sexta-feira, 31 de março de 2017

Reprovação ao governo Temer no Nordeste é de 67% segundo IBOPE

Do UOL, em Brasília31/03/2017

Eduardo Knapp - 10.mar.2017/Folhapress

Ao lado do governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), Temer participa de inauguração de trecho da obra de transposição do rio São Francisco

Pesquisa Ibope sobre a aprovação ao governo do presidente Michel Temer divulgada nesta sexta-feira (31) aponta o Nordeste como a região do país onde o presidente tem os piores índices de popularidade.

No Nordeste, 67% dos entrevistados disseram avaliar o governo como ruim ou péssimo. A média nacional é de 55%, pior índice de Temer entre as quatro pesquisas sobre seu governo desde junho.

A reprovação ao governo foi de 52% de respostas ruim/péssimo no Sudeste, 49% nas regiões Norte e Centro-Oeste (agrupadas na pesquisa) e de 48% na região Sul.

O índice de reprovação teve um aumento de 10 pontos nas regiões Nordeste e Norte/Centro-Oeste, 8 pontos no Sul e 6 pontos no Sudeste, em relação à última pesquisa, de dezembro.

O maior índice de aprovação ao governo está na região Sul, com 17% de respostas ótimo ou bom sobre a avaliação do governo Temer. A aprovação foi de 13% nas regiões Norte/Centro-Oeste, 10% na região Sudeste e de 6% no Nordeste.

Na média nacional, a aprovação ao governo ficou em 10%, uma oscilação negativa, dentro da margem de erro de dois pontos a mais ou a menos, em relação à pesquisa de dezembro, quando o índice foi de 13%.

A pesquisa divulgada hoje foi realizada entre os dias 16 e 19 de março e ouviu com 2.000 pessoas em 126 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

A baixa popularidade no Nordeste foi apontada pela pesquisa mesmo depois da visita do presidente à região, no dia 10 de março, quando inaugurou um trecho das obras de transposição do rio São Francisco. Em dezembro, numa visita a Maceió, Temer afirmou que gostaria de ser lembrado, apesar de ser paulista, como o "melhor presidente nordestino" que o país já teve.

A inauguração da obra no São Francisco abriu uma disputa política entre Temer e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela paternidade da transposição.

Em discurso na inauguração do trecho leste do projeto, na Paraíba, Temer afirmou que ninguém poderia reivindicar a autoria da obra. "A paternidade é do povo brasileiro e do povo nordestino", disse. 

As obras da transposição começaram em 2007, no segundo mandato do ex-presidente Lula.

Nove dias após a inauguração oficial com Temer, os ex-presidentes Lula e Dilma visitaram a região para uma espécie de "reinauguração" do trecho. O ato foi batizado como "inauguração popular da transposição do rio São Francisco".

"Sinto muito orgulho de ter tido a coragem de iniciar este projeto. Nós somos pai, mãe, irmão, tio e sobrinho da transposição das águas", disse Lula, em discurso no evento.

Fachin autoriza interrogatórios de Sarney, Renan, Jucá e Machado

Ministro do Supremo determina que Polícia Federal cumpra determinação de realizar oitivas com o ex-presidente, os senadores e o ex-diretor da Transpetro no âmbito de um dos inquéritos da Operação Lava Jato

Breno Pires e Rafael Moraes Moura , 
O Estado de S.Paulo/23 Março 2017 | 05h00


BRASÍLIA - O ministro Edson Fachin determinou que Polícia Federal dê cumprimento à determinação de interrogar o ex-presidente José Sarney, os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Romero Jucá (PMDB-RR) e o ex-diretor da Transpetro Sérgio Machado no âmbito de um dos inquéritos da Operação Lava Jato. 

Foto: Dida Sampaio/Estadão
José Sarney em seu último discurso no Senado, em 2014

No despacho, de segunda-feira, 20, Fachin autorizou também que sejam recolhidos, junto a empresas de transporte aéreo de passageiros, todos os registros de passagens emitidas e utilizadas por Sérgio Machado entre 1.º/12/2015 e 20/5/2016. Fachin, no entanto, deixou em suspenso a autorização solicitada pela Procuradoria-Geral da República para a obtenção “de todos os registros de acesso às dependências do Tribunal em nome de Eduardo Antônio Lucho Ferrão (advogado) no ano de 2016 com todas as informações e arquivos relacionados”. 

