sábado, 15 de abril de 2017

Auler mostra como a Globo age para atacar Dilma: “não é erro, é má fé“


Jornalista critica estratégia das Organizações Globo para prejudicar a presidente deposta pelo golpe.

Na chamada de capa deste sábado, o jornal O Globo afirma que Dilma Rousseff sabia de pagamento de propinas na Petrobras.

"Na verdade, a história é outra, mas isso não importa quando os canais da Globo querem torcer fatos. A própria reportagem na página interna do jornal é mais fiel aos fatos do que a chamada da primeira página e a manchete da página 6. Dilma não sabia, como quer passar o jornal aos leitores. Ela soube, assim como Graça Foster, mas bem depois", escreve Marcelo Auler em seu blog, destacando que o Jornal Nacional também havia feito o mesmo, distorcendo as declarações de Marcelo Odebrecht.

Dilma caiu porque freou a corrupção na Petrobras?



As delações da Odebrecht deixam no ar uma questão intrigante: Dilma Rousseff foi afastada do cargo porque fechou as torneiras da corrupção na Petrobras? Ontem, na mais importante das delações, Márcio Faria, o número dois da empreiteira, afirmou que a empresa negociou, numa reunião presidida por Michel Temer, uma propina de US$ 40 milhões para o PMDB.

Dilma não apenas cortou o contrato em 43% como demitiu Jorge Zelada, o ex-diretor da companhia, que hoje está preso em Curitiba.

Da mesma forma, Dilma também demitiu, no começo do seu primeiro mandato, os ex-diretores Renato Duque e Paulo Roberto Costa, que também foram presos na Lava Jato.

Será que foi a intolerância de Dilma com a corrupção – que em Brasília se traduz por "inabilidade política" – que custou seu mandato?

Marcelo Odebrecht avisou Temer que Graça apurava propinas do PMDB


Além de ter presidido, segundo dois delatores da Odebrecht, uma reunião em que se definiu uma propina de US$ 40 milhões – equivalente a R$ 126 milhões – para o PMDB, Michel Temer foi alvo de uma nova revelação constrangedora.

Segundo o lobista da empreiteira em Brasília, Claudio Melo Filho, o próprio Marcelo Odebrecht o pediu que alertasse Temer que Graça Foster, a presidente da Petrobras indicada por Dilma Rousseff para estancar a roubalheira na estatal, investigava as propinas pagas ao PMDB.

“Temer não esboçou nenhuma intranquilidade, agradeceu, e pediu que eu agradecesse a Marcelo, que ele ia verificar as razões”, disse Melo Filho.

Graças Foster fez mais: em 2012, ela cortou em 43% o contrato da propina.

Foi neste momento que Temer e o PMDB, com apoio da Odebrecht, passaram a conspirar pela derrubada de Dilma.

PGR vai pra cima do Temer

E os R$ 10 milhões, Michel Temer?

Conversa Afiada, 15/04/2017

Da Fel-lha:

A Polícia Federal e o Ministério Público Federal já têm a primeira etapa de investigação traçada para tentar comprovar os relatos de delatores da Odebrecht de que houve pagamentos de caixa dois e propina em dinheiro vivo a políticos. 

(...) A PF vai solicitar, por exemplo, o registro de controle de entrada no dia 28 de maio de 2014 no Palácio do Jaburu, residência oficial da vice-presidência da República, onde vive o hoje presidente Michel Temer.

O pedido faz parte de diligências sugeridas pela Procuradoria-Geral da República e autorizadas pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo, na investigação sobre os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral), acusados de receber propina.

Naquele data de maio de 2014, ocorreu jantar em que Temer e Padilha teriam discutido com Marcelo Odebrecht doação ao PMDB em 2014 –o valor entregue teria sido de R$ 10 milhões, em espécie.

A polícia vai ainda atrás de informações sobre possíveis encontros do ex-executivo da Odebrecht Henrique Valladares com Edison Lobão (PMDB-MA), senador e ex-ministro de Minas e Energia, outro apontado como destinatário de propina em dinheiro vivo. A PF vai pedir registros dos acessos ao ministério e ao Senado.

Também receberam recursos desta maneira, por meio de intermediários, segundo os delatores, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), o ministro de Relações Exteriores, Aloysio Nunes (PSDB), o ex-prefeito do Rio Eduardo Paes (PMDB), entre outros. 

(...) O advogado José Yunes, ex-assessor de Temer e personagem do episódio dos R$ 10 milhões da Odebrecht ao PMDB, será chamado a depor.

