quarta-feira, 4 de setembro de 2019

Marcelo Zero, sobre o Roda Viva: Parte da imprensa ainda é mera porta-voz de ‘lavajateiros’ criminosos

Reprodução da TV

Viomundo, 03/09/2019 - 20h35


A Porta-Voz Pornográfica

por Marcelo Zero*

A entrevista do mundialmente consagrado jornalista Glenn Greenwald a pessoas que se autodenominam jornalistas no Programa Roda Viva foi um dos mais patéticos espetáculos da mídia brasileira.

A turminha desqualificada, com uma honrosa exceção, em vez de questionar sobre as aterradoras revelações da Vaza Jato, não desmentidas por ninguém, dedicou-se, com a empáfia beócia de um procurador “lavajateiro”, a criticar o único jornalista de verdade presente por, pasmem, fazer jornalismo.

Reproduziram, com fidelidade canina, os argumentos ridículos de Moro e Deltan sobre o “hacker”.

Tentaram o tempo todo desqualificar Glenn e torná-lo um criminoso por revelar evidências concretas sobre os crimes da Lava Jato.

Insinuaram sistematicamente que Glenn e Manuela D´Ávila teriam participado ou sido coniventes com um crime de invasão de privacidade pago por alguém.

Nenhuma palavra, um sussurro sequer, sobre os aberrantes e evidentes crimes de Moro e Deltan, que mudaram, para pior, muito pior, a história recente do Brasil.

Equipararam as divulgações do Intercept com os vazamentos ilegais da Lava Jato, como se Glenn fosse um promotor ou um juiz com o poder de mandar prender alguém ou investigar alguém.

Tentaram o tempo todo arrancar uma “confissão” de Glenn sobre sua fonte, ignorando um dos princípios mais comezinhos do jornalismo.

Demostrando também total ignorância sobre fatos recentes, insinuaram que a Lava Jato teria deixado um grande legado, e que único legado da Vaza Jato seria o da inviabilização do combate à corrupção no país.

Ora, o legado da Lava Jato foi eminentemente destrutivo, inclusive no campo econômico.

Recuperou, até agora, cerca de US$ 10 bilhões, mas, apenas em 2015, provocou em prejuízo de mais de US$ 140 bilhões.

Deu enorme contribuição para destruir a cadeia de petróleo e gás, a construção civil pesada nacional e a engenharia brasileira. No Brasil, o combate à corrupção causa um prejuízo muito maior que a corrupção. Graças à Lava Jato e seus “heróis”.

Mas o prejuízo maior da Lava Jato, como ficou claro nas divulgações do Intercept, foi à democracia.

Com efeito, a Lava Jato, além de ter sido instrumental no golpe de 2016, na prisão sem provas do presidente Lula e na eleição fraudada que levou Bolsonaro ao poder, atingiu o cerne da democracia brasileira.

Em nome de um combate partidarizado e ideologizado à corrupção, atingiu-se o que a democracia tem de mais sagrado: o devido processo legal, a presunção da inocência e o direito de todo cidadão de ter acesso a uma justiça isenta.

Esses são princípios democráticos básicos e fundadores, que protegem o indivíduo contra o arbítrio dos agentes do Estado. Por isso, o writ inglês de Habeas Corpus de 1679 é o documento considerado unanimemente como a base da democracia moderna.

A Lava Jato, contudo, tornou aceitável que o Estado atropele tais direitos básicos, desde que seja para perseguir o inimigo político, na luta contra a “corrupção”.

O problema é que esse direito penal do inimigo acaba se tornado um inimigo mortal da democracia. Exemplos históricos abundam.

A chamada “República de Curitiba” tornou-se um Estado autoritário dentro do Estado democrático.

Regia-se por regras próprias, independentemente de quaisquer controles democráticos.

Por pouco não conseguiu até orçamento específico, com base em multa ultrajante obtida pela operação nos EUA contra a Petrobras.

Em todo esse processo destrutivo e antidemocrático, a Lava Jato contou com um grande aliado de peso: a imprensa oligopolizada.