Segundo Janot, na descrição dos fatos ocorridos, “Renan Calheiros e José Sarney prometem a Sergio Machado que vão acionar o advogado Eduardo Ferrão e o ex-ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Cesar Asfor Rocha para influenciar na decisão de Vossa Excelência (Teori Zavascki) sobre possível desmembramento do inquérito de Sérgio Machado”.

Fachin já havia autorizado esta medida, quando da abertura do inquérito, mas ela não foi cumprida diante de um impasse surgido no processo. O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pediu que o ministro reconsiderasse a decisão argumentando que isto “invade a esfera de atuação profissional” e infringiria normas. 

A PGR, em resposta ao pedido de impugnação feito pela OAB, solicitou a Fachin que rejeitasse o pedido da entidade e referendasse o prosseguimento das investigações. Fachin disse que, em momento posterior, irá deliberar sobre o impasse entre a OAB e a PGR referente à obtenção dos dados do advogado. 

Defesas. O Estado não conseguiu falar com as defesas de todos os envolvidos nesta quarta-feira, 22. Mas, quando o ministro Edson Fachin autorizou a abertura do inquérito, em fevereiro, o senador Renan Calheiros disse, em nota, que “reafirma que não fez nenhum ato para dificultar ou embaraçar qualquer investigação, já que é um defensor da independência entre os poderes”. 

Procurada, a defesa de Machado informou que o ex-diretor da Transpetro está colaborando com as investigações. 

O criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que defende o senador Romero Jucá e o ex-presidente José Sarney disse que se houve crime “este foi praticado pelo ex-diretor da Transpetro Sérgio Machado, autor das gravações”.

Contra pressão, Temer sanciona Terceirização e põe fim à CLT


Ignorando o protesto de milhares de brasileiros nesta sexta-feira 31, que foram às ruas contra a reforma da Previdência e a Terceirização, Michel Temer sancionou o projeto sem salvaguardas aos trabalhadores, vetando apenas o trecho que permitia que o contrato de trabalho temporário fosse prorrogado para até 270 dias.

A previsão para que o texto fosse sancionado era daqui 15 dias, mas Temer se adiantou para fugir da pressão de parlamentares do próprio PMDB.

O principal crítico da proposta era o líder do partido no Senado, Renan Calheiros.

Um grupo de senadores peemedebistas pediu também em carta para que o projeto não fosse aprovada.

Cunha pode ser a garantia da queda de Temer

Ribamar Fonseca/Brasil247, 31/03/17

Eduardo Cunha, o homem que viabilizou o impeachment de Dilma, em conluio com um magote de peemedebistas e tucanos, acaba de ser condenado a 15 anos de prisão pelo juiz Sergio Moro, condenação que pode destravar a língua dele, até agora contida dentro da boca pelo próprio Moro.

Dino afina ideias com Lula: “Brasil não é programado para o fracasso”


O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), se reuniu com o ex-presidente Lula, em São Paulo, e conversou sobre temas ligados à crise institucional brasileira e quais as soluções a buscar para deixar a retração sem penalizar os mais pobres.

"Vim para falar e ouvir do ex-presidente Lula sobre formas para retomar a trajetória de desenvolvimento com justiça social. No quadro atual, de crise profunda das instituições, é preciso buscar uma solução que seja positiva para a maioria do povo. Precisamos retomar a ideia de que o Brasil não é programado para o fracasso", disse Flávio Dino, que dialogou com o ex-presidente na sede do Instituto Lula.

Renan antecipa tendência: aliança com Lula


A decisão do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) de romper com o projeto golpista, explicitada num vídeo publicado na noite de ontem, antecipa uma tendência que será seguida por todos os políticos que precisarem buscar a reeleição em 2018.

Como Michel Temer é uma das figuras mais rejeitadas do Brasil, quem estiver associado a ele terá reduzidas chances de se reeleger.

Mais do que simplesmente romper com Temer, Renan já negocia uma aliança com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que lidera todos os cenários sobre sucessão presidencial.

Para jornal francês, Moro quebrou o Brasil

Cortaram a Odebrecht pela metade

Conversa Afiada, 31/03/2017

A edição desta sexta-feira (31) do jornal vespertino Le Monde traz uma reportagem sobre como a operação Lava Jato pode ter agravado a crise econômica do Brasil (...) Ela começa dizendo que a manifestação do domingo (26) contra a corrupção foi um fiasco. (...)

