segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Tacla Duran: "Moro não aguentou ficar fora do processo eleitoral"


O advogado Rodrigo Tacla Duran criticou o juiz Sérgio Moro por ter nesta segunda-feira, 1, quebrado o sigilo de parte da delação premiada do ex-ministro Antonio Palocci.

"Juiz super-herói!!! Não aguentou ficar fora do processo eleitoral", disse Tacla Duran.

A atuação de Moro a seis dias das eleições foi rechaçada por vários líderes petistas.

Para a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, decisão de Moro "é mais uma prova do desespero daqueles que usaram o aparelho do estado, nos últimos anos, para tentar destruir Lula e o PT".

Delação de Palloci foi recusada pelo Ministério Público por falta de provas


Utilizada por Sergio Moro a seis dias da eleição para tentar prejudicar Fernando Haddad, a delação do ex-ministro Antonio Palocci foi recusada pelo Ministério Público Federal por falta de provas.

"Demoramos meses negociando. Não tinha provas suficientes. Não tinha bons caminhos investigativos. Fora isso, qual era a expectativa? De algo, como diz a mídia, do fim do mundo. Está mais para o acordo do fim da picada. Essas expectativas não vão se revelar verdadeiras", explica o procurador da Lava Jato Carlos Fernando dos Santos Lima.

Em agosto, o STF decidiu que delações sem provas devem ser sumariamente arquivadas.

Palloci sai com 45 milhões da sua delação


Ter atacado o ex-presidente Lula próximo das eleições presidenciais se revelou um lucrativo negócio para o ex-ministro Antônio Palocci.

Sua delação premiada firmada com a Polícia Federal em março deste ano teve o sigilo quebrado pelo juiz Sérgio Moro nesta segunda-feira (1) seis dias antes das eleições presidenciais.

Pelo acordo, o ex-ministro teve redução de dois terços da pena e terá que pagar multa de R$ 35 milhões.

Em junho, a Lava Jato já havia identificado R$ 80 milhões em patrimônio no nome do delator e familiares.

Ele sairá livre em breve com pelo menos R$ 45 milhões nos bolsos.

Atos de mulheres contra Bolsonaro se tornam o maior dessas eleições


Da Universa, no Rio de Janeiro e São Paulo, 29/09/2018 11h14










O ato "Mulheres Contra Bolsonaro" aconteceu neste sábado (29) em várias cidades brasileiras durante o dia. O evento, protagonizado pelas mulheres, foi o maior dessas eleições no país. A dispersão começou por volta das 21h, após cerca de 8h de manifestação. O assunto também teve força nas redes sociais. No fim da tarde, mais de 60 cidades registraram atos contra o candidato e em ao menos 27 os atos foram também favoráveis.

Em São Paulo, no Largo da Batata, 500 mil pessoas se reuniram, segundo os organizadores. A polícia não costuma estimar público presente em manifestações assim. Elas marcharam para a Avenida Paulista, onde chegaram por volta das 19h30. Lá, a cantora Elza Soares se apresentou. Uma das organizadoras teve seu celular hackeado no dia anterior ao evento.

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Na Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro, mais de 200 mil pessoas se reuniram, segundo os organizadores. O protesto tomou proporções gigantescas e é um dos maiores que já aconteceu na cidade. Elas rumaram em volta de um caminhão de som para a Praça XV, onde aconteceram shows da percussionista Lan Lanh com a atriz Nanda Costa e a sambista Tereza Cristina. Organizadores avaliaram o evento como "um dia histórico"

Todos os protestos aconteceram de maneira pacífica, sem confrontos. Celebridades também se uniram pela causa e postaram fotos se posicionando. No Rio de Janeiro, muitas atrizes estiveram no ato e se declararam contra o candidato.

Também aconteceram atos a favor do candidato do PSL em São Paulo e no Rio. 

Pela manhã, aconteceram manifestações contrárias a Bolsonaro em Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Santa Catarina, interior de São Paulo e no Tocantins, em um total de 35 cidades.
Exterior também se posicionou

Os protestos "Mulheres no Exterior Contra Bolsonaro" aconteceram em 63 cidades espalhadas por 20 países, neste sábado (29) e domingo (30): Cidade do Cabo (África do Sul), Berlim (Alemanha), Buenos Aires (Argentina) e Londres (Reino Unido) estão entre elas.

