domingo, 2 de abril de 2017

Um depois, os golpista chafurdam na lama


Praticamente um ano após o golpe de 2016, cujo processo começou em 17 de abril, quando a Câmara dos Deputados acolheu o pedido de impeachment sem crime de responsabilidade, os homens que conspiraram contra a democracia brasileira estão na lama.

Eduardo Cunha foi condenado a 15 anos e quatro meses de prisão, por corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

O senador Aécio Neves (PSDB-MG), político mais delatado na Lava Jato, é capa de Veja como beneficiário de propinas em Nova York pagas pela Odebrecht.

Michel Temer, em quem 79% dos brasileiros não confiam, pode começar a ser cassado na próxima terça-feira.

Enquanto isso, não há uma única acusação de corrupção contra Dilma Rousseff, a presidente honesta que foi afastada para que uma quadrilha tomasse o poder e liquidasse com direitos sociais e trabalhistas.

sábado, 1 de abril de 2017

Temer, sinônimo de traição, colhe o que plantou



O dado mais sintomático da pesquisa CNI/Ibope, divulgada nesta sexta-feira, é assustador: nada menos que 79% dos brasileiros não confiam em Michel Temer;

O dado, no entanto, não chega a surpreender.

Temer traiu a presidente eleita Dilma Rousseff, ao conspirar para derrubá-la.

Ele traiu os eleitores ao, no poder, adotar o programa do candidato derrotado Aécio Neves (PSDB-MG), que nomeou vários ministros em seu governo.

Ele traiu também todos os brasileiros, ao extinguir direitos trabalhistas e lançar uma proposta de reforma da Previdência que deixará milhões de pessoas sem nenhum tipo de proteção social.

Tudo isso já era previsível desde 17 de abril do ano passado, quando Temer mandou que sua assessoria distribuísse aos jornais a foto acima, em que ele aparece sorrindo, com aliados, no dia em que Eduardo Cunha conduziu a sessão que acolheu o pedido de impeachment contra Dilma.

O brasileiro não confia em quem trai compulsivamente.

Lula: Temer propõe desmonte da Previdência

Em vídeo divulgado hoje, o ex-presidente Lula voltar a criticar duro a reforma da Previdência de Michel Temer, alvo dos protestos que ocorreram ontem em todas as regiões do País.
 
Segundo Lula, Temer tenta fazer com que as pessoas tenham mais dificuldade de se aposentar e transfere para o trabalhador a culpa pela crise fiscal do país, decorrente da falta de arrecadação provocada pela política econômica.
 
“Essas pessoas não querem fazer reforma pensando em ajudar o trabalhador. Tudo o que pensam, e sempre foi assim na história do Brasil, é tirar direitos dos trabalhadores”.
 
O líder na preferência da maioria do eleitor brasileiro para 2018, apesar da intensa caçada judicial a que está submetido, Lula diz que se considera “convidado para a luta”.

Letícia Datena, a gata em evidência


Ela quer descolar do pai, apresentador famoso. Ela foi capa na Playboy lançada ontem





Resultado de imagem para imagens de Letícia Datena

Veja decreta a morte política de Aécio Neves

Mais uma propina. Desta vez, em NY

Se não bastassem as propinas em Furnas, na Cidade Administrativa (MG) e até o caixa dois em Cingapura, agora surge mais uma bomba.

Segundo reportagem de capa da revista Veja deste final de semana, o ex-­presidente da Odebrecht Infraestrutura, Benedicto Junior, delator da Lava Jato, afirmou que a empresa depositou propina para o senador tucano numa conta em Nova York operada por sua irmã.

O texto diz que situação de Aécio "é um pouco pior" que a dos outros caciques tucanos que poderiam concorrer à presidência, José Serra e Geraldo Alckmin, e que "pode se complicar ainda mais".

Aécio seria o político que recebeu uma das mais altas somas da empreiteira, R$ 70 milhões, considerando-se pagamentos de 2003 até hoje.

Qualquer semelhança não é mera coincidência. É golpe mesmo!


