sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

O que virá depois do ano da autoflagelação?

Vamos unir nossas forças e colocar o Brasil acima de nossas vontades individuais e superar a crise

Num ano marcado pelo acirramento das disputas políticas, como a continuação de uma corrida eleitoral que deveria ter terminado em 2014, a colunista do 247 Tereza Cruvinel destaca que 2015 foi o ano da "autoflagelação": "Nunca todos se esforçaram tanto para chicotear o próprio país", afirma.

"O governo cometendo erros políticos e econômicos seguidos, a oposição tomando os mais nefastos caminhos em busca de sua oportunidade de poder, o mercado apostando alto na piora de tudo, os empresários céticos, os trabalhadores apáticos e, para completar, esta corrente de intolerância que vai tomando ares cada vez mais fascistas", diz.

Para 2016, que se inicia hoje, ela faz um apelo: "Se todos pensarmos em sair disso em 2016, quem sabe? Todos ganharemos. Vamos tentar"; e aí, você topa?

Dilma: 'Brasil é maior que interesses individuais'


Por meio de suas redes sociais, a presidente Dilma Rousseff desejou um feliz 2016 aos brasileiros; Dilma disse que 2015 foi um ano difícil, mas afirmou esperar que o ano que se inicia será melhor, com a retomada dos ajustes nas contas públicas: "Acredito na força do nosso povo e na agenda que traçamos para o Brasil. #Feliz2016", disse.

A presidente destacou que 2016 será importante para o Brasil, uma vez que serão realizados os Jogos Olímpicos e, sem citar nomes, atacou a oposição, que pede seu impeachment: "O Brasil é maior do que interesses individuais e de grupos. Por isso devemos nos empenhar no essencial: um País forte para todos os brasileiros".

2015: o ano em que Cunha sequestrou o parlamento

Ele e seus comparsas atingiram gravemente a economia brasileira, estimularam o ódio e quase afundaram o Brasil
 

O roteiro amargo de 2015 foi definido no primeiro dia de fevereiro deste ano, quando o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) se elegeu presidente da Câmara dos Deputados; a partir dali, com apoio da oposição liderada pelo PSDB e dos setores mais conservadores da mídia, ele colocou em marcha um projeto de implosão política e econômica do País.

Com suas pautas-bomba, fez a aposta no 'quanto pior, melhor', em sintonia com o PSDB; com a ameaça permanente de impeachment, deflagrado no fim do ano, drenou as energias do governo para o embate político.

Depois de descobertas suas movimentações financeiras na Suíça, Cunha termina 2015 enfraquecido, mas ainda age e fala como se nada tivesse acontecido.

Feliz Ano Novo!

Feliz Ano Novo!



             Bem-vindo 2016

quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Mosqueiro, distrito de Belém, com 27 mil habitantes, deve receber no Ano Novo cerca de 570 mil pessoas

Mesmo com a crise e recessão alardeada pela Globo, estão programados shows musicais para receber mais de meio milhão de pessoas 

Cerca de 600 mil pessoas devem participar das comemorações do Ano Novo em Mosqueiro. O número foi divulgado pela Polícia Militar e Agência Distrital de Mosqueiro. Dois palcos serão montados na ilha. Um ficará na Praça Matriz e o outro na Praia do Chapéu Virado. 
Foto: Oswaldo Forte (Comus)

A programação para o Ano Novo contará com shows musicais das bandas 'Cachorro na Folia' e 'Algo Mais' no coreto da Praça Matriz. Na Praia do Chapéu Virado, os shows ficam por conta da banda 'ARK' e de Jorginho Gomes. 

'Além de meu trabalho autoral, voltado para a música dançante paraense, vou apresentar as músicas que fizeram sucesso em várias épocas', diz o cantor Jorginho. 'Brega, lambada e merengue não vão faltar durante o evento. Além de muito agito e diversão, pois isso é a característica principal do meu trabalho', completou.

As atrações começam a tocar às 21h. À meia-noite haverá show pirotécnico na Praça Matriz e no Chapéu Virado. 

A segurança no distrito será garantida por policiais civis e militares, além de 50 homens da Guarda Municipal. Serão usadas três viaturas e 10 motos. A Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob) contará com dez agentes de trânsito, três viaturas e três motos para a operação de trânsito na ilha.


A limpeza das ruas e praias de Mosqueiro será feita por homens da Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan). Seis caçambas, três pás carregadeiras e 30 homens atuarão na área. Banheiros químicos serão instalados em diversos pontos da ilha.

Fonte: ormnews, 30/12/2015

130 mil passageiros passarão pelo Aeroporto de Brasília até 4 de janeiro

Se acrise é tão grande como a Globo diz por que aumentou o números de passageiros?

O maior fluxo de passageiros acontecerá em 3 de janeiro, quando o terminal concentrará mais de mil pousos e decolagens

Brasilienses que retornarão para o Distrito federal entre 3 e 4 de janeiro devem ficar atentos. Segundo levantamento da Inframerica, empresa que administra o Aeroporto de Brasília, 130 mil passageiros devem passar pelo Terminal brasiliense na volta do recesso. O maior fluxo de passageiros acontecerá em 3 de janeiro, quando o terminal concentrará mais de mil pousos e decolagens.

A Inframerica prevê que, entre 10 de dezembro de 2015 e 10 de janeiro de 2016, 1,87 milhão de passageiros passem pelo aeroporto. A previsão é que o fluxo de viajantes seja 5% maior que no ano passado. A previsão para o período é de 15,4 mil pousos e decolagens.

