quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

PSDB volta aos braços de Cunha sem cerimônia


"O PT ganhou na loteria com a abertura do processo de impeachment da presidenta Dilma em meio à discussão sobre a cassação do mandato de Eduardo Cunha. O PSDB, que chantageou Cunha, volta aos seus braços sem nenhuma cerimônia. Agora, o PSDB é Cunha".

Todos os governadores do Nordeste dizem NÃO ao golpe contra Dilma


De forma unânime, os governadores do Nordeste contestaram a tese de impeachment lançada por Eduardo Cunha, réu por corrupção e lavagem de dinheiro, com apoio do tucano Aécio Neves, derrotado nas últimas eleições.

Em nota, os governadores Rui Costa (PT–BA), Ricardo Coutinho (PSB–PB), Flávio Dino (PCdoB–MA), Paulo Câmara (PSB–PE), Robinson Farias (PSD–RN), Camilo Santana (PT–CE), Wellington Dias (PT–PI), Jackson Barreto (PMDB–SE) e Renan Filho (PMDB–AL) manifestam repúdio ao que chamam de "absurda tentativa de jogar a Nação em tumultos derivados de um indesejado retrocesso institucional".

'Cunha desmoraliza o processo de impeachment'


"Eduardo Cunha ter aceitado o pedido de impeachment da presidente Dilma depois de o PT ter anunciado que votaria contra ele no Conselho de Ética é a desmoralização total deste processo. 

A oposição vai fazer de tudo para tirar essa marca, mas para Dilma não poderia haver um melhor cenário para que essa disputa se iniciasse".

A avaliação é do jornalista Renato Rovai. Segundo ele, "Dilma, seu partido e seu governo terão todas as condições de demonstrar que isso só está acontecendo porque o presidente da Câmara quer se vingar por não ter tido do PT o aceite da chantagem que tentou operar".

Para Jarbas Vasconcelos, 'Impeachment é fruto de chantagem fracassada'



O deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB) disse que a abertura de processo de impeachment anunciada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), contra a presidente Dilma Rousseff é resultado do fracasso generalizado do dirigente.

"Ele tentou chantagear a Oposição não conseguiu e partiu forte para cima do Governo e do PT querendo a mesma coisa e fracassou, portanto, o processo em voga é fruto do fracasso generalizado", observou.

Jarbas disse que Cunha é um "chantagista cínico".

'Impeachment será barrado no STF e nas ruas'


O deputado federal Wadih Damous (PT-RJ) criticou a abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff por Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Para o deputado, Cunha oferece a abertura do processo à oposição do governo, em troca de votos no Conselho de Ética que analisa processo contra o presidente da Casa.

"Eu não tenho a menor dúvida de que o povo brasileiro não aceitará isso. Esse processo de impeachment será barrado aqui, será barrado nas portas dos tribunais, no Supremo Tribunal Federal, e será barrado nas ruas", disse ele em vídeo publicado nas redes sociais.

Cunha, sabedor de que enfrentará um processo de cassação, abre impeachment contra Dilma

Tal atitude foi uma resposta ao PT que votará contra ele na Comissão de Ética

Prestes a ser cassado por suas contas secretas na Suíça e também acusado de prestar favores ao BTG, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), decidiu aceitar no início da noite desta quarta-feira 2 o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff feito pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior e abraçado pela oposição.

Segundo Cunha, aceitação do pedido "tem natureza técnica" e o processo seguirá seu rito "normal, com amplo direito ao contraditório"; "Não era esse o meu objetivo", disse Cunha.

A decisão ocorreu poucas horas depois que a bancada do PT decidiu votar pela continuidade da ação que pede a cassação de Cunha no Conselho de Ética.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

PT decide votar a favor da cassação de Cunha

É a única forma de acabar com a chantagem no Congresso

Os três integrantes do PT no Conselho de Ética da Câmara - Zé Geraldo (PT-PA), Leo de Brito (PT-AC), e Valmir Prascidelli (PT-SP) - votarão a favor da continuidade da ação que pede a cassação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). "A posição de bancada é pela admissibilidade. O partido tomou essa decisão. Nós agora vamos seguir a decisão da bancada do partido. Já era uma tendência nossa", disse o deputado Zé Geraldo. A decisão foi anunciada após reunião da bancada do PT na Câmara agora há pouco.

O que esperar do PT?

Ser Churchill ou Chamberlain?

publicado 02/12/2015

O Conversa Afiada reproduz artigo de Breno Altman, extraído do Opera Mundi:

Hoje é um dos dias mais importantes da história do PT.

Se seus três representantes na Comissão de Ética da Câmara dos Deputados — Leo de Brito (AC), Valmir Prascidelli (SP) e Zé Geraldo (PA) — votarem pela continuidade do processo de cassação de Eduardo Cunha, como se espera, honrarão seu mandato e o compromisso histórico do partido com o povo brasileiro.

