quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Guru de Bolsonaro, Olavo diz que Educação Sexual gera putaria nas escolas

Depois de emplacar dois ministros, o escritor Olavo de Carvalho volta a atacar a esquerda, a universidade e qualquer um que ouse discordar de suas ideias. Sobre educação sexual nas escolas, ele diz: "Quanto mais educação sexual, mais putaria nas escolas. No fim, está ensinando criancinha a dar a bunda, chupar pica, espremer peitinho da outra em público". Carvalho ainda critica os 'gayzistas' e o aquecimento global que, como o chanceler Ernesto Araújo, julga não existir.

Submissão do Brasil a Trump abre crise com Mourão e com o agronegócio

O anúncio feito pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), chanceler informal do Brasil, de transferir a embaixada brasileira em Israel para Jerusalém, com um boné de Donald Trump, abre uma crise com dois polos que apoiam o bolsonarismo: os militares e o agronegócio.

De um lado, produtores rurais devem perder bilhões em exportações duramente conquistadas, ameaçando o emprego de milhões de brasileiros.

De outro, militares nacionalistas se espantam com a destruição da política externa. "É uma decisão que não pode ser tomada de afogadilho, de orelhada", diz Mourão.

O limite

Constatação

O governo Temer preencheu 97% das vagas do Mais Médicos, mais deixou de fora do edital cerca de mil municípios antes atendidos por médicos cubanos. Até ontem dos médicos inscritos 0,5% se apresentaram para o trabalho. Tire suas próprias conclusões!

Ministro da Saúde de Temer deixa fora do edital do Programa Mais Médicos 1.000 municípios que aguardavam reposição de cubanos

Em companhia do presidente Michel Temer, o ministro da Saúde, Gilberto Occhi, assina a publicação do edital para contratação dos médicos que vão substituir os cubanos no Programa Mais Médicos Foto: Cesar Itiberê/PR

Ministro da Saúde de Temer deixa fora do edital do Programa Mais Médicos 1.000 municípios que aguardavam reposição de cubanos

26/11/2018 - 17h25


Temer deixa fora do edital os municípios que aguardavam reposição do Mais Médicos

“Temos que reivindicar um posicionamento do Ministério em relação a isso, não faz sentido prejudicar ainda mais os municípios que já estão passando por dificuldades”, afirma gestora pública do Piauí


São Paulo – O governo de Michel Temer (MDB) retirou 1.600 vagas de 1.000 municípios que aguardavam reposição de médicos cubanos do novo edital do Programa Mais Médicos, para substituir os 8.500 profissionais que estão se retirando do programa, depois que o governo de Cuba suspendeu sua participação no programa em razão de críticas do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).

Secretários municipais de Saúde que participaram de encontro nacional em João Pessoa, na quinta e sexta-feira (22 e 23), enfatizaram que estão enfrentando dificuldades em relação ao bloqueio feito pelo Ministério da Saúde a esses municípios em setembro, por conta da falta de médico.

“Os municípios que ficaram sem médico, pela falta de reposição dos cubanos, foram bloqueados e não constam na lista de opções para receber profissionais nesse novo edital. Temos que reivindicar um posicionamento do Ministério em relação a isso, não faz sentido prejudicar ainda mais os municípios que já estão passando por dificuldades”, disse Leopoldina Cipriano, presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Piauí.

Willames Ferreira, vice-presidente do Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), afirmou que acertou com o Ministério da Saúde que será publicado o edital de reposição que não foi lançado anteriormente logo após o final desse processo de contratação dos médicos brasileiros para o programa.

“Estamos insistindo nessa reposição há meses, principalmente por conta desse bloqueio que os municípios sofrem caso fiquem sem médicos; são mais de 1.600 vagas de reposição em quase 1.000 municípios”.

Problemas nas inscrições

Os gestores discutiram também problemas com as inscrições dos profissionais brasileiros no Programa Mais Médicos, prorrogadas até o dia 7 de dezembro. De acordo com Leopoldina Cipriano alguns médicos que já trabalhavam na Estratégia de Saúde da Família do município estão pedindo exoneração do cargo para se inscrever no edital.

