domingo, 4 de outubro de 2020

Joe Biden está 14 pontos à frente de Trump em pesquisa NBC News/Wall Street Journal

De acordo com a pesquisa NBC News/Wall Street Journal, Joe Biden (Partido Democrata) tem 53% dos votos, uma vantagem de 14 pontos percentuais sobre Donald Trump na corrida presidencial americana

Brasil 247, 04/10/2020, 16:13 h Atualizado em 04/10/2020, 16:13
   Joe Biden e Donald Trump (Foto: Reuters)

Uma pesquisa feita pela NBC News/Wall Street Journal após o debate eleitoral de terça-feira (29) apontou que o candidato à presidência dos Estados Unidos Joe Biden (Partido Democrata) abriu 14 pontos percentuais sobre o mandatário americano, Donald Trump: 53% a 39%.

Em outro levantamento, Reuters/Ipsos, o democrata também apareceu com larga vantagem sobre o adversário: 51% a 41%. 

Faltando cerca de um mês para a eleição, Biden manteve uma vantagem inicial para garantir o voto popular nacional. Mas para ganhar a presidência, um candidato deve prevalecer em estados suficientes para ganhar o Colégio Eleitoral, e as pesquisas estaduais mostram que Trump é quase tão popular quanto Biden nos estados do campo de batalha.

O presidente americano foi diagnosticado com coronavírus. Não está claro como o diagnóstico dele terá impacto no próximo debate presidencial, que está agendado para 15 de outubro. O primeiro debate vice-presidencial entre a democrata Kamala Harris e o republicano Mike Pence está agendado para quinta-feira (8).

A pesquisa Reuters / Ipsos foi realizada online, em inglês, em todos os Estados Unidos. Foram coletadas respostas de 1.005 adultos nos EUA, incluindo 596 prováveis ​​eleitores.

*Com informações da Reuters

Mantega reaparece e condena a "pedalada fiscal" de Paulo Guedes

"Os governos do PT, que tive a honra de servir, jamais desviaram dinheiro da educação para qualquer outra finalidade", diz o ex-ministro, que condena desvios do Fundeb para financiar o Renda Cidadã

Brasil 247, 04/10/2020, 05:21 h Atualizado em 04/10/2020, 05:54
   Ministro da Fazenda Guido Mantega com o Vice-Presidente da República Michel Temmer. (Foto: WILSON DIAS/ABR)

O ex-ministro Guido Mantega, que conduziu a economia brasileira num período de forte crescimento econômico e redução do desemprego, decidiu voltar ao debate público, após ter sido um dos alvos da Operação Lava Jato. "Depois de mais de três anos afastado do debate nacional por um recolhimento autoimposto, decidi vir a público para comentar a esperteza daninha do ministro da Economia, Paulo Guedes, de tentar esvaziar o orçamento apertado das escolas públicas para financiar o projeto Renda Cidadã do presidente Bolsonaro", escreve ele, em artigo publicado na Folha de S. Paulo.

"Guedes não hesitou em propor a utilização, para outro fim, de uma parcela da nova receita do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica), aprovada neste ano pelo Congresso. Também sugeriu, ao arrepio da Lei de Responsabilidade Fiscal, dar calote nos precatórios das dívidas reconhecidas pela Justiça com aposentados e fornecedores", prossegue Mantega.

O ex-ministro ironiza o fato de que tais manobras permitiram aos próprios conservadores cunhar o termo "pedalada fiscal", expressão que foi usada no golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff, ocorrido em 2016. "Os governos do PT, que tive a honra de servir, jamais desviaram dinheiro da educação para qualquer outra finalidade. Ao contrário, durante os três mandatos e meio do PT, as despesas com educação subiram de R$ 30 bilhões em 2002, para mais de R$ 100 bilhões em 2015. Mencionar Dilma para criticar Guedes revela apenas a desonestidade intelectual de quem procura estabelecer simetrias inexistentes entre as duas figuras públicas", aponta ainda o ex-ministro.

