quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Jean Wyllys: Karol Eller aprendeu da pior forma que a homofobia existe


"Karol aprendeu da pior maneira que, sim, a homofobia existe e que os homofóbicos estão se sentindo mais livres para perpetrar violências contra LGBTs desde que a extrema-direita se tornou hegemonia política e Bolsonaro venceu as eleições no Brasil", escreveu o ex-deputado Jean Wyllys sobre a agressão homofóbica à youtuber bolsonarista Karol Eller

STF acha que está no alvo de Moro

De acordo com Helena Chagas, Jornalista pela Democracia, dois episódios recentes - a entrevista de Sergio Moro à Folha e a divulgação de grampos envolvendo o ministro Alexandre de Moraes - incomodaram os integrantes do Supremo e têm em comum a interpretação de que "foram considerados parte de uma ofensiva do ministro da Justiça contra o STF. Ou melhor, contra a ala do Supremo que critica e faz reparos à Lava Jato, hoje majoritária em boa parte das ocasiões

Brasil 247, 16/12/2019, 10:37 h Atualizado em 16/12/2019, 11:04
      (Foto: Lula Marques | STF)

Por Helena Chagas, para o Jornalistas pela Democracia - Ministros do Supremo Tribunal Federal não gostaram nada da entrevista do ministro da Justiça, Sergio Moro, à Folha, semana passada, responsabilizando-os — supostamente por ter revogado a prisão após condenação em segunda instância — pela queda da avaliação do governo no Datafolha no quesito combate à corrupção. Mais irritados ainda ficaram com o vazamento, também na Folha, domingo, de relatório da PF sobre grampos de 2015 que mostrariam o ministro Alexandre Moraes, então secretário de Segurança de SP, advogando para um desembargador do TJ de Minas se livrar de uma punição no Supremo.

O que os dois episódios têm em comum, na avaliação de interlocutores de ministros, é que foram considerados parte de uma ofensiva do ministro da Justiça contra o STF. Ou melhor, contra a ala do Supremo que critica e faz reparos à Lava Jato, hoje majoritária em boa parte das ocasiões.

Depois de confirmar sua popularidade nas pesquisas — ela caiu 10 p.p. com o episódio The Intercept mas ainda está na faixa de 53% — Moro parece ter se encorajado a comprar essa briga. No mínimo, deseja emparedar o STF para que, no retorno dos trabalhos, no ano que vem, a Segunda Turma perca a coragem para conceder habeas corpus e anular sua sentença condenando o ex-presidente Lula. O ex-juiz joga com a força da própria popularidade e o desgaste da Corte.

Resta saber se o neófito Moro não estará indo com muita sede ao pote nessa guerra — que vem incluindo novas e seguidas operações da Lava Jato, como a que atingiu o filho do ex-presidente e seus sócios, de forma a rememorar a opinião pública sobre as acusações contra o ex-presidente. Afinal, guerra é guerra, e o STF não é exatamente um jardim de infância.

Pessoas próximas dos ministros mais irritados lembram que, apesar de a popularidade de Moro ser infinitamente superior à do STF no show midiático de cada dia, não se vê mais, como até o início do governo, multidões mobilizadas em apoio ao ministro da Justiça e à Lava Jato. 81% acham que a operação deve continuar, sim, mas um número bem menor acredita que a corrupção no país vai diminuir.

Temas como saúde, educação, emprego e os desmandos do governo Bolsonaro vem ocupando mais espaço dos corações e mentes da opinião pública. A própria decisão sobre a segunda instância, anunciada como uma catástrofe pelos lavajatistas, mobilizou gatos pingados pelo país.

É possível, portando, que o Supremo não se sinta tão acuado assim para dar um troco em Moro. Com o agravante de que o ex-juiz hoje é ministro de Jair Bolsonaro, que depende da mais alta Corte do país em questões cruciais — como o caso Queiroz e as acusações contra seu filho Flavio. Não por acaso, no dia seguinte à entrevista de Moro, o presidente veio com a conversa de “nosso Supremo”.