“Já recebi solicitações deles para retirar o nome do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) para que possam se inscrever no Mais Médicos, por conta do salário maior e benefícios concedidos aos profissionais ligados ao programa”.

No entanto, a presidente do Conselho no Espírito Santo, Andreia Passamini, destacou que o edital veta a participação de profissionais recentemente desligados do CNES.

“No edital fica muito claro que o período de desligamento deve estar entre outubro/2017 a outubro/2018, esses médicos que estão pedindo desligamento agora não poderão atuar no programa em qualquer localidade, o edital permite que eles se inscrevam somente para trabalhar em municípios com perfil de extrema pobreza, descrito no edital”.

Com informações do Conasems

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Política do “inimigo permanente” une Trump a Bolsonaro. Como o fascismo de Bannon usa o apocalipse para chegar ao poder

BLOG DO AZENHA, 01/11/2018

Da Redação

No dia 4 de agosto deste ano, o deputado federal Eduardo Bolsonaro tuitou uma foto feita em Manhattan com uma mensagem em inglês: “Foi um prazer encontrar Steve Bannon, estrategista da campanha presidencial de Donald Trump. Tivemos uma boa conversa e compartilhamos da mesma visão de mundo. Ele se disse um entusiasta da campanha de Bolsonaro e estamos em contato para juntar forças, especialmente contra o marxismo cultural”.

Como a conversa não foi pública, é impossível dizer até que ponto os dois de fato concordam.

Porém, os discursos e mesmo as primeiras decisões de Jair Bolsonaro são compatíveis com a pregação de Bannon, que por sete meses foi assessor especial de Trump na Casa Branca.

Em 2014 o site BuzzFeed recuperou a íntegra de uma entrevista que Bannon deu a um grupo de católicos conservadores reunido no Vaticano, bem antes do Brexit ou da vitória eleitoral de Donald Trump nos Estados Unidos.

Os promotores do encontro eram ligados ao cardeal estadunidense Raymond Burke, um dos críticos mais vocais do papa Francisco. Burke já foi definido como o “rosto” da oposição ao papa no Vaticano.

Na entrevista, Bannon criticou o capitalismo dos dias de hoje dizendo que ele se afastou das fundações morais e espirituais do cristianismo, da civilização judaico-cristã.

Afirmou que o tratamento dado aos culpados pela crise financeira de 2008 nos Estados Unidos — ficaram impunes e foram resgatados pelo Tesouro — foi o combustível da revolta popular que se manifestou no Tea Party e fez o Partido Republicano guinar ainda mais à direita.

Bannon se diz católico, assim como Bolsonaro — mas na política adota o ecumenismo integralista.

Aqui vale a tradução de um trecho relevante da fala dele:

“Essa forma de capitalismo é muito diferente do que eu chamo de capitalismo iluminado do Ocidente judaico-cristão. É um capitalismo que parece transformar as pessoas em mercadorias, que objetifica as pessoas, que as usa — como muitos dos preceitos de Marx — e é uma forma de capitalismo que, particularmente as novas gerações, acham muito atraente. Eles não enxergam uma alternativa. […] Outra tendência é a imensa secularização do Ocidente. Já venho falando sobre secularização há muito tempo, mas se você olhar para os jovens, especialmente os de menos de 30 anos, há um impulso irresistível da cultura popular em secularizá-los. Tudo isso converge para algo que teremos de encarar, é um tópico muito desagradável, mas estamos em guerra contra o fascismo jihadista islâmico. E esta guerra, acredito, está em metástase muito mais rapidamente do que os governos podem enfrentar”.

Depois de elogiar o Partido de Independência do Reino Unido (UKIP) e a Frente Nacional francesa, hoje comandada por Marine Le Pen — dois partidos nacionalistas de direita –, Bannon disse que o que os une “é um movimento populista de centro-direita da classe média, dos trabalhadores e trabalhadoras do mundo, que estão cansados de seguir os ditames do que chamamos de Partido de Davos”.

Davos é a cidade Suiça sede de um encontro anual de bilionários.

