domingo, 17 de julho de 2016

Machado quer detalhar mensalão que elegeu Aécio presidente da Câmara

 

O ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado deverá entregar à PGR uma lista com os 50 nomes dos deputados federais para quem diz ter arrecadado dinheiro de campanha em 1998, em troca de voto para eleger o hoje senador Aécio Neves à Presidência da Câmara em 2001.

Marilena Chauí: “Estamos assistindo a um golpe sem cabeça”


Em entrevista a Jose Cassio, do Diário do Centro do Mundo, a filósofa diz que "poderes lutam entre si e não são reconhecidos pela sociedade. E todos, mídia, justiça, legislativo e executivo brigam por sua fatia no bolo de interesses".
 
Para ela, o lado positivo da crise é o ressurgimento dos movimentos sociais. "Desde os anos 80 eu não via tanta efervescência", diz.

Turquia prende 2.745 juízes e promotores após golpe fracassado




As autoridades da Turquia ordenaram neste sábado a prisão de 2.745 juízes e promotores, após a tentativa de golpe militar, disse a emissora NTV, à medida em que o governo segue com punições a suspeitos de seguirem o clérigo Fethullah Gulen, que mora nos Estados Unidos.

O presidente Tayyip Erdogan afirmou que os seguidores de Gulen estão por trás do golpe.

Tijolaço ironiza a doença ‘psicológica’ que existe para o governo Temer

 

"O amigo aí curte ser espetado para tirar sangue para um hemograma? A cara amiga se amarra em entrar no tubo de um tomógrafo? Nem um Raio-Xzinho com aquela chapa de metal fria e aquela luz mortiça com a marca de alvo de bala perdida?", pergunta o jornalista Fernando Brito, ao comentar declaração polêmica feita pelo ministro interino da Saúde, Ricardo Barros, para quem os brasileiros "imaginam" as doenças e com isso gastam recursos do SUS despropositadamente.
 
"O ministro é, literalmente, um ignorante", diz Brito.

Datafolha explica por que Moro caça Lula


 
247 - O jornalista Ricardo Amaral destaca, em artigo, os pontos que motivam o que chama de "caça" ao ex-presidente Lula pela grande imprensa, inclusive com fatos requentados. Para ele, "não pode ser coincidência. A ofensiva dos vazadores e seus repórteres amestrados segue-se à ação da defesa de Lula, que levantou a suspeição de Sérgio Moro para julgá-lo", além do Datafolha divulgado neste sábado 16. A pesquisa em que "Lula só cresceu", escreve Amaral, "ajuda a entender a ofensiva" contra o petista.

Leia abaixo a íntegra do artigo:

Lava Jato atiça a "tiragem" na caçada ao Lula

Como na ditadura, República de Curitiba pauta os jornais para fazer a caveira do inimigo

Nos últimos dez dias, Globo, Folha e Estadão republicaram antigos vazamentos da Lava Jato contra o ex-presidente Lula. Notícias velhas foram requentadas e servidas como carne fresca a quem perdeu a memória dos desmentidos: uma sede do Instituto Lula que nunca existiu, uma rodovia na África e o acervo que Lula tem de guardar por força da lei. Isso se chama publicidade opressiva, violência inerente ao estado de exceção e essencial aos “julgamentos pela mídia”.

Não pode ser coincidência. A ofensiva dos vazadores e seus repórteres amestrados segue-se à ação da defesa de Lula, que levantou a suspeição de Sérgio Moro para julgá-lo, por perda da imparcialidade. Essa é a notícia nova do caso, que a imprensa brasileira escondeu. Deu no New York Times, mas não saiu no Jornal Nacional.

A ação aponta 12 afirmações de Moro antecipando a decisão prévia de condenar Lula. Registra os abusos que ele cometeu – da condução coercitiva sem base legal à divulgação criminosa de grampos telefônicos. No estado de direito, Moro deveria declinar do caso para outro juiz, isento, imparcial, condição que ele perdeu em relação a Lula.

O Datafolha também ajuda a entender a ofensiva. Só Lula cresceu. Tem um terço dos votos válidos no primeiro turno e mais de 40% no segundo, contra os três tucanos e a insustentável Marina. Só perde, hoje, para o antipetismo; e debaixo de uma campanha de difamação sem precedentes.

É preciso acabar com Lula, fazer sua caveira, antes que ele tenha chance de voltar pelo voto. E antes que sua defesa desmoralize a Lava Jato. Tem de bater na cabeça da jararaca. Mas como, se não há crime para acusá-lo? Se há só pedalinhos, obras de alvenaria, propriedades imaginárias, palestras profissionais, presentes de governos estrangeiros.

Desde a reeleição de Dilma (aliás, por isso mesmo), Lula, seus filhos, sua empresa de palestras e o Instituto Lula tornaram-se alvos de 9 inquéritos do Ministério Público e da Polícia Federal, 3 proposições de ação de penal, 2 fiscalizações da Receita e 38 mandados de busca. Quebraram e vazaram seus sigilos bancário, fiscal e telefônico.

Numa afronta à Constituição e a princípios universais do Direito, adotados pelo Brasil em tratados internacionais, Lula é investigado pelos mesmos fatos em inquéritos simultâneos: da Procuradoria-Geral da República, de procuradores regionais do Paraná e Brasília e de promotores do Estado de São Paulo. É tiro-ao-alvo.

Essa verdadeira devassa – insisto: sem precedentes no Brasil – não encontrou nenhum depósito suspeito, conta no exterior, empresa de fachada ou contrato de gaveta; nenhum centavo sonegado, nenhuma conversa de bandido. Nada que associe Lula direta ou indiretamente aos desvios na Petrobras investigados na Lava Jato ou qualquer ilegalidade.