Argentina de Alberto Fernández e Cristina Kirchner começa a punir juízes golpistas

Integrante da coalização Frente de Todos, do presidente Alberto Fernández, e de sua vice, Cristina Kirchner, a deputada Vanesa Siley apresentou um projeto de resolução com o objetivo de afastar o presidente do STF argentino, Carlos Fernando Rosenkrantz. Parlamentar alega que o jurista foi complacente com pessoas apontadas como autoras de crimes na ditadura

Brasil 247, 04/10/2020, 13:32 h Atualizado em 04/10/2020, 13:32
Carlos Fernando Rosenkrantz, presidente do STF argentino, Vanesa Siley, deputada, Alberto Fernández e Cristina kirchner (Foto: Divulgação - Reuters)

247 - A deputada da Frente de Todos, Vanesa Siley, apresentou um projeto de resolução com o objetivo de afastar o presidente do Supremo Tribunal Federal, Carlos Fernando Rosenkrantz. A mais alta Corte da Argentina havia proibido a substituição dos juízes que investigaram Cristina Kirchner, ex-presidente e atual vice de Alberto Fernández. 

A parlamentar questionou as ações de Rosenkrantz em casos relacionados à Ditadura Militar Argentina (1966-1973). São eles: “Muiña” - ex-agente paramilitar -, “Ledesma”, empresa acusada de crimes na ditadura argentina, e “Rufino Batalla”, ex-agente de inteligência e também envolvidos em crimes no período ditatorial. A informação foi publicada no site Infobae

Segundo a deputada, "Rosenkrantz desprezou e confrontou inaceitavelmente os princípios fundamentais que determinam a natureza da amnistia (ou anistia) destes crimes - uma posição partilhada pela comunidade internacional -, a respeito da qual todas as formas de perdão, indulto ou comutação de penas são intransponíveis".

A legenda quer investigação contra Rosenkrantz "por mau desempenho e possíveis crimes no exercício de suas funções, de acordo com o disposto no artigo 53 e as disposições correspondentes da Constituição Nacional".

De acordo com a parlamentar, "Rosenkrantz impede o pleno exercício dos direitos e garantias constitucionais". "Seus compromissos políticos e econômicos com as empresas e pessoas ligadas à responsabilidade civil na última ditadura militar estão dificultando o tratamento das causas", publicou a deputada no Twitter.

 no Twitter.


Dilma: "A privatização da Petrobras é uma traição ao Brasil e ao povo"

Em ato virtual sobre os 67 anos da Petrobrás, a presidente deposta pelo golpe de 2016, Dilma Rousseff, afirmou que as políticas de privatização da estatal evidenciam “que, subordinado ao liberalismo e subserviente aos interesses dos EUA, esse governo age deliberadamente para desnacionalizar nossas riquezas. Tudo isso é uma traição ao Brasil e ao nosso povo

Brasil 247, 04/10/2020, 14:00 h Atualizado em 04/09/2020, 14:53
   Dilma Rousseff e Graça Foster, que presidiu a Petrobrás (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)

Vanessa Nicolav, Brasil de Fato | São Paulo - Em comemoração aos 67 anos da Petrobrás e em defesa das empresas estatais e dos serviços públicos, foi realizado neste sábado (3), por meio de redes sociais, o ato “Em Defesa da Soberania Nacional e Pelo Povo Brasileiro”.

Organizado pelo Comitê de Luta Contra as Privatizações, Frente Brasil Popular, Frente Povo Sem Medo, Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) e Plataforma Operária e Camponesa da Água e da Energia, o ato contou com participação dos ex-presidentes Luís Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, de parlamentares, lideranças de movimentos sociais como João Pedro Stedile e Guilherme Boulos, além de representantes de centrais sindicais. 

O impacto da agenda de privatizações do governo federal sobre o aumento do desemprego, o preço dos combustíveis e dos alimentos, além do aumento da degradação da meio ambiente e dos direitos sociais, foram os principais temas tratados pelos participantes no evento. 

O ato ocorreu dois dias depois da votação do Supremo Tribunal Federal (STF) que reafirmou a liberação da venda de refinarias da Petrobras por parte do governo sem aval do Congresso.

Um dos primeiros a falar, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, destacou a importância da luta em defesa da Petrobras, maior empresa estatal do país, que já vendeu mais de 16,2% de suas ações, desde 2018. 

