quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

Bolsonaro diz que é "muito ligado a Trump" e sinaliza apoio ao golpe nos EUA

Jair Bolsonaro ainda falou que, em 2018, as eleições no Brasil foram fraudadas contra ele. “Eu tenho indício de fraude, era para eu ter ganhado no primeiro turno”, afirmou

Brasil 247, 6/01/2021, 21:15 h Atualizado em 6/01/2021, 21:58
   Donald Trump e Jair Bolsonaro (Foto: Alan Santos/PR via BBC)

Jair Bolsonaro sinalizou apoio ao golpe nos Estados Unidos, quando manifestantes trumpistas invadiram o Capitólio, sede do Legislativo norte-americano, para impedir a certificação da vitória eleitoral de Joe Biden (Democrata), nesta quarta-feira, 6.

Bolsonaro também declarou que é “muito ligado a Trump” e que, em 2018, a eleição no Brasil teria sido fraudada contra ele, que teria ganhado no primeiro turno, e não no segundo. A declaração faz coro com o argumento de Trump de que as eleições nos EUA teriam sido fraudadas contra a favor de Biden.

“Eu acompanhei tudo. Você sabe que eu sou ligado ao Trump. Você sabe da minha resposta. Agora muita denúncia de fraude, muita denúncia de fraude. Eu falei isso um tempo atrás, a imprensa falou: ‘Sem provas o presidente Bolsonaro, falou que foram fraudadas as eleições americanas’. A minha foi fraudada. Eu tenho indício de fraude, era para eu ter ganhado no primeiro turno”, afirmou.

terça-feira, 5 de janeiro de 2021

Flávio Dino contesta Bolsonaro: 'Brasil não está quebrado, está mal governado'

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), respondeu a declaração de Jair Bolsonaro de que o Brasil está quebrado e não há nada que ele possa fazer para resolver os problemas do país

Brasil 247, 5/01/2021, 22:29 h Atualizado em 5/01/2021, 22:40
    Flávio Dino e Jair Bolsonaro (Foto: GOVMA | Marcos Corrêa/PR)

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), comentou a declaração de Jair Bolsonaro de que o Brasil está quebrado e não há nada que ele possa fazer para resolver os problemas do país.

Nas redes sociais, nesta terça-feira, 5, Dino publicou que “Brasil não está quebrado. Ele está mal governado. Faltam comando e competência”.

Brasil não está quebrado. Ele está mal governado. Faltam comando e competência.




sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

Lewandowski reitera ordem para que juiz de Brasília entregue à defesa de Lula diálogos entre Moro e Dallagnol

Diálogos devem comprovar a atuação política do ex-juiz Sergio Moro e do procurador Deltan Dallagnol

Brasil 247, 1/01/2021, 05:56 h Atualizado em 1/01/2021, 06:26
   (Foto: 247 - Reuters)

Do Conjur – O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, reiterou a ordem que determina que a 10ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal assegure ao ex-presidente Lula acesso às mensagens trocadas entre procuradores do Paraná.

"Reforço, assim, que a decisão proferida no dia 28/12/2020 deve ser cumprida independentemente de prévia intimação ou manifestação do MPF, sobretudo para impedir que venham a obstar ou dificultar o fornecimento dos elementos de prova cujo acesso o STF autorizou à defesa do reclamante", afirma o ministro em despacho desta quinta-feira (31/12).

A decisão foi provocada por reclamação da defesa do petista por não conseguir acesso aos documentos que foram despachados para o Ministério Público Federal. Os advogados do ex-presidente terão acesso às conversas realizadas em aparelhos estatais e que digam respeito, direta ou indiretamente, a Lula ou às investigações e processos a ele relacionados, no Brasil e no exterior. As mensagens trocadas entre procuradores foram vazadas ao site The Intercept Brasil e apreendidas durante a chamada operação "spoofing".



O material deverá ser entregue dentro do prazo máximo de dez dias, com o apoio de peritos da Polícia Federal que atestaram a integridade dos dados apreendidos. Defendem o ex-presidente os advogados Cristiano Zanin, Valeska Martins, Maria de Lourdes Lopes e Eliakin Tatsuo.