Entrevistado pelo jornal, o secretário da CUT (Central Unica dos Trabalhadores), João Cayres, diz que "a Lava Jato paralisou o país levando ao desemprego milhões de trabalhadores que eram irreprocháveis”. 

Cayres afirma que a falta de discrição dos policiais, que transformara a operação em espetáculo midiático, contribuiu para a redução do tecido industrial do país; “Não defendo os corruptos, mas, em outros lugares do mundo, condenamos os culpados, não a empresa no seu conjunto”, diz.

(...) Gabriel Kohlmann, da consultoria Prospectiva, disse ao jornal que "a operação Lava Jato não foi a única responsável a mergulhar o Brasil na crise, mas afetou dois setores importantes: energia e construção, que contavam com 15% de investimentos em 2013”.

A correspondente escreve que "a descida ao inferno de grande atores econômicos, como a Petrobras e a empreiteira Odebrecht, dá uma ideia dos danos provocados". "Desde 2015, a Petrobras vendeu ativos por 12,6 bilhões de euros e demitiu 13.655 empregados por meio de um plano de demissão voluntária. Na Odebrecht, os investimentos recuaram R$ 12 bilhões desde 2014, e o tamanho da empresa foi reduzido à metade. O diretor do grupo, Marcelo Odebrecht, se encontra na prisão."

Povo volta as ruas contra as reformas de Temer


Avenida Paulista lota com manifestação em protesto contra a reforma da Previdência e o projeto da Terceirização.

PROTESTO EM SÃO PAULO
Houve grandes atos também em Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Vitória, Maceió, Fortaleza, entre outras capitais.
PROTESTO NO RIO DE JANEIRO
PROTESTO EM SÃO PAULO
Centrais sindicais e movimentos sociais, que convocaram os protestos, veem o movimento desta sexta-feira 31 como um esquenta para a greve geral anunciada para 28 de abril, contra a retirada de direitos trabalhistas.
PROTESTO EM BELO HORIZONTE
"O jogo no Brasil começou a virar. A ficha do povo está caindo", discursou Guilherme Boulos, líder do MTST e da Frente Povo Sem Medo, na Paulista.
Resultado de imagem para IMAGENS DO PROTESTOS CONTRA TEMER HOJE

"Se tivesse um pingo de vergonha na cara, Temer pedia para sair. Vai embora, Temer. Pede pra sair", clamou.
CAMPO GRANDE
SÃO PAULO
De acordo com a convocatória assinada por ambas as Frentes a conta do chamado "golpe" já chega aos trabalhadores e trabalhadoras brasileiros.

“O presidente ilegítimo e golpista, Michel Temer, não esconde o que estava por trás do afastamento ilegal da presidenta Dilma Rousseff: Reforma da previdência, com arrocho nos direitos dos
 trabalhadores, desvinculação do orçamento da educação e saúde, suspensão de programas sociais como Minha Casa, Minha Vida, FIES, PROUNI e PRONATEC, criminalização e perseguição dos movimentos sociais”, conforme consta na convocação dos atos.A farsa montada com o mote da corrupção também começa a cair, segundo os movimentos sociais.


“Os escândalos de corrupção envolvendo Aécio Neves, Temer, Eduardo Cunha, Romero Jucá e boa parte do Congresso Nacional, demonstram que os chefes do golpe arquitetaram toda movimentação para barrar as investigações da Lava –Jato, usurpar o poder e aplicar o projeto mais neoliberal da história do Brasil”, afirmam os movimentos na chamada do ato.

Levante ocupa Globo com o mote golpe, a gente vê por aqui


Avalista do golpe parlamentar de 2016, que arruinou a economia nacional e manchou a imagem do Brasil no mundo, a Globo teve sua sede ocupada nesta manhã, no Rio de Janeiro.

Manifestantes montaram dezenas de barracas e ergueram a faixa "Golpe, a gente vê por aqui".

"Se a Juventude se unir, a Globo vai cair", gritam os manifestantes.

Protesto é parte das manifestações do dia nacional de mobilização e greve contra a reforma da Previdência.

Globo apoiou o golpe militar de 1964 e só pediu desculpas 50 anos depois, para, logo em seguida, apoiar o golpe parlamentar de 2016, que instalou Michel Temer no poder, um projeto reprovado por 90% dos brasileiros.

Sergio Moro tenta queimar o arquivo Eduardo Cunha