“A Petrobras é símbolo da defesa da soberania porque é uma empresa que nasceu por responsabilidade do povo brasileiro que teve coragem de dizer que o Brasil tinha petróleo. E acabou se tornando uma empresa que tem capacidade e conhecimento tecnológico como nenhuma outra empresa no mundo”, afirmou Lula.

A submissão do atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao governo norte americano, também foi ponto destacado por Lula. “Quando você tem um presidente da República lambendo as botas do governo americano, que é tão troglodita quanto a nossa, [vemos que] o país está correndo o risco”, afirmou o ex-presidente. 

Lula também destacou que soberania diz respeito à possibilidade da construção de um país que cuida de sua população. “Soberania quer dizer defender nossas fronteiras, mas também cuidar das nossas florestas, nossa água, cuidar do índio, cuidar do negro. E o Estado deve assumir a responsabilidade pelo bem estar social de 110 milhões de brasileiros, e não permitir a interferência de nenhum outro país”, concluiu Lula.

A relação entre o desmonte de empresas estatais e a soberania alimentar foi tema tratado pelo representante do Movimento Trabalhadores Sem Terra (MST), João Pedro Stedile. Segundo o dirigente, a alta do preço dos alimentos é exemplo explícito do impacto que as políticas privatistas do governo nas condições de vida do povo. 

“A alta dos dos produtos alimentícios que estamos vendo hoje, não é por falta de produção, e não é porque os agricultores estão ganhando mais, mas sim porque não há nenhum controle estatal sobre eles. O governo não controla o estoque e com isso as empresas fazem especulação e colocam o preço que quiserem. E o governo do capitão genocida faz isso porque está se lixando para a fome e o preço dos alimentos, porque ele é representante do interesse dos bancos e das corporações", pontuou Stedile.

Empresas públicas como a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e a Caixa Econômica, que também estão sob ameaça de privatização, têm influência na capacidade de produção do agricultor. Segundo Stedile, são empresas que fazem a “retaguarda de apoio aos agricultores, e mesmo na habitação popular.” 

A condição atual de importante empresa nacional, como os Correios, e a luta dos trabalhadores da estatal contra seu sucateamento foi fato lembrado por Atnágoras Lopes, representante da CSP Conlutas. 

“Acabamos de vivenciar a heroica greve dos Correios, de 35 dias, em que foram retirados mais de 50 direitos históricos dessa categoria, tudo com isso para responder a sanha desse governo privatista. Por isso é importante lembrar desse um dia para fortalecer a unidade dos trabalhadores, para enfrentar e inclusive botar para fora esse governo”; destacou Lopes.

Liderança do Movimento Negro Unificado, Vania Vieira, enfatizou como o desmonte do estado em processo, defendido principalmente pelo ministro da economia Paulo Guedes, impacta a vida de todos os brasileiros, principalmente das mulheres negras e periféricas.

“Enquanto mulher negra que lutou a vida inteira pelos direitos das mulheres, da juventude e da população negra em geral, nós somos as que mais perdemos com a venda das riquezas e perda da soberania do país. Por isso chamamos todos a fazer parte dessa luta contra a venda das empresas nacionais”, defendeu Vieira.

Finalizando o ato, a ex-presidenta Dilma Rousseff, denunciou as políticas neoliberais do governo Bolsonaro, alertando para o fato de que suas medidas desastrosas não são fruto somente de incompetência, mas representam um método e ação sistêmica.

“Essas políticas de privatização evidenciam que, subordinado ao liberalismo e subserviente aos interesses dos EUA, esse governo age deliberadamente para desnacionalizar nossas riquezas. Tudo isso é uma traição ao Brasil e ao nosso povo”, afirmou Rousseff.

