prerrogativa”, declarou após reunião com a parte da bancada catarinense na manhã desta segunda-feira, 11, em Florianópolis. 



A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffman (PR), condenou no último domingo (10) a postura de Baleia em relação ao impeachment: "Dar resposta a crimes do Executivo é o item 3.6 do compromisso de Baleia Rossi c/ oposição. Inclui analisar denúncias de crimes do presidente da República, mesmo q ñ haja acordo p/ aprovar impeachment. Ao negar o q tratamos e fechar essa possibilidade, Baleia perderá votos no PT”, disse.

domingo, 10 de janeiro de 2021

CNN nos EUA diz que Pence pode invocar 25ª Emenda para destituir Trump da Presidência

O vice-presidente dos EUA, Mike Pence, não descarta invocar a 25ª Emenda da Constituição do país e, com isso, levar ao Congresso a destituição de Trump. Para isso, ele e a maioria do gabinete (ministério) precisam declarar Trump incapaz de desempenhar suas funções

Brasil 247, 10/01/2021, 18:47 h Atualizado em 10/01/2021, 18:48
Mike Pence e Trump (Foto: REUTERS/Joshua Roberts)

Reportagem da CNN estadunidense assinada pelos jornalistas Jim Acosta e Pamela Brown afirma que o vice-presidente dos EUA, Mike Pence, não descarta invocar a 25ª Emenda e quer preservar a opção no caso o presidente Donald Trump “fique mais instável”. A 25ª Emenda destitui o presidente de seu cargo e precisa ser invocada pelo vice-presidente.A 25ª Emenda permite que o vice-presidente se torne presidente em exercício quando um presidente estiver impossibilitado de continuar suas funções (por exemplo, se ficar incapacitado devido a uma doença física ou mental). Para tanto, o o vice-presidente e a maioria do gabinete (ministério) precisam declarar o presidente incapaz de desempenhar suas funções.

A fonte citada pela CNN afirma que há alguma preocupação dentro da equipe de Pence de que haja riscos de invocar a 25ª Emenda ou mesmo de um processo de impeachment, já que Trump poderia “tomar algum tipo de ação precipitada colocando a nação em risco”.

Até a noite de sábado (9), Trump e Pence ainda não haviam se falado desde a invasão de quarta-feira (6) no Capitólio dos Estados Unidos que deixou cinco pessoas mortas, incluindo um oficial da Polícia do Capitólio, outra fonte disse à CNN. O presidente também não fez nenhum comentário público repudiando as ameaças de morte postadas nas redes sociais contra Pence.

Enquanto líderes mundiais se vacinam na frente das câmeras, Bolsonaro impõe 100 anos de sigilo ao seu cartão de vacinação

Será que ele é, simplesmente, diferente dos demais lideres mundiais?

DCM, 08/01/2021 - 20h50


Da Redação

Na tarde de sexta-feira, 08-01, Débora Diniz tuitou:


Bingo.

Debora Diniz é antropóloga, professora de Direito da Universidade de Brasília (UnB) e pesquisadora. É autora de estudos sobre bioética, feminismo, direitos humanos e saúde.

Ao contrário do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que diz que não tomará vacina contra a covi-19 (apesar de o Brasil já ter mais de 200 mil mortes pelo novo coronavírus), líderes mundiais estão se vacinando nas frentes das câmeras.

O primeiro foi o republicano Mike Pence, 61 anos, que está deixando a vice-presidência dos Estados Unidos. A sua sua esposa, Karen Pence, também foi imunizada.

Os democratas Joe Biden, 78 anos, e Kamala Harris, 56, eleitos presidente e vice-presidente dos EUA, também se vacinaram. Os dois televisionaram o momento para incentivar os americanos a se imunizar.

Do outro lado do mundo, Benjamin Netanyanhu, primeiro-ministro de Israel, também se vacinou contra a covid.