Satélite comprado por R$ 175 milhões sem licitação pelos militares é inútil

Os militares foram advertidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o INPE, de que o satélite que pretendiam adquirir era inútil para monitorar a Amazônia. Mesmo assim, compraram, sem licitação. E esconderam o parecer do INPE da Câmara dos Deputados

Brasil 247, 1/01/2021, 08:12 h Atualizado em 1/01/2021, 10:31
   (Foto: Reuters | Iceye/Divulgação | ESA/internet/Projeto Earth Watching)

Os militares sabiam que o satélite-radar da banda X adquirido sem licitação pelo Comando da Aeronáutica por R$ 175 milhões ao apagar das luzes de 2020 é inútil. Segundo o jornalista Rubens Valente, do UOL, que revelou a operação, “em um documento protocolado em setembro, o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) informou ao MCTIC (Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações) que o satélite-radar da banda X (...) ‘não é apropriado para o monitoramento do desmatamento na Amazônia’”. O parecer do Inpe foi omitido nas informações que o governo Bolsonaro enviou sobre a aquisição à Câmara dos Deputados.

Nesta quarta-feira (30), conforme reportagem publicada por Valente, o Comando da Aeronáutica assinou o contrato com a empresa finlandesa Iceye pelo qual adquiriu um satélite-radar por US$ 33,8 milhões, ou cerca de R$ 175 milhões.

A Aeronáutica se recusou a informar a banda do aparelho, dizendo que o contrato é sigiloso por cinco anos, mas em outubro havia informado a Valente, em resposta a um pedido via LAI (Lei de Acesso à Informação), que estudava adquirir um satélite-radar da banda X. A banda é determinante para saber a capacidade de um satélite-radar, conforme especialistas. “A banda L é considerada a mais sofisticada e cara. A banda X, a mais simples e barata”, escreveu o jornalista.

Na última maldade do ano, Bolsonaro edita MP que pode excluir 500 mil pessoas do BPC

A MP restringe o Benefício de Prestação Continuada novamente a quem tem renda domiciliar até 1/4 de salário mínimo por pessoa (equivalente a R$ 275 a partir do novo piso de R$ 1.100 que passa a valer em 1º de janeiro)

Brasil 247, 1/01/2021, 06:08 h Atualizado em 1/01/2021, 08:20
   Bolsonaro admite rever BPC e reduzir idade mínima para mulher se aposentar. (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

Jair Bolsonaro cortou um benefício social importante para muitos brasileiros antes da virada do ano, segundo informa a jornalista Idiana Tomazelli, em reportagem publicada no jornal Estado de S. Paulo. "A poucas horas do fim de 2020, o presidente Jair Bolsonaro editou uma medida provisória restringindo novamente a concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda, a quem ganha até um quarto do salário mínimo. O texto tem vigência imediata e, como antecipou o Estadão/Broadcast, pode excluir cerca de 500 mil brasileiros que teriam acesso à assistência, caso o critério de renda fosse ampliado como vinha sendo estudado anteriormente. Essas pessoas terão de recorrer à Justiça para obter o benefício", informa.

"A MP restringe o BPC novamente a quem tem renda domiciliar até 1/4 de salário mínimo por pessoa (equivalente a R$ 275 a partir do novo piso de R$ 1.100 que passa a valer em 1º de janeiro). Essa regra já estava em vigor em 2020, mas um artigo da lei do auxílio emergencial permitia elevar a linha de corte a 1/2 salário mínimo, conforme o grau de vulnerabilidade. O decreto de regulamentação, porém, não foi editado, o que tornou o dispositivo sem efeito", explica a jornalista.

Após Bolsonaro ser eleito “corrupto internacional do ano”, Secom dedica feliz 2021 aos “brasileiros honestos”

Secretaria de Comunicação da Presidência tenta sair em defesa de Bolsonaro, eleito “Personalidade do Ano em Crime Organizado e Corrupção” com uma mensagem de Ano Novo dirigida a supostos “brasileiros honestos”

Brasil 247, 1/01/2021, 10:26 h Atualizado em 1/01/2021, 10:31
   Fabrício Queiroz e família Bolsonaro (Foto: Reprodução)

A Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom) postou nesta quinta (31) mensagem de Ano Novo no Twitter na qual saúda “os brasileiros honestos e trabalhadores levaram este país adiante”. A publicação parece ser uma resposta à eleição de Bolsonaro, na véspera, como “Personalidade do Ano em Crime Organizado e Corrupção”.

