segunda-feira, 3 de julho de 2017

Denunciado, Temer vira motivo para rebaixamento do Risco-Brasil


A situação esdrúxula do Brasil, que passou a ter pela primeira vez em sua história um ocupante da presidência denunciado por corrupção passiva, se tornou um peso para a economia.

Segundo a agência de risco Moody's, Michel Temer perdeu a capacidade de aprovar as reformas que prometia, o que deve levar ao rebaixamento da nota do País, ou seja, o golpe, além de desmoralizar o Brasil aos olhos do mundo, também se tornou um contrassenso econômico, não apenas para os empresários nacionais, que já vinham afundando, como também para o capital financeiro.

A prisão de Geddel, pela PF e suas consequências


O ex-ministro Geddel Vieira Lima, ex-braço direito de Michel Temer, foi preso nesta segunda-feira 3 pela Polícia Federal, na Bahia. A decisão é do juiz Vallisney de Souza, titular da 10ª Vara Federal de Brasília.

Geddel é acusado de atrapalhar investigações no âmbito da Operação Cui Bono, deflagrada em janeiro deste ano, e que investiga fraudes em créditos da Caixa Econômica Federal.

Ele teria atuado para que o operador Lucio Funaro e o ex-deputado Eduardo Cunha não firmassem acordo de delação premiada. O mandado é de prisão preventiva, quando não há prazo para soltura.

Polícia Federal recebeu autorização para apreender celulares de Geddel e “arrombar portas e cofres”

O juiz determinou a apreensão dos celulares do ex-ministro Geddel Vieira Lima no despacho em que concedeu a prisão preventiva dele. No documento, o magistrado também autoriza a Polícia Federal a "forçar entrada e arrombar portas e cofres, na hipótese de resistência de seu cumprimento".

Calero diz: "Que desonestos respondam por seus atos"
Ex-ministro da Cultura do governo Temer, Marcelo Calero, responsável pela queda de Geddel Vieira Lima da Secretaria de Governo em novembro do ano passado, comentou nesta segunda-feira 3 a prisão do peemedebista: "Sonho com um Brasil em que honestos possam dar sua contribuição e desonestos respondam por seus atos. Que sejamos um país de justiça, democracia e verdade".

A prisão de Geddel preso abala Câmara

Para Fernando Brito, editor do Tijolaço, prisão de Geddel Vieira Lima, ex-ministro e ex-braço-direito de Temer, "tem um efeito avassalador nas articulações do atual ocupante do Palácio do Planalto para barrar na Câmara a denúncia de Rodrigo Janot contra ele".

Brasil, vergonha global também no El País


Sob Michel Temer, o Brasil não se cansa de dar vexames em escala planetária.

Em reportagem publicada nesta segunda-feira, tanto na versão global como na brasileira, o El País, mais respeitado jornal espanhol, questiona: "um presidente pode sobreviver com uma rejeição de 80% dos eleitores, uma denúncia do procurador-geral por receber subornos e um programa de reformas impopulares?".

O El País também lembra a todos os seus leitores, no Brasil e no mundo, que Temer chegou ao poder por meio de um golpe; ou seja: além de tudo, é ilegítimo.

Ação Popular pedirá ao Supremo a anulação do golpe contra Dilma


O Movimento Nacional pela Anulação do Impeachment está recolhendo assinaturas para sustentar ação popular em favor da anulação do golpe contra a presidente legítima Dilma Rousseff.

Na ação, o grupo pede que o STF julgue o mérito do caso, que está na gaveta do ministro Alexandre de Moraes.

Em entrevista recente, outro ministro, Luis Roberto Barroso, reconheceu que o impeachment foi uma conspiração parlamentar.

No mundo civilizado e na comunidade acadêmica, já se formou o consenso de que tudo não passou de uma articulação de políticos corruptos para tentar frear a Lava Jato.

Enquanto Michel Temer se tornou o primeiro ocupante da presidência denunciado por corrupção, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) é recordista em inquéritos.

Paulo Coelhho, o mago, prevê que o próximo passo de Temer é matar a Lava Jato


Escritor brasileiro mais lido do mundo, Paulo Coelho prevê as próximas etapas do cenário político brasileiro.

"Próximo passo do governo é acabar com #LavaJato. A partir daí metade de Brasília pode dormir tranquila", postou em sua conta no Twitter; para ele, "o país parece anestesiado com um escândalo atrás do outro".

"Cansei - não adianta, os 3 poderes são mais fortes. Bravo, bandidos", criticou, ao compartilhar o diálogo entre Sergio Machado e Romero Jucá, em que o senador falava em "estancar a sangria da Lava Jato", num acordo "com Supremo e tudo".

Rapidinhas

Temer demonstra abatimento e preocupa amigos mais próximos O presidente Michel Temer tem mostrado abatimento a ponto de preocupar seus amigos mais próximos.

