terça-feira, 1 de dezembro de 2020

PT perde nas capitais, elege prefeitas em Contagem e Juiz de Fora e Bolsonaro não ganha uma

Viomundo, 29/11/2020
   A Marília de Contagem vai voltar a governar a cidade; a de Recife perdeu do primo

Da Redação

A centro-direita confirmou o que se viu no primeiro turno e obteve vitórias importantes nas capitais neste domingo.

Guilherme Boulos (Psol) chegou próximo dos 40% de votos em São Paulo e foi derrotado por Bruno Covas.

A vitória do tucano reforça a campanha de João Doria ao Planalto em 2022.

Eduardo Paes (DEM) derrotou Marcelo Crivella (Republicanos) por larga margem no Rio de Janeiro, dando mais força ao projeto dos presidentes da Câmara e do Senado e de ACM Neto, o herdeiro de Antonio Carlos Magalhães.

O partido de direita herdeiro da Arena, que deu sustentação à ditadura militar, vai governar o Rio, Salvador, Curitiba e Florianópolis.

O clã dos Ferreira Gomes, do PDT, conseguiu defender Fortaleza do bolsonarista capitão Wagner, elegendo Sarto com apenas 3% de vantagem.

O presidente da República também perdeu em Belém, onde Edmilson Rodrigues derrotou por pouco o delegado federal Eguchi com uma frente de esquerda.

Bolsonaro deu apoio velado ao delegado nas redes sociais.

As duas apostas do PT nas capitais fracassaram: Marília Arraes perdeu do primo João Campos em Recife, em uma campanha repleta de jogadas sujas.

O PSB manteve seu controle em Pernambuco.

Em Vitória, João Coser perdeu do delegado Pazolini, do Republicanos, partido que também conquistou as prefeituras de Campinas e Sorocaba.

Em Porto Alegre, apesar da previsão de resultado apertado nas pesquisas, o emedebista Sebastião Melo venceu Manuela, da chapa PCdoB/PT, com 7% de vantagem.

As maiores cidades a serem governadas pelo PT devem ser Contagem e Juiz de Fora, em Minas Gerais, com Marília Campos e a deputada federal Margarida Salomão.

O PT pode eleger também os prefeitos de Mauá e Diadema, onde os candidatos petistas tinham pequena vantagem sobre os adversários com a apuração em andamento.

Em todas as outras 11 cidades em que alcançou o segundo turno, o PT foi derrotado.

No geral, venceu o bolsonarismo sem Bolsonaro.

Oligarquia descobriu no antipetismo o elixir de sua longevidade

Viomundo, 01/12/2020   Foto: Alan Santos/PR

A eleição e o período de derrota popular


É preciso ir além da conjuntura eleitoral e emoldurar a análise da eleição municipal dentro deste que é um período histórico de profunda e brutal derrota popular no Brasil.

A análise periodizada é uma chave para se apreender os elementos estruturais que contribuíram para mais um episódio eleitoral desfavorável à esquerda e ao campo progressista.

Este período histórico se caracteriza pela derrota não só do campo progressista e popular, mas da democracia e do Estado de Direito.

Esta derrota se iniciou no processo coordenado de desestabilização dos governos petistas e de conturbação do ambiente político a partir de 2012/2013, quando houve o julgamento midiático do chamado “mensalão” [2012] pelo STF e, na sequência, as “jornadas de junho” [2013] incensadas pela Globo.

O lançamento da Lava Jato [2014], o impeachment fraudulento da Dilma [2016] e a condenação e prisão ilegais do Lula [2018] ditaram de modo irreversível o avanço autoritário e conservador no país.

Hoje não há democracia efetiva no Brasil.

O sistema de justiça foi metodicamente corrompido por dentro por agentes inescrupulosos a serviço de interesses estrangeiros, antinacionais e, naturalmente, também partidários e pessoais.

Segue vigente um regime de Exceção no qual as instituições legislativas, políticas e judiciais “funcionam normalmente”, sob tutela militar, e atendem a diretrizes de reprodução endógena da ordem fascista numa dinâmica de golpe continuado; de golpe dentro do golpe.