Na Inglaterra, a rainha Elizabeth II, 94 anos, e o seu marido, o príncipe Phillip, 99, também serão vacinados publicamente para incentivar a vacinação.

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, de 61, é de centro-esquerda e também confirmou que vai receber o imunizante. “Para acabar com todas as dúvidas, assim que a vacina estiver aqui, o primeiro a se vacinar serei eu”, disse.

O mesmo prometem fazer o presidente da Argentina, Alberto Fernández, de 61, e o da Rússia, Vladimir Putin, de 68.

Alguns ex-presidentes americanos confirmaram que serão vacinados.

Os democratas Barack Obama, 59 anos, Bill Clinton, 74, e o republicano George W. Bush, também de 74 anos, já se ofereceram e também devem tomar a vacina em frente às câmeras.

Enquanto isso, no Brasil, o Palácio do Planalto decretou sigilo de até 100 anos ao cartão de vacinação de Jair Bolsonaro.

A revelação foi publicada na coluna de Guilherme Amado, na revista Época. A matéria é de Eduardo Barretto:

Em resposta a um pedido da coluna por meio da Lei de Acesso à Informação, a Presidência afirmou que os dados “dizem respeito à intimidade, à vida privada, à honra e à imagem” do presidente, e impôs um sigilo de até cem anos ao material.

Bolsonaro já atacou diversas vezes as vacinas contra a Covid-19.

Em uma delas, afirmou:

“Lá no contrato da Pfizer, está bem claro: ‘Nós não nos responsabilizamos por qualquer efeito colateral. Se você virar um chimpan…, um jacaré, é problema seu”.

Algumas reações no twitter aos 100 anos de sigilo imposto pelo governo federal ao cartão de vacinação de Bolsonaro.

Paulo Pimenta @DeputadoFederal: “Depois de dizer que não tomará vacina, agora ele pede sigilo do cartão da mesma. Bolsonaro é o DNA da mentira”. 

Deputada Maria do Rosário @mariadorosario: “Bolsonaro decreta 100 anos de sigilo sobre sua vacinação. Ou seja, enquanto faz campanha contra a vacinação e impede a vacina de chegar aos brasileiros/as, é possível que ELE e a FAMÍLIA, já estejam até vacinados!!!? Trata seus seguidores pior q gado. Gado, eles vacinam!” 

Márcia Denser@mdenser: A MENTIRA DO GENOCIDA SOB SIGILO! 

Professor Glauco Silva@GlaucoS41843642: Inflação do mês pode chegar a 6,3%. Mas a preocupação do Governo Federal é proibir a divulgação da carteira de vacinação do Bolsonaro. Cada dia é um absurdo diferente!

Banida por Apple, Google e Amazon, Parler, rede social da extrema-direita, deixará de operar

Jair Bolsonaro, trumpistas e bolsonaristas mantêm conta nesta plataforma

Brasil 247, 10/01/2021, 06:04 h Atualizado em 10/01/2021, 06:04
   (Foto: Renato Aroeira)

O Parler, rede social que poderia ser usada pela extrema-direita para substituir o twitter, que baniu Donald Trump, ficará inoperante depois de ser banida pelas três grandes bic techs: Google, Apple e Amazon. "A Amazon, que hospeda o Parler, está retirando o aplicativo/site do seu servidor a partir das 05h59 de segunda-feira (horário de Brasília). Com isso, caso não achem um novo servidor para hospedar o aplicativo/site, o Parler ficará inoperável", informa o perfil Eleições EUA, em em seu twitter.

A Apple também disse, em carta à rede social, que o aplicativo será removido da loja até que uma atualização esteja de acordo com as diretrizes da Apple e que o aplicativo tenha capacidade de controlar e filtrar os conteúdos "perigosos e prejudiciais" que estão presentes por lá. O mesmo foi feito pelo Google.

