segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Furnas: Por que “não cola” a explicação de Aécio


Jornalista Kiko Nogueira, do Diário do Centro do Mundo, relembra que Aécio Neves "fez aliança com o PT durante o primeiro mandato lulista e criou uma relação de absoluta proximidade", o que derruba o argumento do senador tucano de que não teria influência para indicar Dimas Toledo para a diretoria de Furnas, onde é acusado de ter comandado um esquema de propina.

Presidente do PT diz que "sem provas, querem converter Lula em vilão"

Eles já sabem que Lula concorrendo, não tem pra ninguém

Presidente nacional do PT, Rui Falcão, fez duras críticas nesta segunda-feira, 8, ao que chamou de "tentativa de linchamento político e moral" contra o ex-presidente Lula.

"Nunca antes neste País um ex-presidente da República foi tão caluniado, difamado, injuriado e atacado como o companheiro Lula", afirmou.

"Inconformado com sua aprovação inédita ao deixar o governo, o consórcio entre a oposição reacionária, a mídia monopolizada e setores do aparelho de Estado capturados pela direita quer convertê-lo em vilão", disse Rui.

Para ele, escalada de denúncias contra Lula objetiva apenas inviabilizar sua candidatura em 2018.

O nobel que a grande mídia escondeu

Só porque ele se recusou a entrar no debate sobre impeachment

"Mobilizada por sua pauta única - alimentar o impeachment de Dilma Rousseff -, a maioria dos veículos de comunicação do País perdeu o interesse pela visita do Prêmio Nobel da Paz Kailasch Satyarti depois que, diplomaticamente, ele se recusou a entrar no debate sobre a saída da presidente", destaca Paulo Moreira Leite, editor do 247 em Brasília.

"Estudando os programas sociais brasileiros há mais de duas décadas, Kailasch é um especialista em trabalho infantil que não se cansa de elogiar os progressos do Brasil nesta área", acrescenta o jornalista.

Delírio do peguem o Lula é insano!

Que absurdo: Lula queria bibliotecas!


O Conversa Afiada reproduz serenas observações do Fernando Brito:

O delírio do “peguem o Lula” perdeu qualquer restinho de sanidade.

A Folha, no clima de “vale tudo, hoje é Carnaval”, lança hoje mais uma surpresa, destas que nos tempos da minha avó a gente poderia atribuir aos efeitos dos lança-perfume.

“Uma lei assinada pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva em maio de 2010 estimulou uma nova linha de negócios de um dos donos do sítio frequentado pelo petista em Atibaia (SP)”

Aí você descobre que a tal lei (o jornal não especifica, mas a gente faz isso aqui: é a Lei 12.244/10), que obrigava, num prazo de dez anos, todas as escolas públicas a terem – vejam que absurdo! – uma bi-bli-o-te-ca!

A lei, formalmente proposta em 2003, pelo deputado tucano Lobbe Neto, teria um “gato” para beneficiar Jonas Leite Suassuna Filho, que tem negócios com um dos filhos de Lula: a inclusão da expressão ” “em qualquer suporte” para a contagem, ao lado de livros e vídeos, do número de títulos por aluno, que deveria o índice “estratosférico” de um por aluno matriculado!

A suposta “novidade” seria para beneficiar Jonas, que publica livros físicos e também em plataformas virtuais. E, aliás, é um dos principais fornecedores da Fundação Roberto Marinho, das Organizações Globo! E não consta que outros editores não estejam entrando ou não possam entrar num tipo de atividade que até o Cego Aderaldo vê que vai crescer.

Bem, isso não vem ao caso.

Voltemos, portanto, ao específico, para ver que o texto da Folha é um amontoado de sandices.

O relator do projeto no Senado, última etapa de sua aprovação, é quem acata ou rejeita emendas e era ninguém menos que Cristóvam Buarque, que até as pedras sabem ser ferrenho opositor de Lula, desde que foi demitido do Ministério da Educação.

E Cristóvam reclamou apenas de duas coisas no projeto: da demora em ser aprovado e do prazo de dez anos para o cumprimento da exigência.

A matéria é um delírio.