A omissão do TSE em relação à fraude eleitoral que elegeu Bolsonaro e Mourão; a conivência do Congresso com os crimes do Bolsonaro; a blindagem do clã miliciano e a letargia do STF acerca da suspeição do Sérgio Moro, são algumas das evidências mais vistosas deste regime.

Profundamente frustrada com a derrota do tucano Aécio Neves em 2014, no pleito de 2016 a oligarquia mobilizou sua artilharia de guerra [Lava Jato + aceleração do impeachment] para combater o PT e a esquerda.

Com a missão cumprida, avançou perpetrando novas fraudes e ilegalidades – como a prisão do Lula 2 anos depois – para colocar em marcha o plano de tomada de poder, finalmente concretizado com Bolsonaro por meio da farsa eleitoral de 2018.

O gangsterismo político surtiu efeito. A votação do PT em 2016 despencou de 17,2 milhões de votos obtidos em 2012, para 6,7 milhões.

De 630 prefeituras conquistadas pelo Partido em 2012, o PT baixou para menos da metade [255] em 2016.

E agora, no 1º turno de 2020, o PT reduziu em 32% o número de cidades que passará a administrar [174], em que pese ter aumentado em cerca de 200 mil votos a votação na legenda em relação a 2016.

Os partidos de centro-esquerda [PDT, PSB e REDE], que em 2016 ficaram imunes ao tsunami, nesta eleição de 2020, contudo, sofreram o efeito tardio, e perderam 1/3 dos votos feitos em 2016, respondendo pela maior derrota eleitoral específica no campo progressista.

O deslocamento de bases progressistas para a direita tradicional e, inclusive, para a extrema-direita, teve seu ápice na eleição geral de 2018, quando foram eleitos, além do Bolsonaro, governadores, senadores e deputados fascistas e ultra-reacionários, estabelecendo a atual correlação de forças notoriamente desfavorável ao campo popular.

Nesta eleição de 2020, quase todos candidatos apoiados pelo Bolsonaro perderam. O cenário resultante, assim, é de [1] derrota do Bolsonaro, [2] fortalecimento da direita tradicional, [3] desempenho estacionário da esquerda em relação a 2016, e [4] queda da centro-esquerda.

A derrota pessoal do Bolsonaro não significa, entretanto, a derrota da agenda bolsonarista ultraliberal, que é unanimemente aprovada pelo Congresso no contexto do pacto oligárquico de dominação racista, antipopular e antinacional que une todas frações da classe dominante num inaudito processo de devastação da soberania nacional.

O elemento estratégico comum da pregação conservadora e reacionária continua sendo, fortemente, o antipetismo.

Antipetismo já não significa apenas destilar ódio contra o PT; se tornou uma designação genérica para anticomunismo, racismo, misoginia, machismo, LGBTQ+fobia etc.

É uma arma genérica que serve para atacar qualquer pessoa com uma visão de mundo democrática, plural, justa, e que defende valores civilizatórios e humanistas.

A oligarquia dominante descobriu no antipetismo, no preconceito e na estigmatização fascista dos seus inimigos de classe o elixir para sua longevidade.

Quando o adversário/inimigo é progressista, o código de guerra antipetista é o remédio eficaz.

Até mesmo para a centro-esquerda, como fez o jovem candidato peessebista do Recife, que não hesitou em se servir do cardápio fascista para desconstruir a oponente petista com um método imundo e vomitável.

Segmentos extremistas da oligarquia se refugiam no subterrâneo das igrejas neopentecostais, do sectarismo religioso, dos grupos fechados de estilo maçônico e nas redes sociais, de onde promovem uma guerra antipetista virulenta e suja todo dia, 24 horas por dia.

Esta ação permanente e sistemática, operada em conexão com agentes da extrema-direita internacional, tem sido notavelmente eficaz no Brasil.

A eleição municipal de 2020 fortaleceu a oligarquia que executa a agenda destrutiva em curso no país.