De fato, nossa gloriosa imprensa, com raras exceções, recusou-se a fazer o que Glenn e outros do Intercept estão fazendo: jornalismo.

Não questionaram nada, não investigaram nada. Limitaram-se a reproduzir, como bem treinados papagaios, todas as informações que Deltan e Moro tinham interesse em divulgar.

Na realidade, a nossa grande imprensa foi mera porta-voz da Lava Jato e seus “heróis” antidemocráticos.

Além do interesse político na inviabilização de governos populares, talvez houvesse também, nesse papel de submissão extrema, o anseio por uma blindagem contra investigações sobre sonegação fiscal e “otras cositas más”.

Porém, o pretérito perfeito talvez não seja o tempo de verbo adequado.

A julgar pela patética entrevista do Roda Viva, boa parte da nossa imprensa ainda é mera porta-voz de “lavajateiros” criminosos.

Porta-voz que tem o desplante de perguntar se Glenn atuou um filme pornográfico.

Pornografia pura.

Sheherazade diz que Moro e Dallagnol a enganaram

Em junho de 2019 ela descobre que a Lava Jato tinha um projeto político...

Conversa Afiada, 12/06/2019
A Sheherazade acreditava nas boas intenções da República de Curitiba. Tadinha... (Reprodução/SBT)


Apoiadora ferrenha de Sergio Moro e da operação Lava Jato em tempos passados, a jornalista do SBT Rachel Sheherazade gravou um vídeo, divulgado nesta terça-feira (11) nas suas redes sociais, onde diz que foi enganada sobre as “boas intenções” do ex-juiz e dos investigadores, que fazem parte “de um projeto de poder político”.

Segundo ela, ambição política e revanchismo hoje mancham a até então “imaculada imagem da operação Lava Jato”.

“Mensagens trocadas entre Sérgio Moro e o procurador Deltan Dallagnol são um verdadeiro ataque ao Estado Democrático de Direito. Essas mensagens provam o quando estávamos enganados sobre as boas intenções tanto do juiz, quanto do procurador”, disse, sobre as reportagens publicadas pelo The Intercept.

De acordo com a jornalista, a nomeação de Moro para o Ministério da Justiça de Bolsonaro comprovam que a operação Lava Jato era parte de um projeto político.

“Os vazamentos estratégicos e seletivos antes das eleições presidenciais, a ascensão de Sergio Moro a ministro de Estado e agora a revelação desta intimidade promíscua entre Moro e Dallagnol dão provas de que por trás da luta contra a corrupção, que é justa, havia sim um projeto de poder político. Isso se concretizou com a nomeação de Sergio Moro como ministro da Justiça do presidente Jair Bolsonaro”, afirmou. Confessando desconhecer a sentença e o processo de condenação do ex-presidente – mesmo tornados públicos há mais de um ano -, a jornalista disse que não cabe a ela, fazer “juízo de valor sobre a culpa ou inocência de Lula a quem eu tanto critiquei”, mas ressalta que os “vícios” do processo podem anular a sentença dada ao petista.

“Eu não tive acesso aos autos da condenação de Lula, por isso não posso opinar sobre o mérito do processo. Mas eu conheço o papel do poder judiciário, sei quais são as incumbências do MP e do juiz. Uma coisa é certa, o juiz não pode orientar qualquer uma das partes. Não trata-se apenas de um desvio ético, trata sim de um vício processual que pode tornar nulo a investigação criminal, o processo judicial e a própria sentença condenatória”, disse.

Por 30 anos, Bolsonaro sapateou contra as instituições

Hübner: os óculos do Judiciário e do Congresso falharam e continuam a falhar

Conversa Afiada, 03/09/2019

De Conrado Hübner Mendes, doutor em Direito e professor da USP, na Época:

Muitos gatilhos dispararam Jair Bolsonaro à Presidência da República. A espiral de antagonismo político na qual o país se enredou nos últimos anos é apenas um deles. Não fosse a maliciosa relação do presidente com casas de tolerância, a trajetória não teria sido tão exitosa. Nos 30 anos de carreira parlamentar, Bolsonaro sapateou contra as instituições enquanto estas enxergavam apenas liberdade de expressão e imunidade parlamentar. Quando muito, enxergaram um estilo “polêmico”, “grosseiro” e “vulgar”. Os óculos do Judiciário e do Congresso falharam por décadas a fio. E continuam falhando.