Mas se sucumbirem a supostas pressões para mudar seu voto, empurrarão o partido e o governo a uma das máximas de Winston Churchill: “entre a desonra e a guerra, eles escolheram a desonra, e terão a guerra.”

O ex-primeiro-ministro inglês se referia, com estas palavras, à decisão de seu antecessor, Neville Chamberlain, aliado ao governo francês, que optou por entregar os sudetos tchecos a Hitler, em 1938, no Pacto de Munique, apostando que iria pacificá-lo e evitar o confronto.

Não tenhamos dúvidas: salvar o pescoço de Cunha apenas adiaria o processo de impeachment na Câmara, para um cenário no qual o PT e a presidente Dilma estariam tão desmoralizados, exatamente pelo eventual socorro ao peemedebista, que ralas seriam as forças dispostas a combater o golpismo.

No caso, se perderia a honra e a guerra.

Fonte: Conversa Afiada, 02/12/2015

Agora é oficial: Janot e Cunha ferraram a Dilma!

Dr Janot, quem é mais perigoso: o Delcídio ou o Cunha?​

publicado 02/12/2015

O Governo Dilma não está diante de um impasse, mas de um vexame!

Não quer proteger o Cunha, mas não quer empurrá-lo para o abismo.

Se pudesse, lavava as mãos e dizia que isso é coisa do PT e do Legislativo!

Mas, ninguém ia acreditar nisso!

O Governo precisa do Legislativo para aprovar o Orçamento, a CPMF e continuar a governar.

Por isso, se submete à chantagem.

E se deixa levar por um raciocínio que não vai à esquina: se empurrar o Cunha, ele abre o impeachment e o Governo vai às favas.

Errado.

Primeiro, porque você pode prometer o céu ao Cunha, porque ele – a depender do e-mail que troca – sempre usará o impeachment como chantagem.

Não há como converter o Cunha ao Cristianismo.

Segundo, porque o impeachment com o Cunha, o Gilmar e o Pauzinho do Dantas não vai à esquina seguinte.

De novo, o Governo não faz o cálculo político, mas o pragmático.

Deixa o Cunha sentado na cadeira e a gente consegue aprovar o teto e a CPMF.

O Governo poderá até, mais tarde, aprovar o teto e a CPMF, mas, se pagar na íntegra o valor do resgate que o sequestrador pede, babau!

Governa mas não governa!

Governa, chega ao fim, mas sabe-se lá como!

E não adianta dizer que o Governo preservou a posição do PT e do Rui Falcão.

Se o Governo pagar o resgate ao Cunha, era uma vez PT!

E o Janot?

As fontes do Governo com que o Conversa Afiada conversou nessa manhã sinistra de quarta-feira, dizem as duas a mesma coisa: o Janot poderia ter tirado o Governo Dilma – que o indicou DUAS vezes – da forca!

Se o Delcídio foi preso porque poderia, solto, continuar a delinquir, e o Presidente da Câmara, que troca emails com banqueiro corruptor?

Um senador tem mais força que um Presidente da Câmara, Dr Janot?

Um senador entre 81 é mais perigoso que UM PRESIDENTE DA CÂMARA, Dr Janot?

Por que o Janot se omitiu?

Janot não vai ao Cunha como não vai a Furnas!

Porque o Aecím… bem, o Aecím é uma reserva (moral)!

E porque o Cunha tem serventia!

Deve ser por isso.

E o Cunha só vai cair depois que o fantasma do impeachment tiver seguido o do pai do Hamlet, rumo ao esquecimento!

Paulo Henrique Amorim

Fonte: Conversa Afiada, 02/12/2015

Destino de Cunha e do PT tem quatro cenários


A decisão dos deputados do PT que têm acento no Conselho de Ética - Léo de Brito, Valmir Prascidelli e Zé Geraldo - sobre votar contra ou a favor do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, na sessão desta quarta-feira 2, comporta quatro cenários, conforme aponta a colunista do 247 Tereza Cruvinel.

No primeiro, os petistas votam contra Cunha e, "sobrevindo o processo de impeachment, nem mesmo a oposição acha que o governo não teria os 171 votos para derrotar o pedido".

No segundo, o PT cede às pressões do governo e vota a favor, desgastando o partido e a presidente Dilma.

No terceiro, os votos do PT se dividem, com dois a favor e um contra.

Nor último, também se dividem, mas com dois contra e um a favor, o que resultaria em empate, cabendo ao presidente do colegiado, José de Araújo (PSD), a decisão final. "Para o PT, esta seria a melhor saída. Não poderia ser culpado nem pela salvação de Cunha nem pela abertura do processo de sua cassação", opina a jornalista.