Basta uma consulta ao projeto original do deputado tucano para ver que lá já se previa como integrantes das bibliotecas, “coleção de livros, materiais videográficos e documentos congêneres destinados a estudo, consulta ou leitura recreativa”. Livro virtual é documento congênere, pois não? Aliás, se não houvesse a expressão “qualquer suporte”, não valeriam os livros infantis em CD ou DVD, preferidos pela criançada e muito mais adequados para as atividades coletivas de leitura e interpretação, por desobrigar de ter um exemplar para cada aluno.

E as enciclopédias teriam de ser em papel, como as minhas pobres Delta-Larrousse e Barsa, que preservo naquelas altíssimas prateleiras do guarda-roupas, porque me falta estante para a casa e casa para as estantes….

Aliás, bastaria o uso do bom-senso para lembrar que, em 2003, o acesso e o uso da internet não era 10% do que já se fazia em 2010 e muitos de nós ainda ouvíamos aquele barulhinho esquisito da conexão sendo estabelecida por linha discada, recordam? A Folha deve ter esquecido do “detalhe”.

Pior ainda: a possibilidade de negócios editoriais aberta pela lei não foi ampliada pelas modificações do projeto, mas reduzida. É que o projeto original tucano previa quatro títulos por aluno e não apenas um, como ficou no texto final. Pouco, porque na justificação, Lobbe Neto argumenta que a “proporção proposta pela Associação Americana de Bibliotecas (USA), é de dez livros por aluno”.

Por fim, a malícia de dizer que a lei foi “assinada” por Lula. O que deveria fazer o então presidente, vetá-la depois de aprovada pelo Congresso?

O furor acusatório contra Lula chegou às raias da loucura: canoa, pedalinho e, agora, bibliotecas escolares.

O que essa Lava Jato lavou mesmo, parece, foram as cabeças: lavagem cerebral coletiva, em escala nacional.

Fonte: Conversa Afiada, 07/02/2016

Eles não têm e nem terão provas do envolvimento de Dilma na corrupção


Antônio Roberto Espinosa, professor de Relações Internacionais da Unifesp e Dilma Rousseff, presidente da República

Poucas pessoas conheceram tão bem e tão de perto Dilma Vana Rousseff quanto Antônio Roberto Espinosa. Além de ser seu chefe na VAR-Palmares, organização a que ela aderiu ao fundir-se com a COLINA (Comando de Libertação Nacional), em 1968, ele era o melhor amigo de seu namorado e também dirigente nacional da organização clandestina, Carlos Araújo, conhecido por Max.

Em entrevista exclusiva ao 247, o hoje Professor do Curso de Relações Internacionais de Teoria do Pensamento Político da Escola Paulista de Política e Negócios da Unifesp conta que a imagem que a mídia tenta fazer da presidente, de que seria burra, não condiz com a realidade, já que na VAR ela era considerada intelectual demais, inclusive por Lamarca que se referia a ela como "teoricista".

Ele também conta que Dilma sempre foi correta com dinheiro, o que constatou quando tanto ela, quanto ele trocaram por moeda brasileira o montante de 1,5 milhões de dólares arrecadados com o roubo do cofre do Adhemar.

Espinosa afirma que o golpe, do qual a maioria do STF desembarcou, não deu certo porque seria necessário encontrar alguma culpa direta da presidente que até agora não foi e não será encontrada "porque ela não é néscia para entrar em esquemas e não precisa disso". Nem Max nem Dilma almejam, disse ele, passar um fim de semana de luxo e sim "entrar para a história".

Para ele uma parte da Procuradoria, Polícia Federal, do setor do Judiciário, de setores empresariais preteridos em concorrências públicas da mídia e alguns ministros do Supremo fazem parte de um grupo que querem tirar o mandato de Dilma. Parte do PSDB, do DEM, do PSB e também do PMDB está envolvida nisso. Eles têm dificuldade de concretizar o impeachment porque não conseguiram provas de envolvimento Lula e nem da Dilma. 

Ele também vê a Dilma como uma estranha no PT, diz que ela foi uma candidata circunstancial na falta de um nome. Um pouco antes ela assumira a Casa Civil e não foi néscia, burra, de continuar na linha que estava fazendo água. Nem ao Lula interessava que a Casa Civil fosse envolvida nisso. Ela não participou de esquemas. Estranha no ninho no universo eleitoral. Estranha no ninho no PT, na política também porque é mulher. 