A história começa em 1988. O Superior Tribunal Militar (STM) absolveu Jair Bolsonaro da acusação de ter planejado explodir bombas em quartéis. Dois laudos grafotécnicos demonstravam a autoria dos croquis. Havia condenação da instância inferior do Exército à perda do posto e da patente. Após analisar documentos e ouvir horas de gravação do julgamento sigiloso do STM, Luiz Maklouf Carvalho relata o caso em seu livro O cadete e o capitão (Todavia, 2019). Conta como o “espírito de corpo militar” e a “hostilidade à imprensa” explicam a decisão. A quebra de hierarquia fez a fama do capitão no Exército.

Foi tolerado também pelo Congresso. O Conselho de Ética da Câmara arquivou sucessivos processos de quebra de decoro parlamentar. Em 2011, depois de Bolsonaro ter associado promiscuidade à mulher negra, Onyx Lorenzoni, veja só, redigiu parecer e entendeu que, apesar de “fortes e contundentes”, as opiniões “encontram respaldo e ressonância em seguimentos (sic) expressivos da sociedade brasileira, independentes de nossa discordância com elas”. Em 2013, depois de ter dado soco em Randolfe Rodrigues, entenderam que houve “um bate-boca normal da democracia”. Em 2014, após o famoso “não te estupro porque você não merece”, o caso caminhou para o arquivo. Em 2016, depois de celebrar torturador como herói brasileiro, foi outra vez protegido por interpretação equivocada (se não autointeressada) da imunidade parlamentar.

Do STF recebeu o mesmo tratamento. De um lado, as ações por apologia ao estupro e injúria, que tramitavam desde 2017, não foram decididas a tempo e tiveram de ser suspensas em virtude do mandato presidencial. De outro, foi arquivado inquérito por crime de racismo (na palestra em que se referia a quilombolas e ponderava sobre a “raça que tem vergonha na cara” e a “minoria ruminando”). No voto de desempate, o ministro opinou que, “por piores e mais rudes que tenham sido, não caracterizaram incitação à violência física ou psicológica contra negros, refugiados, estrangeiros”.

Do Congresso, que continua a ser acusado pelo presidente de não deixá-lo governar, podemos demandar maior controle sobre as técnicas prototípicas da legalidade autoritária (por exemplo, o uso abusivo de decretos pelo presidente). Quando um pedido de impeachment chegar, que reconheça a variedade de crimes de responsabilidade em curso (em minha conta, 17). Poderia começar por levar a sério a CPI das fake news.

Do STF, sob comando da presidência Toffux, melhor não cobrar demais. A extensa pauta bolsonarista de ações constitucionais dormita nas gavetas. O tribunal não resgatará seu capital político, dilapidado por anos de desvios éticos e arbitrariedades jurídicas, no meio da tempestade. Resta sobreviver e torcer para não entrar na história universal da infâmia judicial.

Por fim, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), manchado pelo despreparo na guerra tecnológica das campanhas de 2018 (da qual foi avisado e respondeu com soberba). A ação que investiga os disparos em massa por WhatsApp caminha no “tempo judicial”. O “tempo judicial” de nossos tribunais, lembre-se, não se confunde com “devagar e sempre”, mas com aleatório, arbitrário e estratégico. Não se sabe se o TSE prefere esperar o mandato acabar, as políticas sociais sumirem ou a Amazônia se “savanizar”.

Esse é o quadro resumido dos déficits institucionais da democracia brasileira para se proteger da delinquência política. Precisa de reforma arquitetônica e melhores operadores. E nem falamos das rachadinhas, dos funcionários-fantasma, do nepotismo. E nem pergunte do Queiroz (...)

