sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Manuela lidera pesquisa para prefeitura de Porto Alegre

Manuela D’Ávilla (PCdoB-RS) lidera a intenção de voto para a prefeitura de Porto Alegre, com 18,3% da preferência do eleitorado, segundo levantamento feito pelo Instituto Paraná Pesquisas aponta que. Em seguida aparecem o deputado estadual Sebastião Melo (MDB-RS), com 15,5%, e o atual prefeito, Nelson Marchezan Júnior (PSDB-RS), com 11,2% das intenções de voto

Brasil 247, 20/12/2019, 12:13 h Atualizado em 20/12/2019, 12:17

Levantamento feito pelo Instituto Paraná Pesquisas aponta que Manuela D’Ávilla (PCdoB-RS) lidera a intenção de voto para a prefeitura de Porto Alegre, com 18,3% da preferência do eleitorado. Em seguida aparece deputado estadual Sebastião Melo (MDB-RS), com 15,5%. O atual prefeito, Nelson Marchezan Júnior (PSDB-RS) fica em terceiro lugar, com 11,2% das intenções de voto. A atual gestão municipal é desaprovada por 66,2% dos eleitores. 

Ainda conforme o estudo, 21% dos eleitores da capital gaúcha não sabem ou não votariam em nenhum dos pré-candidatos atuais. Em relação ao governo Jair Bolsonaro, 47,9% dos entrevistados desaprovam o governo, enquanto outros 47% aprovam a atual gestão. 

Já a administração do governador Eduardo Leite (PSDB-RS) é avaliada como péssima por 35,6% dos eleitores e sua desaprovação alcança 67,7%. 

O Instituto Paraná Pesquisas ouviu 804 pessoas entre os dias 16 e19 de dezembro e tem grau de confiança de 95. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos.

Leia a íntegra da pesquisa

quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Viúva de Paulo Freire: Bolsonaro não tem pudor nem caráter!

Será que o Jair Messias sabe soletrar "energúmeno"?

Conversa Afiada, 17/12/2019
O professor Paulo Freire (Reprodução: TV UFMG)

Paulo Freire (1921-1997), educador e filósofo brasileiro, é um dos maiores pensadores da história da pedagogia mundial.

É o terceiro autor mais citado em pesquisas acadêmicas na área das ciências humanas em todo o mundo.

Grandes universidades, como Oxford e Harvard, exaltam Paulo Freire e adotam sua metodologia de ensino.

Desde 2012, Paulo Freire é reconhecido como patrono da educação brasileira.

Entretanto, como Jair Bolsonaro e seu governo vivem em guerra contra o ensino, a hostilidade obviamente estende-se também ao professor Paulo Freire.

(Os bolsonários - assim como a ditadura militar que prendeu Freire - não querem uma educação que ensine o cidadão a pensar...)

Na manhã desta segunda-feira 16/XII, enquanto conversava com admiradores na porta do Palácio da Alvorada, o presidente Jair Bolsonaro justificou o fechamento da TV Escola, um projeto voltado à capacitação dos profissionais de ensino da rede pública: "quem assiste a TV Escola? Ninguém assiste. Dinheiro jogado fora".

Ele continuou: "era uma programação [da TV Escola] totalmente de esquerda. (...) Os caras estão há trinta anos [no ministério], tem muito formado aqui em cima dessa filosofia do Paulo Freire da vida, esse energúmeno, ídolo da esquerda".

A educadora Ana Maria Freire, viúva de Paulo Freire, revidou em grande estilo:

"No fundo, ele [Bolsonaro] tem um pouco de inveja. Ele também [queria] ser como Paulo foi, mas não pode, não consegue. Tem de estar o tempo todo de pontaria armada para atingir alguém. (...) Bolsonaro é um homem sem nenhum pudor, sem nenhum caráter, sem nenhuma autocensura. (...) É um homem nefasto, uma coisa absolutamente terrível", disse.

Em tempo: será que o Bolsonaro sabe soletrar "energúmeno"?