Lula errou

“É por isso que o campo popular não pode se meter no jogo da direita”

Conversa Afiada, 15/04/2017
Créditos: Edilson Dantas/Agência O Globo

O Conversa Afiada reproduz análise de Gustavo Castañon, professor de filosofia da Universidade Federal de Juiz de Fora, publicada originalmente no blog Tijolaço, de Fernando Brito:

Ouvi a delação do Marcelo Odebrecht e li a dos outros delatores sobre Lula. O que existe são duas acusações diferentes: gestão de caixa dois e tráfico de influência. Como tudo é complexo, se eu cometer erros nas descrições peço que me corrijam. Vamos procurar esclarecer as coisas tão complicadas.

Sobre os fatos:

1) Marcelo disse que havia sobra de recursos do caixa dois da campanha do PT de 2010. Que com esse dinheiro fez um fundo, e nele reservou quarenta milhões para serem usados a pedido de Lula. Disse que quem administrava esse fundo era Palocci e que Lula nunca falou com ele sobre isso;

2) Marcelo disse que Lula nunca usou nada para ele, a única alegação mais próxima disso seria a compra de um terreno para ser sede do Instituto Lula a pedido de Paulo Okamoto que depois foi revertido pela Odebrecht por desistência do próprio Okamoto;

3) Disse que Palocci solicitou alguma coisa desse dinheiro, que foi entregue a seu assessor em dinheiro vivo (dinheiro de fundo fantasma em moeda corrente), mas que não sabe para que destino;

4) Alguns favores teriam sido prestados pela Odebrecht a pedido de Lula (ou de sua mulher), basicamente a reforma no sítio que frequentava (e não é dele), uma reunião com seu filho para discutir um investimento na criação de uma liga de futebol americano nacional e uma suposta renda mensal a seu irmão mais velho que, segundo o prório delator, Alexandrino Alencar, pagava em consultoria sobre problemas sindicais (ie irrisória, inicialmente R$ 3 mil e, após, R$ 5 mil)

5) Outra alegação é a de pedido para a Odebrecht participar da construção da Arena Corinthians e intermediação para Fernando Haddad ajudar a financiar essas obras. A única coisa que se destaca nessa alegação tola e banal é que Haddad não atendeu o pedido do próprio Lula.

6) Por fim há uma alegação de Emílio Odebrecht de que teria pedido a Lula “esclarecimentos” de porque uma medida provisória de interesse da companhia estaria “parada” no gabinete de Mantega. Evidentemente, ele não sabe se Lula cobrou Mantega.

Tudo considerado, digo sem nenhuma paixão política, sinceramente, o que eu concluo sobre as acusações é que:

1) Não há alegação de crime em lugar nenhum.

2) As alegações de Marcelo não tem materialidade nenhuma, e parecem uma acusação forjada sob pressão;

3) Não há qualquer alegação de enriquecimento ilícito de Lula ou de participação em licitações fraudulentas;

4) Os favores que ele teria prestado para a Odebrecht teriam sido basicamente no exterior, o que consiste em ação do máximo interesse nacional;

5) As alegações do diretor sobre os favores prestados a Lula devem ter materialidade e devem ser fáceis de provar;

6) Excetuando a alegação da MP, Lula não era mais funcionário público, então se usou seu prestígio para intermediar os interesses da companhia agiu como lobista, o que é comum entre ex titulares do executivo, sem transgredir a lei;

Por fim, o que concluo das consequências políticas disso é que:

7) A imprensa está colocando no mesmo balaio pedido de doação, lobismo, caixa 2, corrupção e enriquecimento ilícito. Já sabemos que seu objetivo é confundir, não explicar;

8) É por isso que o campo popular não pode se meter no jogo da direita;

9) Se foi difícil explicar isso pra vocês e eu ainda tenho dúvidas, via ser impossível explicar isso ao povo, já a classe média nunca quis entender nada, só quer sangue. Mas temos que tentar fazê-lo, ao menos para a história;

10) Pessoalmente, creio que Lula será condenado. Mas isso aconteceu é quando ele obrigou o PT a aceitar passivamente a primeira condenação de José Dirceu, totalmente sem provas;

11) As ações e presentes de Lula foram legais, mas ele não deveria ter “misturado política com dinheiro”, em outras palavras, feito lobby, porque era evidente que a casa grande ia cobrar a fatura. Sua decisão é humana, compreensível, mas pequena para um homem de sua estatura histórica;

12) Meteram o pau na época da declaração de Ciro à Paulo Moreira Leite . Até eu. Mas de novo, reconheço, Ciro tinha razão.

