quarta-feira, 7 de junho de 2017

Quem é o misterioso Edgar, suspeito de receber propinas em nome de Temer


Polícia Federal não faz ideia de quem seja Edgar, usado por Rodrigo Rocha Loures para receber propina em espécie da JBS, em nome do governo Temer.

"Vossa Excelência tem alguém chamado 'EDGAR' no universo de pessoas com quem se relaciona com certa proximidade? Se sim, identificar tal pessoa, mencionando a atividade profissional, eventual envolvimento na atividade partidária, descrevendo, ainda, a relação que com ela mantém", perguntou a PF a Temer.

Pelas informações da Lava Jato, trata-se de alguém próximo do presidente e que trabalha de São Paulo.

Na década de 1990, Temer dividiu escritório de advocacia com um Edgar.

terça-feira, 6 de junho de 2017

Golpe contra a CLT é aprovado em comissão do Senado

Para o senador Paim a reforma só favorece o mau empregador

Conversa Afiada, 06/06/2017
Na Câmara, houve protesto de deputados da oposição contra esse golpe (Crédito: Agência Brasil)

Da Fel-lha:

A CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado aprovou nesta terça-feira (6) o texto-base da reforma trabalhista com 14 votos a favor e 11 contrários. Agora, o colegiado analisa os destaques, que são as propostas de alteração na proposta. Este foi o primeiro avanço do projeto na Casa, que ainda precisa passar pelo crivo de duas outras comissões e do plenário.

(...) O relatório aprovado foi elaborado pelo senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), que não fez modificações na versão aprovada na Câmara dos Deputados. Seguindo um acordo feito pela base aliada junto ao governo Temer, o tucano sugeriu apenas que alguns pontos sejam vetados no texto e corrigidos por meio de uma Medida Provisória.

(...)

O Conversa Afiada reproduz também trechos de entrevista realizada pelo Brasil de Fato com Carlos D’Incao, historiador e especialista em mercado financeiro internacional, sobre a reforma (sic) trabalhista:

(...) Outro ponto muito criticado é a chamada prevalência do negociado sobre o legislado. Na prática, o que pode acontecer com o trabalhador?

Esse ponto é uma gigantesca anomalia porque o texto é claro quando abre inúmeras possibilidades de se negociar inclusive aspectos garantidos na Constituição. Logo, na prática, o próprio Direito Constitucional estará sendo lesado com essa reforma. No fim, tudo estará nas mãos das grandes empresas que, auxiliados por um bom departamento jurídico, poderão fazer uma série de manobras jurídicas.

Na prática será possível se extinguir os direitos constitucionais mais elementares como o 13º salário e as férias acrescidas de 1/3. Isso tudo sem contar o fato de que a própria possibilidade de se estabelecer a chamada "livre negociação" entre trabalhadores e empresários é por si só uma grande farsa. Essa reforma quer retroceder os trabalhadores às condições análogas ao século XIX. 

Um dos argumentos do governo para votar a reforma é que ela irá gerar emprego. Qual a sua avaliação sobre isso?

Ao contrário do que o governo proclama, essa reforma tem a tendência de, a curto prazo, precarizar as condições atuais de trabalho e, a longo prazo, aumentar o desemprego. Trata-se de uma relação lógica: se a reforma trabalhista permite aos empresários explorar sua mão de obra por mais tempo e de maneira mais abusiva, haverá cortes e não mais contratações, como alega o governo.

O governo diz que os empresários não contratam porque os custos dos trabalhadores são muito altos. Ao que parece Temer e os tucanos estão observando os trabalhadores de outro país, talvez os trabalhadores franceses… Porque a mão de obra brasileira é uma das mais baratas do mundo… Além disso, é importante salientarmos que essa reforma ocasionará um aumento significativo da rotatividade da mão de obra, uma vez que demitir se tornará um processo ainda mais barato. 

A base aliada de Temer tem dito que as reformas previdenciária e trabalhista são importantes para dar um sinal ao mercado financeiro. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, deixou isso bem claro. Como você vê um governo preocupado com o mercado em detrimento dos direitos dos trabalhadores?