Concluindo sua fala, ela trouxe a importância de uma mobilização nacional constante contra o governo, que tenha como foco a defesa da Petrobras. “Os defensores da privatização devem ser enfrentados e combatidos energicamente onde quer que possamos lutar contra eles, pois diante de um governo que produz tanta devastação não há outro caminho senão lutar para tirá-lo do poder. O futuro do Brasil será tão mais desastroso quanto mais impunemente se Bolsonaro continuar agindo contra a Petrobras”, concluiu.

domingo, 27 de setembro de 2020

Globo aciona STF contra censura a divulgação de documentos sobre Flávio Bolsonaro De acordo com a defesa da Globo, as decisões do TJ do Rio desrespeitam posicionamento do STF sobre liberdades de expressão e de imprensa e ao direito à informação 27 de setembro de 2020, 17:00 h Atualizado em 27 de setembro de 2020, 18:13 53 11 (Foto: Reuters | Reprodução) Siga o Brasil 247 no Google News Assine a Newsletter 247 Por Tábata Viapiana, no ConJur - A alegação de que o feito tramita em segredo de justiça não é suficiente para impedir a divulgação da informação, uma vez que a obrigação de manter o sigilo não se estende a terceiros, como os jornalistas, mas se restringe aos funcionários públicos. Com esse argumento, a Rede Globo acionou o Supremo Tribunal Federal contra decisões da Justiça do Rio de Janeiro que proibiram a emissora de divulgar documentos sobre uma investigação do Ministério Público contra o senador Flávio Bolsonaro. O inquérito apura suposta prática de "rachadinha" no gabinete de Flávio enquanto ele foi deputado estadual no Rio de Janeiro. A RCL 43.671 foi distribuída ao ministro Gilmar Mendes. Na inicial, a Globo, patrocinada pelo escritório Binenbojm e Carvalho Britto, pediu a concessão de liminar para autorizar a divulgação de documentos e informações sobre o caso nas reportagens da emissora. De acordo com a defesa da Globo, as decisões do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro desrespeitam sólido posicionamento do Supremo Tribunal Federal em matéria de proteção às liberdades de expressão e de imprensa e ao direito à informação. A inicial cita o julgamento da ADPF 130. "A livre manifestação do pensamento e o direito à informação (do qual se extrai um correspondente dever da imprensa de informar) são pilares de um mercado livre de ideias e, por via de consequência, do próprio Estado Democrático de Direito. Trata-se de valores essenciais protegidos pela Constituição, que impõem a vedação a qualquer tipo de censura prévia, inclusive aquelas emanadas do Poder Judiciário, a não ser em hipóteses excepcionalíssimas", diz a inicial. Ainda conforme a defesa, a proibição compromete, "de forma grave", o exercício da atividade jornalística da Rede Globo e o direito da sociedade de ser livremente informada a respeito de fatos de interesse público, "que envolvem pessoa pública, um senador da República, filho do presidente da República, durante período em que era deputado estadual".

De acordo com a defesa da Globo, as decisões do TJ do Rio desrespeitam posicionamento do STF sobre liberdades de expressão e de imprensa e ao direito à informação

Brasil 247, 27/09/2020, 17:00 h Atualizado em 27/09/2020, 18:13
   (Foto: Reuters | Reprodução)

Por Tábata Viapiana, no ConJur - A alegação de que o feito tramita em segredo de justiça não é suficiente para impedir a divulgação da informação, uma vez que a obrigação de manter o sigilo não se estende a terceiros, como os jornalistas, mas se restringe aos funcionários públicos.

Com esse argumento, a Rede Globo acionou o Supremo Tribunal Federal contra decisões da Justiça do Rio de Janeiro que proibiram a emissora de divulgar documentos sobre uma investigação do Ministério Público contra o senador Flávio Bolsonaro. O inquérito apura suposta prática de "rachadinha" no gabinete de Flávio enquanto ele foi deputado estadual no Rio de Janeiro.

A RCL 43.671 foi distribuída ao ministro Gilmar Mendes. Na inicial, a Globo, patrocinada pelo escritório Binenbojm e Carvalho Britto, pediu a concessão de liminar para autorizar a divulgação de documentos e informações sobre o caso nas reportagens da emissora. 

De acordo com a defesa da Globo, as decisões do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro desrespeitam sólido posicionamento do Supremo Tribunal Federal em matéria de proteção às liberdades de expressão e de imprensa e ao direito à informação. A inicial cita o julgamento da ADPF 130.