PS. Penso um tanto diferente do Gustavo, e é bom que isso aconteça, porque, como dizia o velho Leonel Brizola, ruim é sermos todos ovelhinhas bem iguaizinhas. Creio que, sim, o risco judicial é imenso. Mas é o grande risco para Lula, porque o eleitoral pode atropelar toda esta onda, primeiro pela sua estatura histórica, como diz o Gustavo. Segundo, porque o povão olha tudo isso com certo enfado: a cruzada da moralidade só lhe trouxe crise e sacrifícios. (Fernando Brito)

Temer vira o Judas do povo brasileiro no sábado de aleluia


Depois de trair a presidente eleita Dilma Rousseff e o programa vitorioso nas urnas, Michel Temer, aprovado por apenas 5% dos brasileiros, segundo pesquisa CUT/Vox Populi, ganhou o apelido de "Judas do povo brasileiro", como neste protesto na Praça dos Três Poderes.

Ele é também um dos personagens mais citados nas delações da Odebrecht.

Dois executivos da empreiteira o apontaram como responsável direto por uma propina de US$ 40 milhões, o equivalente a R$ 126 milhões.

Na história bíblica, Judas traiu Jesus Cristo por 30 moedas.

sexta-feira, 14 de abril de 2017

PSDB desmoraliza e VemPraRua VaiPraCasa


Na imagem à esquerda, anterior ao golpe, os tucanos Aloysio Nunes, Aécio Neves e Geraldo Alckmin, com Paulinho da Força ao fundo, formam uma caravana para participar de um protesto anticorrupção convocado por páginas no Facebook como Vemprarua e MBL.

Hoje, Aloysio é alvo de inquérito por supostamente receber propinas no Rodoanel, Aécio é o político mais delatado da Lava Jato, acusado de receber fortunas no exterior, Alckmin está na mira por propinas pagas ao cunhado, e Paulinho também entrou na lista de Fachin.

Diante disso, o que aconteceu com os movimentos que diziam combater a corrupção no Brasil e que, em alguns casos, como o do Vem pra Rua, tinham ligações concretas com o PSDB?.

Aparentemente, foram todos pra casa.

Feito para tranquilizar, vídeo de Temer apavora

Sob aconselhamento de especialistas, Michel Temer decidiu quebrar o silêncio para responder ao barulho que invade o seu gabinete desde que as vozes dos delatores da Odebrecht passaram a soar diuturnamente em rede nacional de rádio, tevê e internet. Com um texto cirúrgico, acomodado num vídeo de pouco mais de um minuto, o presidente pretendeu se defender. Mas não se revelou um bom advogado de si mesmo. O pouco que Temer disse foi insuficiente para esclarecer as dúvidas que o cercam. O muito que Temer deixou de dizer foi esclarecedor sobre sua incapacidade de se dissociar da suspeição que rodeia sua presidência.

''Eu não tenho medo dos fatos, nunca tive. O que me causa repulsa é a mentira”, disse o presisente. “É fato que participei de uma reunião em 2010 com o representante de uma das maiores empresas do país. A mentira é que nessa reunião eu teria ouvido referência a valores financeiros ou a negócios escusos da empresa com políticos.”

Pois bem. A reunião da qual Temer admite ter participado ocorreu numa casa onde funcionava o seu escritório de campanha, em São Paulo. O interlocutor era Márcio Faria. Na época, era executivo da Odebrecht. Hoje, ganha a vida suando o dedo a serviço da Lava Jato (assista no vídeo acomodado no rodapé do texto). Entre os participantes da conversa estava Eduardo Cunha, momentaneamente hospedado numa cela do Moro’s Inn, temida hospedaria de Curitiba.

O pedaço do enredo que Temer diz ser mentiroso envolve propina de US$ 40 milhões que o PMDB beliscou num contrato da diretoria Internacional da Petrobras. Temer assegura que ninguém falou em dinheiro durante o encontro. Até aí, sua verdade coincide com a do delator. Na versão do dedo-duro, a cifra fora acertada previamente. A reunião com Temer serviria apenas para que ele abençoasse a transação diante da testemunha mais qualificada do PMDB.

Tampouco foram mencionados no encontro “negócios escusos da empresa com políticos”, sustenta Temer. Beleza. Mas o presidente faria um bem enorme a si mesmo se respondesse a três indagações: 1) Se não tratou de negócios, o que diabos foi fazer no seu escritório o executivo da Odebrecht? 2) Se não havia mutreta no lance, por que o visitante foi levado à sua presença por Eduardo Cunha? 3) Se não pode ser 100% transparente, por que divulgar um video com meias-verdades?

De resto, é incompreensível que Temer não tenha aproveitado a oportunidade para dirigir aos brasileiros meia dúzia de palavras sobre a podridão ao redor. Após discutir com auxiliares os efeitos do estrondo da colaboração da Odebrecht, o presidente decidiu que o melhor a fazer é silenciar sobre os oito ministros que conservam um pé na Esplanada e outro nos inquéritos abertos no Supremo Tribunal Federal contra eles.

