domingo, 14 de fevereiro de 2016

Argentina: Cristina antecipa seu retorno?



Rumores apontam que a ex-presidenta Cristina Fernández de Kirchner, que deixou o governo com cerca de 50 % de popularidade, se prepara para assumir o papel de líder da oposição contra "este regime instaurado por Mauricio Macri, cujos dois primeiros meses de governo estiveram marcados por demissões, repressão e censura. Cristina é uma grande dor de cabeça para a direita", diz Martín Sabbatella, um dos homens de confiança da ex-mandatária.

A possibilidade tem preocupado a direita e os grandes grupos de comunicação argentinos que não desejam ver novamente a esquerda no poder; segundo Sabbatella, tanto Cristina quanto o ex-presidente Lula são assediados pelo que ele chama de "Partido Judiciário".

Dimas Toledo o homem de confiança de Aécio Neves

o suposto operacionalizador do mensalão de Furnas

Por Joaquim de Carvalho, no DCM

No dia 3 de fevereiro, quando depôs em delação premiada ao juiz Sérgio Moro, o lobista Fernando Moura disse que o PT manteve Dimas Toledo na diretoria de Planejamento, Engenharia e Construção de Furnas em 2003 por indicação do então governador Aécio Neves, que, segundo ele, passou a receber um terço da propina paga à estatal.

Atual senador e presidente do PSDB, Aécio reagiu demonstrando indignação. “Estou sendo alvo de declarações criminosas feitas por réus confessos e que se limitam a lançar suspeições absurdas, sem qualquer tipo de sustentação que não a afirmação de que ‘ouviu dizer'”, afirmou Aécio, que prometeu interpelar o lobista na Justiça.

Hoje, Aécio nega a ligação com Dimas Toledo, mas nem sempre foi assim. Em junho de 2005, Roberto Jefferson, ao falar da origem dos recursos para o mensalão, contou que um dos fatos que geraram a crise do PTB com o PT foi a manutenção de Dimas Toledo na Diretoria de Planejamento, Engenharia e Construção de Furnas.

Na CPI dos Correios, respondendo a uma pergunta do deputado Onyx Lorenzoni, do PFL-RS (atual DEM), ele disse que tentou nomear um substituto para Dimas, mas não conseguiu. “Eu percebi que o próprio ministro José Dirceu não queria tirar. Toda hora, ele dizia: ‘Tem muita pressão. Tem pressão do Aécio’”, respondeu.

Aécio não divulgou nota ou deu entrevista para rebater o depoimento.

Renata Lo Prete, na época editora da coluna Painel da Folha de S. Paulo, hoje apresentadora da Globonews, era a jornalista para quem Roberto Jefferson mais dava entrevistas. Na entrevista em que detonou o mensalão, Jefferson disse:

“Furnas foi o próprio presidente Lula que ofereceu ao PTB. Na diretoria de Engenharia, a mais poderosa do setor elétrico do País, está o doutor Dimas Toledo. Há 12 anos. É muito ligado ao governador Aécio Neves.”

Mais uma vez, Aécio não rebateu.

Apesara da "crise" e de relativa diminuição da renda per capita, os indicadores sociais melhoraram

Salvo raras exceções, a economia do País caminha normalmente, a produção mantém estável e o mercado está bem, obrigado

247 - A renda per capita do brasileiro (avaliada pela paridade do poder de compra) caiu de US$ 16,2 mil para US$ 15,7 mil entre os anos de 2104 e 2105, segundo estimativa feita pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). Valor equivale a 90% da renda média dos 24 países emergentes pesquisados pela instituição e é apontado como o menor patamar desde 1980. Apesar disso, o FMI reconhece que outros indicadores de bem-estar, como redução da pobreza e acesso à saúde e educação melhoraram substancialmente.
Segundo o estudo, durante anos o Brasil registrou um poder de compra acima da média dos demais países emergentes, situação que começou a ser revertida em função do baixo crescimento da economia brasileira nos últimos anos.
Expectativa é que em 2020, renda per capita do Brasil seja de US$ 18 mil, pouco mais de 80% da média dos emergentes , que deverá ser de US$ US$ 21,6 mil, segundo as estimativas do FMI.
Mas, a Globo e similares, principalmente pelo hábito da mentira, estão vivenciando um processo de crise dupla, queda de audiência e por conseguinte de faturamento e de "crise de consciência" por plantar tantas mentiras contra o governo que apesar de todas as dificuldades, até hoje trabalha a inclusão social. 