"A livre manifestação do pensamento e o direito à informação (do qual se extrai um correspondente dever da imprensa de informar) são pilares de um mercado livre de ideias e, por via de consequência, do próprio Estado Democrático de Direito. Trata-se de valores essenciais protegidos pela Constituição, que impõem a vedação a qualquer tipo de censura prévia, inclusive aquelas emanadas do Poder Judiciário, a não ser em hipóteses excepcionalíssimas", diz a inicial. 

Ainda conforme a defesa, a proibição compromete, "de forma grave", o exercício da atividade jornalística da Rede Globo e o direito da sociedade de ser livremente informada a respeito de fatos de interesse público, "que envolvem pessoa pública, um senador da República, filho do presidente da República, durante período em que era deputado estadual".

sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Na ONU, Bolsonaro mentiu de novo; mais assustador é que parte das forças armadas acredita e apoia o fraudador

Viomundo, 24/09/2020 - 20h44
   Fotos: Reprodução de vídeo e Marcos Corrêa/PR

Fraude

Por Dr. Rosinha*

Até o momento, a fraude é vitoriosa no Brasil e quer vencer na Organização das Nações Unidas (ONU).

Através da fraude judicial, trabalhando em conjunto na política e nas mídias sociais, o fraudador e representante dos fraudadores Jair Bolsonaro chegou à presidência do Brasil.

Me refiro aqui a todas as instâncias do sistema judiciário e não apenas à Lava Jato.

Ou seja, da primeira instância às cortes superiores.

Não escrevo à presidência da República porque, aqui, República só existe no papel.

Os governos brasileiros não são republicanos.

Os que tentaram ser republicanos — Lula e Dilma – foram golpeados.

Se um fraudador apoiado por fraudadores chegou à presidência e governa com fraudadores, o que podemos esperar?

Seriedade?

Verdades?

Lamentavelmente, mais fraudes, como vimos na fala dele na ONU.

Lá, cada país, através de seus representantes, fala o quer.

O problema é que quem o ouviu, deve ter se perguntado: “como o povo brasileiro, tão boa gente elegeu um cara — ou o adjetivo que você preferir — como esse?”

Morro de vergonha.

Aliás, nós, brasileiros, já fizemos inúmeras vezes a mesma pergunta em relação aos alemães e italianos: “Como vocês permitiram a ascensão de Hitler? E do Mussolini”

Além da vergonha que passamos perante ao mundo pelo que falou Bolsonaro na ONU, o que mais pode ocorrer?

Nada.

O fraudador faz isso porque entende que a ONU é a própria fraude.

Bolsonaro por mais de uma vez declarou que a ONU é comunista e que suas decisões não merecem respeito.

Num certo sentido, essa imagem de pouco respeito foi sendo construída ao longo dos anos.

Como exemplo, trago aqui as resoluções da ONU que dizem respeito a Israel e o respeito ao território palestino.

Lamentavelmente, elas não são cumpridas.

A resolução de invasão militar do Iraque foi tomada por pressão principalmente dos Estados Unidos.

Se a ONU não tem poder de obrigar o cumprimento de suas resoluções ou que elas sejam tomadas de modo imparcial, alguns governantes, como Bolsonaro e Trump, entendem que ela é uma fraude.

A relevância que se esperava da ONU não existe.

As grandes potências acatam as decisões quando lhes interessa. Caso contrário, as ignoram.

Os protestos contra a ONU vão de governantes a cidadãos.

Aqui, lembro a canção Conversação de Paz, de Sérgio Ricardo, de 1971, época da ditadura militar no Brasil:

Hoje finalmente vai ter reunião/

Conversação, conversação, conversação de paz/

Vão chegando os ministros das relações/

De um lado o civil, do outro o militar/

Variadas ceitas e religiões/ …

Ana, Ana/

A ONU está me dando sono/

Guerra, guerra, guerra/

Está explodindo a Terra/

Acorda, olha a guerra/

O dono da terra/

O dono de toda a guerra…

Blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá

Ocorre que o blá, blá, blá de Bolsonaro na 75ª Assembleia ONU, assim como foi no ano passado, é mentiroso e fraudulento.

Mas, algum brasileiro/a esperava outra coisa além de mentiras e fraudes?

No seu vergonhoso discurso — para os brasileiros que pensam –, Bolsonaro fez um apelo contra a cristofobia.