"Recordamos, mais uma vez, o malfadado golpe civil-militar de 1964. E somos obrigados a falar do golpe de 2016. Nas democracias, a mudança do poder político só é legítima pela via eleitoral. Portanto, golpe é a mudança do poder político, de forma repentina, sem a deliberação ou o respaldo do povo", escreve o cientista político Robson Sávio nesta sexta-feira 31, quando se completam 53 anos do golpe militar no Brasil.

O coordenador da Comissão da Verdade em Minas Gerais, ele alerta que, "na atual fase, os golpistas se articulam para recolocar o Brasil à sua condição de colônia do capitalismo rentista. Portanto, destruir os direitos sociais, econômicos e trabalhistas conquistados na Constituição Federal de 1988. Para tanto, há uma orquestração de ações nos campos político (executivo e legislativo) e jurídico-constitucional (Supremo)".

"1964, que estava no retrovisor, voltou. É preciso reagir. Ou cairemos numa situação de barbárie", conclui.

Rapidinhas

Renan Calheiros
Procurou? Achou! Separação litigiosa Michel Temer desistiu. Após receber sucessivas críticas do líder de seu partido no Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o presidente afirmou a aliados na noite de quinta (30) que, se o alagoano buscava o rompimento, conseguiu. A fagulha que levou à implosão da aliança foi um vídeo postado pelo senador na internet, no qual ele ataca propostas do governo. A decisão de usar as redes sociais para divulgar conteúdo explosivo rendeu um apelido a Renan no Planalto: “Trump do agreste”.

Vai sem ele A ordem no Planalto é seguir com a defesa de reformas, como a da Previdência, sem contar com qualquer ajuda de Renan. Para o governo, o senador vinha sinalizando uma ruptura. “Não existe casamento forçado”, resumiu um auxiliar de Michel Temer.

É guerra O Planalto não engole a tese de que o senador está se realinhando com o PT só de olho na eleição em Alagoas. Acredita que Renan busca, acima de tudo, suporte em diversas alas da Casa para segurar o tranco que se aproxima com os desdobramentos da Lava Jato.

Nem aí Por enquanto, Renan tem feito graça da situação. Disse recentemente que “nem lembrava mais como era bom ser oposição”. Sabe que pode atrapalhar os planos do governo. Como líder, tem a prerrogativa de indicar relatores de projetos e integrantes de comissões.

Não vai sozinho Renan tem um grande peso político no Congresso Nacional e não está sozinho na decisão de se distanciar de Temer. Com certeza Temer passa a ter dificuldades no Legislativo!

Realinhamento Ao deixar o barco de Temer, Renan não ficará isolado e nem terá um grupo a parte, mas juntar-se-á a oposição 

Abandonando o barco Um fato também imaginável é que boa parte das bancadas do nordeste, onde Temer está muito fragilizado, tome o mesmo rumo de Renan.

Valmir Climaco
O Temer de Itaituba No município de Itaituba, Pará, nas eleições do ano passado para prefeito, Valmir Climaco, foi eleito com o dobro de votos de seus adversários. Teve amplo apoio dos trabalhadores da educação e agora se nega a reajustar o salário dessa categoria, negando assim seu discurso de palanque. Por outro lado, seus apaniguados estão vivendo um tempo de "vacas gordas".  

O bicho vai pegar Os lesados politicamente prometem dar o troco ao prefeito e já estão ensaiando uma rebelião sem precedentes. Sindicato forte eles têm!

De qualquer jeito O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), vai para o tudo ou nada. Quer levar à votação na próxima semana o projeto que trata da dívida dos Estados. Governadores se recusam a apoiar a exigência de contrapartidas, mas o Planalto não abre mão.

Só os astros Em campanha pela aprovação do projeto de renegociação das dívidas, o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), se agarrou à astrologia. “Dizem que quando você faz aniversário acaba o inferno astral. Espero que seja verdade”, disse, na quarta (29), quando completou 62 anos.