Portanto, os golpista, eles não têm e não terão provas de envolvimento da Dilma em atos de corrupção.

Brasileiro da OMS diz que dengue é mais grave que chikungunya e zika juntos


Integrante do comitê de especialistas da OMS (Organização Mundial de Saúde), o virologista brasileiro Pedro Vasconcelos diz que "todos os países hoje sendo anunciados com zika também têm dengue e chikungunya. Há perda global da espécie humana para a espécie Aedes aegypti”.

Segundo ele, a principal questão deveria ser a crise da dengue: "A OMS estima a ocorrência de 300 milhões de infecções por dengue por ano, das quais 100 milhões com sintomas. Aproximadamente 50 mil doentes morrem por ano. A dengue é negligenciada. Parece banalizada no mundo todo. Mas é mais grave que chikungunya e zika juntos".

Siglas contestam lei que pode tirar Russomanno e Crivella das eleições

Porque querem os partidos livres para negociações, muitas vezes espúrias

Dirigentes de ao menos 33 partidos vão ao Supremo Tribunal Federal, logo após o Carnaval, contra resolução da Justiça Eleitoral que proíbe as agremiações de lançarem candidatos a prefeito e a participarem de alianças em cidades onde não haja diretório municipal registrado, segundo a colunista Natuza Nery.

Em São Paulo, o PRB de Celso Russomanno, líder nas pesquisas para a prefeitura, está cadastrado na Justiça Eleitoral com uma comissão provisória, o que inviabilizaria a candidatura; o mesmo acontece com o PRB no Rio, onde o partido trabalha para lançar o senador Marcelo Crivella à sucessão do peemedebista Eduardo Paes.

Detalhe, os partidos deveriam ser o que diz diz a lei, espaços de organização, discussão e formação política, mas os dirigentes nacionais e estaduais preferem nomear, ao sabor dos ventos, na maioria dos casos, as chamadas comissões provisórias, para ter sempre "o partido na mão" e, ainda usá-los para negociações espúrias.

Portanto, a medida tomada pelo Supremo pode ajudar na moralização política do País.  

domingo, 7 de fevereiro de 2016

Constatação

PF suspeita que D. Marisa comprava presunto em vez de mortadela na padaria em Atibaia

Totonho

Para ombudsman, Folha protege Aécio na Lava Jato


Jornalista Vera Guimarães Martins, ombudsman da Folha de S. Paulo, criticou neste domingo, 7, a falta de destaque do jornal à declaração do lobista Fernando Moura, de que o senador Aécio Neves, presidente do PSDB, recebia um terço do esquema de propinas montado em Furnas.

"A citação ao tucano apareceu com maior ou menor destaque na capa dos grandes diários, mas não deu as caras na "Primeira Página" da Folha", criticou.

Vera lembra que o senador tucano é o maior líder da oposição, "e nessa condição tem sido crítico contundente do governo petista a cada revelação trazida pelas investigações" e recomenda ao jornal dirigido por Otávio Frias Filho que "leve em conta as mudanças no país"

Quanto custa a caçada a Lula?


247 – O jornalista Paulo Nogueira, do Diário do Centro do Mundo, cobra transparência da Operação Lava Jato sobre os custos da investigação, que vêm sendo pagos pelo contribuinte. "Essa cobrança é ainda mais urgente quando se vê como está sendo gasto o dinheiro público", escreve ele em um texto publicado neste sábado 6.

"Quanto está custando a investigação em torno do já anedótico Sítio do Lula? Quantos agentes estão dedicados a essa tarefa? Quantos burocratas estão envolvidos? E então você vê uma canoa de 4 000 reais virar notícia. Ou seja: um ou mais policiais foram vasculhar lojas em busca de coisas ridículas como esta. Quanto custou isso?", questiona.

Ele pergunta ainda "quanto foi gasto na investigação sobre o apartamento" no Guarujá, que o Ministério Público Federal aponta ser de Lula, mas que o ex-presidente já negou. "Como tudo na vida, uma operação da Polícia Federal deve ter tempo para começar e tempo para terminar. Não pode prolongar-se até sabe-se lá quando. E deve obedecer também a orçamentos", defende Nogueira.