“Esta revolta de centro-direita é na verdade uma revolta global. Acredito que vocês vão vê-la na América Latina, na Ásia e já a vemos na Índia”, afirma a certa altura, referindo-se à vitória eleitoral do Partido do Povo Indiano, do atual primeiro-ministro Narendra Modi, que prega o nacionalismo hinduísta num país que tem cerca de 200 milhões de muçulmanos.

A declaração, lembrem-se, foi dada em 2014.

Na entrevista, Bannon afirmou que as classes dirigentes estão corrompidas e, portanto, é preciso demolir as instituições existentes no mundo.

Rompendo com o secularismo, pregou reconstruí-las sobre os desígnios judaico-cristãos, já que segundo ele uma grande tormenta está a caminho, aquela, causada pelo “fascismo islâmico”.

A NOVA BÍBLIA

Bannon, que segundo a mídia dos Estados Unidos é um leitor voraz, admite que um livro em especial moldou sua visão de mundo: The Fourth Turning, An American Prophecy, publicado em 1997.

Um dos autores chegou a escrever um artigo, publicado no Washington Post, se gabando de ter influenciado o estrategista de Donald Trump.

A descoberta de que Bannon tinha um livro de cabeceira levou o site liberal Huffington Posta publicar uma manchete que deixou gente de cabelo em pé: Steve Bannon acredita que o apocalipse está a caminho e a guerra é inevitável.

“A História é sazonal e o inverno está a caminho… A própria sobrevivência da Nação está em jogo. Em algum momento antes de 2025, os Estados Unidos vão atravessar um grande portão, comparável à Revolução Americana, à Guerra Civil ou às emergências gêmeas da Grande Depressão e da Segunda Guerra Mundial. O risco de catástrofe é grande. A Nação poderia irromper em insurreição ou violência civil, se dividir geograficamente ou sucumbir a um governo autoritário”, diz um trecho do livro republicado pelo New York Times, que comparou o cenário ao do seriado Game of Thrones.

A profecia dos autores é baseada no que acreditam ser um ciclo que se repete na História a cada 80 anos: crescimento, maturidade, entropia e destruição. Argumentam que os ciclos são tão previsíveis quanto as quatro estações do ano.

Para enfrentar a tempestade vindoura, dizem os autores, “nova autoridade cívica vai ter de se enraizar, rapida e firmemente — o que não será fácil se regras e rituais desacreditados do antigo regime permanecerem. Temos de mudar e simplificar o governo federal antes da crise, cortando profundamente seu tamanho e amplitude, sem colocar em risco seu núcleo central”.

“O núcleo da Nação será mais importante que sua diversidade. Jogo em equipe e comportamento padrão serão as novas palavras de ordem. Qualquer pessoa ou coisa que não puder ser descrita nestes termos pode ser deixada de lado — ou pior. Não se isole das atividades comunitárias… Se você não quer ser mal avaliado, não aja de maneira a provocar a autoridade da Crise a te julgar culpado. Se você pertence a uma minoria étnica ou racial, prepare-se para uma reação nativista de uma maioria assertiva (e possivelmente autoritária)”, escrevem os autores em tom de advertência.

A chamada Quarta Reviravolta, curiosamente, se expressa tanto no discurso de Donald Trump — “nós contra eles” — quanto no de Jair Bolsonaro, que afirma que despreza os direitos das minorias e diz que elas devem se submeter ao controle das maiorias.

Brasil acima de todos, Deus acima de tudo.

COMO O VATICANO REAGIU

A coalizão conservadora de católicos, protestantes e ortodoxos em geral, incentivada por Bannon, mereceu uma resposta indireta do Vaticano.

Aqui é importante lembrar que nenhum primeiro-ministro se mantém no poder em Israel sem apoio dos partidos religiosos ultraortodoxos.

A resposta do Vaticano às ideias de Bannon e parceiros de jornada veio na forma de um artigo de um confidente do papa Francisco, o católico Antonio Spadaro, em parceria com o pastor presbiteriano Marcelo Figueroa, numa publicação que é vista como porta-voz não oficial do Vaticano.

Eles identificam como uma das origens do chamado “teoconservadorismo” um livro publicado no início do século 20, pelo milionário californiano Lyman Stewart, The Fundamentals.