Nancy Pelosi sinaliza impeachment de Trump e pede que deputados voltem a Washington

“Deve haver um reconhecimento de que essa profanação foi instigada pelo presidente”, disse ela

Brasil 247, 10/01/2021, 06:15 h Atualizado em 10/01/2021, 06:42
   (Foto: Reuters)

Da Bloomberg – A presidente da Câmara, Nancy Pelosi, disse aos legisladores para estarem "preparados para voltar a Washington" na próxima semana, sugerindo que ela está considerando o impeachment ou outra resposta formal ao incentivo do presidente Donald Trump aos apoiadores que atacaram o Capitólio.

Em uma carta a outros democratas, Pelosi quase não disse se pretendia prosseguir com o impeachment ou outro processo para destituir Trump do cargo antes que seu mandato expire em 20 de janeiro, mas ela insistiu que ele seja considerado responsável de alguma forma.

“É absolutamente essencial que aqueles que perpetraram o ataque à nossa democracia sejam responsabilizados”, disse ela em carta divulgada no final do sábado. “Deve haver um reconhecimento de que essa profanação foi instigada pelo presidente.”

Pelosi pediu a Trump que renuncie à violenta invasão do Capitólio na quarta-feira e levantou a possibilidade de impeachment, a menos que ele deixe o cargo imediatamente. Cinco pessoas morreram no ataque, incluindo um policial, depois que apoiadores de Trump quebraram as barreiras de segurança e invadiram o prédio, forçando os legisladores a evacuar enquanto contavam os votos do Colégio Eleitoral.

Baleia Rossi, candidato a Presidencia da Câmara Federal, pode ter perdido o apoio do PT

O rumos da sucessão na Câmara Federal podem mudar depois que Baleia Rossi, candidato da "Frente Ampla", diz que não tem "nenhum compromisso" com o impeachment de Jair Bolsonaro. Ele afirmou também que o desafio é combater a pandemia – mesmo discurso usado por Rodrigo Maia para passar pano para os crimes de responsabilidade cometidos pelo atual presidente

Brasil 247, 10/01/2021, 05:35 h Atualizado em 10/01/2021, 08:03
   Baleia Rossi (Foto: Divulgação)

O deputado Baleia Rossi (MDB-SP), que votou pelo golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff, diz não ter nenhum compromisso com o impeachment de Jair Bolsonaro, que já cometeu dezenas de crimes de responsabilidade. "Não há nenhum compromisso, como muitos falam, de abertura de impeachment. É uma mentira. Dar início é uma prerrogativa do presidente da Câmara, mas nós precisamos, ainda mais neste momento em que a pandemia dá sinais de crescimento, de estabilidade", disse ele, em entrevista à jornalista Júlia Chaib, da Folha de S. Paulo

"Não é o caminho, não é bom para o Brasil. O impeachment é o extremo do extremo do extremo que está na nossa Constituição. Precisamos hoje de estabilidade. E reafirmo que não houve compromisso de abertura de impeachment. Todos têm que trabalhar por uma unidade. A gente fala que a Câmara tem que ser independente, mas tem que ser harmônica. E tem que trabalhar em harmonia com o Poder Judiciário e o Executivo", afirmou ainda o parlamentar. Baleia defendeu a atual agenda de reformas neoliberais, incluindo a reforma administrativa, que atinge os servidores públicos.

Gleisi contesta Baleia e sinaliza que PT pode deixar bloco

O motivo é a entrevista em que Baleia Rossi diz que não tem nenhum compromisso com o impeachment de Jair Bolsonaro, que já cometeu vários crimes de responsabilidade

A presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, condenou neste domingo (10) a fala do candidato à presidência da Câmara Baleia Rossi (MDB), blindado Jair Bolsonaro de um processo de impeachment e estremecendo o apoio do PT à sua candidatura, que hoje conta com apoio de siglas da centro esquerda, com exceção do PSOL. 

“Dar resposta a crimes do Executivo é o item 3.6 do compromisso de Baleia Rossi c/ oposição. Inclui analisar denúncias de crimes do presidente da República, mesmo q ñ haja acordo p/ aprovar impeachment. Ao negar o q tratamos e fechar essa possibilidade, Baleia perderá votos no PT”, disse Gleisi. 