Vai ter que fazer muito esforço esta semana para acalmar a turma. Além de Moraes, que aparece no grampo da PF chefiada pelo ministro da Justiça por supostamente trabalhar pelo colega de Minas, são citados outros ministros, como Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski, como alvos desse lobby. Em sua última semana de trabalho do ano, o STF estará pintado para guerra contra Moro.

Lava Jato admite que Lula e Dilma são inocentes e não vai recorrer de absolvições do ‘quadrilhão’

Ministério Público Federal decidiu não recorrer da sentença do juiz Marcus Vinicius Reis Bastos, da 12ª Vara Federal de Brasília, que inocentou ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff da acusação de integrarem uma organização criminosa. Juiz apontou "tentativa de criminalizar a atividade política”

Brasil 247, 17/12/2019, 17:35 h Atualizado em 17/12/2019, 18:21

O Ministério Público Federal desistiu de recorrer da decisão do juiz Marcus Vinicius Reis Bastos, da 12ª Vara Federal de Brasília, que inocentou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ex-presidente Dilma Rousseff e outras três pessoas ligadas ao PT, da acusação de integrarem uma organização criminosa.

“O Ministério Público Federal, pela Procuradora da República signatária, vem, perante Vossa Excelência, manifestar ciência da sentença, bem como manifestar desinteresse na interposição de recurso, tendo em vista que a sentença foi no mesmo sentido da manifestação ministerial”, diz a procuradora da República Marcia Zollinger sobre a ação conhecida como "Quadrilhão do PT". 

Com isso, a decisão do magistrado torna-se definitiva. Em sua sentença, o magistrado disse que a ação, proposta pelo então procurador-geral da República RodrigoJanot, era uma “tentativa de criminalizar a atividade política” (leia mais no Brasil 247).

Desafetos de Bolsonaro, Ricardo Galvão e Greta estão na lista de mais influentes da 'Nature'

Ricardo Galvão, exonerado do Inpe por Jair Bolsonaro, aparece no topo da lista da revista "Nature" como o cientista mais influente do mundo em 2019

Brasil 247,17/12/2019, 20:31 h Atualizado em 17/12/2019, 22:32
             Greta Thunberg, Ricardo Galvão e Jair Bolsonaro (Foto: Reuters | Reprodução | ABR)

Na lista das 10 pessoas que mais se destacaram na área da ciência em 2019, divulgada nesta terça-feira (17) pela renomada revista científica "Nature", dois desafetos de Jair Bolsonaro aparecem em destaque, informa o G1.

No topo da lista, o ex-diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) Ricardo Galvão, exonerado em agosto depois de rebater críticas de Bolsonaro aos dados do instituto, é o cientista mais influente do mundo.

Já a ativista sueca Greta Thunberg, a "pirralha", segundo Bolsonaro, aparece na quarta posição.

"A nossa lista mostra alguns dos momentos mais importantes do ano para a ciência e destaca pessoas que tiveram papéis importantes nestes eventos. As histórias vão desde a primeira demonstração de um computador quântico que supera as máquinas convencionais, até os esforços para combater as mudanças climáticas, o desmatamento e a epidemia do ebola na África", disse o editor-chefe da revista, Rich Monastersky

Câmara apoia UNB após Weintraub disparar ataques contra universidades federais

Após o ministro da Educação, Abraham Weintraub, disparar diversos ataques contra as universidades federais, chegando a dizer que no local "existiam plantações de maconha", a Câmara aprovou um documento com fortes críticas ao ministro, classificando sua postura como " desarrazoada”

Brasil 247, 17/12/2019, 17:08 h
  Brasília- DF. 11-12- 2019- ministro da Educação Abraham Weintraub durante depoimento na comissão de educação da câmara (Foto: Lula Marques)

Após o ministro da Educação, Abraham Weintraub, disparar diversos ataques contra as universidades federais, chegando a dizer que no local "existiam plantações de maconha", a Câmara dos deputados aprovou nesta terça um documento com fortes críticas ao ministro, classificando sua postura como " desarrazoada” . A nota aprovada pela Comissão de Legislação Participativa foi iniciativa da deputada Erika Kokay (PT-DF). 