Olavo espalha fake news sobre cartilha da Prefeitura de Fortaleza

E-Farsas desmente mais uma ficção dos bolsonários

 Conversa Afiada, 03/09/2019


Via E-Farsas:

É verdade que a Secretaria de Educação de Fortaleza distribuiu uma cartilha ensinando aos professores como masturbar e fazer brincadeiras sexuais entre crianças?

Na primeira semana de setembro de 2019, uma jornalista publicou em seu canal no YouTube um vídeo mostrando provas de que a Secretaria de Educação de Fortaleza teria distribuído uma cartilha ensinando aos professores como masturbar e fazer brincadeiras sexuais entre crianças.

No vídeo, a mulher apresenta fotos de páginas de uma cartilha que, segundo ela, estaria sendo distribuída entre os professores da rede pública da cidade cearense para ensinar aos servidores como masturbar as crianças para acalma-las, além de sugerir uma série de brincadeiras sexuais para os cuidadores ensinarem aos pequenos!

Material com denúncia semelhante também foi denunciado pelo deputado estadual André Fernandes, em seu canal no YouTube. Uma série de páginas do que parece ser uma apostila, com a logomarca da prefeitura de Fortaleza e com o título: “A sexualidade na primeira infância”.

Será que isso é verdade?

Em vídeo, jornalista apresenta trechos de uma apostila que estaria sendo distribuída pela Prefeitura de Fortaleza! Será verdade? (foto: Reprodução/YouTube)
Verdade ou mentira?

O vídeo em que a jornalista que fez a primeira denúncia teve os comentários bloqueados, o que já levanta uma bandeira vermelha. Afinal, pra que serve um canal jornalístico de denúncias se não é possível comentar sobre as denúncias?

A mesma jornalista já apareceu aqui no E-farsas algumas vezes, como em janeiro de 2019, quando ela havia denunciado que o ex-deputado Jean Wyllys teria fugido do país para não ser preso pelo atentado contra o presidente Jair Bolsonaro.

No dia seguinte à “denúncia”, a denunciante gravou outro vídeo explicando que não foi bem isso que ela quis dizer…

Curiosamente (e como aconteceu diversas vezes em casos semelhantes) apenas sites de conteúdo duvidoso publicou a respeito. Os mesmo sites que compartilharam, semanas atrás, queo jornalista Green Gleenwald teria sofrido um infarto após overdose de cocaína.
A prefeitura desmente

Procuramos por depoimentos que confirme que a tal cartilha esteja mesmo sendo distribuída entre os servidores da capital cearense e não encontramos. Além disso, a prefeitura desmentiu que a cartilha faça parte da grade de 2019.

Em nota, o prefeito de Fortaleza disse que as informações veiculadas são mentirosas e que não há produções desse estilo nas unidades de Educação Infantil do Município.

“Reafirmamos que o material veiculado é falso, tratando-se de montagem grosseira, utilizando indevidamente a identidade oficial da referida Secretaria Municipal”, disse a prefeitura

Além disso, a Secretaria de Educação de Fortaleza afirmou estar tomando as medidas legais cabíveis, inclusive com pedido de instauração de Inquérito Policial, contra essas acusações, as quais foram classificadas como caluniosas pela pasta:



Procuramos no site da Prefeitura a respeito e a únicas publicações encontradas foram de 2016, quando a prefeitura havia lançado uma cartilha contra o abuso sexual infantil.

Nessa versão preliminar do Plano Municipal da Educação de Fortaleza para os anos de 2015 a 2025 não há nenhuma menção à sexualização de crianças. Também não há nada a respeito nos documentos com as orientações pedagógicas para 2019, disponíveis no site da prefeitura.

Nesse outro documento com o as diretrizes pedagógicas para a educação infantil, da Secretaria Municipal da Educação de Fortaleza, não há nada sobre o tema…

Procuramos nos anos anteriores e, como você pode verificar aqui, não existe menção ao que espalharam nas rede sociais.

Em seu perfil oficial no Instaram, o Governo do Ceará classifica a publicação como “mentirosa e irresponsável”:

Poucas horas após a publicação, o site da Revista Ceará retirou a postagem com as acusações do ar.
Conclusão

Não encontramos nenhuma prova de que a Prefeitura de Fortaleza esteja distribuindo cartilhas ensinando aos professores como masturbar crianças.