Em entrevista publicada no jornal Folha de S.Paulo, Baleia Rossi disse que “impeachment do presidente traria instabilidade e que independência não é sinônimo de oposição ao governo".

sábado, 9 de janeiro de 2021

Mudanças aumentam as chances de Lula readquirir direitos políticos

Diario do Centro do Mundo9 de janeiro de 2021
       Lula

Publicado originalmente na Carta Capital:

Por Ana Flávia Gussen

Pela primeira vez em cinco anos, o entorno político e jurídico do ex-presidente Lula enxerga um cenário favorável na trama judicial que envolve o petista. Aliados falam até em “tempestade perfeita”. Interlocutores e advogados do ex-presidente ouvidos por CartaCapital mapearam cinco fatos jurídicos considerados positivos, além de mudanças no cenário que afetaram o humor daqueles que defendem a anulação dos processos do ex-presidente.

Figuram entre eles a chegada de Kassio Nunes Marques, “ministro de Bolsonaro”, à Segunda Turma do Supremo Tribunal, a derrota colossal de Sergio Moro no mesmo STF no caso Banestado e os sete processos arquivados. Todos compõem o pano de fundo para o julgamento mais importante previsto para 2021, o habeas corpus que trata da suspeição de Moro na sentença do tríplex do Guarujá.

O ministro Gilmar Mendes afirmou recentemente que pretende pautar em fevereiro a análise do habeas corpus na Segunda Turma do STF. Uma decisão favorável a Lula levaria à anulação da sentença, o recomeço da ação na primeira instância e a devolução dos direitos políticos ao petista, o que o recolocaria no jogo da sucessão presidencial em 2022.

O julgamento na Segunda Turma da corte foi iniciado em 2018 e contabiliza dois votos contrários à suspeição de Moro, os dos ministros Cármen Lúcia e Luiz Edson Fachin. Além de Mendes, faltam votar Ricardo Lewandowski e Kassio Nunes Marques. “Para este ano, o desdobramento mais esperado é este HC. A matéria tem prioridade legal: Lula tem mais de 60 anos, é um caso que teve o julgamento de mérito iniciado e o habeas corpus, por natureza, é ação de rito célere”, enumera Cristiano Zanin Martins, advogado do ex-presidente.

Não bastasse, nos próximos dias, a defesa de Lula terá acesso ao conteúdo completo das mensagens apreendidas pela Operação Spoofing. São sete terabytes de conversas entre procuradores da Lava Jato, Sergio Moro e Deltan Dallagnol que estavam sob tutela da Justiça desde a prisão dos hackers que invadiram o Telegram dos citados. O material, divulgado pelo site The Intercept Brasil, expôs não só a parcialidade da força-tarefa de Curitiba em relação ao petista, mas variados crimes cometidos por quem se dizia combatente da corrupção. Após três ordens do ministro Lewandowski, incluída uma intimação, uma vez que o juiz de plantão se negou a cumprir a ordem do Supremo, o magistrado Gabriel Zago Capanema Vianna de Paiva, da 10ª Vara Federal de Brasília, autorizou o acesso da defesa aos arquivos.

Os diálogos, segundo informações de um advogado que teve acesso a partes das conversas, revelam ainda as relações ilegais do ex-juiz e de procuradores da Lava Jato com autoridades norte-americanas. “Houve ali uma sinergia totalmente fora dos canais oficiais e contra o decreto de cooperação internacional entre os países, o 3.810, que exige que a parceria passe pelo DRCI, órgão do Ministério da Justiça. Não existem registros oficiais desses encontros. Por isso, os processos que utilizaram informações enviadas pelos norte-americanos devem ser anulados, incluindo aqueles contra Lula”, descreve a fonte.