Pediu às nações que se unam para lutar contra o preconceito aos cristãos.

A Organização Não Governamental Portas Abertas, que apoia os cristãos – segundo ela – perseguidos, tem uma lista de 50 países.

O nome do Brasil não consta.

Ao contrário, aqui, os fundamentalistas cristãos são os que perseguem os que consideram não cristãos ou que praticam atos e ações que consideram não cristãos, como, por exemplo, os homossexuais.

Perseguem também os praticantes de religião de matriz africana, como Pais e Mães de Santo.

Na ONU, Bolsonaro foi o Bolsonaro de sempre.

Simplesmente repetiu o que faz no dia a dia no Brasil: mentiu.

Na ONU, com seu blá, blá, blá fascista e mentiroso, provou – mais uma vez – que é um mentiroso contumaz, um fraudador.

O assustador e preocupante disso tudo é que parte importante das forças armadas acredita e apoia o fraudador e suas fraudes.

Papa confronta Bolsonaro e discursa na ONU em defesa da Amazônia e dos indígenas

"Penso também na perigosa situação da Amazônia e de seus povos indígenas. Eles nos lembram que a crise ambiental está intimamente ligada a uma crise social", afirmou o Papa Francisco em discurso na 75ª Assembleia-Geral ONU. Discurso confronta Jair Bolsonaro, que nega os incêndios na floresta e culpa índios pela devastação

Brasil 247, 25/09/2020, 12:33 h Atualizado em 25/09/2020, 14:51
   Papa Francisco e Jair Bolsonaro (Foto: Reuters | Agência Brasil)

Em pronunciamento na sessão de debates da 75ª Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU), o Papa Francisco falou em "perigosa situação" da Amazônia e disse que a emergência ambiental está "intimamente ligada à crise social". No Brasil, a Amazônia perdeu 265.113 km² de vegetação de 2000 e 2018, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O volume corresponde à perda de uma área superior a 32,1 milhões de campos de futebol "Padrão Fifa" com dimensões de 110m x 75m, equivalente a 8.250 metros quadrados (m²). 

"Penso também na perigosa situação da Amazônia e de seus povos indígenas. Eles nos lembram que a crise ambiental está intimamente ligada a uma crise social e que o cuidado com o meio ambiente exige uma aproximação integrada para combater a pobreza e a destruição", afirmou.

"Não devemos deixar para as próximas gerações os problemas das anteriores. Devemos nos perguntar seriamente se existe entre nós a vontade política para mitigar os efeitos negativas da mudança climática, assim como para ajudar as populações mais pobres e vulneráveis, que são as mais afetadas", acrescentou.

De acordo com o IBGE, áreas de pastagem com manejo aumentaram 71,4% na Amazônia, ao passar de 248.794 quilômetros quadrados (km²) para 426.424 km² em 18 anos. As áreas agrícolas na floresta aumentaram de 288%, ao pular de 17.073 km² para 66.350 km².

Apesar de o Papa citar o Acordo de Paris sobre o clima, assinado no fim de 2015, ele afirmou ser preciso "admitir honestamente que, ainda que alguns progressos tenham sido alcançados, a pouca capacidade da comunidade internacional para cumprir suas promessas de cinco anos atrás" evidencia que é necessário evitar discursos "tranquilizantes" e agir para instituições políticas serem "realmente efetivas".

Enquanto o Papa faz o alerta para o desmatamento, Jair Bolsonaro insiste em negar o problema e culpa índios e ONGs. Em discurso pela Assembleia Geral das Nações Unidas, na terça-feira (22), ele disse haver uma "campanha de desinformação" contra a política ambiental do seu governo. Também voltou a dizer que, no caso da Amazônia, a floresta não pega fogo por ser úmida.

Aprovação de Bolsonaro despenca para 35% e 42% reprovam governo

Pesquisa realizada pela Exame/Ideia indica que a popularidade de Jair Bolsonaro despencou de 40% para 35% nas últimas semanas. Desaprovação é maior entre a população mais vulnerável, que sofre com a alta dos alimentos e redução do auxílio emergencial

Brasil 247, 25/09/2020, 13:18 h Atualizado em 25/09/2020, 14:51
   Jair Bolsonaro (Foto: Isac Nóbrega/PR)

A aprovação de Jair Bolsonaro despencou, de 40% para 35%, nas últimas semanas, segundo pesquisa publicada pela Exame/Ideia nesta sexta-feira (25). O levantamento também indicou que 42% da população reprova as ações do Governo Federal. 

