sábado, 12 de dezembro de 2020

Dino diz que escândalo da Abin justifica impeachment de Bolsonaro

O governador do Flávio Dino (PCdoB-MA) defende que o escândalo envolvendo o uso pessoal da Abin para favorecer Flávio justifica o impeachment de Jair Bolsonaro. “Não é apenas crime de responsabilidade, sujeito a impeachment. É também crime comum e ato de improbidade”, defendeu o chefe do executivo maranhense

Brasil 247, 12/12/2020, 11:08 h Atualizado em 12/12/2020, 11:41
   Flávio Dino e Jair Bolsonaro (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Adriano Machado/Reuters)

O governador do Flávio Dino (PCdoB-MA), que também é ex-juiz, usou suas redes sociais neste sábado (12) para ressaltar que o escândalo envolvendo o uso pessoal da Abin para favorecer Flávio Bolsonaro, no "caso Queiroz", justifica o impeachment de Jair Bolsonaro. 

"Caso confirmado, o uso da ABIN para interesses exclusivamente pessoais de Bolsonaro não é apenas crime de responsabilidade, sujeito a impeachment. É também crime comum e ato de improbidade administrativa", disse Dino. 

A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) produziu pelo menos dois relatórios de orientação para o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e a defesa do parlamentar sobre o que deveria ser feito para obter os documentos com o objetivo de embasar um pedido de anulação do caso Fabrício Queiroz. Os documentos foram enviados em setembro para o filho de Jair Bolsonaro. A Abin é um órgão do Estado brasileiro e sua apropriação pela família Bolsonaro, para cobertura de crimes, é um escândalo sem precedentes.

De acordo com informações publicadas pela coluna de Guilherme Amado, a Abin detalhou o funcionamento da suposta organização criminosa em atuação na Receita Federal (RFB), que, segundo suspeita dos advogados de Flávio, teria analisado de forma ilegal os dados fiscais dele para fornecer o relatório que gerou o inquérito das rachadinhas.

Um dos documentos é autoexplicativo ao definir a razão daquele trabalho.

Em derrota diplomática histórica, Bolsonaro fica de fora da cúpula do clima, onde estarão 80 chefes de Estado

Brasil 247, 10/12/2020, 21:29

O Brasil ficou de fora da lista de palestrantes da Cúpula da Ambição Climática 2020 (Climate Ambition Summit), evento organizado pela Organização das Nações Unidas (ONU), que deverá reunir cerca de 80 chefes de estado. O evento será virtual e ocorrerá no sábado (12).

A exclusão do Brasil, que tem adotado política de relaxamento à preservação do Meio Ambiente, está sendo vista como uma das piores derrotas diplomáticas desde o início do governo de Jair Bolsonaro. 

Segundo o jornalista Jamil Chade, colunista do UOL, o Itamaraty ainda busca uma solução para a crise política e, extra-oficialmente, a chancelaria ainda aposta na inclusão do Brasil no evento. Para o governo, a situação não é definitiva e a esperança é de que exista espaço para reverter.

Nas Américas foram incluídos Uruguai, Argentina, Colômbia, Peru, Belize, Cuba, Costa Rica, Equador, Jamaica, Guatemala, Honduras, Panamá e Canadá. Também estão na relação países da Europa e a China. Além do Brasil, ficaram de fora o México e os Estados Unidos.

Nesta semana, o governo brasileiro apresentou suas metas de emissões de gases de efeito estufa para o ano de 2060 e submeteu seus planos para a ONU. Os objetivos foram considerados como inferiores ao que se esperava do Brasil.

Frota pede desculpas ao ex-presidente Lula no twitter

O deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP), que anteriormente disparou diversos ataques a Lula, usou sua conta no Twitter para pedir desculpas ao ex-presidente, citando a sétima denúncia que foi arquivada por inconsistência de provas. “Gostem ou não, acho que devemos algumas desculpas ao Lula”, disse

Brasil 247,12/12/2020, 10:20 h Atualizado em 12/12/2020, 10:37
   (Foto: Reprodução/Agência Brasil)

O deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP), que anteriormente disparou diversos ataques a Lula, usou sua conta no Twitter neste sábado (12) para pedir desculpas ao ex-presidente. 

“Gostem ou não, acho que devemos algumas desculpas ao @LulaOficial . Olhando de 2014 para 2020 e como tudo aconteceu, e o que estamos vivendo com Bolsonaro, a justiça está reparando erros”, disse o deputado, que participou ativamente da campanha de Jair Bolsonaro e rompeu com o extremista meses após sua eleição.