Se havia alguma dúvida de que esse governo tinha como principal meta atender aos interesses do mercado, parece bem claro que ela já foi há tempos dirimida. A questão é que o suposto "sinal" para o mercado financeiro não atende a todo o capital existente no planeta. Na verdade, é um sinal para um tipo específico de capital financeiro que aposta em um Brasil "mexicanizado", onde o custo-trabalho se torna muito baixo. Trata-se de um capital volátil que não pensará duas vezes antes de se retirar de nossa economia caso haja qualquer possibilidade de mudança dessa atual conjuntura.

79,6% dos brasileiros querem que TSE casse Temer



Horas antes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retomar o julgamento que pode retirar Michel Temer do Planalto, levantamento do Paraná Pesquisas confirma o sentimento da ampla maioria da população: para 79,6% dos brasileiros, o TSE deve cassar o mandato de Temer.

Apenas 16,8% dizem ser a favor da permanência do peemedebista.

Os ministros do TSE afirmam que não votarão sob pressão política, mas estão diante de uma oportunidade histórica para corrigir os rumos do País, encerrando o ciclo Michel Temer e convocando eleições diretas para seu substituto.

Para advogado de Lula, Moro age como inimigo da verdade


A defesa do ex-presidente Lula, representada pelo advogado Cristiano Zanin Martins, afirma que as informações prestadas pelo juiz Sergio Moro ao TRF4 a respeito do pedido para que as audiências realizadas ontem por Emílio Odebrecht e Alexandrino Alencar fossem suspensas "não podem ser aceitas".

Em sua defesa, Moro argumentou ao Tribunal Regional Federal que Cristiano Zanin mentiu ao dizer que não tinha conhecimento dos depoimentos prestados.

Em nota, o advogado rebate: "É lamentável que o juiz Sérgio Moro mais uma vez recorra a argumentos que não têm amparo legal para insultar a defesa do ex-Presidente Lula".

Deputado Federal do PMDB condenado a mais de sete anos de reclusão é preso ao desembarcar em Brasília

Agência Câmara
Celso Jacob fez juramento de defender e cumprir a Constituição ao tomar posse na Câmara 

O deputado Celso Jacob (PMDB-RJ) foi preso assim que desembarcou em Brasília, nesta terça-feira (6), pela Polícia Federal para cumprir pena de sete anos e dois meses de reclusão. Há três semanas o Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou o recurso do peemedebista e confirmou a condenação dele por falsificação de documento público e dispensa indevida de licitação. Os crimes, segundo a denúncia, ocorreram na gestão dele como prefeito de Três Rios (RJ), entre 2001 e 2008.

Ele é o terceiro deputado preso no exercício do mandato após ser condenado pelo Supremo. Os outros dois – Natan Donadon (RO) e Asdrubal Bentes (PA) – também eram filiados ao PMDB. O processo de Jacob dá uma mostra de como a Justiça brasileira é morosa para julgar políticos. O parlamentar fluminense foi condenado pelos crimes atribuídos a ele em 2006. O caso subiu para o STF, já na fase de recurso, em 2013, quando assumiu o mandato na Câmara. O início da pena só ocorre quatro anos depois da condenação.

O ministro Edson Fachin, que relatou o recurso, entendeu que o deputado favoreceu uma construtora ao decretar estado de emergência no município para contratá-la sem licitação para finalizar a obra de uma creche em 2002. O parlamentar foi preso na frente de passageiros, inclusive outros deputados, assim que chegou a Brasília, na saída do avião que o trouxe do Rio.

Cassação com a Câmara

“Não se admite numa República que o administrador escolha quem contratar. A todos devem ser dadas condições de igualdade [...] Os autos mostram persistência na inclinação em afrontar a lei”, afirmou o ministro.

Há três semanas, ao apresentar seu voto, Fachin foi acompanhado pelos demais ministros da 1ª Turma, que confirmaram a condenação de Jacob. Eles não discutiram, porém, a cassação do deputado. A perda do mandato dele depende de decisão da Câmara.

Celso Jacob deve começar a cumprir a pena em regime fechado. Mas poderá migrar para o semiaberto assim que arrumar um emprego. Nesse caso, ele terá direito a trabalhar durante o dia, mas será obrigado a dormir à noite na prisão.

No início do ano, Celso Jacob apareceu no noticiário depois de comparar o tratamento dispensado pelo Palácio do Planalto aos deputados do PMDB à “filha da empregada pobre mas gostosa”, que “só serve para comer e depois nem fala mais”. O comentário foi feito num grupo de Whatsapp da bancada peemedebista, mas vazou para a imprensa.