A pesquisa, que entrevistou 1.200 pessoas por telefone, em todas as regiões do país, entre os dias 21 e 24 de setembro, indica alta do preço da cesta básica somada a redução do auxílio emergencial de R$ 600 para R$ 300, foram essenciais na reprovação de Bolsonaro. 

Segundo reportagem publicada no portal Exame, a maior rejeição a Bolsonaro encontra-se nos grupos mais vulneráveis. No grupo dos mais insatisfeitos estão aqueles que não conseguiram completar o ensino fundamental (41%) e ganham até um salário mínimo (54%). Já entre os brasileiros que seguem apoiando o governo, a maioria é formada por pessoas com renda superior a cinco salários mínimos (49%), com diploma universitário (40%) e é moradora da região centro-oeste (42%).

O levantamento também indicou que hoje 34% dos brasileiros consideram o governo ótimo ou bom. Outros 26% avaliam a gestão do presidente como regular e 39% classificam sua administração como ruim ou péssima.

quarta-feira, 23 de setembro de 2020

PDT pede ao STF que Bolsonaro explique declarações dadas à ONU

Partido quer saber se Jair Bolsonaro tem informações concretas ou se equivocou ao afirmar, por exemplo, que que caboclos e índios estavam queimando a floresta Amazônica para subsistência e pede estudos para embasar a afirmação de que as queimadas foram naturais

Brasil 247, 23/09/2020, 15:11 h Atualizado em 23/09/2020, 15:33
    Jair Bolsonaro, Pantanal em chamas e óleo no Nordeste (Foto: Reprodução | Reuters)

O PDT apresentou uma interpelação judicial junto ao Supremo Tribunal Federal para que Jair Bolsonaro explique declarações feitas em seu discurso na abertura da 75ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU).

No pedido, encaminhado ao presidente da Corte, ministro Luiz Fux, o partido quer saber se o presidente tem informações concretas ou se equivocou ao afirmar, por exemplo, que caboclos e índios estavam queimando a floresta Amazônica para subsistência.

A legenda pede também que sejam apresentados estudos que embasaram a fala de Bolsonaro ao afirmar que as queimadas no Pantanal foram naturais. 

E ainda pergunta se “já foi tomada alguma medida investigativa para deslindar os fatos e punir indígenas e caboclos que estejam realizando queimadas?”.


Aras vai decidir se denuncia Flávio Bolsonaro por faltar à acareação com Paulo Marinho

Flávio Bolsonaro não compareceu a acareação marcada pelo MPF e, no mesmo dia, surgiu em um vídeo dançando ao lado do apresentador Sikêra Júnior. A investigação a qual o senador está submetido apura um possível vazamento da Operação Furna da Onça

Brasil 247, 22/09/2020, 17:56 h Atualizado em 22/09/2020, 19:53
   Augusto Aras e Flávio Bolsonaro (Foto: ABr)

O Ministério Público Federal (MPF) encaminhou nesta terça-feira (22) à Procuradoria-Geral da República (PGR) um pedido de denúncia contra o senador Flávio Bolsonaro por desobediência. 

Flávio não compareceu a uma acareação marcada pelo MPF para a segunda-feira (21). A investigação a qual o senador está submetido apura um possível vazamento da Operação Furna da Onça em 2018 que beneficiava o parlamentar. O procurador-geral da República, Augusto Aras, decidirá se vai, ou não, denunciar o senador ao Supremo Tribunal Federal (STF), segundo Leandro Resende, da CNN.

O senador faria a acareação juntamente com o empresário Paulo Marinho, seu ex-suplente.

A defesa de Flávio afirmou que o parlamentar tinha um compromisso no Amazonas. Entretanto, no dia da acareação, o senador surgiu dançando uma música homofóbica ao lado do apresentador Sikêra Júnior.