Veríssimo ironiza PSDB por seu recente mea culpa

A crise econômica foi agravada pela crise política, criada pelo PSDB que não aceitou a quarta derrota seguida na disputa pelo Palácio do Planalto

247 – Em coluna publicada neste fim de semana, o escritor Luis Fernando Veríssimo ironizou o PSDB pelo recente mea culpa feito pelo novo líder Antonio Imbassahy (PSDB-BA).

"E agora temos uma confissão de remorso surpreendente, partindo do PSDB, que, imaginava-se, não precisava fazer penitência porque nunca pecara. O deputado baiano Antonio Imbassahy, novo líder do partido, reconheceu que o PSDB optou por sabotar o ajuste fiscal e cometeu o que chamou de 'outras extravagâncias' com a única intenção de atrapalhar o governo, mesmo prejudicando o país", disse ele.

"O Imbassahy não pede desculpa ao país, mas promete que a irresponsabilidade não se repetirá porque 'não cabe à oposição fazer coisas malucas'. Ou seja, quando perdeu a eleição, o PSDB ficou maluco, mas já passou. E o Imbassahy se arrependeu, gente. Há esperança."

sábado, 13 de fevereiro de 2016

Dilma e Lula: dois fogos, dois alvos, um objetivo


A presidente Dilma, finalmente, fez uma declaração em defesa do ex-presidente Lula, que por sua vez continua protelando o momento em que fará um pronunciamento contundente contra as acusações que alimentam a operação “Delenda Lula”. Crescem os apelos para que ele o faça, envergando a casaca de ex-presidente da República e não a camiseta de líder petista, em algum púlpito nacional e mesmo internacional. Isso foi muito discutido pelos integrantes do conselho consultivo do Instituto Lula na sexta-feira, quando defenderam uma ação mais política do instituto, em defesa do legado do ex-presidente e de sua honra. Lula, entretanto, posterga ou evita reações mais exaltadas, enquanto seus advogados pelejam nos inquéritos e ações que sempre o tiveram como alvo final. Talvez não vá prestar depoimento na próxima semana a um procurador que já declarou a intenção de denunciá-lo, deixando para falar em juízo. Estará mais uma vez certa sua forte intuição política ou ele corre o risco de perder o timing?

Já o impeachment da presidente Dilma perdeu força, vai se tornando cada vez mais um tigre de papel. Por isso o PSDB dobra as apostas na ação de impugnação de mandato eletivo, contra ela e Temer, que será decidida pelo TSE e terá como reforço a delação premiada do ex-presidente da Andrade Gutierrez, Otavio Azevedo, em que disse ter sido “achacado” pela campanha de Dilma. Mas isso este jogo é só da ala tucana liderada pelo senador Aécio Neves. Para as outras, o que importa agora é a destruição de Lula e sua remoção da disputa presidencial de 2018, quando Alckmin e José Serra também tentarão ser candidatos.

Para estes outros, Dilma já pode até terminar seu mandato, pilotando uma crise política que se prolongará no tempo e uma crise econômica de duração também incerta, por conta dos fatores internos e externos. Se os Estados Unidos entram em recessão, como se teme, o inferno por aqui irá mais longe. Para estes, mais importante que tirar Dilma do cargo, agora que ela não pode mais ser candidata, é deixa-la sangrar por mais três anos, é a garantia de que o PT não terá Lula como candidato. Como o partido não tem outro nome competitivo, estará aberto o caminho para a retomada da Presidência perdida para Lula em 2002.

Ainda que não tenha sido formalizado ou pronunciado, há um acordo tácito dentro do PSDB. Os aecistas seguirão batalhando pelo impeachment ou pela impugnação do mandato de Dilma pelo TSE, o que garantiria a posse de Aécio, com direito a disputar a reeleição em 2018, enquanto os outros tentam limpar o caminho eleitoral, cooperando com a operação “Delenda Lula”, que tem como vetores principais o Ministério Público, a Polícia Federal e boa parte da mídia.

