Além de agir antes que Dilma desinfetasse a cúpula da PF para prender Lula, Moro calibrou a operação com um precisa noção de timing: o Golpe foi na sexta-feira, quando o Congresso foi para casa.
Só haverá reação, portanto, no PiG.
Sexta-feira dá tempo de pegar a Veja, Época e QuantoÉ.
Em coletiva de imprensa nesta manhã, o deputado federal Afonso Florence (BA), líder do PT na Câmara, afirmou que a operação deflagrada pela Polícia Federal nesta sexta-feira 4 contra o ex-presidente Lula "é ilegal e política, destinada a prejudicar e enfraquecer a imagem do ex-presidente Lula e do Partido dos Trabalhadores".
O parlamentar disse ainda que "não há provas de que Lula seja de fato dono" do sítio em Atibaia, interior de São Paulo, e do apartamento no Guarujá; deputado também destacou que "a operação de hoje não tem nada a ver com a presidente Dilma Rousseff".
"Não há nenhuma justificativa para o que está acontecendo. Se era a intenção da Justiça ouvir o ex-presidente Lula, bastava que ele fosse notificado. Jamais a Polícia Federal, fortemente armada, chegando em sua residência, trancando ruas, trancando o Instituto Lula, levando pessoas como se fossem criminosos", diz o deputado do PT do Rio Grande do Sul, em vídeo.
"Nós vamos resistir e reagir a esse golpe", acrescenta o parlamentar, convocando os diretórios do partido a realizar reuniões para definir ações em defesa do ex-presidente.
"Sem provas, Polícia Federal amanhece com mais uma operação, desta vez o alvo é o ex presidente Lula. O maior líder popular que o Brasil já teve. O presidente que tirou o país do mapa da fome. Nossa indignação não será silenciosa. Vamos às ruas defender o estado democrático de direito. Contra as arbitrariedades. Golpe não!!!!!", avisou a deputada Jandira Feghali (PC do B-RJ).
A esquerda se mobiliza para defender o ex-presidente Lula, levado a depor coercitivamente por decisão do juiz Sergio Moro, que deflagrou operação contra todos os familiares do presidente mais popular da história do País e que foi reconhecido globalmente como um dos maiores líderes da história.
Postagem de ontem deste blog Senador Delcidio Amaral nega delação, foi enfática quando falamos que o senador estava mentindo ou tínhamos uma grande trapaça a vista.
Ficou constatado que Delcídio mentiu ao negar a delação premiada, mas têm outros aspectos que são relevantes neste episódio. Um deles é o vazamento ilegal e seletivo. Como essa informação chegou a imprensa? Quem vazou? Porque só há vazamentos contra o PT e seus aliados?
O ministro Teori Zavascki, decidiu homologar o acordo de delação premiada firmado pelo senador Delcídio Amaral (PT-MS) com a Procuradoria-Geral da República. A homologação judicial desse tipo de acordo é uma exigência da Lei Anticorrupção, número 12.850, de 2013, sancionada por Dilma.
Chama a atenção o fato de que procurado, Janot desconversou sobre a notícia divulgada na IstoÉ.
Também não dá pra passar despercebido o fato de que a revelação sobre a decisão de Teori Zavascki à repórter Renata Lo Prete. Ela veiculou a informação na noite passada, no ‘Jornal das Dez’, do canal de tevê por assinatura GloboNews. Como ela soube? Porque sempre a Globo dá a notícia em primeira mão?
Também, o ministro ficou muito irritado com o vazamento do teor dos primeiros depoimentos de Delcídio. Ele expressou seu aborrecimento em conversa com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. O que a Justiça fez ou está fazendo sobre os vazamentos seletivos e ilegais.
O ministro Teori Zavascki, relator dos processos da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, decidiu homologar o acordo de delação premiada firmado pelo senador Delcídio Amaral (PT-MS) com a Procuradoria-Geral da República. A homologação judicial desse tipo de acordo é uma exigência da Lei Anticorrupção, número 12.850, de 2013, sancionada por Dilma.