Frota ainda citou em sua postagem como argumento o fato de a sétima denúncia contra Lula ser arquivada por inconsistência de provas, no âmbito da operação Lava Jato, que sentenciou o petista arbitrariamente.

Márcio França diz que Flávio Dino pode estar de mudança para o PSB

"Há um papel importante agora que vai ser jogado pelo Flávio Dino, que eu sinto que está de mudança", afirmou o ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB). De acordo com ele, o PCdoB, partido do governador do Maranhão, "está com um problema [com a cláusula de barreira]. Ou eles migram para algum canto ou vão ser diluídos"

Brasil 247, 9/12/2020, 10:38 h Atualizado em 9/12/2020, 10:56
 Márcio França e Flávio Dino (Foto: Reprodução | Secom)

Terceiro colocado na disputa pela Prefeitura de São Paulo, com 13,6% dos votos, o ex-governador Márcio França (PSB) afirmou que o seu partido deve ter em seus quadros o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB). A entrevista foi concedida ao jornal Folha de S.Paulo

"Há um papel importante agora que vai ser jogado pelo Flávio Dino, que eu sinto que está de mudança", disse ele ao comentar as costuras políticas para 2022. 

De acordo com o ex-governador, o "movimento" de Flávio Dino "vai ser o mais importante dos próximos dias". 



"O PC do B está com um problema [com a cláusula de barreira]. Ou eles migram para algum canto ou vão ser diluídos", disse. "Sou muito amigo do Flávio. Ele é brilhante. Foi o melhor deputado que eu conheci em Brasília".

quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

Pazuello agora diz que governo irá vacinar toda população em 2021 e que usará a CoronaVac

Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que trabalha com a meta de vacinar toda a população brasileira em 2021. Ainda segundo ele, o governo deverá adquirir o imunizante CoronaVac, criticado por Jair Bolsonaro, desde que esteja registrado na Anvisa

Brasil 247, 1/12/2020, 11:00 h Atualizado em 10/12/2020, 11:12
CoronaVac e Pazuello (Foto: Reuters)

Reuters - Menos de 24 horas após ser pressionado pelos governadores sobre um plano nacional de vacinação contra a Covid-19, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou nesta quinta-feira (10), em entrevista à Rádio Jovem Pan, que a pasta trabalha com a meta de vacinar toda a população brasileira no próximo ano. "2021”, disse o ministro sobre o prazo fixado pelo governo federal para que toda população brasileira esteja vacinada.

Ainda segundo ele, o governo também irá adquirir o imunizante CoronaVac, desenvolvida pela chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, caso ela esteja registrada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e tenha um preço acessível.

"Nós nunca deixamos de fazer conversas bilaterais e acompanhamento com o Butantan", ressaltou o ministro. "Sim, em português claríssimo, sim, vamos comprar as vacinas, caso sejam registradas e comprovadas com o preço dentro da lógica correta”, emendou Pazuello. 

A CoronaVac, porém, é alvo de uma guerra política e ideológica por parte do governo Jair Bolsonaro, Recentemente, Bolsonaro desautorizou um acordo de intenção de compra do medicamento que havia sido firmado entre o Ministério da Saúde e o Instituto Butantan, ligado ao governo de São Paulo. Bolsonaro tem o governador paulista, João Doria (PSDB) como um desafeto político.

PF vai investigar brasileiros que não devolveram auxílio pago indevidamente

Operação da PF realizada nesta quinta prendeu quatro pessoas por supostas fraudes no benefício do governo

Metrópoles, 10/12/2020 12:02, atualizado em 10/12/2020 12:02

Após a realização da operação Segunda Parcela, que prendeu fraudadores do auxílio emergencial, a Polícia Federal (PF) alertou, nesta quinta-feira (10/12), que brasileiros que receberam o benefício indevidamente e não devolveram o dinheiro podem ser investigadas.

No total, foram cumpridos, nesta manhã, 42 mandados de busca e apreensão e quatro de prisão. Três criminosos, no entanto, seguem foragidos no Rio de Janeiro. Os policiais anteciparam que várias outras operações serão deflagradas nas próximas semanas.

“Para quem recebeu parcelas do auxílio emergencial indevidamente, procure a Caixa [Econômica Federal] e restitua esses valores, sob pena de poder também ser objeto de uma execução penal”, avisou o coordenador-geral de polícia Fazendária da PF, Cleo Mazzotti.