O Supremo ainda tem de decidir se determina o início do cumprimento da pena do senador Ivo Cassol (PP-RO), condenado desde agosto de 2013, a mais de quatro anos de prisão pela corte, por crimes contra a Lei de Licitações. O senador participa normalmente das atividades parlamentares. Ele se segura no mandato e em liberdade devido à demora do Supremo em julgar seu recurso. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, já pediu aos ministros que Cassol comece a cumprir a pena.

Fonte: Congresso em foco, 06/06/2017


Pesquisa revela: Lula tem mais de 50% das intenções de voto e bate todos os candidatos


Pesquisa feita pela CUT/Vox Populi entre 2 e 4 de junho mostra que o ex-presidente Lula venceria qualquer candidato, entre Geraldo Alckmin (PSDB), João Doria (PSDB), Marina Silva (Rede) e Aécio Neves, caso as eleições fossem hoje.

O desempenho do senador afastado, alvo de diversos inquéritos na Lava Jato e flagrado em áudios na delação premiada da JBS, revela que ele foi liquidado politicamente, ao apresentar 0% das intenções de voto.

A pesquisa aponta ainda que o governo Michel Temer, aprovado por apenas 3% dos brasileiros, é considerado culpado pelo desemprego que atinge mais de 14,5 milhões de trabalhadores e pela recessão que atinge especialmente a classe trabalhadora e os mais pobres.

Henrique Alves recebeu propina de 4 empreiteiras, diz investigação


Procurador da República Rodrigo Teles disse haver indícios de que o ex-ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves, preso hoje (6) em Natal, solicitou e recebeu ao menos R$ 7,5 milhões de quatro empreiteiras para sua campanha ao governo do Rio Grande do Norte, em 2014.

Uma das empresas envolvidas foi a OAS, responsável pela construção da Arena das Dunas.

Alves teria atuado junto ao TCE-RN para atrasar em anos as ações de fiscalização do órgão.

Em troca, o político recebeu uma doação oficial de R$ 3 milhões da OAS.

Temer versus Temer

Folha/Bernardo Mello Franco, 06/06/2017

Ueslei Marcelino/Reuters 
O ministro Herman Benjamin, relator no TSE do julgamento da chapa Dilma-Temer em 2014

A defesa de Michel Temer quer convencer o país de que o presidente é vítima de uma conspiração. Ela envolveria um empresário espertalhão, a Polícia Federal, a Procuradoria-Geral da República e ministros de tribunais superiores. Todos teriam se unido à culpada de sempre, a imprensa, num ardiloso complô para derrubar o governo.

O primeiro alvo desse discurso foi o ministro Herman Benjamin. Ele é o relator do processo que pede a cassação da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral. O caso deve ser retomado nesta terça, depois de mais de 900 dias sem julgamento.

No início, aliados de Temer propagaram que Benjamin estaria em busca de holofotes. Como a pressão não colou, passaram a atacar sua atuação na corte. O ministro teria praticado "ilicitudes" e "abuso de poder" para condenar o presidente.

O objetivo desses argumentos é desqualificar o juiz e induzir o TSE a descartar dezenas de provas de fraude na campanha de 2014. Isso significaria fazer de conta que a Lava Jato inexiste e que os depoimentos de Marcelo Odebrecht, João Santana e outros delatores nunca ocorreram.

Com o agravamento da crise, o governo diversificou os alvos. A estratégia foi radicalizada depois da prisão de Rodrigo Rocha Loures, o deputado da mala. Agora vale tudo para atingir o procurador Rodrigo Janot, o ministro Edson Fachin, os delegados da PF e o empresário Joesley Batista.

O dono da JBS, que tinha acesso livre à casa do presidente, virou um "bandido" e um "fanfarrão". A PF, que flagrou a entrega de propina a um assessor de Temer, armou uma "cilada". O sereno ministro Fachin se tornou um implacável inquisidor.

No domingo, o advogado do presidente declarou que Janot estaria prestes a divulgar uma gravação explosiva para "constranger" o TSE. Foi um tiro ousado, porque permitiu concluir que há outros áudios comprometedores contra o cliente dele. Pelo visto, até a defesa de Temer embarcou na conspiração contra Temer.

As 82 perguntas que não querem calar

Temer não irá dar todas as respostas, diz advogado

Conversa Afiada, 06/06/2017


O Traíra MT tem até as 16:30 de hoje (terça-feira, 06/06) para responder as 82 perguntas enviadas ao Planalto pela Polícia Federal. A lista compõe o inquérito no qual ele é investigado no Supremo Tribunal Federal.