Segundo o portal Poder 360, o documento diz que é “prática reincidente” do ministro “colocar as universidades, os estudantes, os professores e a educação pública como inimigos, destilando contra os mesmos inomináveis ataques e mensagens persecutórias”.

“Sendo assim inadmissível que 1 Ministro de Estado faça uso de tão relevante cargo para propalar informações inverídicas, com o fiel objetivo de violar o princípio constitucional da autonomia universitária, além dos princípios da impessoalidade e da legalidade na administração pública” , diz outro trecho do documento.

terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Maior parte dos brasileiros apoia liberdade de Lula

Datafolha: 54% dos entrevistados aprovam decisão do STF

Conversa Afiada, 10/12/2019
Lula nos braços do povo em São Bernado do Campo, 9/XI (Créditos: Ricardo Stuckert)

A pesquisa Datafolha deste domingo 8/XII - a mesma que revelou a queda na aprovação de Jair Bolsonaro e o derretimento do ministro Sérgio Moro - mostrou, também, que a maior parte da população aprova a soltura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no último dia 8/XI, após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com a pesquisa, 54% dos entrevistados afirmam que a libertação do presidente foi justa. 42% não concordam e 5% não sabem ou não opinaram.

A maior faixa de apoio a Lula está no Nordeste: 71% dos moradores da região aprovam a concessão de liberdade ao presidente. O apoio também é forte entre os desempregados (68%), pessoas que recebem até dois salários mínimos por mês (63%), pretos e pardos (62%), pessoas entre 16 e 24 anos (61%) e mulheres (56%).

O Datafolha ouviu 2.948 pessoas nos dias 5/XII e 6/XII em 176 municípios de todo o país. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Lula: a Lava Jato faz demonstração de pirotecnia!

Operação contra filho do presidente é obra de "procuradores viciados em holofotes"

Conversa Afiada, 10/12/2019
Créditos: Ricardo Stuckert

O presidente Lula comentou, em seu Twitter, a operação da Polícia Federal, sob ordens da Lava Jato, que cumpriu mandatos de busca e apreensão contra a empresa de seu filho Fábio Luis:

"O espetáculo produzido hoje pela Força Tarefa da Lava Jato é mais uma demonstração da pirotecnia de procuradores viciados em holofotes que, sem responsabilidade, recorrem a malabarismos no esforço de me atingir, perseguindo, ilegalmente, meus filhos e minha família", afirmou Lula.

PF pediu a prisão de Lulinha, mas MP foi contra e juíza negou

A juíza Gabriela Hardt negou o pedido da Polícia Federal para prender Fábio Luis Lula da Silva na fase deflagrada nesta terça-feira 10 pela Lava Jato

Brasil 247, 10/12/2019, 19:48 h Atualizado em 10/12/2019, 20:20
 Vamos ao Lulinha, aquele que a imprensa gosta de bater principalmente quando se trata de desviar acusações contra seus aliados, a exemplo da filha de Eduardo Cunha (Foto: Divulgação)

A Polícia Federal chegou a pedir à Justiça a prisão preventiva de Fábio Luis Lula da Silva, o 'Lulinha', filho do ex-presidente Lula, na deflagração da 69ª fase da Operação Lava Jato nesta terça-feira 10. O pedido foi negado, porém, pela juíza Gabriela Hardt.

A investigação apura pagamentos da Oi para empresas ligadas a Lulinha e seus sócios. Segundo a Lava Jato, parte desses recursos pode ter sido usada para a compra do sítio de Atibaia, pelo qual Lula também já foi condenado pela 2ª instância.