O Ministério da Cidadania criou um site (acesse aqui) para devoluções do auxílio emergencial caso os beneficiários acreditem ter recebido o dinheiro fora dos critérios. É preciso informar o CPF. Será emitida uma Guia de Recolhimento da União (GRU), que funciona como um boleto.

“A nossa estratégia está funcionando. Nós realmente vamos conseguir desarticular várias organizações criminosas”, prosseguiu o coordenador-geral de polícia Fazendária, em coletiva realizada na sede da Superintendência da PF em São Paulo.

Foram deflagradas ações da operação Segunda Parcela, da PF, em ao menos 14 estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Paraíba, Espírito Santo, Bahia, Santa Catarina, Tocantins, Paraná, Goiás, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Maranhão , Piauí e Mato Grosso do Sul.

Além da Polícia Federal, participaram das investigações o Ministério Público Federal (MPF), o Ministério da Cidadania (MCid), a Caixa Econômica Federal (CEF), a Receita Federal (RF), a Controladoria-Geral da União (CGU) e o Tribunal de Contas da União (TCU).

“Estamos vivendo um finalzinho de pandemia”, diz Bolsonaro

Presidente participou de inauguração do eixo principal da nova ponte do Guaíba, e disse que Brasil se saiu bem quanto à economia

Metrópole, 10/12/2020 11:22, atualizado em 10/12/2020 11:48
   MARCOS CORRÊA/PR

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse, nesta quinta-feira (10/12), que “é menos ruim ter uma inflação do que um desabastecimento”. E também que o país vive “um finalzinho de pandemia”. A fala foi proferida em discurso na inauguração do eixo principal da nova ponte do Guaíba, em Porto Alegre (RS).

Bolsonaro tratava da pandemia do novo coronavírus e dos reflexos econômicos da crise e alegou que se o homem do campo tivesse ficado em casa, “teria sido um caos”. O presidente também aproveitou para sair em defesa da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e da bancada da agropecuária do Congresso, responsável pela indicação da ministra.

“Ainda estamos vivendo um finalzinho de pandemia. O nosso governo, levando-se em conta outros países do mundo, foi aquele que melhor se saiu, ou um dos que melhor se saíram no tocante à economia. Prestamos todos os apoios possíveis a estados e municípios”, defendeu Bolsonaro.

Ele citou o auxílio emergencial e o Pronampe, formulado para socorrer micro e pequenas empresas durante a pandemia. “Nós evitamos um colapso da economia. Meus senhores, economia e saúde têm que andar de mãos dadas”, completou.

“O governo fez o possível. Nós não podemos atuar diretamente na questão da Covid por uma decisão judicial”, disse ele. Bolsonaro também voltou a defender o uso da hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19, apesar da ausência de comprovação científica acerca da sua eficácia. Segundo ele, essa eficácia é “uma coisa óbvia”.

Segundo Bolsonaro, não faltarão recursos para o pagamento do 13º salário. “Eu não tenho notícia, pela primeira vez na história do Brasil, de que vai faltar recurso para pagar o 13º”, afirmou.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

Reino Unido emite alerta após reação alérgica à vacina da Pfizer

Duas pessoas relataram efeitos adversos no primeiro dia de vacinação no Reunido Unido, após tomar a vacina Pfizer/BioNTech

Brasil 247, 9/12/2020, 11:50 h Atualizado em 9/12/2020, 16:50
Vacina Pfizer (Foto: REUTERS/Dado Ruvic)

LONDRES (Reuters) - A agência reguladora de medicamentos britânica informou que pessoas com histórico de reações alérgicas significativas não devem tomar a vacina contra Covid-19 Pfizer/BioNTech depois que duas pessoas relataram efeitos adversos no primeiro dia de vacinação.

O Reino Unido começou a vacinar sua população em massa na terça-feira em uma campanha global que representa um dos maiores desafios logísticos da história em tempos de paz, ao iniciar pelos idosos e trabalhadores da linha de frente.

O diretor médico do Serviço Nacional de Saúde (NHS, na sigla em inglês), Stephen Powis, disse que a recomendação sobre a vacina foi alterada depois que dois funcionários do NHS relataram reações anafilactóides associadas à vacina.



“Como é comum com novas vacinas, a MHRA (reguladora) aconselhou, por precaução, que pessoas com histórico significativo de reações alérgicas não tomem esta vacina, depois que duas pessoas com histórico de reações alérgicas significativas responderam negativamente ontem”, disse Powis.

“Ambos estão se recuperando bem”, acrescentou.