“Os grupos religiosos e sociais inspirados em autores como Stewart consideram os Estados Unidos uma nação abençoada por Deus. E não hesitam em basear o crescimento econômico do país numa adesão literal à Bíblia. Em anos mais recentes, essa corrente de pensamento se alimenta da estigmatização de inimigos, que muitas vezes são demonizados. O panorama do que entendem como ameaças à forma americana de viver inclui modernistas, o movimento negro pelos direitos civis, o movimento hippie, comunistas, feministas e assim por diante. E em nossos dias estão incluídos os imigrantes e os muçulmanos. Para manter os níveis de conflito, suas leituras bíblicas tiram de contexto trechos do Velho Testamento sobre conquista e defesa da terra prometida, em vez de se guiarem pelo olhar incisivo, cheio de amor, de Jesus nos Evangelhos”, diz o texto.

No Brasil de Bolsonaro, registre-se, os “vermelhos” já foram definidos como inimigos a serem, ainda que metaforicamente, “metralhados”.

A crença num mundo governado apenas pelos homens, criaturas de Deus, também coloca os ambientalistas como inimigos da fé.

O anti-intelectualismo é uma das características do fascismo.

“Nessa visão teológica, os desastres naturais, as dramáticas mudanças climáticas e a crise ecológica global não são percebidos como um alarme que deve levá-los a reconsiderar seus dogmas, mas como o oposto: sinais que confirmam sua compreensão não-alegórica das figuras finais do livro do Apocalipse e a esperança apocalíptica em um novo céu e uma nova terra“, escrevem Spadaro e Figueroa.

Não por acaso, tanto Donald Trump quanto Jair Bolsonaro se manifestaram contra o acordo de Paris, cujo objetivo é combater o aquecimento global.

Os autores notam os paradoxos da coalizão religiosa fundamentalista: “Esta reunião em torno de objetivos compartilhados acontece em temas como aborto, casamento entre pessoas do mesmo sexo, educação religiosa nas escolas e outros assuntos geralmente considerados morais ou ligados a valores. Ambos os integralistas evangélicos e católicos condenam o ecumenismo tradicional e ainda promovem um ecumenismo de conflito que os une no sonho nostálgico de um tipo de estado teocrático. No entanto, a perspectiva mais perigosa para este estranho ecumenismo é atribuível à sua visão xenófoba e islamofóbica, que pede muros e purifica as deportações. A palavra ecumenismo se transforma em um paradoxo, em um ecumenismo do ódio”.

O artigo critica a tentativa dos fundamentalistas de invadir a esfera laica do Estado, o que o papa Francisco condena. Os autores sugerem que líderes políticos tentam usar a religião para defender interesses da elite que dizem combater, de forma hipócrita.

“A espiritualidade não pode se ligar a governos ou a pactos militares, pois está a serviço de todos os homens e mulheres. As religiões não podem considerar algumas pessoas como inimigos jurados, nem outras como amigos eternos. A religião não deve se tornar a garantia das classes dominantes. No entanto, é justamente esta dinâmica, com um sabor teológico espúrio, que tenta impor sua própria lei e lógica na esfera política”, diz o texto.

Finalmente, Spadaro e Figueroa se referem à luta do papa Francisco para evitar que a fé seja manipulada num período de crise econômica:

“Há uma necessidade de lutar contra a manipulação desta temporada de ansiedade e insegurança. Novamente, Francisco é corajoso aqui e não dá legitimidade teológico-política aos terroristas, evitando qualquer redução do Islã ao terrorismo islâmico. Nem dá para aqueles que postulam e querem uma guerra santa ou para construir barreiras cercadas de arame farpado. A única coroa que conta para o cristão é aquela com espinhos que Cristo usou”.

Bannon agora se dedica a disseminar suas ideias numa entidade que batizou de Movement, que identifica como um de seus objetivos combater o megainvestidor George Soros, recente destinatário de uma bomba caseira nos Estados Unidos e que financia empreendimentos e ideias do liberalismo tradicional. Para Bannon, é “globalista”.

Deputado bolsonariano ameaça diretora de escola

Será que ele pretende fazer com ela o que fez com a placa da Marielle?