A Secom tem se notabilizado por ser uma agência de defesa pessoal de Bolsonaro em vez de executar sua missão como Secretaria de Comunicação da Presidência. 

O texto do tweet dá asas a teorias conspiratórias afirmando que em 2020 “muitas dificuldades foram criadas e impostas”, sem especificar quem criou e impôs as dificuldades. Trata-se de estratégia clássica de guerra cultural. Sem nomear autores da ação, por não poder fazê-los, pois as ações não existem, a extrema-direita mantém seus inimigos na berlinda: seriam “os chineses”, “os esquerdistas”, “os abortistas” etc etc.




Veja o tweet:

Saiba mais sobre a escolha de Bolsonaro como personalidade da corrupção: 

O Projeto de Relatório sobre Crime Organizado e Corrupção (OCCRP, na sigla em inglês) elegeu Jair Bolsonaro “Personalidade do Ano em Crime Organizado e Corrupção”. A eleição foi por ter se "cercado de figuras corruptas, usado propaganda para promover sua agenda populista, minado o sistema de Justiça e travado uma guerra destrutiva contra a região da Amazônia, o que enriqueceu alguns dos piores proprietários de terras do país".

Bolsonaro venceu outros dois líderes: o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Turquia, Recep Erdogan. O oligarca ucraniano Ihor Kolomoisky completou a lista de finalistas.

A organização lembrou das acusações de envolvimento do clã Bolsonaro com o crime de “rachadinha”, no qual o parlamentar é acusado de recolher salários de funcionários fantasmas do gabinete, mas disse que "os juízes o escolheram por causa de sua hipocrisia — ele assumiu o poder com a promessa de lutar contra a corrupção, mas não apenas se cercou de pessoas corruptas, como também acusou injustamente outros de corrupção”.

Drew Sullivan, editor do OCCRP e um dos nove jurados, afirmou que acusações pairam sobre demais integrantes da família presidencial. São citados o vereador Carlos Bolsonaro e o senador Flávio Bolsonaro, ambos do Republicanos.

“A família de Bolsonaro e seu círculo íntimo parecem estar envolvidos em uma conspiração criminosa em andamento e têm sido regularmente acusados ​​de roubar do povo.” disse Sullivan.

Jornal Estado de S. Paulo começa a contar as horas para o fim do governo Bolsonaro

O jornal paulista, que ajudou a eleger Jair Bolsonaro e ficou famoso pelo editorial “Uma escolha muito difícil” na época da disputa do fascista contra Fernando Haddad (PT), afirma que as 17,5 mil horas para o governo acabar serão “uma eternidade, considerando-se que se trata do pior governo da história nacional”

Brasil 247, 1/01/2021, 10:21 h Atualizado em 1/01/2021, 10:31
      Jair Bolsonaro

O jornal Estado de S.Paulo começou a contar as horas para o fim do governo de Jair Bolsonaro. Em artigo publicado nesta sexta-feira, 1º, o jornal publicou que “a partir de hoje, quando se completa a primeira metade do mandato, faltarão cerca de 17,5 mil - uma eternidade, considerando-se que se trata do pior governo da história nacional”.

O jornal paulista, que ajudou a eleger Bolsonaro e publicou o famoso editorial “Uma escolha muito difícil” na época da disputa do fascista contra Fernando Haddad (PT), afirma que “os dois primeiros anos da gestão de Bolsonaro servem de parâmetro para o que nos aguarda na segunda parte do mandato, o Brasil nada pode esperar senão mais obscurantismo, truculência e incapacidade administrativa, pois essa é a natureza de um governo cujo presidente não se elegeu para governar, e sim para destruir”.