A tarefa prioritária das direções partidárias e dos movimentos progressistas é juntar-se numa Mesa Política comum para decifrar a mecânica do atual período e colocar em prática, urgentemente, uma atuação unitária para enfrentar e deter o fascismo e sua agenda destrutiva, que avançou e se fortaleceu ainda mais na eleição.

Haddad: “Moro decidiu receber sua parte no golpe em dinheiro”

O ex-prefeito de São Paulo postou uma mensagem em seu Twitter na manhã desta terça-feira em referência ao fato de Sérgio Moro ter sido contratado pela Alvarez & Marsal, consultoria que administra os escombros da Odebrecht, dizimada a mando do ex-chefe da Lava-Jato

Brasil 247, 1/12/2020, 12:24 h Atualizado em 1/12/2020, 12:45
   Fernando Haddad e Sérgio Moro (Foto: Gustavo Bezerra | Senado)

A mudança de Sérgio Moro para Washington, capital dos EUA, e seu novo contrato milionário com a consultoria Alvarez & Marsal vêm gerando bastante discussão nas redes. O mais recente a se posicionar foi o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, que vê o novo status de Moro como uma espécie de retribuição por seus esforços em promover não somente o golpe de estado que depôs Dilma Rousseff em 2016, mas também pela liquidação de empresas como a Odebrecht através da Operação Lava-Jato.

Em seu Twitter, Haddad postou a seguinte mensagem: 

Agora, na posição de diretor da Alvarez & Marsal, que lida com os escombros da construtora brasileira, Moro vê seus esforços sendo retribuídos generosamente.

Caos econômico: indústria enfrenta inflação e falta de matérias-primas

Fracasso da política econômica do ministro Paulo Guedes, associado com o avanço da pandemia, fez com que indústria enfrentasse escassez de matérias-primas em novembro, além de um aumento recorde na inflação de insumos

Brasil 247,1/11/2020, 12:53 h Atualizado em 1/12/2020, 13:46
    Paulo Guedes e fábrica de alumínio em Pindamonhangaba, SP (Foto: Alessandro Dantas/PT no Senado | REUTERS/Paulo Whitaker)

Camila Moreira, Reuters - A indústria brasileira enfrentou em novembro escassez de matéria-prima, o que, combinado com a depreciação do real, provocou aumento recorde na inflação de insumos, apontou nesta terça-feira a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês).

A IHS Markit, que realiza a sondagem, informou que o aumento dos custos de insumos e preços cobrados em ritmo recorde na pesquisa se deveu a um mix de escassez de matérias-primas, em parte devido às restrições globais por causa da pandemia, depreciação do real e forte demanda por insumos.

Os produtores aumentaram sensivelmente a produção em resposta ao crescimento contínuo nas vendas, mas ainda assim o PMI do setor caiu a 64,0 em novembro, de 66,7 em outubro, menor patamar em quatro meses. Leitura acima de 50 indica expansão da atividade.




Entretanto, a IHS Markit ressalta que o índice “assinalou a mais acentuada melhora na saúde do setor, superior a todas as outras registradas antes do surto da doença do coronavírus de 2019 (Covid-19)”.

“O setor industrial brasileiro continuou se beneficiando de um crescimento robusto em novembro. As taxas de expansão mensais de novos pedidos, produção e compra de insumos se atenuaram, mas permaneceram mais sólidas do que o observado antes do surto de Covid-19”, explicou a diretora econômica da IHS Markit, Pollyanna De Lima.

“Os comentários dos participantes da pesquisa sugerem que a desaceleração foi um reflexo principalmente da escassez de matérias-primas”, completou.

Houve expansão significativa no volume de novas encomendas, em meio a forte demanda, lançamentos, pedidos em larga escala e melhora de participação de mercado, segundo a IHS Markit.

As vendas totais foram impulsionadas por aumento recorde nos novos pedidos do exterior. Se por um lado a depreciação do real em relação ao dólar nos últimos meses pressionou a inflação de insumos, por outro melhorou a competitividade dos preços no mercado externo.