Mordida O Senado vota na terça-feira (4) um requerimento de urgência para colocar em pauta projeto que transfere 30% dos recursos destinados às confederações do “Sistema S” para financiar a seguridade social.

Tem dono A proposta é do tucano Ataídes Oliveira (TO), que historicamente critica a destinação de recursos a essas entidades. O potencial para tumultuar a reforma da Previdência atraiu simpatia da oposição e de rebelados do PMDB para o projeto.

Sob pressão O governo já admite a possibilidade de mudar a regra de transição e a idade mínima de aposentadoria de trabalhadores rurais.

Conectados A reunião dos chanceleres de Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai para discutir sanções à escalada autoritária na Venezuela foi acertada em um grupo de WhatsApp. O encontro ocorre neste sábado (1), em Buenos Aires.

Tempo sombrio Segundo o ministro Aloysio Nunes, “a gravidade do quadro exigiu uma conversa pessoal”. Antes, ele falou por telefone com Julio Lopes, presidente do Parlamento venezuelano. “Houve ruptura da ordem constitucional.” Nova sanção só sairá se os quatro países chegarem a um acordo.

Visita à Folha Flávio Dino (PC do B), governador do Maranhão, visitou a Folha nesta sexta (31), a convite do jornal, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado de Márcio Jerry, secretário de comunicação e articulação política, e Ednilson Machado, assessor de imprensa.

sexta-feira, 31 de março de 2017

Reprovação ao governo Temer no Nordeste é de 67% segundo IBOPE

Do UOL, em Brasília31/03/2017

Eduardo Knapp - 10.mar.2017/Folhapress

Ao lado do governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), Temer participa de inauguração de trecho da obra de transposição do rio São Francisco

Pesquisa Ibope sobre a aprovação ao governo do presidente Michel Temer divulgada nesta sexta-feira (31) aponta o Nordeste como a região do país onde o presidente tem os piores índices de popularidade.

No Nordeste, 67% dos entrevistados disseram avaliar o governo como ruim ou péssimo. A média nacional é de 55%, pior índice de Temer entre as quatro pesquisas sobre seu governo desde junho.

A reprovação ao governo foi de 52% de respostas ruim/péssimo no Sudeste, 49% nas regiões Norte e Centro-Oeste (agrupadas na pesquisa) e de 48% na região Sul.

O índice de reprovação teve um aumento de 10 pontos nas regiões Nordeste e Norte/Centro-Oeste, 8 pontos no Sul e 6 pontos no Sudeste, em relação à última pesquisa, de dezembro.

O maior índice de aprovação ao governo está na região Sul, com 17% de respostas ótimo ou bom sobre a avaliação do governo Temer. A aprovação foi de 13% nas regiões Norte/Centro-Oeste, 10% na região Sudeste e de 6% no Nordeste.

Na média nacional, a aprovação ao governo ficou em 10%, uma oscilação negativa, dentro da margem de erro de dois pontos a mais ou a menos, em relação à pesquisa de dezembro, quando o índice foi de 13%.

A pesquisa divulgada hoje foi realizada entre os dias 16 e 19 de março e ouviu com 2.000 pessoas em 126 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

A baixa popularidade no Nordeste foi apontada pela pesquisa mesmo depois da visita do presidente à região, no dia 10 de março, quando inaugurou um trecho das obras de transposição do rio São Francisco. Em dezembro, numa visita a Maceió, Temer afirmou que gostaria de ser lembrado, apesar de ser paulista, como o "melhor presidente nordestino" que o país já teve.

A inauguração da obra no São Francisco abriu uma disputa política entre Temer e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela paternidade da transposição.

Em discurso na inauguração do trecho leste do projeto, na Paraíba, Temer afirmou que ninguém poderia reivindicar a autoria da obra. "A paternidade é do povo brasileiro e do povo nordestino", disse. 

As obras da transposição começaram em 2007, no segundo mandato do ex-presidente Lula.

Nove dias após a inauguração oficial com Temer, os ex-presidentes Lula e Dilma visitaram a região para uma espécie de "reinauguração" do trecho. O ato foi batizado como "inauguração popular da transposição do rio São Francisco".