Nem mesmo os réus delatores, que negociam acusações sem provas em troca de liberdade e (muito) dinheiro, apontaram fatos concretos contra Lula. No máximo, ilações, do tipo “ele devia saber”, conduzindo à esfarrapada tese do domínio do fato. No estado de exceção midiática, apela-se à tese da obstrução da justiça (o maldito direito de defesa), a partir do pré-julgamento de grampos ilegais.

O fato é que a Lava Jato e a Procuradoria-Geral da República não têm como entregar – na só-base da prova, da lei e do direito – a mercadoria esperada desde sempre por seus patrocinadores: Lula na cadeia. Não em julgamento justo, com policias e procuradores apartidários, juiz natural e imparcial, tribunais fiscalizadores da primeira instância. Não no estado de direito democrático. Para tirar Lula do jogo, precisam desesperadamente da cumplicidade dos meios de comunicação; a Rede Globo à frente e o rebotalho dos impressos na retaguarda. Precisam promover um julgamento pela mídia, com base na publicidade opressiva. Precisam espalhar que Lula estaria metido “nessa coisa toda”; silenciar e até intimidar quem duvide disso, para sancionar uma condenação sem prova.

Quem foi jornalista na ditadura tem amarga lembrança de colegas que serviam à repressão (alguns em dupla jornada, como na Folha da Tarde, da família Frias). Noticiavam assassinatos de presos como “atropelamentos”, tratavam torturas como “rigorosas investigações”. Faziam a caveira dos “subversivos”. Eram chamados jornalistas de “tiragem” – a serviço dos “tiras”, é claro, não da verdade. Recordo sem intenção de ofender os jornalistas “investigativos” de hoje que comem na mão dos “investigadores” anônimos. Podem acreditar sinceramente que contribuem para “combater a corrupção”. Ganham as manchetes, mas abrem mão do jornalismo, que é a busca da verdade. Quando a meganha pauta e o repórter obedece, cegamente, quem perde é a notícia. E perde a democracia.
 
Fonte: Brasil 247, 17/07/2016

Golpe contido na Turquia derrubaria Temer? Talvez

 

A vitória popular sobre uma tentativa de golpe militar na Turquia poderá produzir dois efeitos no Brasil.
 
O primeiro será encorajar movimentos sociais que defendem o "Fora Temer" a sair às ruas, especialmente durante a Rio 2016, quando as atenções do mundo estarão voltadas para cá.
 
O segundo será forçar um posicionamento mais incisivo das lideranças internacionais sobre o golpe parlamentar ocorrido no Brasil.
 
Ao comentar a situação na Turquia, o presidente americano Barack Obama disse que todos deveriam respeitar o governo "democraticamente eleito". Sobre o Brasil, ele se manteve calado.
 
O silêncio internacional, no entanto, começa a ser quebrado, como no manifesto de senadores franceses contra o golpe brasileiro; com um equilíbrio frágil, Temer pode balançar.

Dilma vai processar IstoÉ

  Em nota, a assessoria da presidente eleita Dilma Rousseff anunciou que tomará 'as medidas legais cabíveis na Justiça contra o repórter, a direção da revista (IstoÉ) e a Editora Três', por causa da reportagem 'As mordomias ilegais da família de Dilma', publicada na edição deste fina de semana.

Celular de Azevedo mostra operação Cunha-Temer

 

Conversas recuperadas pelos investigadores da Operação Lava Jato do celular de Otávio Azevedo, da Andrade Gutierrez, mostram que houve um acordo entre o interino Michel Temer e o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha com o empreiteiro, que hoje cumpre prisão domiciliar, mostra reportagem da revista Época.
 
Em uma das mensagens, em abril de 2012, Cunha fala de um encontro entre os três.
 
"O Michel (Temer) cansou de te esperar e foi embora. Fiquei só eu"; e no fim do mês, Azevedo e Cunha marcaram um encontro com o vice-presidente.
 
"Você pode sair e ir ao Jaburu me encontrar e ao Michel, se quiser", envia Cunha para Azevedo, que acabou remarcando a reunião para o gabinete de Temer.
 
"Chego às 14h, ok?", confirma o executivo.

Duas derrotas na eleição de Rodrigo Maia

 

"Além de instalar um inimigo dos direitos dos trabalhadores e da população pobre na presidência da Câmara, a escolha de Rodrigo Maia para presidência da Câmara revelou uma insuspeitada boa vontade dos principais integrantes da resistência democrática no Congresso para negociar seu futuro com o governo Temer, cuja prioridade absoluta consiste em dividir e derrotar forças que resistem à ruptura institucional de abril-maio", escreve o colunista do 247 Paulo Moreira Leite.
 
Para ele, apoio de uma parcela de petistas e do PCdoB ao candidato do DEM "não tem precedentes nem mesmo na luta contra o regime militar".

sábado, 16 de julho de 2016

Ministro da Saúde, de Temer, diz que pacientes “imaginam” doenças





Interino Ricardo Barros criticou o que chamou de "cultura do brasileiro" de buscar exame e medicamentos na rede básica, o que estaria levando a gastos desnecessários no SUS.
 
A maioria, segundo ele, apenas "imagina" estar doente, mas na verdade não está. "A maioria das pessoas chega ao posto de saúde ou ao atendimento primário com efeitos psicossomáticos", disse nesta sexta-feira, em um evento da Associação Médica Brasileira (AMB), em São Paulo.