Ainda, o jornal critica que “as alardeadas reformas foram ou esquecidas ou sabotadas por Bolsonaro justamente na época mais propícia para sua aprovação”. Isto é, o Estado de S. Paulo mostra claramente que um dos problemas de Bolsonaro seria sua incapacidade de levar adiante a política de reformas neoliberais, motivos pelo qual um setor da direita abandonou o governo.




“Será uma surpresa se a pauta de reformas avançar na segunda metade do mandato, em meio ao previsível clima de campanha eleitoral alimentado pelo próprio presidente. Não há motivo para otimismo – e não há porque Bolsonaro não se mostrou competente nem mesmo para encaminhar as pautas ditas ‘de costumes’, tão caras ao bolsonarismo”, continua o jornal.

“Até aqui, Bolsonaro dedicou-se a criar um discurso em que todos são responsáveis pelos problemas, menos ele”, ressalta. “Para que esse discurso funcione, é preciso desqualificar a imprensa profissional, que trabalha para revelar fatos concretos, e valorizar as redes sociais, que criam ‘fatos’ sob encomenda. É o que Bolsonaro faz a todo momento”, afirma.

“Nas 17,5 mil horas desse pesadelo que ainda temos pela frente, é preciso que a sociedade e as instituições democráticas impeçam Bolsonaro de completar sua obra deletéria. Se não se pode esperar que Bolsonaro se emende, ao menos é possível tentar reduzir os danos de sua catastrófica passagem pelo poder”, conclui.

Juiz descumpre ordem do STF e não dá à defesa de Lula diálogos entre Moro e Dallagnol

Ministro Ricardo Lewandowski reiterou a ordem e determinou que a 10ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal cumpra decisão proferida pelo magistrado nesta semana

Brasil 247, 31/12/2020, 16:42 h Atualizado em 31/12/2020, 17:33
   Ricardo Lewandowski, Sergio Moro e Lula (Foto: STF | Agência Brasil | Ricardo Stucket)

A 10ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal não cumpriu decisão do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, e não disponibilizou à defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva os diálogos entre o ex-juiz da Lava Jato Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol obtidos através da invasão de um hacker.

O ministro reiterou a ordem e determinou que a Vara cumpra decisão proferida por ele na última segunda-feira (28). A defesa de Lula recorreu ao STF pois, mesmo após a decisão de Lewandowski, não ter conseguido acesso aos documentos, que foram despachados para o Ministério Público Federal, informou a jornalista Mônica Bergamo.

“Reforço, assim, que a decisão proferida no dia 28/12/2020 deve ser cumprida independentemente de prévia intimação ou manifestação do MPF, sobretudo para impedir que venham a obstar ou dificultar o fornecimento dos elementos de prova cujo acesso o STF autorizou à defesa do reclamante”, diz a manifestação de Lewandowski desta quinta-feira (31). ​




As mensagens foram apreendidas no âmbito da Operação Spoofing, da Polícia Federal, que investigou a invasão de celulares de autoridades no ano passado.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

'Uma empresa familiar:' investigação de enxerto ameaça Bolsonaro do Brasil

The New York Times01 de setembro de 2020


O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, estava visitando uma catedral na capital nos últimos dias quando um repórter fez uma pergunta: Presidente, por que sua esposa recebeu US $ 16.000 de um ex-assessor sob investigação de corrupção?

A resposta foi agressiva, mesmo para um presidente conhecido por expressar sua raiva a jornalistas e críticos.

“O que eu gostaria de fazer”, disse Bolsonaro ao repórter, “é quebrar sua boca”.

Em seus dois anos de mandato, quando Bolsonaro e seu círculo íntimo , incluindo seus filhos, foram envolvidos em um número crescente de investigações criminais e legislativas, ele atacou repórteres, investigadores e até mesmo membros de seu próprio gabinete que ousou ir contra ele.

Mas o caso envolvendo o ex-assessor e confidente da família - que gira em torno do potencial roubo de salários do setor público - abalou os nervos de Bolsonaro ao colocar sua esposa e seu filho mais velho no centro de uma investigação de corrupção que se transformou em uma das suas maiores responsabilidades pessoais e políticas.