"Sinto muito orgulho de ter tido a coragem de iniciar este projeto. Nós somos pai, mãe, irmão, tio e sobrinho da transposição das águas", disse Lula, em discurso no evento.

Fachin autoriza interrogatórios de Sarney, Renan, Jucá e Machado

Ministro do Supremo determina que Polícia Federal cumpra determinação de realizar oitivas com o ex-presidente, os senadores e o ex-diretor da Transpetro no âmbito de um dos inquéritos da Operação Lava Jato

Breno Pires e Rafael Moraes Moura , 
O Estado de S.Paulo/23 Março 2017 | 05h00


BRASÍLIA - O ministro Edson Fachin determinou que Polícia Federal dê cumprimento à determinação de interrogar o ex-presidente José Sarney, os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Romero Jucá (PMDB-RR) e o ex-diretor da Transpetro Sérgio Machado no âmbito de um dos inquéritos da Operação Lava Jato. 

Foto: Dida Sampaio/Estadão
José Sarney em seu último discurso no Senado, em 2014

No despacho, de segunda-feira, 20, Fachin autorizou também que sejam recolhidos, junto a empresas de transporte aéreo de passageiros, todos os registros de passagens emitidas e utilizadas por Sérgio Machado entre 1.º/12/2015 e 20/5/2016. Fachin, no entanto, deixou em suspenso a autorização solicitada pela Procuradoria-Geral da República para a obtenção “de todos os registros de acesso às dependências do Tribunal em nome de Eduardo Antônio Lucho Ferrão (advogado) no ano de 2016 com todas as informações e arquivos relacionados”. 

Segundo Janot, na descrição dos fatos ocorridos, “Renan Calheiros e José Sarney prometem a Sergio Machado que vão acionar o advogado Eduardo Ferrão e o ex-ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Cesar Asfor Rocha para influenciar na decisão de Vossa Excelência (Teori Zavascki) sobre possível desmembramento do inquérito de Sérgio Machado”.

Fachin já havia autorizado esta medida, quando da abertura do inquérito, mas ela não foi cumprida diante de um impasse surgido no processo. O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pediu que o ministro reconsiderasse a decisão argumentando que isto “invade a esfera de atuação profissional” e infringiria normas. 

A PGR, em resposta ao pedido de impugnação feito pela OAB, solicitou a Fachin que rejeitasse o pedido da entidade e referendasse o prosseguimento das investigações. Fachin disse que, em momento posterior, irá deliberar sobre o impasse entre a OAB e a PGR referente à obtenção dos dados do advogado. 

Defesas. O Estado não conseguiu falar com as defesas de todos os envolvidos nesta quarta-feira, 22. Mas, quando o ministro Edson Fachin autorizou a abertura do inquérito, em fevereiro, o senador Renan Calheiros disse, em nota, que “reafirma que não fez nenhum ato para dificultar ou embaraçar qualquer investigação, já que é um defensor da independência entre os poderes”. 

Procurada, a defesa de Machado informou que o ex-diretor da Transpetro está colaborando com as investigações. 

O criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que defende o senador Romero Jucá e o ex-presidente José Sarney disse que se houve crime “este foi praticado pelo ex-diretor da Transpetro Sérgio Machado, autor das gravações”.

Contra pressão, Temer sanciona Terceirização e põe fim à CLT


Ignorando o protesto de milhares de brasileiros nesta sexta-feira 31, que foram às ruas contra a reforma da Previdência e a Terceirização, Michel Temer sancionou o projeto sem salvaguardas aos trabalhadores, vetando apenas o trecho que permitia que o contrato de trabalho temporário fosse prorrogado para até 270 dias.

A previsão para que o texto fosse sancionado era daqui 15 dias, mas Temer se adiantou para fugir da pressão de parlamentares do próprio PMDB.

O principal crítico da proposta era o líder do partido no Senado, Renan Calheiros.

Um grupo de senadores peemedebistas pediu também em carta para que o projeto não fosse aprovada.