A MHRA informou que buscaria mais informações, e a Pfizer e a BioNTech disseram estar apoiando a investigação da MHRA.

A Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde (MHRA) foi a primeira no mundo a aprovar a vacina, desenvolvida pela alemã BioNTech e pela Pfizer, na semana passada, enquanto a norte-americana Food and Drug Administration (FDA) e a Agência Europeia de Medicamentos continuam avaliando os dados.

“Na noite passada, estávamos examinando dois relatos de casos de reações alérgicas. Sabemos, por meio de extensos testes clínicos, que isso não é uma característica”, disse a presidente-executiva da MHRA, June Raine, aos parlamentares.

A Pfizer informou que pessoas com histórico de reações alérgicas adversas graves foram excluídas de seus estudos em estágio avançado.

A FDA divulgou documentos na terça-feira em preparação para uma reunião do comitê consultivo na quinta-feira, dizendo que os dados de eficácia e segurança da vacina Pfizer atenderam às expectativas para autorização.

Esse documento informativo disse que 0,63% das pessoas no grupo da vacina e 0,51% no grupo do placebo relataram possíveis reações alérgicas nos testes, o que Peter Openshaw, professor de Medicina Experimental do Imperial College de Londres, afirmou ser um número muito pequeno.

terça-feira, 8 de dezembro de 2020

Pesquisador da Fiocruz diz que Ministério da Saúde está ‘atrasado em tudo’

Julio Croda, infectologista pesquisador da Fiocruz está preocupado com a organização do governo federal para vacinar a população brasileira contra covid-19

Brasil 247, 8/12/2020, 14:07 h Atualizado em 8/12/2020, 14:53
O              Secretário substituto de Vigilância em Saúde, Júlio Croda, durante entrevista coletiva para esclarecimentos técnicos sobre o coronavírus da China 
(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Julio Croda, infectologista pesquisador da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), está preocupado com a organização do governo federal para vacinar a população brasileira contra covid-19 e reforça o time de especialistas na área que criticam a atuação do governo do que deveria ser uma força-tarefa do governo na imunização da população contra a Covid-19. 

Segundo reportagem do portal UOL, ele afirmou que o Ministério da Saúde deveria dar uma mensagem mais clara sobre a compra de imunizantes. E acrescentou que o Brasil está "atrasado em tudo", inclusive na compra de materiais básicos para vacinação.

"O mundo todo corre atrás dos insumos. Não é só o Brasil. Seringas e agulhas são fundamentais para a vacinação. Vai ter competição no mercado. A gente já viu isso na época dos EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) e dos respiradores, no qual a gente não teve compra imediata e não pode ofertar mais leitos por conta disso. Pode ser que tenha vacina em março. Mas se essa compra (dos insumos) for fracassada por falta de fornecedor, pode ser que a gente tenha que adiar essa vacinação. Então na minha avaliação, a gente está muito atrasado em tudo. Esse movimento de vacina está ocorrendo há 6 meses. A gente sabia que ia precisar de seringas e agulhas independente do tipo de vacina escolhida", afirmou Julio Croda em entrevista à Globonews.

Governador do Espírito Santo diz que, sem vacina, "governo Bolsonaro acaba mais cedo"

Governador Renato Casagrande, do Espírito Santo, prevê que o governo de Jair Bolsonaro "acabará mais cedo se o Ministério da Saúde não comprar todas as vacinas contra a Covid-19 disponíveis e aprovadas pela Anvisa”

Brasil 247, 8/12/2020, 09:51 h Atualizado em 8/12/2020, 09:51
    Renato Casagrande e Jair Bolsonaro (Foto: Hélio Filho/Secom | Reuters | Marcos Corrêa/PR)

O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, prevê que "o governo do presidente Bolsonaro acabará mais cedo se o Ministério da Saúde não comprar todas as vacinas contra a Covid-19 disponíveis e aprovadas pela Anvisa”. 

Casagrande, que nesta terça-feira participa de uma reunião dos governadores com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que “o que todos os estados esperam é que o ministro anuncie a determinação de comprar todas as vacinas que forem aprovadas pela Anvisa". Foi o que ele afirmou entrevista ao jornalista Josias de Souza, no UOL

Ainda conforme Josias de Souza, o governador disse que, embora “Bolsonaro não se preocupe muito com isso", “ficará muito ruim para o governo federal se São Paulo vacinar sua população antes dos outros estados. Não ficará bem para o presidente se os estados tiverem que comprar vacina para iniciar a vacinação sem uma coordenação federal".