A estratégia da defesa é cruzar esses diálogos com provas, relatos e depoimentos registrados nos processos. Vale lembrar que a Polícia Federal, por meio de uma perícia, atestou a integridade das conversas obtidas pelos hackers.

Curiosamente, outra mudança que teria efeito positivo para o ex-presidente foi a nomeação de Nunes Marques ao STF. Obra de Jair Bolsonaro. Em outubro, o ex-capitão indicou para a vaga de Celso de Mello o então desembargador do Tribunal Regional da Primeira Região. Pesaram as convicções “garantistas” do magistrado. Bolsonaro buscava um nome capaz de aliviar as eventuais análises na corte das acusações contra seu filho, o senador Flávio Bolsonaro, no escândalo das “rachadinhas”.

Como pau que dá em Chico dá em Francisco, os aliados de Lula esperam do novo ministro uma posição favorável aos reclames da defesa. Não são esperanças vãs. Em 11 de dezembro, Nunes Marques, integrado à Segunda Turma do STF, votou a favor de Lula para excluir a delação do ex-ministro Antonio Palocci de uma ação da Lava Jato. Com o voto do novo integrante, a Segunda Turma concluiu que Moro atuou de forma parcial ao tirar o sigilo da delação e inclui-la no processo seis dias antes da eleição de 2018.

Um advogado que preferiu não se identificar foi enfático: “O ministro teria de dar um cavalo de pau para mudar essa posição garantista e surpreender. Ele chegou na segunda turma alinhado a Gilmar e a maior demonstração disso foi o julgamento do caso da delação do Palocci”.

O julgamento da delação não ficou marcado apenas pelo voto do novo ministro. Cármen Lúcia também surpreendeu a defesa e aliados de Lula ao votar em favor do ex-presidente e manter a exclusão. A “mudança” de postura da ministra teria ligação com o escândalo da Vaza Jato. Não só Cármen Lúcia, mas a maior parte do mundo jurídico nacional e internacional admitiu, pela primeira vez, as provas do lawfare praticado pela força-tarefa de Curitiba e pelo ex-juiz e ex-ministro.

Moro deixou faz tempo de ser herói nacional e sofre as consequências. Além de perder no caso da delação do Palocci duas vezes, em 25 de agosto a Segunda Turma do Supremo anulou sua sentença no caso Banestado por “quebra da imparcialidade”.

O acórdão do julgamento que anulou a decisão condenatória foi publicado na última semana de dezembro e é considerado por juristas como o “principal reconhecimento da parcialidade” do ex-juiz pelo Supremo. “Essa é parte essencial da tempestade perfeita. Depois do julgamento dos casos de Palocci e do Banestado, a Segunda Turma pode ter formado convicção em relação à parcialidade de Moro, com voto de Nunes Marques e Cármen Lúcia”, afirmou Marco Aurélio Carvalho, advogado e coordenador do grupo Prerro­gativas. “Ao longo de cinco anos produzimos provas inequívocas dessa quebra absoluta da imparcialidade. Embora para o julgamento da suspeição seja necessária apenas a existência da dúvida, estamos indo para o campo da certeza absoluta”, acrescenta Zanin Martins.

Não foram as únicas vitórias recentes do ex-presidente. Uma decisão proferida em dezembro pela 6ª Vara Federal de São Paulo arquivou a investigação aberta contra o ex-presidente e seu filho, Luís Cláudio Lula da Silva. Trata-se do sétimo processo em que o petista foi absolvido ou o inquérito acabou arquivado. Todas as ações com esse desenlace foram analisadas em tribunais longe da “República de Curitiba”. Segundo Zanin, o mais emblemático é o processo que ficou conhecido como “Quadrilhão do PT”. Após decisão do juiz da 12ª Vara Federal, que concluiu que a ação proposta se tratava de “tentativa de criminalização da política”, o MP desistiu de apelar. Atualmente correm quatro processos contra o ex-presidente. Ele foi condenado em dois: o caso do tríplex e o do sítio de Atibaia.