Isso é o que Dilma parece estar compreendendo quando finalmente sai em defesa de Lula. Se ele e seu legado são “dissolvidos” na desmoralização, do mandato dela, ainda que concluído, também nada restará, senão a lembrança de que foi ela a primeira mulher a governar o Brasil.

Sogro de responsável por obra em sítio de Lula nega pagamento de R$ 550 mil


O Instituto Lula diz que o ex-presidente frequenta o local, de propriedade de amigos da família.

No endereço na periferia da cidade de Colorado (noroeste do Paraná), em que é a sede da empresa Fernandes dos Anjos e Porto Montagens de Estruturas Metálicas existe uma casa simples, em uma rua sem asfalto, informou a "Folha de S. Paulo".

Documentos apreendidos pela Polícia Federal no escritório do pecuarista José Carlos Bumlai, segundo o jornal "O Globo", indicam que a empresa recebeu R$ 550 mil para reformar o sítio usado pelo ex-presidente Lula.

Reportagem da "Folha" revelou que, segundo testemunhas e depoimentos colhidos pelo Ministério Público, uma espécie de consórcio informal de empresas (Odebrecht, OAS e Usina São Fernando) dirigidas por amigos do ex-presidente bancou as obras.

A empresa de Colorado pertence a Adriano Fernandes dos Anjos. No estanto, o sogro de Adriano, o aposentado Antônio Miguel da Silva, segundo a "Folha", disse que ele nunca recebeu esse valor.

Silva afirma que o genro trabalhou no local na montagem de estruturas metálicas, como base para uma construção e que o serviço durou um mês. "Mas de jeito nenhum ele recebeu R$ 550 mil. Foi algo entre R$ 35 mil e R$ 70 mil. Meu genro só tem dívidas e vontade de trabalhar", disse.

Fonte: Msn, 13/02/2016

Deputado afirma que para a Justiça há duas categorias de pessoas os "investigáveis" e os "ininvestigáveis"

A primeira categoria é vinculada ao PT e a segunda ao PSDB

Em entrevista ao 247, o deputado Wadih Damous (PT-RJ) admite que não enxerga má fé na conduta de Sérgio Moro nem da força tarefa do ministério público ("eles têm certeza de que os investigados são culpados e montam o processo de modo a provar sua tese") mas diz que a Lava Jato está consagrando um país onde há uma categoria de pessoas "investigáveis," no PT, e os "ininvestigáveis," no PSDB. 

"Numa operação anunciada como redentora, não consigo entender que se ignore as menções a Aécio Neves. Por muito menos, há pessoas presas e investigadas." Damous também recorda o tratamento recebido por Fernando Henrique: "Lula é perseguido por causa de um sítio com pedalinho, que nunca foi dele. Fernando Henrique teve uma fazenda de gado, comprada em sociedade com o tesoureiro do PSDB, e ninguém achou errado." 

Referindo-se ao apartamento no Guarujá, o deputado ironiza: "Fernando Henrique vive passando férias num apartamento na avenue Foch, um dos endereços mais caros do mundo. Não tem nada a ver com o Guarujá, que há muito tempo deixou de ser uma praia exclusiva para milionários"

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Sai o edital para estudos de concessão da BR-163



Os interessados poderão sugerir alterações na futura concessão, como, por exemplo, a inclusão de contornos e variantes, e a exclusão, modificação e inclusão de segmentos da malha viária e também pedir o fracionamento dos trechos em mais de uma concessão. As alterações deverão ser fundamentadas e tecnicamente justificadas.

Eles deverão ter experiência qualificada e terão que detalhar as atividades que pretendem realizar. As regras completas do processo podem ser encontradas no edital de chamamento do DOU e na página do Ministério dos Transportes.

Os requerimentos deverão ser endereçados ao Ministério dos Transportes, até o dia 14 de março de 2016, no endereço: Esplanada dos Ministérios, Bloco "R". CEP: 70.044-902 - Brasília/DF.