Deve ser remorso De acordo com um dos interlocutores mais frequentes do presidente, ele está "abalado, preocupado e triste", sentindo-se numa "guerra sem trincheira nem guarita".

Sonho dele, pesadelo nosso A tristeza seria agravada pela euforia que precedeu o escândalo da JBS. Temer chegou a dizer aos amigos mais íntimos que estaria no segundo turno da eleição presidencial de 2018.

Solidariedade familiar A família e inclusive a primeira-dama, Marcela Temer, também estariam no clima de baixo astral, piorando as coisas para o presidente.

Será que adianta? O ministro Edson Fachin recebeu na sexta (30) a visita do bispo auxiliar de Brasília. O religioso foi benzer o gabinete do magistrado no STF (Supremo Tribunal Federal).

Memória curta O senador Magno Malta (PR-ES) disse a uma rádio do Espírito Santo que o vice-presidente do seu partido no Estado "é um travesti chamado Moa". Acontece que Moa, ex-vereadora de Nova Venécia, morreu no início de maio. Ela teve obituário publicado na Folha, e Malta até divulgou um vídeo gravado no velório.

Tentando enganar A assessoria do parlamentar afirma que o cargo no Estado segue vago e que "Moa está bem vivo na memória e no coração de Magno". Na mensagem, o senador criticava um decreto do governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), que regulamentava a punição da homofobia. Malta diz que defende a "família tradicional" e que citou a ex-vereadora para mostrar que nem por isso é homofóbico.

Juntas na causa Taís Araújo vai receber da ONU Mulheres Brasil o título de defensora dos direitos das mulheres negras. No posto, a atriz vai apoiar iniciativas da organização no combate ao preconceito. Ela será nomeada nesta segunda (3).

Diminuindo os problemas O Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) começará a resolver em um tribunal de conciliação ética conflitos entre pacientes e profissionais. Os acordos serão buscados em casos que ainda estão na fase de sindicância (apuração) e que envolvem situações mais simples. Por exemplo, quando o paciente reclama que não teve informações precisas sobre um tratamento.

Sem acordo A conciliação não é permitida, no entanto, em casos como de lesão corporal de natureza grave e assédio sexual. Eles continuarão sendo resolvidos com processos, mais complexos e demorados. Segundo o Cremesp, das 4.200 sindicâncias que estão abertas hoje, 10% poderiam ser resolvidas com acordo.

Marcus Leoni/Folhapress 
A modelo, empresária e apresentadora Carol Ribeiro

É da área Agora sócia da agência de modelos que cuida de sua carreira, Carol Ribeiro, 37, está se dividindo entre passarelas, sessões de fotos e aulas para as novatas na profissão. "Pego a menina pelo braço, mostro o mercado. Trabalho há 22 anos e conheço o meio", diz.

Querendo aparecer O prefeito João Doria (PSDB) disse ao diretor José Celso Martinez Corrêa, do Teatro Oficina, que vai marcar uma reunião com Silvio Santos nesta semana para buscar uma solução para a disputa entre o teatro e o grupo empresarial do dono do SBT. Os lados brigam há anos por causa de um terreno no entorno do Oficina, no Bixiga (região central da capital).

A promessa do prefeito foi feita em um encontro promovido na sexta (30) pelo vereador Eduardo Suplicy (PT) e pelo secretário municipal de Cultura, André Sturm.

Deputados recorrem ao antipetismo para tentar salvar Temer no Congresso

Financiado por Temer, Perondi diz que Janot “vestiu a camisa do PT”. Ele é só mais um do grupo que faz um jogo político rasteiro!

Viomundo, 02/06/2017

Perondi, um dos integrantes da bancada de Temer diz: Janot é petista!

Ala anti-Janot na Câmara é trunfo de Temer para barrar denúncia

RANIER BRAGON e BRUNO BOGHOSSIAN, na Folha

O placar que o governo espera obter na Câmara para barrar a denúncia criminal contra Michel Temer inclui um grupo expressivo de deputados que pretende usar a votação para impor uma derrota ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Essa ala é formada por alvos da Lava Jato e deputados críticos às investigações, além de parlamentares que dizem ver um alinhamento excessivo do chefe do Ministério Público com teses da esquerda.

Temer precisa que pelo menos 172 dos 513 deputados votem contra a denúncia ou simplesmente não apareçam na sessão, já que é preciso haver um mínimo de 342 votos para que o Supremo Tribunal Federal seja autorizado a decidir se processa o peemedebista por corrupção passiva.

“Há uma insatisfação muito grande entre os deputados com ele [Janot]. Enquanto corre no caso do Temer, nas investigações contra deputados ele abre [inquéritos] e deixa na geladeira. A tendência aqui é de os caras votarem não pelo Temer, mas contra o Janot”, afirma o deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP).

Alvo da Lava Jato, Paulinho da Força, como é mais conhecido, reverbera o discurso de políticos que consideram excessivamente demorada a conclusão das investigações contra os parlamentares suspeitos de integrar o esquema.