Os dados da pesquisa sugerem que o crescimento da produção foi parcialmente restringido pela falta de materiais disponíveis para a conclusão dos pedidos em atraso. Com isso, os negócios pendentes aumentaram no ritmo mais acentuado já registrado em quase 15 anos de pesquisa.

O emprego no setor industrial brasileiro cresceu pelo quinto mês seguido em novembro. Entre os 21% dos participantes que informaram crescimento, houve citações a esforços de reposição de funcionários dispensados por causa da Covid-19, ao otimismo em relação às perspectivas e à forte demanda.

A indústria prevê crescimento da produção no próximo ano, com mais publicidade, planos de expansão da capacidade, novos investimentos e previsões de aumento nas vendas, reforçando o otimismo.

Liana Cirne Lins: "se a justiça eleitoral não anular a eleição em Recife, ela pode fechar"

29 de novembro de 2020, 20:45

A vereadora eleita do Recife Liana Cirne Lins (PT) contestou o resultado da eleição de João Campos (PSB) na capital pernambucana neste domingo (29). 

Em participação na Superlive da TV 247 sobre os resultados do segundo turno pelo país, Liana, que foi a vereadora mais votada do PT no Recife, acusou o candidato do PSB de compra de votos e boca de urna generalizada. 

"Nós tivemos uma lavagem de compra de votos e de boca de urna que nós temos centenas de vídeos", afirmou. "Se a Justiça não anular a eleição de Recife, pode fechar a Justiça Eleitoral. Não tem serventia. Porque não existe um caso tão ululante de compra de votos como aconteceu em Recife", acrescentou Liana Cirne Lins.

"Nunca vi nada tão podre, tão sujo, tão rasteiro com foi a eleição de João Campos, este indigentes moral e político, hoje no Recife", disse também a vereadora eleita.

Empresa que contratou Moro receberá quase R$ 35 milhões da Odebrecht e da OAS

Empresa de consultoria Alvarez & Marsal (A&M) receberá R$ 34,8 milhões pela administração da recuperação judicial das construtoras Odebrecht e OAS, que quebraram após a Lava Jato. Nesta semana, Sérgio Moro, ex-juiz da operação, tornou-se um dos sócios da A&M

Brasil 247, 1/12/2020, 11:48 h Atualizado em 1/12/2020, 12:41
   (Foto: Reuters | Reprodução)

A empresa de consultoria Alvarez & Marsal (A&M) receberá R$ 34,8 milhões pela administração da recuperação judicial das construtoras Odebrecht e OAS, que quebraram após virarem alvos da Lava Jato. Nesta semana, a consultoria anunciou que o ex-juiz da operação Sérgio Moro será um dos sócios da A&M em São Paulo. 

Segundo reportagem do Blog do Vicente, no Correio Braziliense, a 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo definiu que no caso da OAS a remuneração da A&M totalizará R$ 15 milhões. O valor será dividido em 30 parcelas mensais, sendo as 10 primeiras de R$ 400 mil e as 10 seguintes, de R$ 500 mil, e o restante das parcelas, R$ 600 mil, cada. No caso da Odebrecht, estão previstos de forma provisória pagamentos que somam R$ 19,8 milhões 

Ainda segundo a reportagem, um amigo de Moro teria dito que o ex-juiz fez “um negócio espetacular. Com o dinheiro que ganhará, deve abrir mão dos interesses políticos, por enquanto”.

Governo Bolsonaro tem relatórios sobre jornalistas como os feitos pela ditadura

Relatório do governo Bolsonaro classifica 81 jornalistas, intelectuais e influenciadores em “detratores”, “neutros” e “favoráveis” em linguagem similar aos relatórios dos órgãos de repressão da ditadura. Veja a lista. O relatório afirma sobre Xico Sá: “"Faz oposição contumaz ao governo, além de reverberar matérias de teor desfavorável à gestão Bolsonaro"

Brasil 247, 1/12/2020, 10:57 h Atualizado em 1/12/2020, 11:48
   Jair Bolsonaro e Xico Sá (Foto: REUTERS/Pilar Olivares | Brasil 247)

O governo Jair Bolsonaro tem produzido relatórios sobre jornalistas e "outros formadores de opinião" nos mesmos moldes dos realizados pelos órgãos de repressão durante a ditadura militar, especialmente os DEOPS (Departamento Estadual de Ordem Política e Social), espalhados por todas as unidades da Federação. Num desses relatórios, 81 jornalistas e influenciadores são separados entre “detratores”, “neutros” e “favoráveis”.