Leia também:

Jean Wyllys: Karol Eller aprendeu da pior forma que a homofobia existe


"Karol aprendeu da pior maneira que, sim, a homofobia existe e que os homofóbicos estão se sentindo mais livres para perpetrar violências contra LGBTs desde que a extrema-direita se tornou hegemonia política e Bolsonaro venceu as eleições no Brasil", escreveu o ex-deputado Jean Wyllys sobre a agressão homofóbica à youtuber bolsonarista Karol Eller

STF acha que está no alvo de Moro

De acordo com Helena Chagas, Jornalista pela Democracia, dois episódios recentes - a entrevista de Sergio Moro à Folha e a divulgação de grampos envolvendo o ministro Alexandre de Moraes - incomodaram os integrantes do Supremo e têm em comum a interpretação de que "foram considerados parte de uma ofensiva do ministro da Justiça contra o STF. Ou melhor, contra a ala do Supremo que critica e faz reparos à Lava Jato, hoje majoritária em boa parte das ocasiões

Brasil 247, 16/12/2019, 10:37 h Atualizado em 16/12/2019, 11:04
      (Foto: Lula Marques | STF)

Por Helena Chagas, para o Jornalistas pela Democracia - Ministros do Supremo Tribunal Federal não gostaram nada da entrevista do ministro da Justiça, Sergio Moro, à Folha, semana passada, responsabilizando-os — supostamente por ter revogado a prisão após condenação em segunda instância — pela queda da avaliação do governo no Datafolha no quesito combate à corrupção. Mais irritados ainda ficaram com o vazamento, também na Folha, domingo, de relatório da PF sobre grampos de 2015 que mostrariam o ministro Alexandre Moraes, então secretário de Segurança de SP, advogando para um desembargador do TJ de Minas se livrar de uma punição no Supremo.

O que os dois episódios têm em comum, na avaliação de interlocutores de ministros, é que foram considerados parte de uma ofensiva do ministro da Justiça contra o STF. Ou melhor, contra a ala do Supremo que critica e faz reparos à Lava Jato, hoje majoritária em boa parte das ocasiões.

Depois de confirmar sua popularidade nas pesquisas — ela caiu 10 p.p. com o episódio The Intercept mas ainda está na faixa de 53% — Moro parece ter se encorajado a comprar essa briga. No mínimo, deseja emparedar o STF para que, no retorno dos trabalhos, no ano que vem, a Segunda Turma perca a coragem para conceder habeas corpus e anular sua sentença condenando o ex-presidente Lula. O ex-juiz joga com a força da própria popularidade e o desgaste da Corte.

Resta saber se o neófito Moro não estará indo com muita sede ao pote nessa guerra — que vem incluindo novas e seguidas operações da Lava Jato, como a que atingiu o filho do ex-presidente e seus sócios, de forma a rememorar a opinião pública sobre as acusações contra o ex-presidente. Afinal, guerra é guerra, e o STF não é exatamente um jardim de infância.

Pessoas próximas dos ministros mais irritados lembram que, apesar de a popularidade de Moro ser infinitamente superior à do STF no show midiático de cada dia, não se vê mais, como até o início do governo, multidões mobilizadas em apoio ao ministro da Justiça e à Lava Jato. 81% acham que a operação deve continuar, sim, mas um número bem menor acredita que a corrupção no país vai diminuir.

Temas como saúde, educação, emprego e os desmandos do governo Bolsonaro vem ocupando mais espaço dos corações e mentes da opinião pública. A própria decisão sobre a segunda instância, anunciada como uma catástrofe pelos lavajatistas, mobilizou gatos pingados pelo país.

É possível, portando, que o Supremo não se sinta tão acuado assim para dar um troco em Moro. Com o agravante de que o ex-juiz hoje é ministro de Jair Bolsonaro, que depende da mais alta Corte do país em questões cruciais — como o caso Queiroz e as acusações contra seu filho Flavio. Não por acaso, no dia seguinte à entrevista de Moro, o presidente veio com a conversa de “nosso Supremo”.

Vai ter que fazer muito esforço esta semana para acalmar a turma. Além de Moraes, que aparece no grampo da PF chefiada pelo ministro da Justiça por supostamente trabalhar pelo colega de Minas, são citados outros ministros, como Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski, como alvos desse lobby. Em sua última semana de trabalho do ano, o STF estará pintado para guerra contra Moro.