Bolsonaro exonera servidor que disse ter recebido "pedidos não republicanos"

Ex-presidente da ABDI acusa secretário de Produtividade do ministério da Economia

Conversa Afiada, 04/09/2019
Luiz Augusto Ferreira, ex-presidente da ABDI (Reprodução: Divulgação/Metrópoles)

O Diário Oficial da União de hoje, 4/IX, traz na primeira página o decreto do presidente Jair Messias que exonera Luiz Augusto Ferreira do cargo de presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), órgão ligado ao ministério da Economia do ministro Paulo Guedes.

A ABDI é a agência responsável pela melhoria da competitividade da indústria brasileira.

Em entrevista à Veja no último dia 30/VIII, Ferreira afirmou que recebeu "pedidos não republicanos" de seu superior, o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do ministério da Economia, Carlos da Costa.

Costa e Ferreira travavam há meses uma "guerra particular", segundo o detrito sólido de maré baixa. No início da semana passada, o secretário pediu a demissão do presidente da ABDI.

Ferreira, entretanto, não aceitou a decisão: disse que só deixaria o cargo com uma ordem expressa do presidente da República.

"Não tenho a menor dúvida que o motivo da discussão da minha saída é o ódio do secretário Carlos da Costa porque não atendi aos pedidos não republicanos dele e os quais, inclusive, tenho provas para apresentar para o presidente", disse Ferreira.

Indagado sobre quais pedidos seriam, ele respondeu: "É coisa que tem potencial de estrago bem grande. (...) O secretário Carlos da Costa me fez pedidos não republicanos e recusei. Ponto. Não posso abrir agora."

Ele continua:

"Você sabia que ele não pagou a bolsa de doutorado dele? Pergunta se ele terminou o doutorado que colocou no currículo. Pergunta quem paga as passagens aéreas dele, se é ele ou a secretária do ministério. Pergunta quem está pagando as viagens que ele faz com o filho dele nos eventos do LIDE. Aí você vai entender o porquê que eu posso estar saindo ou não. Talvez eu não tenha concordado com algumas coisas. Não só discordei dos pedidos não republicanos como neguei. E fui pressionado por ter recusado."

Ao Estadão, Ferreira revelou que um dos supostos "negócios não republicanos" seria o aluguel sem necessidade de salas comerciais em São Paulo - o que geraria um custo adicional de R$ 500 mil por ano à ABDI.

Ferreira, entretanto, se negou a citar outros possíveis pedidos que teriam sido feitos por Costa.

Na segunda-feira, 2/IX, ao comentar o episódio, o presidente Bolsonaro disse que "um dos dois" ou "os dois" poderiam perder a cabeça.

"Eu tomei conhecimento, estou louco para saber. Já entrei em contato com o Paulo Guedes e quero saber que pedido é esse. Um dos dois, no mínimo, vai perder a cabeça", disse Bolsonaro.

Em nota, a Secretaria de Produtividade, Emprego e Competitividade informa que Costa refuta "terminantemente ter feito qualquer pedido não republicano". Disse, também que iria tomar providências judiciais a respeito do que chamou de "denúncias infundadas".

Ao portal Metrópoles, Ferreira afirmou que uma eventual investigação sobre suas acusações não seria imparcial: "a relação do ministro [Paulo Guedes] com o Carlos da Costa, que nem sequer avalia os resultados dele, é muito forte, anterior ao ministério. Não é uma apuração que eu considero isenta".

Imprensa internacional repercute violência de Bolsonaro contra Bachelet

Agressividade de Bolsonaro abre mais uma crise diplomática

Conversa Afiada, 04/09/2019

O covarde ataque feito por Jair Bolsonaro na manhã desta quarta-feira 4 contra a memória do pai de Michelle Bachellet, assassinado pela ditadura militar chilena, gerou intensa repercussão em veículos internacionais.