“O relatório revela e leva ao governo as impressões sobre esses profissionais”, escreve o jornalista Rubens Valente, do UOL, em reportagem sobre o assunto. O levantamento intitulado "Mapa de influenciadores", que analisou postagens do mês de maio de 2020 sobre o Ministério da Economia e o ministro Paulo Guedes, foi produzido pela BR+ Comunicação. Ela tem um contrato com o MCTIC (Ciência e Tecnologia) que é aproveitado pelo ME por meio de um Termo de Execução Descentralizada de junho de 2020, no valor total de R$ 2,7 milhões, que inclui outros serviços de comunicação.

O grupo dos “detratores” é o mais numeroso, com 51 nomes. Os "favoráveis" da lista são 23. E os "neutros informativos", oito. 




Entre os supostos "detratores" estão jornalistas com milhares de seguidores, como Vera Magalhães, Guga Chacra, Xico Sá, Hildegard Angel, Cynara Menezes, Carol Pires, Claudio Dantas, Luis Nassif, Brunno Melo, Igor Natusch, George Marques, Palmério Dória, Flávio V. M. Costa, Márcia Denser, Rachel Sheherazade, além dos professores universitários Silvio Almeida, Laura Carvalho, Jessé Souza, Claudio Ferraz, Sabrina Fernandes, Marco Antonio Villa, Conrado Hubner, Rodrigo Zeidan, entre outros - o próprio Rubens Valente está na lista. Ainda no campo dos supostos "detratores" aparecem youtubers e influenciadores como Felipe Neto, Nathália Rodrigues e Jones Manoel. 

Os oito "neutros informativos" citados são Alex Silva, Malu Gaspar, Altair Alves, Cristiana Lôbo, Mônica Bergamo, Marcelo Lins, Ricardo Barboza e Octavio Guedes.

No grupo dos "favoráveis" estão Roger Rocha Moreira, Milton Neves, Rodrigo Constantino, Guilherme Fiuza, Winston Ling, Camila Abdo, Tomé Abduch, entre outros.

O relatório sobre Xico Sá, que tem 1,5 milhão de seguidores no Twitter, e é hoje protagonista do programa Papo de Segunda, no GNT, e colunista da edição brasileira do jornal El Pais, está redigido nos mesmos moldes dos antigos relatórios do DEOPS: "Faz oposição contumaz ao governo, além de reverberar matérias de teor desfavorável à gestão Bolsonaro". A recomendação sobre Xico é o "monitoramento preventivo das publicações do influenciador em conteúdos relativos ao Ministério da Economia".

Moro muda para Washington depois de destruir o país em aliança com FBI

Sergio Moro está de mudança para Washington. É o que está previsto no contrato milionário que fechou para ser diretor da consultoria estadunidense Alvarez & Marsal, informa Lauro Jardim

Brasil 247, 1/12/2020, 08:30 h Atualizado em 1/12/2020, 08:30
Sergio Moro e fachada do FBI (Foto: Reuters)

Sergio Moro está de mudança para Washington. É o que está previsto no contrato milionário que fechou para ser diretor da consultoria estadunidense Alvarez & Marsal, informa Lauro Jardim. Em Washington fica a sede do FBI, o Federal Bureau of Investigation, com quem a Operação Lava Jato firmou um acordo ilegal para investigações de caráter persecutório contra a esquerda e empresas brasileiras, em especial o ex-presidente Lula e a Odebrecht.