Lava Jato admite que Lula e Dilma são inocentes e não vai recorrer de absolvições do ‘quadrilhão’

Ministério Público Federal decidiu não recorrer da sentença do juiz Marcus Vinicius Reis Bastos, da 12ª Vara Federal de Brasília, que inocentou ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff da acusação de integrarem uma organização criminosa. Juiz apontou "tentativa de criminalizar a atividade política”

Brasil 247, 17/12/2019, 17:35 h Atualizado em 17/12/2019, 18:21

O Ministério Público Federal desistiu de recorrer da decisão do juiz Marcus Vinicius Reis Bastos, da 12ª Vara Federal de Brasília, que inocentou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ex-presidente Dilma Rousseff e outras três pessoas ligadas ao PT, da acusação de integrarem uma organização criminosa.

“O Ministério Público Federal, pela Procuradora da República signatária, vem, perante Vossa Excelência, manifestar ciência da sentença, bem como manifestar desinteresse na interposição de recurso, tendo em vista que a sentença foi no mesmo sentido da manifestação ministerial”, diz a procuradora da República Marcia Zollinger sobre a ação conhecida como "Quadrilhão do PT". 

Com isso, a decisão do magistrado torna-se definitiva. Em sua sentença, o magistrado disse que a ação, proposta pelo então procurador-geral da República RodrigoJanot, era uma “tentativa de criminalizar a atividade política” (leia mais no Brasil 247).

Desafetos de Bolsonaro, Ricardo Galvão e Greta estão na lista de mais influentes da 'Nature'

Ricardo Galvão, exonerado do Inpe por Jair Bolsonaro, aparece no topo da lista da revista "Nature" como o cientista mais influente do mundo em 2019

Brasil 247,17/12/2019, 20:31 h Atualizado em 17/12/2019, 22:32
             Greta Thunberg, Ricardo Galvão e Jair Bolsonaro (Foto: Reuters | Reprodução | ABR)

Na lista das 10 pessoas que mais se destacaram na área da ciência em 2019, divulgada nesta terça-feira (17) pela renomada revista científica "Nature", dois desafetos de Jair Bolsonaro aparecem em destaque, informa o G1.

No topo da lista, o ex-diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) Ricardo Galvão, exonerado em agosto depois de rebater críticas de Bolsonaro aos dados do instituto, é o cientista mais influente do mundo.

Já a ativista sueca Greta Thunberg, a "pirralha", segundo Bolsonaro, aparece na quarta posição.

"A nossa lista mostra alguns dos momentos mais importantes do ano para a ciência e destaca pessoas que tiveram papéis importantes nestes eventos. As histórias vão desde a primeira demonstração de um computador quântico que supera as máquinas convencionais, até os esforços para combater as mudanças climáticas, o desmatamento e a epidemia do ebola na África", disse o editor-chefe da revista, Rich Monastersky

Câmara apoia UNB após Weintraub disparar ataques contra universidades federais

Após o ministro da Educação, Abraham Weintraub, disparar diversos ataques contra as universidades federais, chegando a dizer que no local "existiam plantações de maconha", a Câmara aprovou um documento com fortes críticas ao ministro, classificando sua postura como " desarrazoada”

Brasil 247, 17/12/2019, 17:08 h
  Brasília- DF. 11-12- 2019- ministro da Educação Abraham Weintraub durante depoimento na comissão de educação da câmara (Foto: Lula Marques)

Após o ministro da Educação, Abraham Weintraub, disparar diversos ataques contra as universidades federais, chegando a dizer que no local "existiam plantações de maconha", a Câmara dos deputados aprovou nesta terça um documento com fortes críticas ao ministro, classificando sua postura como " desarrazoada” . A nota aprovada pela Comissão de Legislação Participativa foi iniciativa da deputada Erika Kokay (PT-DF). 

Segundo o portal Poder 360, o documento diz que é “prática reincidente” do ministro “colocar as universidades, os estudantes, os professores e a educação pública como inimigos, destilando contra os mesmos inomináveis ataques e mensagens persecutórias”.