Fonte: Correio Braziliense, 31/12/2015

Os coxinhas precisam conhecer a história e nela se fundamentar

Propina a Aécio levou seis meses para vazar

Nassif: a Lava Jato só ataca um lado
(Imagem: Fábio Sexugi: "Minha sugestão à Veja para sua próxima capa")

O Conversa Afiada reproduz artigo de Luis Nassif:
Há duas maneiras de ler a Lava Jato: pelas manchetes e pelas entrelinhas.

Já que as manchetes são óbvias, vamos a uma releitura através das entrelinhas do que saiu publicado nos últimos dias.

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O repórter policial da Folha, Frederico Vasconcellos, divulgou trechos de um trabalho de Ségio Moro de 2004, sobre a Operação Mãos Limpas, da Itália. Já havia sido divulgado e analisado no Blog há tempos. Como é repórter policial, restringiu-se aos abusos para-legais analisados por Moro na Mãos Limpas, e vistas por ele como imprescindíveis para a Lava Jato. Tipo, em linguagem policial: tem que manter o suspeito na prisão o máximo de tempo possível afim de que ele abra o bico.

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Mais sofisticado, o colunista Mário Sérgio Conti aborda outros ângulos do trabalho, exaustivamente discutidos no Blog. Um deles, o uso desabusado da imprensa, através do vazamento de notícias visando comandar a pauta.

Aborda também os aspectos geopolíticos da cooperação internacional - a rede internacional de autoridades de vários países, montada inicialmente para o combate à narcotráfico e ao terrorismo e, depois, estendida para outras atividades ilícitas, sob controle estrito das autoridades norte-americanas.

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Aqui, mostramos claramente que a cooperação internacional tornou-se uma peça da geopolítica norte-americana, visando impedir concorrência desleal de empresas de outros países contra as americanas.

Conti faz uma baita ginástica para a conclusão óbvia: na cooperação internacional, os Estados Unidos entram com motivação econômica. O óbulo: "Para os toscos, é um garrote vil do imperialismo norte-americano". Para ele, que é sofisticado, "a corrupção beneficia as burguesias locais, mormente (sic) de países periféricos, em detrimento da classe dominante do Império". E justifica como um gesto de auto-defesa dos EUA – aquele país cujas ferramentas de espionagem não pouparam sequer presidentes de nações amigas.

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Pelo conteúdo, o artigo foi montado em cima de entrevistas com membros da Lava Jato, que admitem o jogo. Segundo eles, "admite-se que a motivação americana (e não apenas ela) tem boa dose de mercantilismo". Mas, no frigir dos ovos, acreditam que seja benigna, pois "ajuda o Brasil a resolver seus problemas".

A maneira como as corporações norte-americanas instrumentalizam suas instituições torna o Brasil um peixe fácil. É para ajudar o Brasil a resolver seus problemas que a Lava Jato tratou de criminalizar financiamentos à exportação de serviços, que o MPF tenta a todo custo envolver o BNDES e espalhar suspeitas sobre ações diplomáticas na África.

Nem se culpe juiz, procuradores e delegados. Eles apenas se valem de forma oportunista da fragilidade institucional brasileira, da visão rala de interesse nacional, de uma presidente politicamente inerte e de um Ministro da Justiça abúlico para ocupar espaços.

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A manipulação da mídia ficou clara em um episódio ocorrido ontem. Nos depoimentos, qualquer menção a Lula é vazado no mesmo dia.

Ontem, o repórter Rubens Valente, da Folha - que não pertence ao circuito mídia-Lava Jato - levantou o depoimento de um delator apontando propinas a Aécio Neves. É de junho passado. Passou seis meses inédito.

No período da tarde, a Lava Jato tratava de vazar correndo outro depoimento, indicando pagamento de propinas ao presidente do Senado Renan Calheiros, a um senador da Rede, Randolfo Rodrigues.

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Todo dia o procurador Deltan Dallagnol aparece em sua campanha pelos 10 pontos a serem alterados na lei para combate à corrupção.

Se fosse uma campanha efetivamente isenta, o 11º ponto seria a obrigação do Procurador Geral da República e do Supremo Tribunal Federal (STF) de abrir os dados em relação a todo pedido de vista ou todo inquérito engavetado. E de se criar formas que impeçam o uso político do vazamento seletivo de inquéritos.

No STF, o ex-Ministro Ayres Britto engavetou por dez anos, sem nenhuma explicação, o inquérito sobre o mensalão mineiro. Tinha que apresentar em uma sessão, foi tomar um café no intervalo, e na volta simplesmente deixou de falar sobre o inquérito.

Do mesmo modo, desde 2010 dorme na gaveta do PGR um inquérito contra Aécio Neves, acusado de ter conta no paraíso fiscal de Liechtenstein em nome de uma offshore. Como o próprio Procurador Geral observou, na denúncia contra Eduardo Cunha, o uso de offshores visa esconder a verdadeira identidade dos titulares da conta. E se visa esconder, é porque o dinheiro é de procedência duvidosa.

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De fato, o país precisa ser passado a limpo. E a Lava Jato tem feito um trabalho completo de desvendar as maracutaias de um lado. Mas esconde e blinda os malfeitos do outro lado.

Se ataca só um lado - a ponto de deixar por um fio o mandato de uma presidente inerte - e poupa o outro, é evidente que instrumentaliza o combate à corrupção em favor de interesses corporativos e políticos.

Essa hipocrisia não pode perdurar muito, ainda mais em um ambiente de redes sociais.

Fonte: Conversa Afiada, 31/12/2015

Para um bom entendedor, meia palavra basta