Depois de destruir a Odebrecht, que de líder da engenharia nacional com projeção global tornou-se uma empresa em recuperação judicial, Moro foi contratada pela Alvarez & Marsal, que está lidando com os escombros da empresa brasileira. 

Coincidentemente, em Washington está a sede do FBI, com quem a Lava Jato, liderada pelo ex-juiz em parceria com o procurador Deltan Dallagnol, firmou um acordo de cooperação ilegal, conforme reconhecido oficialmente pelo Ministério da Justiça aos advogados de Lula dias atrás. O Ministério da Justiça confirmou à defesa de Lula que não há nenhum documento nas dependências da pasta que formalize a cooperação entre procuradores norte-americanos e brasileiros no processo do triplex do Guarujá, que levou o ex-presidente Lula a ser condenado e preso.Em 18 de março de 2019, como ministro, Sergio Moro foi a Washington com Jair Bolsonaro e reuniu-se com o diretor do FBI, Christopher Wray, conforme informação oficial do governo Bolsonaro. Leia aqui. Na visita, Moro foi à CIA - esta visita não constou da agenda oficial

Perdido, Bolsonaro defende conta de luz mais cara e diz que é isso ou apagão

As declarações de Bolsonaro postadas em rede social nesta terça-feira (01) demonstram apoio à decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de revogar medidas que preveniam um aumento na conta de luz durante a pandemia da Covid-19

Brasil, 1/12/2020, 12:45 h Atualizado em 1/12/2020, 12:45
(Foto: Reprodução/Twitter | Isac Nóbrega/PR)

Reuters - O presidente Jair Bolsonaro disse em uma rede social nesta terça-feira, ao ser indagado por um internauta sobre o aumento na conta de luz, que se nada for feito pelo governo, o Brasil poderá enfrentar um apagão por causa da falta de chuvas.

“As represas estão em níveis baixíssimos. Se nada fizermos, poderemos ter apagões”, respondeu Bolsonaro no Facebook a um usuário que lhe agradeceu ironicamente pelo aumento na conta de luz em dezembro.

“O período de chuvas, que deveria começar em outubro, ainda não veio. Iniciamos também campanha contra o desperdício”, acrescentou o presidente.

Na segunda-feira, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou a reativação do sistema de bandeiras tarifárias nas contas de luz a partir de dezembro, estabelecendo para o mês que vem a bandeira vermelha patamar 2.

Em reunião extraordinária, a diretoria da reguladora optou, com unanimidade, por revogar despacho de maio que mantinha as contas em bandeira verde, sem custos adicionais para o consumidor, até o final de dezembro por causa dos efeitos da pandemia de Covid-19.

A bandeira vermelha patamar 2, definida para dezembro, é a que prevê as condições mais custosas de geração de energia, com impacto nas contas de luz da população.

segunda-feira, 30 de novembro de 2020

FHC vê Boulos como 'liderança emergente' e o compara a Lula

UOL, em São Paulo 30/11/2020 11h33 

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) disse hoje que vê Guilherme Boulos (PSOL), segundo colocado nas eleições municipais de São Paulo, como uma "liderança emergente". Para FHC, Boulos lembra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no começo de sua carreira política. 

"Tenho notado como ele costuma se desempenhar. Primeiro, mostrou uma coisa importante: dedicação às causas populares. Foi morar mais perto dos bairros populares e está muito ligado ao 'movimento sem teto'. Ele, quando fala, me dá impressão de imitar um pouco o Lula, é o jeitão dele, só que um pouco o Lula, é o jeitão dele, só que o Lula tinha o sindicalismo por trás dele, que é uma coisa mais ampla que ocupações. O Boulos simboliza a insatisfação de muita gente com a vida na cidade grande. Vai ser uma liderança para aparecer? É possível, provável", disse durante entrevista ao colunista do UOL Tales Faria.

Na opinião do ex-presidente, Boulos desperta uma sensação de esperança na população. "Tenho uma sensação de que é uma liderança que está em emergência e normal que haja lideranças desse tipo, que contraponham a tudo que está aí e dê uma visão de esperança e um futuro melhor para os que mais precisam", concluiu.