Para Marco Aurélio de Carvalho, o que está em jogo no julgamento do habeas corpus não é apenas o “caso Lula”, mas a validade ou não do princípio da imparcialidade.

“Se Moro não for declarado parcial, nenhum juiz do Brasil poderá sê-lo. Um magistrado que determinou o vazamento clandestino de conversas entre a presidenta da República e uma figura política, que cerceou pedidos da defesa, que grampeou todos os ramais do escritório de advocacia, dentre tantas outras coisas, é suspeito. Se ele não for considerado parcial com todos os crimes que citei, é como se o STF desse um salvo-conduto à magistratura”, diz Carvalho.

O novo ano, avalia Zanin, pode desfazer as tramoias dos processos contra Lula. “Talvez seja muito importante, para que toda a verdade que mostramos ao longo de mais de cinco anos seja reconhecida judicialmente.” A ver.

Política de Temer/Bolsonaro faz Shell produzir 400 mil barris de petróleo por dia no Brasil sem pagar impostos!





Viomundo, 09/01/2021 - 13h38

    Temer fez a entrega pessoalmente ao presidente da Shell (Carolina Antunes/PR)


A Shell é a maior beneficiária da absurda política de preços da Petrobrás, que revolta caminhoneiros e o povo


A partir de outubro de 2016 a Petrobrás passou a adotar em suas refinarias o chamado “Preço de Paridade de Importação – PPI”.

No início o PPI foi utilizado apenas para calcular o preço do diesel e da gasolina.

Posteriormente (2019) passou a ser adotado também para o GLP (gás de cozinha).

Atualmente, apesar de não ser explicitado pela Petrobras, a Agencia Nacional de Petróleo – ANP informa que o critério é adotado também para o querosene de aviação (QAV).

Em seu site a Petrobras explica o PPI:

Vejam que a Petrobras calcula o preço como se estivesse importando o produto (frete, gastos portuários etc) em dólares. Mas a realidade é que os produtos são fabricados aqui no Brasil e tem seus custos em reais.

A Petrobras hoje com o pré-sal produz muito mais petróleo do que é necessário para o consumo dos brasileiros.

Suas refinarias tem capacidade para produzir de 95 a 100% do consumo de derivados (diesel, gasolina, gás etc) do país.

Com a política adotada (PPI) o mercado brasileiro foi invadido por combustíveis produzidos no exterior, tomando cerca de 30% do que era fornecido pela Petrobras.

O resultado é que o povo brasileiro tem de pagar pelos combustíveis um preço muito mais alto do que necessário.

Um exemplo claro é que o IBGE informou que mais de 3 milhões de famílias brasileiras passaram a cozinhar utilizando lenha, com todas as consequências ambientais e de segurança, devido ao criminoso preço da botija de gás.

A Petrobras ficou com suas refinarias na ociosidade, transferindo emprego e renda para o exterior.

A economia brasileira ficou menos competitiva devido ao alto custo da energia, segurando seu crescimento.

Como vimos na explicação do site da Petrobras (destacada acima) a razão para a adoção do PPI foi:

“A paridade é necessária porque o mercado de combustíveis brasileiro é aberto à livre concorrência, dando às distribuidoras a alternativa de importar os produtos”.

Mas aí perguntamos: necessária por quê?

Desde 1997 com o fim da lei do monopólio o mercado brasileiro é aberto à livre concorrência.

A Petrobras sempre baseou seus preços no seu custo de produção (em reais) e na capacidade de pagamento dos brasileiros, motivo pelo qual a empresa foi criada.

Nunca houve qualquer protesto ou reclamação por parte das distribuidoras.

Então, qual é a verdade que está sendo escondida?

Se as distribuidoras nunca reclamaram, por que a Petrobras, de livre e espontânea vontade, cria uma política de preços para beneficiar seus concorrentes, prejudicando o Brasil e os brasileiros?