Em 2016, a PF vasculhou dez anos das finanças de Lulinha e não encontrou corrupção. “Frente às informações prestadas ao fisco federal, demais dados apresentados para exame, foi constatado que evolução patrimonial do sr Fábio Luis Lula da Silva formalmente compatível com as sobras financeiras correspondentes, no período compreendido entre os anos de 2004 2014”, apontou o laudo na época.

Além de Lulinha, a PF queria a prisão de dois sócios do filho do ex-presidente: Kalil Bittar e Jonas Leite Suassuna.

A justificativa para a prisão, de acordo com o delegado Dante Pegoraro Lemos, aponta para a necessidade de impedir "nova ação imediata de envolvido", destacando que já teriam oportunidade de arquitetar, comandar ou participar de "possível ação de ocultação ou destruição de provas quando da deflagração da 24ª fase da Lava-Jato, em março de 2016".

O Minstério Público Federal, que se posicionou contra a prisão. E a juíza concordou com os procuradores. Segundo ela, não haveria necessidade de decretação de prisão temporária visto que alguns deles já foram alvos de buscas e apreensão há mais de 3 anos e já possuem ciência de que são alvo de investigações.

Caminhoneiros confirmam início da greve às 6h do dia 16: “Vamos parar o Brasil”

"Nós temos um governo que só fez nos enganar. Muitas mentiras, promessas antes da campanha. E o que foi que ele fez para nós? Nada. Como vocês podem acreditar num homem desses?", afirma em vídeo caminhoneiro convocando para a paralisação contra os 11 aumentos consecutivos do diesel

Brasil 247, 10/12/2019, 21:39 h Atualizado em 10/12/2019, 22:06

Pelo Whatsapp um grupo de caminhoneiros autônomos confirmou uma paralisação nacional a partir das 6h do dia 16 de dezembro, próxima segunda-feira, que deve atingir cerca de 70% da categoria.

“Nós temos um governo que só fez nos enganar. Muitas mentiras, promessas antes da campanha. E o que foi que ele fez para nós? Nada. Só virou as costas para os caminhoneiros. Como vocês podem acreditar num homem desses?”, afirma em vídeo o caminhoneiro identificado como Genivaldo, de Itabaiana (BA), indagando antigas lideranças que teriam sido cooptadas pelo governo Jair Bolsonaro.

“Todas as lideranças estavam a favor da paralisação. Alguma coisa aconteceu que todo mundo se calou, como o Chorão e o Júnior de Ourinhos. Não sei se está bom para eles. Mas para nós não está”, afirma.

Em outro depoimento Sergio Bucar lembra os 11 aumentos consecutivos de gasolina, óleo diesel e gás de cozinha e também pede o apoio da população. “Convoco a população brasileira. Vamos parar o Brasil. Queremos que na segunda-feira dia 16 às 6 horas da manhã já esteja tudo parado “, diz o caminhoneiro.

Continue lendo na Revista Fórum.

TSE aprova criação do partido de esquerda Unidade Popular

Tribunal Superior Eleitoral (TSE) autorizou, nesta terça-feira (10), a criação do partido Unidade Popular (UP). A legenda será a 33ª com registro na Justiça Eleitoral. Em manifesto publicado em uma rede social, o partido se define como socialista e defende a justiça social

Brasil 247, 10/12/2019, 22:14 h Atualizado em 10/12/2019, 22:29

Agência Brasil - O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) autorizou, nesta terça-feira (10), a criação do partido Unidade Popular (UP). A legenda será a 33ª com registro na Justiça Eleitoral.

De acordo com o TSE, o novo partido cumpriu os requisitos exigidos pela lei, como apresentação de 497 mil assinaturas de apoiadores que não são filiados a nenhum partido.

De acordo com a página da UP na internet, o partido é ligado a movimentos que atuam em defesa da moradia popular e propõe a nacionalização do sistema bancário, o controle social dos meios de produção e o fim do monopólio privado da terra. No campo da educação, os integrantes da UP defendem a educação pública gratuita em todos os níveis e o fim do vestibular e de qualquer processo seletivo.

Com a aprovação, a Unidade Popular poderá participar das eleições municipais de 2020.