Segundo o Ministério dos Transportes, Antonio Carlos Rodrigues, os interessados devem realizar estudos de mercado, de engenharia, ambientais e avaliação econômico-financeira.

A inclusão do trecho na concessão da BR-163 vem sendo discutida pela Associação Comercial e Empresarial de Santarém (Aces), prefeitura municipal e outros órgãos em audiências públicas, que já foram realizadas em Brasília (DF), Itaituba (PA) e em Sinop (MT).

Em junho de 2014, o prefeito Alexandre Von já havia solicitado ao ministro dos Transportes, em Brasília, a concessão rodoviária da BR-163 até o porto de Santarém. Na ocasião, o prefeito ressaltou a necessidade da concessão se estender até o município, por causa do grande fluxo de carretas transportando grãos de Mato Grosso.

Fonte: Blog do Jota Parente, 12/02/2016

O que fazer diante do golpismo da mídia?

Em função da crescente monopolização do setor, da sua perigosa fascistização e das próprias mutações em curso na área da comunicação, a questão do papel estratégico da mídia é hoje um dos temas mais debatidos em todo o planeta. Nos EUA, por exemplo, o presidente Barack Obama se recusou a dar entrevista a Fox, do “imperador” Rupert Murdoch, tratada como um “aparelho” do Partido Republicano. No Reino Unido, a “bolivariana” rainha Elizabeth aprovou uma lei duríssima contra as calúnias e difamações dos jornais privados. Já na América Latina, os governos progressistas tiveram que se defrontar com os barões da mídia, que substituíram os decadentes partidos conservadores nas suas campanhas de desestabilização política e econômica. A "Ley Resorte" da Venezuela, a “Ley de Medios” da Argentina e as novas Constituições da Bolívia e do Equador representaram momentos decisivos desta batalha comunicacional.

Já no Brasil, paraíso dos banqueiros, dos latifundiários e dos barões da mídia, o debate sobre o tema está interditado. A legislação que rege o setor é de 1962, antes da existência do satélite, da tevê a cores ou da internet. Neste longo período, 19 projetos foram elaborados para regulamentar o setor, inclusive pelos generais e pelo servil FHC, mas nenhum saiu do papel. A ditadura da mídia se impôs, esbravejando cinicamente pela liberdade de expressão. Os governos Lula e Dilma também não enfrentaram as aberrações deste setor e pagam um alto preço pela falta de coragem política. Na atual correlação de forças do Congresso Nacional – dominado pelas bancadas da bala e da bíblia, filhas pródigas dos monopólios midiáticos –, o debate sobre o tema ficou ainda mais difícil.

Mas o balanço da correlação de forças nunca deve servir para o acovardamento político, mas sim para a análise concreta da situação concreta e para definir as melhores estratégias de superação das adversidades. Com a mídia cada vez mais monopolizada e partidarizada não é apenas o governo Dilma que corre riscos; não é somente o ex-presidente Lula que sofre a desconstrução do seu legado. É a própria democracia que está em perigo; é o projeto de soberania e desenvolvimento que fica contido; é a luta dos trabalhadores pela superação da barbárie capitalista que esbarra em obstáculos intransponíveis. A batalha pela democratização da comunicação é hoje estratégica e não pode ser subestimada. E ela se dá em duas frentes, que se articulam e se complementam.

A primeira é por mudanças na legislação e nas políticas públicas que fragilizem os monopólios midiáticos e estimulem maior pluralidade e diversidades nos meios. A proposta da “lei da mídia democrática”, elaborada pelo Fórum Nacional de Democratização da Comunicação (FNDC), que congrega os principais movimentos sociais brasileiros, segue na ordem do dia. É uma bandeira de propaganda política que serve para pressionar o governo e o parlamento. Como fruto desta mobilização é possível conquistar, inclusive, algumas vitórias parciais. A lei do direito de resposta, aprovada pelo Senado e sancionada por Dilma, demonstra que isto é possível. Outras “pequenas” conquistas ajudam a reforçar a luta maior por um novo marco regulatório das comunicações no Brasil.