Em março, reportagem da Folha mostrou que da primeira lista de investigados pela PGR (Procuradoria-Geral da República) na Lava Jato, anunciada dois anos antes, 40% das 27 investigações haviam sido arquivadas no todo ou em parte. Outras 17 seguiam em aberto, sem conclusão.

Desde o início da Lava Jato, a PGR já abriu investigações contra 64 deputados federais: 25 mencionados nos depoimentos dos primeiros delatores da operação, como o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, e 39 citados pelos executivos da Odebrecht.

Janot ainda pode pedir a abertura de inquérito contra outros parlamentares, a partir da delação da JBS. Em depoimento, o ex-diretor Ricardo Saud disse aos procuradores que “propina” da empresa ajudou a eleger 167 deputados.

Nesse cenário, a defesa de Temer decidiu apostar no espírito de corpo da classe política e estimular um contra-ataque dos deputados ao procurador-geral, em busca de blindagem. O recado é claro: se Temer cair, os congressistas serão os próximos alvos.

“Depois que Janot vestiu a camisa do PT e fez aliança com Joesley Batista [dono da JBS], ele passou dos limites. Dá celeridade ao caso do Temer e trata com lentidão os outros processos. O que ele quer é enfraquecer o presidente para Lula voltar pelas eleições diretas”, afirma o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), ferrenho defensor do presidente.

“O lado de lá está trabalhando a todo vapor, temos que trabalhar aqui”, diz outro aliado de Temer, Beto Mansur (PRB-SP), referindo-se à pressão de governistas para que as prováveis outras denúncias contra Temer sejam unificadas em uma única votação.

Entre alguns deputados sem envolvimento com investigações da Lava Jato, as críticas a Janot também se sobrepõem à análise específica das acusações feitas contra Temer.

Ligado a Silas Malafaia, Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ) diz que sua “vontade” é votar “não a favor do Temer, mas contra Janot”. O deputado afirma que o procurador se alinha ideologicamente à esquerda e critica especificamente ações patrocinadas por ele contra prefeituras que proíbem o ensino sobre diversidade de gênero e orientação sexual.

Nas ações, Janot diz que essas proibições estimulam a homofobia e atentam contra a laicidade do Estado ao se basear em “concepção moral de marcado fundo religioso”. A PGR não quis se manifestar sobre as críticas dos parlamentares.

PS do Viomundo: Darcísio Perondi é nosso conhecido. Estrelou na Galeria dos Hipócritas como um dos deputados beneficiários de doações eleitorais de Michel Temer. Ou vocês acham que só o Eduardo Cunha usou propina para montar bancada?

Quebra da indústria naval paralisa obras de 20 bilhões de reais


As construtoras brasileiras não foram as únicas arrasadas pela Lava Jato.

A indústria naval também foi profundamente afetada pela operação. Na esteira das delações, diversos estaleiros nacionais quebraram. Por todo país, a paralisação dos estaleiros provocou a interrupção de obras que somam US$ 6 bilhões (cerca de R$ 20 bilhões).

São vários navios, sete sondas, um casco de plataforma e quatro comboios hidroviários —formados, cada um, por quatro barcaças e um empurrador– parados em estaleiros no país, em diferentes estágios de construção.

Além do fechamento de vagas com a suspensão das obras, a paralisia aumenta o custo de embarcações, que já haviam sido contratadas a preços superiores aos praticados no mercado internacional.

Maia começa a abandonar Temer

Ele quer ser presidente da República?

A possibilidade cada vez maior de a Câmara dos Deputados autorizar a investigação e, consequentemente, o afastamento de Michel Temer do cargo fez com que o presidente da casa, Rodrigo Maia, começasse a se descolar do Palácio do Planalto.

O discurso do parlamentar, inclusive, já demonstra esta intenção: “O presidente da Câmara é presidente da Câmara, não de um governo. Não cabe ao presidente da Casa cumprir o papel de defensor de uma agenda porque essa não é uma agenda da Casa”, disse ele.

Mesmo afastado, Aécio destituiu dirigente tucano

Ele vai dizer que não sabia que estava afastado?
Aécio não era presidente do PSDB quando afastou dirigente

Mesmo licenciado do cargo da presidência do PSDB, Aécio Neves continua mandando no partido.

A assinatura aparece como a responsável, no dia 11 de junho, por destituir toda a Executiva estadual tucana no Acre.

Foram destituídos de seus cargos 14 tucanos e o presidente da sigla no Estado, deputado Major Rocha.

Rocha integra o grupo conhecido como “cabeças pretas”, que pede o desembarque do partido do governo Temer, e tem sido uma das vozes que pedem a convocação de uma convenção nacional para eleger um novo presidente para a sigla.

'Golpe' 


Por causa disso, o deputado acriano acusa Aécio de ter dado um "golpe" para beneficiar o ex-deputado federal Marcio Bittar, tucano do mesmo Estado que almeja ser candidato a senador pelo PSDB em 2018.