Na Argentina, o Pagina 12 diz que Bolsonaro gera mais um "escândalo internacional por sua falta de diplomacia e por sua postura antidemocrática". O diário de Buenos Aires se refere a Bolsonaro como "ultradireitista".

Ainda na imprensa argentina, cabe destacar o Clarín, que afirma que Bolsonaro "justificou o golpe de estado de Augusto Pinochet e criticou o pai da ex-presidente do Chile, que foi torturado e morto pelo regime estabelecido pelos militares chilenos em 1973".

Em Santiago, como o Conversa Afiada já mostrou, o jornal La Tercera traz a resposta do presidente do Senado chileno, Jaime Quintana, à crueldade de Bolsonaro. Quintana afirma que Bolsonaro "agride a memória dos chilenos" e cobra um pronunciamento enérgico do presidente Sebastian Piñera.

Ainda na capital do Chile, a Rádio Bio Bio afirma que "Bolsonaro ataca Bachelet com a morte de seu pai".

Ciro: militares são cúmplices da entrega do Brasil!

Vendilhões da Pátria!

Conversa Afiada, 04/09/2019

De Ciro Gomes, candidato do PDT à Presidência em 2018, no Twitter:

1. Entrega da base de Alcântara
2. Fim do anti dumping para o leite importado
3. Cota de importação de 750 mil toneladas de trigo
4. Entrega da EMBRAER à BOEING
5. Ampliação da importação de Etanol
6. Liberação unilateral de visto
7. Enorme ampliação de importação de gasolina, óleo diesel, gás e querosene de aviação mantendo ociosos 30% da capacidade de refino da Petrobras
8. Entrega dos gasodutos a preço vil
9. Entrega do controle da BR DISTRIBUIDORA por preço fraudado (pagaram o valor de varejo quando o valor devido seria muito maior em oferta pública).

O BRASIL ESTÁ SENDO ENTREGUE AO ESTRANGEIRO SEM QUALQUER CONTRAPARTIDA! 

E os militares cúmplices! Vendilhões da Pátria!

Dilma: 'Brasil está sob ataque e nossa soberania está sendo alvo de cobiça'

Pela primeira na Câmara desde o golpe de 2016, Dilma Rousseff participou nesta quarta-feira 4 de ato em defesa da soberania do País e alertou que o ataque à autonomia brasileira está sendo feito em várias frentes. "A desnacionalização de estatais estratégicas, como Embraer e Petrobras; o desmonte do ensino superior federal; a destruição da Amazônia e o retrocesso imposto aos direitos trabalhistas e previdenciários do povo brasileiro", elencou Dilma

Brasil 247, 04/09/19, 16:32 h Atualizado em 04/09/19, 17:05
Brasília- DF. 04-09-2019- Seminário pela Soberania Nacional e Popular, com a presença de Dilma Roussef, Fernando Haddad e Guilherme Boullos. Foto Lula Marques

247 - A ex-presidente Dilma Rousseff participou nesta quarta-feira, 4, de ato político em defesa da Soberania Nacional e Popular e do emprego e contra as privatizações. Foi sua parimeira participação em ato na Câmara desde o golpe parlamentar de 2016, que a retirou da presidência sem comprovação de crime de responsabilidade. 

Junto com líderes de políticos de seis partidos de oposição (PT, PCdoB, PDT, PSOL, PSB e Rede), entre eles Fernando Haddad, Guilherme Boulos, Roberto Requião e Ricardo Coutinho, Dilma alertou para o ataque de grandes proporções que o Brasil está sofrendo em sua soberania com o auxílio do governo de Jair Bolsonaro. 

"O Brasil está sob ataque. Nossa soberania está sendo alvo da cobiça. Isso acontece em várias frentes: 1. A desnacionalização de estatais estratégicas, como @embraer e @petrobras. 2. O desmonte do ensino superior federal, do sistema de pesquisa e geração de C&T e da cultura com o bloqueio do sistema de incentivos. 3. A destruição do meio ambiente e da Amazônia; e 4. O retrocesso imposto aos direitos trabalhistas e previdenciários do povo brasileiro", elencou Dilma pelo Twitter. 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou carta ao ato, que foi lida pelo ex-prefeito Fernando Haddad. "O país está sendo destroçado por um governo de traidores", diz Lula (leia mais no Brasil 247).