Conversa Afiada, 27/11/2018

Por Helena Borges, no Globo Overseas (empresa que tem sede na Holanda para lavar dinheiro e subornar agentes da FIFA com objetivo de ter a exclusividade para transmitir os jogos da seleção):

Daniel Silveira, deputado federal eleito pelo PSL, partido do presidente eleito Jair Bolsonaro, gravou um vídeo atacando a diretora do Colégio Estadual Dom Pedro II, Andrea Nunes Constâncio. A escola fica em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro. Na gravação, ele afirma que, por ser deputado federal, cargo do qual ainda não tomou posse, ele poderia “entrar em qualquer estabelecimento sem permissão” e que irá pedir uma auditoria da gestão da diretora, uma competência que cabe ao Tribunal de Contas do estado e à Secretaria estadual de Educação.

— Diretora, sou deputado federal e meu caráter é de fiscalizador. Posso entrar em qualquer estabelecimento sem permissão — afirma Silveira, em vídeo gravado dentro de um carro, e completa: — Vou solicitar uma auditoria na sua escola desde o princípio de sua gestão para ver se tudo está tão certinho.

Ex-secretária executiva do Ministério da Educação e atual membro do Conselho Nacional de Educação e da Câmara de Educação Básica, Maria Helena Guimarães explica que as ameaças do deputado são infundadas:

— A escola estadual é de competência do governo do estado e não cabe ao deputado federal pedir auditoria. Mesmo que fosse um deputado estadual, inclusive, não seria possível. A auditoria é uma atribuição do tribunal de contas do estado.

(...) As ameaças de Daniel Silveira — que já disse ter “desprezo” por professores “de esquerda”, é aliado do presidente eleito Jair Bolsonaro e ficou conhecido por rasgar a placa que continha o nome da vereadora assassinada Marielle Franco — vêm no bojo da discussão em torno do projeto de lei 7180/14, conhecido como Escola sem Partido.

A constitucionalidade do Escola sem Partido está oficialmente na lista dos temas a serem julgados pelo Supremo Tribunal Federal e seria votado esta semana, mas segue em suspenso. O presidente do STF, ministro Dias Toffoli anunciou que o plenário continuaria a julgar no dia 28 o processo sobre o indulto de Natal concedido no ano passado pelo presidente Michel Temer.

De autoria do deputado Erivelton Santana (PSC-BA), o texto impõe regras sobre o comportamento dos professores em sala de aula e a abordagem de assuntos como educação sexual e de gênero, que ficariam proibidos em "materiais didáticos e paradidáticos", "conteúdos curriculares", "políticas e planos educacionais" e "projetos pedagógicos das escolas".

Em documento, PT alfineta Ciro e propõe "oposição global" a Bolsonaro


O texto que servirá de base temática para a reunião do Diretório Nacional do PT no próximo dia 30 em Brasília apresenta um novo tom e uma resposta às tentativas de intimidação ao partido. 

A proposta é fazer uma "oposição global" ao governo eleito respeitando a coexistência de forças progressistas. 

A carta critica líderes que "se omitiram" no segundo turno e destaca: "somam-se a eles políticos oponentes ao golpe, que duvidavam da força do PT, imaginavam chegar ao segundo turno e, frustrados, tentam 'culpar' nosso partido pela performance obtida".

Filósofo Henry Levy, no Le Monde: 'Bolsonaro é a pornografia política'


O filósofo Bernard-Henri Lévy deu entrevistas ao francês Le Monde e ao espanhol El País, comentando a ascensão da extrema direita no mundo, informa o jornalista Nelson de Sá, em sua coluna no jornal Folha de S. Paulo. 

Ele diz: "no clube informal de monstros que está se formando com Trump, Viktor Orban e assim por diante, Bolsonaro é o mais caricatural de todos". 

Diz mais: "o mundo está assombrado com a incrível vulgaridade de seus comentários, é pornografia política".

Bolsonaro no colo de Donald Trump

O jornalista Umberto Martins, autor do livro "O golpe do capital contra o trabalho", mostra que o clã Bolsonaro está disposto a subordinar a política externa à orientação de Washington, colocar o Brasil no colo de Donald Trump e definir as relações internacionais com base numa ideologia obscura e irrealista de extrema-direita, fundada em preconceitos, intolerância e ódio.