O conjunto crescente de investigações sobre o presidente e sua família está testando a independência e a força do sistema de justiça em uma das maiores democracias do mundo, com a maior economia do hemisfério sul. Há poucos anos, o judiciário brasileiro ganhou elogios globais por derrubar funcionários poderosos e titãs empresariais em uma cruzada anticorrupção que derrubou o establishment político.

Agora Bolsonaro, cuja surpreendente ascensão da periferia da política de extrema direita à presidência foi em grande parte impulsionada por uma promessa de erradicar a corrupção e o crime, é acusado de minar o Estado de Direito, à medida que os escândalos se aproximam cada vez mais da presidência Palácio.

Especialistas afirmam que as evidências que surgiram até agora no caso do ex-assessor Fabrício Queiroz sugerem que a família Bolsonaro participava de um esquema conhecido como rachadinha , comum nos escalões inferiores da política brasileira. Envolve desviar o dinheiro do contribuinte mantendo empregados fantasmas na folha de pagamento ou contratando pessoas que concordam em devolver uma parte de seu salário ao patrão.

“A suspeita é que se tratava de uma empresa familiar que durou muitos anos e movimentou muito dinheiro”, disse Bruno Brandão, diretor executivo da Transparência Internacional no Brasil, sobre o esquema de suborno envolvendo o ex-assessor. “Essas suposições são muito sérias, corroboradas por evidências sólidas, em uma investigação que se baseia em transações financeiras altamente irregulares.”

Em ações judiciais e vazamentos para a imprensa, as autoridades exprimiram a suspeita de que, a partir de 2007, Queiroz ajudou o filho mais velho do presidente, Flávio Bolsonaro, a roubar fundos públicos embolsando parte dos salários de pessoas de sua folha de pagamento quando ele era um representante do estado. Flávio Bolsonaro foi eleito Senado em 2018.

Entre 2011 e 2016, Queiroz canalizou milhares de dólares para a esposa do presidente, Michelle Bolsonaro, em transações que nenhum deles consegue explicar. Os promotores também acreditam que os depósitos feitos ao filho do presidente podem estar ligados ao esquema.

Com base em um vasto dossiê de registros financeiros, os investigadores estão tentando determinar se o fluxo de caixa irregular em uma loja de chocolates que Flávio Bolsonaro comprou em 2015, e uma série de compras de imóveis que ele fez em dinheiro, equivalem à lavagem de dinheiro.

Por Ernesto Londoño, Manuela Andreoni e Letícia Casado, The New York Times, 28 de agosto de 2020

Leia mais no The New York Times

terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Covid-19: aumento da pandemia traz de volta filas para enterro em Manaus

Segundo o governo do estado do Amazonas, sete dos onze hospitais particulares da capital estão com 100% dos leitos destinados à Covid-19 ocupados. Nos hospitais públicos, a taxa de ocupação é de 90%

Brasil 247, 29/12/2020, 07:15 h Atualizado em 29/12/2020, 07:28
   Sepultamentos no Cemitério Nossa Senhora Aparecida em Manaus. Causado pela Pandemia do Covid-19 (Foto: Alex Pazuello/Semcom)

O novo aumento de contágio e mortes da pandemia da Covid-19 trouxe de volta as filas para o enterro de vítimas do coronavírus em Manaus, capital do Amazonas. 

Segundo o G1, na segunda-feira, 28, 38 pessoas foram enterradas em um cemitério na cidade, formando uma grande movimentação de carros funerários e familiares das vítimas, que enfrentaram filas para enterrar seus entes queridos.

Segundo o governo do estado, sete dos onze hospitais particulares da capital estão com 100% dos leitos destinados à doença ocupados. Nos hospitais públicos, a taxa de ocupação é de 90%.


No sábado, 26, o governo decretou o fechamento das atividades não essenciais por 15 dias, mas recuou diante de protestos de comerciantes e empresários, e permitiu que o comércio reabrisse nesta segunda com restrição de horário, mas com bares continuando fechados.

O Amazonas já tem mais de 196 mil casos da doença e mais de 5 mil mortes.