segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

O perdão é uma qualidade dos fortes

Como a mídia vai tratar a propina da época do FHC denunciada por Cerveró?

Dará a mesma ênfase que dá quando a denúncia é contra governos petistas?

A notícia mais relevante deste início de 2016 é a delação premiada de Nestor Cerveró, em que ele aponta uma propina de US$ 100 milhões (ou "um Barusco") numa operação polêmica fechada pela Petrobras, no apagar das luzes do governo FHC.

À época, engenheiros da Petrobras já falavam em sobrepreço de US$ 300 milhões. Pelas redes sociais, FHC se revoltou com o que chamou de "afirmações vagas", mas não custa lembrar que a delação de Cerveró pode ser apenas o princípio de uma investigação. 

Além disso, Cerveró cresceu sob as asas de Delcídio Amaral, que já foi filiado ao PSDB, tendo sido nomeado diretor no governo FHC. Para completar, o operador Fernando Baiano conheceu Cerveró pelas mãos de Gregório Marin Preciado, parente de José Serra que já foi arrecadador de recursos para o PSDB. 

A isenção e o rigor investigativo da imprensa serão testados.

domingo, 10 de janeiro de 2016

Prioridade do PT é 2016 é reeleger Fernando Haddad como prefeito de São Paulo


O PT já definiu sua meta mais estratégica para 2016: trata-se de garantir a reeleição do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad.

Embora Celso Russomano, do PRB, lidere as pesquisas, a direção do PT avalia que a grande adversária será a ex-prefeita Marta Suplicy, que trocou o PT pelo PMDB.

Nos últimos meses, Haddad ganhou pontos com o eleitorado mais jovem com políticas urbanas modernas como as ciclovias e o estímulo ao transporte público. Sua aposta mais recente é a eleição direta de subprefeitos, tese contestada tanto por Marta como por adversários no PSDB.

O PT sabe que a reeleição é difícil, mas não a considera impossível.

Ministério Público Federal vê Nardes como chefe de esquema de corrupção


Ministro do TCU que capitaneou o voto contra a presidente Dilma Rousseff na questão das 'pedaladas fiscais' é apontado pela Procuradoria da República como "mentor" das atividades de lobby da Planalto Soluções, uma das empresas investigadas na Operação Zelotes.

Para o MP, embora negue, Nardes continua sócio da empresa e se vale da posição de ministro do TCU para praticar condutas que extrapolam as atribuições do cargo. Segundo a Zelotes, a Planalto recebeu R$ 2,5 milhões, entre 2011 e 2012, da SGR Consultoria, uma das principais suspeitas de pagamentos a conselheiros do Carf.

As anotações indicam que o "tio" de Carlos Juliano, que para os investigadores é uma referência ao ministro do TCU, recebeu R$ 1,6 milhão na mesma época. Nardes já foi citado como destinatário de R$ 1,8 milhão para colaborar na anulação, pelo Carf, de R$ 150 milhões em dívidas da RBS, afiliada da Globo no Rio Grande do Sul, terra do ministro.

Tem que vazar a íntegra do Wagner!

Por que só um pouquinho? Porque não tem nada dentro!


Sugestão da Dona Mancha

O Conversa Afiada reproduz considerações afiadas do amigo navegante Walter Bom Braga :
Por que a mídia só vazou que o Jaques Wagner estava no celular da empreiteira mas não vazou o conteúdo? Já o conteúdo da conversa com Cunha foi vazado.

Por que a denúncia contra Aécio Neves ocorreu em Junho de 2014 e só vazou na forma de uma tímida nota ?

Está claro que existe um movimento seletivo, que tem acesso as informações privilegiadas, e escolhe as que são contrários aos alvos políticos da mídia.

Certamente a mídia não vazou o conteúdo da conversa de Jaques Wagner porque não era nada demais: preferiu só vazar o ocorrido para deixar em suspense os golpistas, para fazer sensacionalismo de oposição.

Se fosse alguma coisa grave ou comprometedora certamente teria sido vazada na íntegra como vem ocorrendo com Eduardo Cunha.

Este se tornou inimigo recente da mídia, pois contaminou o golpe, com suas graves acusações de corrupção. A mídia o elegeu alvo, para descontaminar o golpe da imagem de Eduardo Cunha.