Durante o evento foi lançado um manifesto em defesa soberania e contra as privatizações anunciadas pelo governo de Jair Bolsonaro (leia a íntegra do documento).

Depois do ato foi lançada a Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional, presidida pela senadora Zenaide Maia (PROS-RN) e coordenada pelo deputado Patrus Ananias (PT-MG).

Presidente do Chile repudia declaração monstruosa de Bolsonaro sobre assassinato

“Não concordo, em absoluto, com a declaração feita por Bolsonaro a respeito de uma ex-presidente do Chile e, especialmente, a um tema tão doloroso quanto a morte de seu pai”, disse o presidente do Chile, Sebastián Piñera, que se pronunciou sobre as declarações em que Bolsonaro ataca Michelle Bachelet e elogia a ditadura de Augusto Pinochet. 

Brasil 247, 04/09/19, 17:48 h
(Foto: Marcos Corrêa/PR)

247 - O presidente do Chile, Sebastián Piñera, repudiou com veemência a declaração monstruosa de Jair Bolsonaro sobre o assassinato do pai da ex-presidente chilena Michelle Bachelet e seu elogio à ditadura de Augusto Pinochet. 

“Não concordo, em absoluto, com a declaração feita por Bolsonaro a respeito de uma ex-presidente do Chile e, especialmente, a um tema tão doloroso quanto a morte de seu pai”, disse Piñera em pronunciamento em vídeo.

“É de público conhecimento meu permanente compromisso com a democracia, a liberdade, e ao respeito aos direitos humanos em todo o tempo, em todo lugar, em toda circunstância”, acrescentou o presidente chileno.

Nesta quarta-feira 4, Bolsonaro fez o mais odioso de seus ataques até hoje: elogiou a tortura e morte do pai de Bachelet pelo regime sanguinário de Pinochet, afirmou que o Chile "só não é uma Cuba graças aos que tiveram a coragem de dar um basta à esquerda em 1973" e disse que a ex-presidente está "seguindo a linha" do presidente da França, Emmanuel Macron, tentando se "intrometer nos assuntos internos e na soberania brasileira" ao falar de direitos humanos.

Piñera, um presidente de direita, foi o primeiro chefe de Estado a receber Bolsonaro como presidente, no início de seu mandato, em março deste ano.

Lula: Bolsonaro não cansa de vomitar ignorância e envergonhar o Brasil

Por meio de sua conta oficial no Twitter, o ex-presidente Lula manifestou solidariedade a Michelle Bachelet, Alta Comissária da ONU para Direitos Humanos e ex-presidente do Chile. Lula rechaçou os ataques de Jair Bolsonaro contra a ex-presidente chilena em que elogiou a tortura e morte do pai de Bachelet

Brasil 247, 04//09/19, 18:49 h Atualizado em 04/09/19, 19:06

247 - O ex-presidente Lula manifestou solidariedade a Alta Comissária da ONU para Direitos Humanos, Michelle Bachelet, e repudiou os ataques de Jair Bolsonaro contra a ex-presidente do Chile. Para Lula, Bolsonaro envergonha o país perante o mundo.

"Bolsonaro não cansa de vomitar ignorância e envergonhar o Brasil perante o mundo. Minha solidariedade à presidenta Michelle Bachelet e ao povo chileno, que hoje tiveram a memória de seus mortos e desaparecidos violentadas por este senhor", afirmou o presidente por meio de recado publicado em sua página nas redes sociais.

Em sua página do Twitter, Bolsonaro elogiou a tortura e morte do pai de Bachelet, que foi morto pelo regime sanguinário de Augusto Pinochet. Disse que o Chile "só não é uma Cuba graças aos que tiveram a coragem de dar um basta à esquerda em 1973" e disse que a ex-presidente está "seguindo a linha" do presidente da França, Emmanuel Macron, tentando se "intrometer nos assuntos internos e na soberania brasileira" ao falar de direitos humanos.