Atos a favor de Bolsonaro foram registrados em 27 cidades. No Rio de Janeiro, manifestantes a favor de Bolsonaro se uniram no calçadão da praia de Copacabana.
Carnaval de protesto no Rio

No Rio de Janeiro, um ato do início da tarde na escadaria da Câmara dos Vereadores, no centro do Rio. Mais de 80 blocos de carnaval se uniram em um clima de festa. No fim da tarde, milhares se concentraram na Cinelândia. 

As crianças começaram cedo, no cortejo “Brincato” com suas mães, e foram recebidas nas escadarias da Câmara dos Vereadores pela organização do evento. O povo abriu caminho para se sentarem em família. Lá, elas amamentaram bebês e cantaram músicas contra o candidato. Na sequência, grupo de mulheres leu um manifesto em forma de jogral e seguiu em marcha para a Praça XV.

Protesto contra o candidato à presidência da República pelo PSL, Jair Bolsonaro na Cinelândia, no Rio de Janeiro (RJ), na tarde deste sábado (29).Imagem: Francisco Proner/Farpa/Folhapress

Candidatos estiveram em São Paulo

Marina Silva (Rede), Guilherme Boulos e Sonia Guajajara (Psol) estiveram no Largo da Batata na tarde de sábado. "Estamos aqui todas juntas pra dizer ele não, contra o facismo, contra o machismo e contra a violência", afirmou Guajajara. Marina afirmou que na democracia temos que respeitar aqueles que pensam diferente de nós. "As mulheres devem ser respeitadas e devem ver seus direitos respeitados". As vices Manuela D'ávila (PCdoB), do candidato petista Fernando Haddad (PT) e Katia Abreu (PDT), de Ciro Gomes, também estavam no evento.

A atriz Mônica Martelli também esteve no Largo da Batata: "eu sou mulher, e estou aqui dizendo não ao candidato que não respeita as mulheres. As mulheres vão mudar o mundo e mudar o resultado dessa eleição", afirmou. 

Luiza Erundina, candidata a deputada federal pelo Psol, afirmou que é preciso ter ousadia. "Não é só eleição que resolve. Resolve só uma parte. O povo tem que estar na rua. Ele é fascista, brutamontes, machista, atrasado, estuprador, reacionário e não merece a sociedade e o povo que tem. Nós vamos derrubá-lo e reconstruir a democracia no País. Com o povo na rua!”, disse.
Indignação

A menos de um mês das eleições presidenciais de 2018, grupos virtuais de mulheres se mobilizaram na rede contra e a favor às declarações de Jair Bolsonaro. Até pouco antes da manifestação, a página que chamava para o ato contra o candidato, no Largo da Batata, em São Paulo, tinha 83 mil pessoas confirmadas e 238 mil interessados. 

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“O que é importante enfatizar é que existe um grande movimento da sociedade que está sendo liderado pelas mulheres, mas que é um movimento da sociedade. São mulheres que tomaram consciência de seu papel de eleitoras e que de fato podem, quando se unem, fazer escolhas determinantes em eleições, como já aconteceu em 2016 com o candidato Pedro Paulo na prefeitura do Rio de Janeiro. Agora isso está acontecendo de novo em escala nacional. As mulheres liderando esse processo, mas boa parte da sociedade não concorda com as ideias que ele tem, e também está se manifestando”, diz a diretora e roteirista Antonia Pellegrino, uma das articuladoras do movimento no Rio.

Efeito de atos contrários pode ser sentido às vésperas da eleição

Na avaliação de especialistas em opinião pública, o efeito dos atos convocados por mulheres para este sábado poderá ser avaliado na próxima semana, já às vésperas da eleição. Mulheres mais pobres, protestos de rua e um comportamento inédito do eleitorado feminino -- mais distante do voto masculino -- podem enfraquecer a campanha de Jair Bolsonaro em um eventual segundo turno. 