“Sendo assim inadmissível que 1 Ministro de Estado faça uso de tão relevante cargo para propalar informações inverídicas, com o fiel objetivo de violar o princípio constitucional da autonomia universitária, além dos princípios da impessoalidade e da legalidade na administração pública” , diz outro trecho do documento.

terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Maior parte dos brasileiros apoia liberdade de Lula

Datafolha: 54% dos entrevistados aprovam decisão do STF

Conversa Afiada, 10/12/2019
Lula nos braços do povo em São Bernado do Campo, 9/XI (Créditos: Ricardo Stuckert)

A pesquisa Datafolha deste domingo 8/XII - a mesma que revelou a queda na aprovação de Jair Bolsonaro e o derretimento do ministro Sérgio Moro - mostrou, também, que a maior parte da população aprova a soltura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no último dia 8/XI, após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com a pesquisa, 54% dos entrevistados afirmam que a libertação do presidente foi justa. 42% não concordam e 5% não sabem ou não opinaram.

A maior faixa de apoio a Lula está no Nordeste: 71% dos moradores da região aprovam a concessão de liberdade ao presidente. O apoio também é forte entre os desempregados (68%), pessoas que recebem até dois salários mínimos por mês (63%), pretos e pardos (62%), pessoas entre 16 e 24 anos (61%) e mulheres (56%).

O Datafolha ouviu 2.948 pessoas nos dias 5/XII e 6/XII em 176 municípios de todo o país. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Lula: a Lava Jato faz demonstração de pirotecnia!

Operação contra filho do presidente é obra de "procuradores viciados em holofotes"

Conversa Afiada, 10/12/2019
Créditos: Ricardo Stuckert

O presidente Lula comentou, em seu Twitter, a operação da Polícia Federal, sob ordens da Lava Jato, que cumpriu mandatos de busca e apreensão contra a empresa de seu filho Fábio Luis:

"O espetáculo produzido hoje pela Força Tarefa da Lava Jato é mais uma demonstração da pirotecnia de procuradores viciados em holofotes que, sem responsabilidade, recorrem a malabarismos no esforço de me atingir, perseguindo, ilegalmente, meus filhos e minha família", afirmou Lula.

PF pediu a prisão de Lulinha, mas MP foi contra e juíza negou

A juíza Gabriela Hardt negou o pedido da Polícia Federal para prender Fábio Luis Lula da Silva na fase deflagrada nesta terça-feira 10 pela Lava Jato

Brasil 247, 10/12/2019, 19:48 h Atualizado em 10/12/2019, 20:20
 Vamos ao Lulinha, aquele que a imprensa gosta de bater principalmente quando se trata de desviar acusações contra seus aliados, a exemplo da filha de Eduardo Cunha (Foto: Divulgação)

A Polícia Federal chegou a pedir à Justiça a prisão preventiva de Fábio Luis Lula da Silva, o 'Lulinha', filho do ex-presidente Lula, na deflagração da 69ª fase da Operação Lava Jato nesta terça-feira 10. O pedido foi negado, porém, pela juíza Gabriela Hardt.

A investigação apura pagamentos da Oi para empresas ligadas a Lulinha e seus sócios. Segundo a Lava Jato, parte desses recursos pode ter sido usada para a compra do sítio de Atibaia, pelo qual Lula também já foi condenado pela 2ª instância.

Em 2016, a PF vasculhou dez anos das finanças de Lulinha e não encontrou corrupção. “Frente às informações prestadas ao fisco federal, demais dados apresentados para exame, foi constatado que evolução patrimonial do sr Fábio Luis Lula da Silva formalmente compatível com as sobras financeiras correspondentes, no período compreendido entre os anos de 2004 2014”, apontou o laudo na época.

Além de Lulinha, a PF queria a prisão de dois sócios do filho do ex-presidente: Kalil Bittar e Jonas Leite Suassuna.

A justificativa para a prisão, de acordo com o delegado Dante Pegoraro Lemos, aponta para a necessidade de impedir "nova ação imediata de envolvido", destacando que já teriam oportunidade de arquitetar, comandar ou participar de "possível ação de ocultação ou destruição de provas quando da deflagração da 24ª fase da Lava-Jato, em março de 2016".

O Minstério Público Federal, que se posicionou contra a prisão. E a juíza concordou com os procuradores. Segundo ela, não haveria necessidade de decretação de prisão temporária visto que alguns deles já foram alvos de buscas e apreensão há mais de 3 anos e já possuem ciência de que são alvo de investigações.