Temer não tem obrigação de responder a todas as perguntas, de acordo com o ministro Edson Fachin. Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, advogado do MT, já afirmou que o presidente (sic) não irá responder as perguntas referentes à gravação de Joesley Batista no Palácio do Jaburu, ou questões que considere "de caráter puramente pessoal". Temer também não dará respostas sobre fatos anteriores ao atual mandato.

Ontem, o gabinete da presidência havia afirmado ter recebido 84 perguntas, mas a lista da PF tem 82 pontos.


Bloco 1

1. Qual a relação de Vossa Excelência com Rodrigo da Rocha Loures?

2. Desde quando o conhece? Já o teve como componente de sua equipe de trabalho? Quais os cargos ocupados por ele, diretamente vinculados aos de Vosssa Excelência?

3. Rodrigo da Rocha Loures é pessoa da estrita confiança de Vossa Excelência?

4. Vossa Excelência confirma ter realizado contribuição financeira à campanha de Rodrigo da Rocha Loures à Câmara dos Deputados, nas eleições de 2014, no valor de R$ 200.650,30? Quais os motivos dessa doação?

5. Vossa Excelência realizou contribuições a outros candidatos nessa mesma eleição? Se a resposta for afirmativa, discriminar beneficiários e valores.

6. Vossa Excelência gravou um vídeo de apoio à candidatura de Rodrigo da Rocha Loures à Câmara dos Deputados em 2014. Fez algo semelhante em prol de outro candidato? Quais?

7. Rodrigo da Rocha Loures, mesmo após ter assumido vaga na Câmara dos Deputados, manteve relação próxima com Vossa Excelência e com o Gabinete Presidencial?

8. Vossa Excelência confirma ter estado com Joesley Batista, presidente do Grupo J&F Investimentos S/A em 7 de março de 2017, no Palácio do Jaburu, em Brasília, conforme referido por ele em depoimento de fls. 42/51 dos autos do Inquérito nº 4483?

9. Qual o objeto do encontro e quem o solicitou a Vossa Excelência?

10. Rodrigo da Rocha Loures teve prévio conhecimento da realização desse encontro?

11. Por qual motivo a reunião em questão não estava inserida nos compromisso oficiais de Vossa Excelência?

12. Vossa Excelência tem por hábito receber empresários em horários noturnos sem prévio registro em agenda oficial? Se sim, cite ao menos três empresários cm quem manteve encontros em circunstâncias análogas ao de Joesley Batista, após ter assumido a Presidência da República.

13. Vossa Excelência já havia encontrado Joesley Batista fora da agenda oficial? Quando, onde e qual o propósito do(s) encontro(s)?

14. Em pronunciamento público acerca do ocorrido, Vossa Excelência mencionou que considerava Joesley Batista um “conhecido falastrão”. Qual o motivo, então, para tê-lo recebido em sua residência, em horário, prima facie, não usual, em compromisso extraoficial e sem que o empresário tivesse sido devidamente cadastrado quando ingressou às instalações do Palácio do Jaburu (segundo as declarações do próprio Joesley Batista)?

15. Vossa Excelência aventou a possibilidade de realizar viagem a Nova York, no período de 13 a 17 de maio de 2017? Rodrigo da Rocha Loures chegou a comentar com Vossa Excelência sobre o interesse de Joesley Batista de encontra-lo na sede da JBS, naquela cidade?

16. Vossa Excelência sabe se o ex-ministro Geddel Vieira Lima mantinha encontros ou contatos com o empresário Joesley Batista, segundo referido por este às fls. 42/51? Se sim, esclarecer a finalidade desses encontros?

17. Vossa Excelência tem conhecimento se o Ministro Eliseu Padilha mantinha encontros ou contatos com o empresário Joesley Batista, segundo referido por este às fls. 42/51? Se sim, esclarecer a finalidade desses encontros?