No Brasil, 70% do mercado de distribuição está nas mãos de 3 empresas, BR Distribuidora, Ipiranga e Raizen.

Para a BR Distribuidora e a Ipiranga, com o PPI tanto faz comprar o combustível da Petrobras ou importar.

A Raizen é uma empresa formada pela sociedade da Cosan, maior esmagadora de cana de açúcar do mundo, com a Shell, que tem no Golfo do Mexico 3 refinarias em sociedade com a Saudi Aramco (da Arábia Saudita e maior petroleira do mundo).

Das refinarias da Shell no Golfo do México o Brasil importa hoje cerca de 200.000 barris (cada barril tem 159 litros) de combustíveis (diesel e gasolina).

Hoje a Petrobrás está finalizando a venda da Refinaria Landulfo Alves – Rlan na Bahia — para o fundo de investimento Mubadala, pertencente ao governo da Arábia Saudita.

Como fundos de investimentos não costumam administrar refinarias, quem vocês acham que vai fazer o serviço?

Mas os benefícios para a Shell no Brasil não param por aí.

Em 2016 a Shell comprou a British Gás – BG, que entre outras coisas, depois da Petrobras era a maior produtora de petróleo no Brasil.

Com isto a Shell passou a ser a maior produtora de petróleo no Brasil depois da Petrobras.

Em 2017 o governo Temer enviou ao congresso a MP 795, isentando de impostos as petroleiras estrangeiras na exploração e produção de petróleo no Brasil.

A MP previa uma renúncia de receitas de R$ 50 bilhões por ano até 2022.

Quando foi verificado que o ministro do comércio do Reino Unido, Greg Hands, veio ao Brasil fazer lobby no Congresso Nacional, a MP passou a ser conhecida com MP da Shell.

O relator da matéria deputado Júlio Lopes (PP-RJ) ampliou o prazo do beneficio de 2022 para 2040, e assim a Lei 13.586/2017 foi aprovada, com renúncia de receitas de R$ 1 trilhão e perda de 1 milhão de empregos de brasileiros.

Atualmente a Shell produz mais de 400.000 barris de petróleo por dia no Brasil com total isenção de impostos.

*É economista aposentado da Petrobras

Trump reage ao bloqueio do Twitter, diz que não será silenciado e a rede social apaga sua mensagem

"O Twitter vai mais longe ao banir a liberdade de expressão, e hoje os funcionários do Twitter têm se coordenado com democratas e esquerdistas radicais, removendo minha conta da plataforma para silenciar a mim e vocês, 75 milhões de patriotas maravilhosos que votaram em mim", disse Trump

Brasil 247, 9/01/2021, 05:49 h Atualizado em 9/01/2021, 06:34
    Donald Trump, Twitter (Foto: Reuters | reprodução)

Sputnik – O presidente dos EUA, Donald Trump, reagiu à decisão do Twitter de bloquear a sua conta pessoal através da página oficial de presidente.

"Vocês não podem nos silenciar!", disse Trump em um comunicado, que foi veiculado pela Casa Branca.

A postagem também apareceu na conta oficial do presidente dos Estados Unidos, mas a rede social deletou imediatamente.


"Eu previ que isso aconteceria. Estamos conversando com vários outros sites e em breve teremos um grande anúncio. Também estamos explorando a possibilidade de construir nossa própria plataforma em um futuro próximo", disse Trump.

"O Twitter vai mais longe ao banir a liberdade de expressão, e hoje os funcionários do Twitter têm se coordenado com democratas e esquerdistas radicais, removendo minha conta da plataforma para silenciar a mim e vocês, 75 milhões de patriotas maravilhosos que votaram em mim", acrescentou Trump.

​Anteriormente, nesta sexta-feira (8), o Twitter bloqueou a conta do presidente dos EUA, Donald Trump, de forma permanente "devido ao risco de mais incitação à violência". Um bloqueio temporário já havia sido feito na última quarta-feira (6) após a invasão de apoiadores de Trump ao Capitólio.