Deve-se a revelação sobre a decisão de Teori Zavascki à repórter Renata Lo Prete. Ela veiculou a informação na noite passada, no ‘Jornal das Dez’, do canal de tevê por assinatura GloboNews. O blog apurou que o ministro ficou muito irritado com o vazamento do teor dos primeiros depoimentos de Delcídio. Ele expressou seu aborrecimento em conversa com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Pela lei, os acordos de colaboração judicial são celebrados entre os investigados e os investigadores (Polícia Federal e Ministério Público Federal). Ao magistrado cabe verificar se a negociação foi feita como manda a lei e se o delator suou o dedo voluntariamente, sem coações.
Mesmo depois de avalizada pelo juiz, a delação não vale como prova. O depoimento de um delator não é senão um ponto de partida para que os investigadores encontrem as provas. Se a investigação for proveitosa para o esclarecimento dos crimes sob investigação, o delator torna-se credor de benefícios judicias como a redução da pena ou até o perdão judicial.
O PSDB decidiu partir para o ataque ao senador Delcídio do Amaral (PT-MS) depois de receber informações de que ele pode envolver líderes do partido que teriam participado de negociações para serem excluídos de investigações na CPI do mensalão.
Delcídio tinha como prioridade, até então, salvar o mandato no Senado. Para isso, precisava do apoio de parlamentares e de partidos que já tinha envolvido em declarações a procuradores.
A edição de ontem do Jornal Nacional, conduzido por Wiliam Bonner, foi uma obra-prima na arte da manipulação de massas. A "delação" negada pelo "delator" foi tratada como verdade nos 19 primeiros minutos de uma reportagem 26 minutos e 31 segundos dedicadas ao tema.
No fim do terceiro bloco, quando falou sobre a nota de Delcídio, que nega a autenticidade da delação, Renata Vasconcellos relativizou seu conteúdo. Em seguida, Bonner afirmou que a procuradoria-geral da República não divulgou nota, quando o próprio procurador Rodrigo Janot afirmou não existir nenhum fato jurídico.
No fim, um dos repórteres afirmou que, mesmo que a delação não se materialize, "agora não tem mais volta", ou seja, o maior monopólio de comunicação do mundo quer transformar em verdade aquilo que atende aos seus interesses.
Mas ele entende que é a Dilma que tem que pedir renúncia e não ele
O Brasil vive hoje uma realidade política surreal, em que o líder da oposição, senador Aécio Neves (PSDB-MG), citado em três delações verdadeiras da Operação Lava Jato, prega a renúncia da presidente Dilma Rousseff, porque ela teria sido mencionada numa delação inexistente, negada pelo "delator" e por seus advogados.
Aécio foi citado como pai de um mensalão em Furnas pelo doleiro Alberto Youssef, como receptador de um terço da propina da mesma estatal pelo lobista Fernando Moura e como "o mais chato" cobrador de recursos pelo entregador Ceará.
As delações contra Aécio estão filmadas e gravadas (assista). A "delação" contra Dilma é um pedaço de papel sem nenhuma assinatura, mas ainda assim ele quer renúncia.
No entanto, se essa lógica fosse aceitável, Aécio deveria renunciar primeiro. Afinal, existem três – não apenas uma, mas TRÊS – delações reais, filmadas e gravadas, contra ele.
Na primeira, o doleiro Alberto Youssef aponta Aécio como o mentor intelectual de um mensalão em Furnas, que distribuía mesadas de US$ 100 mil a parlamentares – entre eles, o finado José Janene, que foi sócio de Youssef. Asssista aqui:
Na segunda delação, o lobista Fernando Moura afirma que um terço da propina em Furnas era destinada ao líder da oposição:
Na terceira, o entregador de propinas "Ceará" diz que Aécio era "o mais chato" cobrador das entregas de recursos da empreiteira UTC:
Portanto, se Aécio defende a renúncia de Dilma a partir de uma delação inexistente, ele próprio deveria dar o exemplo e renunciar ao mandato, uma vez que as delações existentes contra ele são reais, filmadas e gravadas, disponíveis no YouTube.
O que Aécio pretende, no entanto, é que o Tribunal Superior Eleitoral casse tanto a presidente Dilma Rousseff como o vice Michel Temer para que ele – de novo, um personagem citado por três delatores da Lava Jato como chefe de mensalão, receptador de propina e o mais chato cobrador de recursos – seja empossado na presidência da República.