18. No mesmo depoimento de fls. 42/51, Joesley Batista disse ter informado Vossa Excelência, no encontro, sobre a cessação de pagamentos de propina a Eduardo Cunha e da manutenção de mensalidades destinadas a Lúcio Bolonha Funaro, ao que Vossa Excelência teria sugerido o prosseguimento dessa prática. Em seguida, o empresário afirmou "que sempre recebeu sinais claros de que era importante manter financeiramente ambos e as famílias, inicialmente por GEDDEL VIEIRA LIMA e depois por MICHEL TEMER para que eles ficassem 'calmos' e não falassem em colaboração premiada". Vossa Excelência confirma ter recebido de Joesley Batista, na conversa havida no Palácio do Jaburu, a informação de que ele estaria prestando suporte financeiro às famílias de Lúcio Funaro e de Eduardo Cunha, como forma de mantê-los em silêncio? Em caso de resposta negativa, esclareceu a Joesley Batista, na ocasião, que não tinha qualquer receio de eventual acordo de colaboração de Lúcio Funaro ou de Eduardo Cunha?

19. Existe algum fato objetivo que envolva a pessoa de Vossa Excelência e seja passível de ser revelado por LÚCIO BOLONHA FUNARO ou Eduardo Cunha, em eventual acordo de colaboração?

20. Vossa Excelência sabe de algum fato objetivo que envolva o ex-ministro GEDDEL VIEIRA LIMA e que possa ser mencionado em acordo de colaboração premiada que eventualmente venha a ser firmado por LÚCIO BOLONHA FUNARO ou por Eduardo Cunha?

21. Vossa Excelência conhece LÚCIO BOLONHA FUNARO? Que tipo de relação mantém ou manteve com ele? Já realizou algum negócio jurídico com LÚCIO BOLONHA FUNARO ou com empresa controladas por ele? Quais?

22. LÚCIO BOLONHA FUNARO já atuou na arrecadação de fundos a campanhas eleitorais promovidas por vossa Excelência ou ao PMDB quanto Vossa Excelência estava à frente da sigla? Se sim, especificar a(s) campanha(s).

23. Joesley Batista também aduziu no depoimento de fls. 42/51 que Vossa Excelência se dispôs a "ajudar" Eduardo Cunha no Supremo Tribunal Federal, através de dois Ministros que lá atuam? Vossa Excelência confirma isso? Se sim, de que forma prestaria tal ajuda? Quais eram esses dois Ministros?

24. Joesley Batista afirma, no depoimento de fls 42/51, que RODRIGO ROCHA LOURES foi indicado por Vossa Excelência, em substituição a GEDDEL VIEIRA LIMA, como interlocutor ao Grupo J&F Investimentos S/A. Vossa Excelência confirma tê-lo indicado para tal função? Se sim, quais temas estavam compreendidos nessa interlocução?

25. Vossa Excelência já indicou RODRIGO DA ROCHA LOURES para atuar como interlocutor do Governo Federal em alguma questão?

26. Vossa Excelência sabe se RODRIGO DA ROCHA LOURES efetivamente reuniu-se com Joesley Batista, aós o encontro mantido entre Vossa Excelência e esse empresário, no Palácio do Jaburu? Se sim, qual a finalidade do encontro?

27. Rodrigo da Rocha Loures reportou a Vossa Excelência algum assunto tratado com Joesley Batista? Quais?

28. Vossa Excelência esteve com Rodrigo da Rocha Loures após a conversa mantida com Joesley Batista, em 7 de março de 2017? Se sim, aponte, com a máxima precisão possíveol, quando e onde se deram tais encontros.

29. Recorda-se de Joesley Batista, na conversa mantida com Vossa Excelência no Palácio do Jaburu, ter feito comentários acerca do comando do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), assim como da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e da Receita Federal do Brasil? Qual o interesse manifestado pelo empresário acerca desses órgãos?

30. Vossa Excelência teve ciência, através de Rodrigo da Rocha Loures, do interesse do Grupo J&F Investimentos S?A em questão submetida ao CADE, envolvendo o setor de energia? Quais informações foram levadas a Vossa Excelência?

31. Vossa Excelência determinou a Rodrigo da Rocha Loures que interviesse junto ao CADE no sentido de atender a interesses do Grupo J&F Investimentos S/A?

32. Vossa Excelência tomou conhecimento (antes da divulgação jornalística) de encontros mantidos entre Rodrigo da Rocha Loures e Ricardo Saud, diretor do grupo J&F Investimentos S/A? Se sim, soube do encontro antecipadamente? Qual a pauta dessas reuniões?