Impossível deixar de dar ouvidos a esse silêncio de Temer. As palavras não-ditas gritam para a plateia que o presidente da República talvez não tenha condições de se dissociar do lixão. Quanto mais duradouro for o silêncio de Temer, mais eloquentes serão os ecos da delação. Gravado com o propósito de levar tranquilidade aos brasileiros, o vídeo de Temer revelou-se apavorante.

Acesse o link e confira o vídeo revelador: Feito para tranquilizar video de temer apavora

Blog do Josias,13/04/2017 

quarta-feira, 12 de abril de 2017

Constatação

Se c... piscando gerasse energia, Brasília hoje seria auto-sustentável!... Simão

Ministro de Temer, Helder Barbalho recebeu R$ 1,5 milhão, dizem delatores

E ainda quer ser governador do Pará

Jorge Araujo/Folhapress 
O ministro Helder Barbalho e pretenso candidato ao Governo do Pará

11/04/2017

O ministro do STF (Superior Tribunal Federal) Edson Fachin deferiu abertura de inquérito contra Helder Barbalho (PMDB), ministro da Integração Nacional.

O senador Paulo Roberto Galvão da Rocha (PT-PA) também é citado no mesmo inquérito.

Eles são acusados de receber R$ 1,5 milhão da Odebrecht em 2014 durante a campanha disputada por Barbalho ao governo do Pará. A informação foi publicada nesta terça-feira (11) pelo jornal "O Estado de São Paulo".

No sistema da empreiteira, Barbalho era identificado como "Cavanhaque". O atual ministro de Michel Temer (PMDB) perdeu a eleição para Simão Jatene (PSDB).

A acusação também atinge o prefeito de Marabá, João Salame.

Segundo delação dos executivos da Odebrecht Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis e Mário Amaro da Silveira, Barbalho, Rocha e Salame receberam os pagamentos da empreiteira em três parcelas.

Em troca, os recursos funcionariam como contrapartida a interesses do grupo Odebrecht no Pará. "Notadamente em área de saneamento básico, espaço em que a empresa almejava atuar como concessionária", diz despacho do ministro Fachin.

Os executivos sustentaram ainda que as doações foram implementadas por meio do Setor de Operações Estruturadas do grupo Odebrecht.

O despacho mostra que a PGR sustenta a ocorrência de indícios quanto à prática dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

GOIÁS

Já o ex-senador Luís Alberto Maguito Vilela (PMDB) e o deputado federal Daniel Elias Cavalho Vilela (PMDB), respectivamente pai e filho, teriam recebidos R$ 1,5 milhão da Odebrecht.

De acordo com os delatores Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis e Alexandre José Lopes Barradas, R$ 500 mil foram repassados em 2012, destinados à campanha de Luís Vilela à prefeitura de Aparecida de Goiânia.

Em contrapartida, a Odebrecht seria favorecida em contratos de saneamento básico na cidade.

Em 2014, Luís Vilela teria pedido repasses para a campanha de seu filho para Câmara dos Deputados, que recebeu R$ 1 milhão da empreiteira.

O ministro Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, relator da Lava Jato, autorizou a instauração de inquérito contra os deputados.

OUTRO LADO

"O ministro Helder Barbalho (Integração Nacional) vem a público prestar os seguintes esclarecimentos: 1) Helder Barbalho nega que tenha cometido ilegalidades; 2) Helder Barbalho reafirma que todos os recursos que recebeu como doações para sua campanha em 2014 foram devidamente registradas junto ao TRE-PA, que aprovou todas as suas contas; 3) Helder Barbalho esclarece que não tinha e não tem qualquer ingerência sobre a área de saneamento no município de Marabá; 4) Helder Barbalho destaca sua estranheza com o codinome Cavanhaque. Em toda sua trajetória política, Helder Barbalho nunca usou cavanhaque", afirmou a assessoria do ministro em nota.

"As campanhas de Maguito Vilela, em 2012, e de Daniel Vilela, em 2014, foram feitas inteiramente com recursos contabilizados conforme determina o (TSE) Tribunal Superior Eleitoral e aprovadas pela referida Corte. As prestações de contas estão disponíveis no site do TSE. Maguito e Daniel afirmam que nunca estiveram, nunca falaram e sequer conhecem os delatores. Ambos refutam qualquer acusação. Informam ainda que não foram notificados das investigações do Supremo Tribunal Federal e que estão tranquilos e convictos de que a ação será arquivada porque não tem qualquer lastro na realidade", afirmaram em nota conjunta as assessorias do ex-senador Luís Vilela e do deputado Daniel Vilela.