As mulheres formam o grupo que mais rejeita a candidatura de Jair Bolsonaro à presidência. Segundo pesquisa do Datafolha divulgada na última sexta (28), Bolsonaro é líder nas pesquisas, com 28% das intenções do voto. Apesar disso, 
mantém uma rejeição entre 46% das mulheres. Comparado com a última pesquisa, a rejeição feminina subiu três pontos percentuais. 

"As mulheres estão na rua porque o Bolsonaro não as respeita, isso é evidente. O projeto de país dele é um atraso e é contra isso que as mulheres estão se insurgindo. Nesse projeto de país, que é do atraso, está lá a cláusula de que as mulheres voltam a ser cidadãs de segunda classe".

Pesquisa CNT/MDA mostra empate técnico entre Bolsonaro e Haddad: 28,2% a 25,2%

Conheça outras informações importantes da pesquisa

PODER36030.set.2018 (domingo) - 7h02

Margem de erro é de 2,2 pontos

Levantamento feito em 27 e 28.set
Candidatos do PSL e do PT aparecem empatados na margem de erro a uma semana da votação Fábio Wilson Dias/Agência Brasil e Cláudio Kbene

Pesquisa CNT/MDA mostra os candidatos à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) empatados pela 1ª vez na margem de erro, de 2,2 pontos percentuais. O militar e o petista têm 28,2% e 25,2% das intenções de voto, respectivamente.

O levantamento foi realizado nos dias 27 e 28 de setembro com 2.002 pessoas em 137 municípios de 25 unidades da Federação. Está registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número BR-03303/2018. O nível de confiança é de 95%. Leia a íntegra.

Em 3º lugar também estão empatados tecnicamente o candidato do PDT, Ciro Gomes (9,4%), e o tucano Geraldo Alckmin (7,3%).

Eis os percentuais apurados:

2º TURNO

Também foram pesquisados os cenários para o 2º turno. Jair Bolsonaro só venceria o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin:

Cenário 1
Ciro Gomes: 42,7%
Jair Bolsonaro: 35,3%
Branco/Nulo: 17,8%
Indeciso: 4,2%

Cenário 2
Fernando Haddad: 42,7%
Jair Bolsonaro: 37,3%
Branco/Nulo: 16,1%
Indeciso: 3,9%

Cenário 3
Jair Bolsonaro: 37%
Geraldo Alckmin: 33,6%
Branco/Nulo: 25,1%
Indeciso: 4,3%

Cenário 4
Ciro Gomes: 34%
Fernando Haddad: 33,9%
Branco/Nulo: 26,9%
Indeciso: 5,2%

Cenário 5
Ciro Gomes: 41,5%
Geraldo Alckmin: 23,8%
Branco/Nulo: 29,1%
Indeciso: 5,6%

Cenário 6:
Fernando Haddad: 39,8%
Geraldo Alckmin: 28,5%
Branco/Nulo: 26,4%
Indeciso: 5,3%

POTENCIAL DE VOTO

Os entrevistados também foram perguntados sobre em quem votariam com certeza ou quem rejeitam por completo.

O candidato do PSL, Jair Bolsonaro, aparece com a maior rejeição e o maior potencial de voto. 55,7% do eleitorado afirmam não votar no militar de jeito nenhum. E 23,7% dizem que votariam e reconhecem que ele seria a única opção.

No 2º lugar de rejeição, vem Geraldo Alckmin. 52,8% afirmam que não votariam no tucano de jeito nenhum. Apenas 5% dizem que ele seria a única opção para o cargo.

Fernando Haddad aparece com uma rejeição de 48,3%. Outros 19,3% dizem que votariam nele com certeza.

INTERESSE NAS ELEIÇÕES

Segundo a CNT/MDA, 72,5% dos eleitores dizem ter tido contato com a propaganda eleitoral veiculada na televisão e no rádio.

Entre os que assistiram ao horário eleitoral, 20,8% dizem que Fernando Haddad tem a melhor propaganda. Logo após, vem Jair Bolsonaro (18%), Geraldo Alckmin (12,9%) e Ciro Gomes (12,5%).

De um modo geral, 32% dos entrevistados afirmaram estar muito interessados nas eleições presidenciais de 2018. Outros 25,1% afirmam ter 1 interesse médio, enquanto 21,4% declaram não ter nenhum interesse.