33. Vossa Excelência compareceu à inauguração da Casa Japão, em São Paulo, em 30 de abril de 2017. Rodrigo da Rocha Loures viajou com Vossa Excelência no avião presidencial? Se sim, Rodrigo da Rocha Loures reportou a Vossa Excelência , durante a viagem, detalhes dos encontros que tivera com Ricardo Saud, executivo do Grupo J&F Investimento S/A, naquela mesma semana? Se sim, em que termos foi o relato?

34. Vossa Excelência soube que Ricardo Saud, em encontros realizados em 24 e 28 de abril de 2017, expôs a Rodrigo da Rocha Loures, em detalhes, um “esquema” envolvendo o pagamento de vantagens indevidas decorrente da suposta intervenção do então parlamentar junto ao Cade, em prol dos interesses do Grupo J&F Investimentos S/A?

35. Em caso de resposta negativa, o que tem a dizer acerca desse episódio, mesmo que dele tenha tomado conhecimento somente por sua veiculação na imprensa?

36. Rodrigo da Rocha Loures chegou a levar ao conhecimento de Vossa Excelência a disponibilidade do grupo J&F Investimentos S/A em fazer pagamentos semanais que girariam entre R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais) e R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais), por conta da resolução da questão que estava em trâmite no Cade?

37. Vossa Excelência soube, também por Rodrigo da Rocha Loures, que tais pagamentos semanais estavam garantidos até dezembro do corrente ano e, a depender da extensão do contrato firmado entre empresa do Grupo J&F Investimentos e a Petrobras, poderiam se prolongar por até vinte e cinco anos?

38. Caso não tenha tomado conhecimento, Vossa Excelência acredita que Rodrigo da Rocha Loures possa ter participado de tais tratativas com o Grupo J&F Investimentos S/A com intuito de obter exclusivamente para si as quantias que, na hipótese da mencionada dilação contratual, chegariam pelo menos à casa dos R$ 600.000.000,00 (seiscentos milhões de reais)?

39. Vossa Excelência tomou conhecimento (antes da divulgação na imprensa) do recebimento, por Rodrigo da Rocha Loures, de R$ 500.000,00 (quinhentos mil erais) do Grupo J&F Investimentos S/A, em São Paulo, em 28 de abril de 2017? O que tem a dizer sobre tal fato (ainda que tenha tomado conhecimento do mesmo pela imprensa)?

40. Após a divulgação desses fatos pela imprensa, que demonstraram a participação inequívoca de Rodrigo da Rocha Loures em conduta aparentemente criminosa, Vossa Excelência manteve algum contato com ele, seja diretamente, seja por interpostas pessoas? Se sim, por qual meio e qual finalidade do contrato?

41. Ricardo Saud, em depoimento prestado na Procuradoria-Geral da República, conforme vídeo já amplamente divulgado, afirmou que tratou com Rodrigo da Rocha Loures sobre os repasses semanais já mencionados, mas ressaltou, categoricamente, que o dinheiro era direcionado a Vossa Excelência. O que Vossa Excelência tem a dizer a respeito?

42. Vossa Excelência considera a hipótese de Rodrigo da Rocha Loures ter usado o nome de Vossa Excelência para obter valores espúrios do grupo J&F Investimentos S/A?

43. Vossa Excelência conhece Ricardo Saud? Qual a relação que mantém com ele?

44. Vossa Excelência já esteve com Ricardo Saud em alguma ocasião? Onde e qual o motivo do encontro?

45. Já solicitou ou recebeu algum valor através de Ricardo Saud, pretexto de contribuição de campanha?

46. Vossa Excelência, em campanhas eleitorais nas quais foi candidato, recebeu alguma contribuição financeira de empresas pertencentes ao Grupo J&F Investimentos S/A? Discriminar as campanhas, os valores, quem os solicitou e como foram encaminhados (se via diretórios ou diretamente)

47. Vossa Excelência tem alguém chamado "Edgar" no universo de pessoas com quem se relaciona com certa proximidade? Se sim, identificar tal pessoa, mencionando a atividade profissional, eventual envolvimento na atividade partidária, descrevendo, ainda, a relação que com ela mantém.

48. Vossa Excelência conhece Antônio Celso Grecco, proprietário do Grupo Rodrimar, de Santos/SP? Qual relação mantém com ele?

49. Vossa Excelência já recebeu alguma contribuição financeira para fins eleitorais de ANTÔNIO CELSO GRECCO, da empresa RODRIMAR ou de alguma outra empresa a ela vinculada? Quando e qual o valor?