Só no Brasil que se combate corrupção estimulando a corrupção, pois comprar informações sigilosas de agentes públicos, com finalidades políticas é corrupção, praticada escandalosamente pela mídia sem que ninguém seja preso por isso.

A Lava Jato deveria se chamar Vaza Jato.

Mas só de quem vem ao caso.

Fonte: Conversa Afiada, 09/01/2016

sábado, 9 de janeiro de 2016

O Brasil está dividido entre quem tem medo de Lula e quem tem esperança nele


Para o sociólogo e colunista do 247 Emir Sader, "desde que mudou o país, trazendo crescimento com distribuição de renda e controle da inflação, recuperando o papel do Estado e retirando milhões de brasileiros da pobreza e da miséria, o ex-presidente Lula é alvo de toda artilharia possível da direita, para acumular suspeitas em busca da rejeição do povo ao ex-presidente".

"Já terminaram com a reeleição – como já tinham feito uma vez -, contra o Lula, diminuíram o tempo de campanha, pelo pânico do Lula falando para todo o país", afirma.

Para Emir, o Brasil está dividido entre quem tem medo do Lula e que tem esperança nele.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Saída de Álvaro Dias é o começo da implosão tucana?


Aparentemente, há projetos presidenciais demais para um único PSDB, hoje dominado pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG). Seu colega Alvaro Dias foi o primeiro a puxar a fila, trocando o ninho tucano pelo PV, mas há ainda duas dissidências no forno, o senador José Serra (PSDB-SP) pode migrar para o PMDB e o governador Geraldo Alckmin namora o PSB.

A fragmentação da direita pode ser um bom cenário para a esquerda em 2018, seja com Lula, seja com Ciro Gomes.

Por trás dos vazamentos seletivos

Existem ações políticas na Polícia Federal para desgastar o Governo Federal. O outro fato é que eles não estão nem aí com o seu superior hierárquico


Segundo o colunista do 247 Héio Doyle, o vazamento de informações "é um dos instrumentos utilizados pelos oposicionistas e seus aliados no Judiciário, no Ministério Público, na Polícia Federal e na imprensa para cumprir o objetivo de desgastar e inviabilizar o governo e criar um ambiente favorável ao afastamento da presidente".

O jornalista aponta, no entanto, "interesses menores" por trás, como o prestígio com os jornalistas ou "o vazamento em troca de dinheiro". Doyle defende que "apurar todas as denúncias de corrupção é fundamental", mas alerta que "essa investigação não pode ser seletiva nem ter fins políticos e partidários, com vazamentos direcionados e manipulados".

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, mandou a PF apurar vazamentos de mensagens envolvendo ministros do governo.

Fonte: Brasil 247, 08/01/2016

'PMDB é uma gangue que quer o impeachment para controlar a PF'


Jornalista Gilberto Dimenstein afirma que, ao ler reportagem "com diálogos tirados de um celular do ex-presidente da OAS, você sai com a sólida suspeita de que o PMDB não é um partido. Mas uma gangue. 

E suspeita ainda de mais uma coisa: a motivação desse pessoal com o impeachment não é conquistar a presidência. Mas a PF. Para evitar ir para a cadeia".

A matéria aponta pressão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, a Léo Pinheiro, da OAS, por doações a políticos.

Celular da OAS revela um câncer: doação privada


As mensagens de SMS do celular de Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, revelam como o financiamento empresarial de campanhas políticas, abolido em 2015 por decisão histórica do Supremo Tribunal Federal, levou à metástase o sistema político brasileiro.

As mensagens apontam, por exemplo, que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), fez 27 pedidos a Léo Pinheiro e o executivo da OAS, por sua vez, fez 26 solicitações ao deputado. Numa das mensagens, Cunha diz que Moreira Franco (ex-ministro da Secretaria da Aviação Civil) conseguiu levantar "5 paus" para o vice Michel Temer.

A OAS, concessionária do Aeroporto de Guarulhos (SP), aparentemente, gostava dessa relação de troca, pois quando o PT começou a defender o fim do financiamento privado, Léo Pinheiro protestou: "Ficou louco. Isso é hora de demonizar empresário?".