Ao mesmo tempo, é urgente fortalecer todos os veículos da mídia contra-hegemônica. Das rádios e tevês comunitárias, que continuam sendo perseguidas pelos poderes públicos, ao sistema público de comunicação e às novas formas de comunicação da era da internet. A imprensa sindical, com seus milhões de exemplares, a assessoria dos mandatos parlamentares, com sua estrutura mais profissional, e as centenas de blogs, sites progressistas e redes sociais jogam papel decisivo na atualidade no enfrentamento à mídia golpista. Eles não podem ser encarados como gastos, mas sim como investimentos na batalha de ideias, na luta pela hegemonia na sociedade. Os desafios estão lançados e são urgentes!

As razões da partidarização da mídia

O que explica tamanha radicalização da mídia na sua partidarização direitista? Afinal, os governos Lula e Dilma não promoveram transformações estruturais no Brasil, não afetaram os interesses econômicos das elites dominantes. No máximo, eles realizaram um “reformismo brando”, com alguns avanços sociais e a ampliação da democracia. Apesar da neurose dos “midiotas”, o país não tem nada de “bolivariano” e, muito menos, de socialista. Os ricos seguem ganhando muito dinheiro – que o digam os três filhos de Roberto Marinho, que figuram no topo do ranking da revista Forbes como os maiores bilionários brasileiros. Eles também mantêm seus privilégios, suas contas secretas em paraísos fiscais e a sua sonegação criminosa de imposto – inclusive os barões da mídia.

O ódio visceral dos barões da mídia têm razões políticas e econômicas. Ele já se manifestou em outros momentos da história do Brasil – como na cruzada que levou ao suicídio do “trabalhista” Getúlio Vargas, na campanha contra o “desenvolvimentista” Juscelino Kubitschek ou no golpe militar que derrubou João Goulart em 1964. A chamada “grande imprensa” nunca aceitou governos comprometidos com os anseios populares e com o projeto de desenvolvimento da nação – mesmo os oriundos de dissidências na burguesia. Ela sempre se comportou como um instrumento partidário da oligarquia mais reacionária, egoísta e entreguista. Daí sua histórica defesa do receituário ultraliberal, sua satanização dos movimentos sociais e seu doentio complexo de vira-lata diante dos EUA.

No caso do ex-presidente Lula, a este fator político é preciso acrescentar uma razão de classe. Os barões da mídia nunca toleraram a chegada ao Palácio do Planalto de um retirante nordestino, peão e líder grevista. Na sua mentalidade escravocrata, o trabalhador é para trabalhar. Não é para pensar e muito menos para governar um país da dimensão do Brasil. Para eles, é natural – quase sagrado – que FHC frequente a mansão de um “amigo” em Paris e seja proprietário de um apartamento de luxo em Higienópolis; é justo que Aécio Neves use um jatinho oficial para dar carona para celebridades globais e que até construa um aeroporto na fazenda do seu tio-avô no interior mineiro. Já o peão não pode ter um apartamento na praia e nem um pedalinho ou canoa de metal. Já no caso da presidenta Dilma Rousseff, é preciso acrescentar a questão do machismo – tão presente na sociedade brasileira deformada pela mídia.

O fator político, porém, não é o único motivo da imprensa para a sua radicalização partidária. Os barões da mídia não dão ponto sem nó. Eles seguem com as suas fortunas, alienando os brasileiros e explorando a mão de obra barata de seus jornalistas – inclusive daqueles que chamam o patrão de companheiro. Mas eles percebem que seu modelo de negócios está em declínio, em decorrência da explosão da internet e da própria perda de credibilidade dos seus veículos. Muitos jornais já faliram ou tiveram quedas vertiginosas de tiragem. A Folha de S.Paulo, o maior diário do Brasil, despencou de um milhão para menos de 200 mil exemplares. As revistas estão em decadência, inclusive a asquerosa “Veja”. As audiências da tevê derretem a cada dia. No ano passado, por exemplo, a TV Globo perdeu 7% do seu faturamento em publicidade. Diante deste cenário dramático, a eleição de um "governo-amigo" seria vital para reerguer o setor!