50. Vossa Excelência recebeu alguma reivindicação dessa empresa, ou de outra igualmente atuante no segmento de portos, relacionada à questão do "pré-93"? Se sim, em que termos?

51. Vossa Excelência tem conhecimento se RODRIGO DA ROCHA LOURES recebeu alguma reivindicação da RODRIMAR ou de outra empresa igualmente atuante no segmento de portos, relacionada a esse tema?

52. RODRIGO DA ROCHA LOURES chegou a demonstrar a Vossa Excelência interesse pela questão do "pré-93"?

53. Rodrigo Rocha Loures tem alguma relação com empresas do setor portuário?

54. Vossa Excelência tem relação de proximidade com empresários atuantes no segmento portuário, especialmente de Santos/SP?

55. Vossa Excelência conhece Ricardo Mesquita, vinculado à Rodrimar? Que relação mantém com tal pessoa?

56. Rodrigo da Rocha Loures mencionou a Vossa Excelência o fato de ter encontrado Ricardo Mesquita no mesmo dia (e local) em que esteve reunido Ricardo Saud? Se sim, qual o propósito do encontro com Ricardo Mesquita?

57. Vossa Excelência conhece João Batista Lima Filho, coronel inativo da Polícia Militar de São Paulo? Qual relação mantém com ele?

58. João Batista Lima Filho já teve alguma atuação em campanha eleitoral promovida por Vossa Excelência? Qual a fundação desempenhada por ele?

59. João Batista Lima Filho já atuou na arrecadação de valores a eventual campanha política de Vossa Excelência ou ao PMDB de São Paulo?

Bloco 2

60. Joesley Batista afirmou que desde a assunção de Vossa Excelência como Presidente da República, vinha mantendo contatos com o ministro Geddel Vieira Lima. Vossa Excelência tinha conhecimento desses encontros? A que se destinavam?

61. O empresário referiu também que vinha ‘falando’ com o ministro Eliseu Padilha. Vossa Excelência tinha conhecimento desses contatos?

62. Quando Joesley Batista perguntou como estava a relação de Vossa Excelência com o ex-deputado Eduardo Cunha, Vossa Excelência menciono “o Eduardo resolveu me fustigar”, aludindo, em seguida, a questionamentos que ele havia proposto ao juiz Sérgio Moro, em seu interrogatório realizado na 13ª Vara Federal, em Curitiba/PR. Imediatamente, Joesley Batista, referiu que havia “zerado as pendências” (presumivelmente em relação a Eduardo Cunha) e que perdera o contato com Geddel, “o único companheiro dele”, não mais podendo encontra-lo, ao que Vossa Excelência fez o comentário “é complicado”. A quais pendências se referiu Josley Batista?

63. Geddel Vieira Lima efetivamente mantinha relação próxima a Eduardo Cunha?

64. Vossa Excelência via algum inconveniente na realização de encontros entre Joesley Batista e Geddel Vieira Lima? Qual o motivo de ter classificado a situação exposta como "complicada"?

65. Em seguida, Joesley Batista, em outros termos, mencionou que investigações envolvendo Eduardo Cunha e Geddel Vieira Lima haviam tangenciado o Grupo J&F Investimentos S/A, afirmando, com conotação de prevenção, que estava “de bem com o Eduardo”, ao que Vossa Excelência interveio com a colocação “tem que manter isso, viu?”, tendo o empresário complementado dizendo “todo mês”.

66. Explique o contexto em que se deram essas colocações, esclarecendo, sobretudo, o sentido da orientação final de Vossa Excelência, nos termos "tem que manter isso".

67. Uma das interpretações possíveis a essa passagem do diálogo é de que Joesley Batista, ao afirmar que "estava de bem", tenha se referido a pagamentos mensais que vinha efetuando a Eduardo Cunha com o propósito de não se ver implicado em eventuais revelações que pudessem partir do ex-parlamentar. Vossa Excelência sequer considerou essa hipótese?