Os entrevistados também foram questionados sobre o nível de conhecimento que têm a respeito dos presidenciáveis. De acordo com a CNT/MDA, apenas 19,5% dizem saber bastante sobre quem são os candidatos. Outros 26,5% dizem conhecer poucos os concorrentes. E 12,9% dizem não conhecer nada.
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Pesquisa BTG Pactual: 
Bolsonaro tem 35% dos votos válidos; Haddad tem 27%A 6 dias da eleição, Bolsonaro lidera em 18 Estados; Haddad, em 8

domingo, 30 de setembro de 2018

Cantanhêde se rende ao ressurgimento do PT e à decadência do PSDB


A jornalista Eliane Cantanhêde diz que “O PSDB perdeu o Sul, o Centro-Oeste e o eleitorado tucano, não tem mais Serra e Aécio, não terá Alckmin, e Fernando Henrique pensa mais nele do que no partido”, por isso o que está em jogo é a sobrevivência do partido.

“Há dois anos, o PT parecia liquidado, enquanto o PSDB invadia o “cinturão vermelho”. O mundo dá voltas e tudo se inverteu”, lamenta Eliane.

O Brasil tem dois caminhos: Rachar com um fascista ou pacificar com Haddad


A dimensão dos protestos da campanha #elenão, que levou mais de 1 milhão de brasileiros às ruas neste sábado contra a candidatura fascista de Jair Bolsonaro, coloca o Brasil diante de um impasse civilizatório: ou o País implode, se vier a ser governado pelo candidato que ameaça a democracia, ou se deixa pacificar com Fernando Haddad no comando.

A boa notícia é que, em todas as pesquisas recentes, Haddad já vem abrindo uma folga confortável em relação ao extremista que é resultado do ódio disseminado no Brasil nos últimos anos.

No Datafolha, Haddad vence Bolsonaro no segundo turno por 45% a 39%.

#ELENAO pelo Brasil


Ato publico contra o presidenciavel lider nas pesquisas Jair Bolsonaro durante a tarde deste sabado (29) no Largo da Batata, zona oeste de Sao Paulo
Imagem: Nelson Antoine/Folhapress

Os atos contra Jair Bolsonaro marcados em mais de 160 cidades pelo Brasil e pelo mundo já se iniciaram neste sábado (29). Pelo mundo, o "Mulheres no Exterior Contra Bolsonaro" estava marcado para acontecer em 63 cidades espalhadas por 20 países.

A menos de um mês das eleições presidenciais de 2018, grupos virtuais de mulheres se mobilizaram na rede contra e a favor às declarações de Jair Bolsonaro. Trios elétricos, blocos de carnaval e shows são esperados em São Paulo e Rio de Janeiro.

Confira as manifestações que já estão acontecendo contra declarações e posicionamentos políticos do candidato à presidência pelo PSL.

Ato publico contra o presidenciavel lider nas pesquisas Jair Bolsonaro durante a tarde deste sabado (29) no Rio de Janeiro
Ato publico contra o presidenciavel lider nas pesquisas Jair Bolsonaro durante a tarde deste sabado (29) em Brasilia 

Ato das Mulheres Contra Bolsonaro #EleNão na praça 7, Belo Horizonte, MG 

Ato #EleNão em Lisboa, Portugal

sábado, 29 de setembro de 2018

Campanha do PT acerta ao vincular golpe e Bolsonaro


O jornalista Mauro Lopes, editor do 247, analisa a estratégia do PT para as eleições que tem como centro o combate ao golpe e seus efeitos sobre a população.

Explica como ela se desdobrou em opções táticas que têm se mostrado as grandes vitoriosas da campanha até aqui.

Lula esteve no centro da primeira etapa, a volta do tempo bom do PT ocupa a cena agora.

A vinculação entre Bolsonaro e o golpe é uma opção tática fundamental.

Alckmin rebate Bolsonaro sobre urnas eletrônicas e o compara a menino mimado


Presidenciável tucano rebateu as críticas feitas pelo concorrente Jair Bolsonaro (PSL) sobre as urnas eletrônicas e o comparou a um menino mimado que não sabe perder.

“É como um menino mimado que quando perde o jogo, pega a bola e vai embora”, disse Alckmin durante campanha em São Paulo.