68. Vossa Excelência tem conhecimento de alguma ilegalidade cometida por Eduardo Cunha? Quais?

69. Avançando no diálogo, Joesley Batista ao mencionar a sua condição de investigado, afirmou "aqui, eu dei conta, de um aldo, do juiz, dar uma segurada... do outro lado, um juiz substituto", ao que Vossa Excelência complementou: "que tá segundao, os dois...", o que foi confirmado por Joesley "segurando, os dois". Logo em seguida, o empresário adicionou a informação "consegui um procurador dentro da força-tarefa", "que tá me dando informação"; Adiante, o empresário complementa que estava agindo (sem explica como) para trocar um Procurador da República que estava "atrás dele", fazendo menção, ao que o contexto indica, à atuação de um membro do Ministério Público Federal em alguma investigação. Vossa Excelência, inclusive, se certifica indagando "o que tá em cima de você?", o que é confirmado pelo empresário. Vossa Excelência percebeu alguma ilicitude nas informações que lhe estavam sendo transmitidas por Joesley Batista?

70. Ao fazer o breve comentário "segurando, os dois", Vossa Excelência aparenta compreender a alusão do empresário à suposta intervenção que estaria exercendo na atuação de dois magistrados com atuação em investigações instauradas em seu desfavor (de Joesley Batista). O que tem a dizer sobre isso? Caso tenha feito interpretação diversa, a exponha.

71. Se, no entando, Vossa Excelência confira ter entendido, naquele momento, o imediato sentido que emana das expressões usadas pelo empresárioo, explique o porquê de não ter advertido Joesley Batista quanto à gravidade daquela revelação, e também, por qual razão não levou ao conhecimento de autoridades a ilícita ingerência na prestação jurisdicional e na atuação do Ministério público que lhe fora narrada por Joesley Batista?

72. Mais à frente, em contexto diverso, Joesley Batista aparentemente procurou estabelecer (ou restabelecer) um canal de contato com Vossa Excelência: “queria falar como é que é, para falar contigo, qual melhor maneira? Porque eu vinha através do Geddel, eu não vou lhe incomodar, evidentemente”. Vossa Excelência confirma ter mencionado Rodrigo de Rocha Loures nesse momento?

73. Qual função ele deveria efetivamente exercer?

74. Joesley Batista já conhecia Rodrigo Rocha Loures?

75. No tocante à menções feitas pelo empresário à nomeação de presidente do Conselho Administrativo de Defesa econômica (CADE), Vossa Excelência sugeriu a Joesley Batista que procurasse o novo Presidente do CADE para ter uma “conversa franca” com ele? Qual o exato significado dessa orientação?

76. Vossa Excelência, naquele momento, tinha conhecimento de algum interesse específico de Joesley no âmbito do CADE?

77. Joesley Batista mencionou também que o Presidente da Comissão de Valores Milionários (CVM) estava por ser “trocado” e que se tratava de “lugar fundamental”. Vossa excelência, então, orientou o empresário para que falasse com “ele. A quem Vossa Excelência se referiu?

78. Qual a legitimidade de Joesley Batista para interceder (ou tentar, ao menos) na nomeação do novo presidente da CVM?

79. Em seguida, Joesley Batista referiu a importância de um “alinhamento” com o ministro Henrique Meirelles, ao que Vossa Excelência manifestou concordância. Qual o sentido da expressão “alinhamento”?

80. Vossa Excelência autorizou que Joesley Batista apresentasse pontos de interesse ao Ministro Henrique Meirelles? Quais? Vossa Excelência tem conhecimento se isso realmente ocorreu?

81. Joesley Batista também mencionou determinada operação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que tinha dado certo, sendo que Vossa Excelência manifestou ter conhecimento do tema, mencionando, inclusive, que havia falado com “ela” a respeito. Qual importância referida pelo empresário?

82. A pessoa aludida por Vossa Excelência no contexto é Maria Silvia Bastos Marques, ex-Presidente do BNDES? O que solicitou a ela?

Desta vez, Temer não terá a ajuda de Moro para anular as perguntas da Polícia Federal


"A corda aperta cada vez mais o pescoço de Michel Temer; o conspirador está cercado por todos os lados. Será difícil a ele, e também ao seu bando, resistir no cargo para se livrar da prisão. Avançou no STF a investigação de Temer pelos vários crimes revelados: [1] obstrução de justiça, [2] corrupção, [3] prevaricação e organização criminosa", diz o colunista Jeferson Miola.

"Caso Temer relute em renunciar, é necessário um consenso nacional para pôr fim a esta verdadeira excrescência que empurra cada vez mais o Brasil para o precipício. O PSDB, que foi agente ativo do golpe, segue sendo a principal fonte de sustentação do Temer, e será cobrado com juros por esta que já é a maior tragédia da história brasileira".