domingo, 1 de novembro de 2015

Sob pressão, Richa desiste de fechar escolas

Em SP, PA, PR e onde governar o PSDB, na prática será contrário a mudanças sociais significativas

Diante da péssima repercussão que teve o anúncio do fechamento de 100 escolas públicas no Paraná, o governador Beto Richa cedeu ao apelo dos professores e de pais de alunos e recuou da medida.

O tucano pensou na estratégia para 'economizar' inspirado em seu correligionário Geraldo Alckmin, que, por ora, mantém promessa de fechar 94 unidades de ensino em São Paulo, que serão 163 segundo a Apeoesp.

O anúncio de Richa, porém, ainda gera desconfiança por parte da comunidade estudantil, pois, em nota no Facebook, ele diz ter determinado à secretária de Educação, Ana Seres Trento Comin, que sejam "retomados os critérios utilizados nos últimos anos para o planejamento e ensalamento de estudantes".

Boff defende Gilberto e critica "vale-tudo"


Nem tudo vale nesse mundo. Um testemunho veraz por Gilberto Carvalho
Por Leonardo Boff, em seu Facebook

Nem tudo vale nesse mundo. E Jesus morreu também para mostrar que nem tudo vale. Não vale a mentira, não vale a calúnia, não vale a má intenção que fabrica ilações sem fundamento.

Hoje parece moeda corrente simplesmente dizer que tudo o que vem do PT ou posui referência a ela, é sinônimo de corrupção, roubalheira e populismo.

Pelo fato de um punhado de membros do PT, violando suas bandeiras mais autênticas, se corromperam e prejudicaram o bem público, se toma esta parte podre pelo todo.

É injúria e injustiça daí generalizar que todos os membros desse partido são ladrões e bandidos. Se um filho de seis da família imaginária Barreto, honesta e trabalhadora e tida assim pelos vizinhos, tiver feito algum delito, não é legítimo e é ofensivo dizer que toda a família Barreto e todos os demais fihos são ladrões.

Na rua e nos supermercados lhe gritam – olhem o ladrão, olhem o corrupto. Pois assim algo parecido está ocorrendo com Gilberto Carvalho, ex-secretário da Presidência em dois governos do PT. Acresce ainda que o tal filho nunca roubou coisa nenhuma, foi apenas falsamente acusado. E essa falsidade se projeta ilegitimamente sobre toda a família.

Conheço Gilberto Carvalho do tempo dos estudos de teologia, da pastoral operária, na inserção nos meios mais lascados, indo morar numa perigosa favela de Curitiba como forma de solidariedade e se acercar aos mais excluídos da sociedade. Entrou para política por um imperativo ético de poder realizar os sonhos de justiça e libertação dos oprimidos.

Viveu sempre uma vida pobre e vive hoje modestamente, saindo apenas há pouco tempo do aluguel. Ele se transformou num amigo-irmão pelo sonho, pela mesma espiritualidade e busca da intimidade com Deus no meio da vida complexa e conflitiva que é o campo da política partidária. Se não saio em defesa do amigo, que tipo de amigo sou.

Testemunho com total sinceridade a inteireza de Gilberto e a forma severa e ética pela qual educou e acompanha os filhos e as filhas. Por isso me solidarizo com ele em sua dor pela calúnia que lhe foi imposta a ele e sua família.

A nossa certeza é que nada resiste à verdade. Ela com sua luz desmascara a falsa imputação. E Gilberto para quem a fé e a piedade possuem um lugar central em sua vida, sabe suportar,mesmo com dor, e no espírito das bem-aventuranças evangélias, as mentiras e falsificações forjadas como tropeço em seu caminho. E sairá engrandecido ele, e sua família. Assim o queira Deus e as pessoas que o cercam com amizade e carinho. Por isso transcrevo sua nota de auto-defesa- Lboff

Fonte: Brasil 247, 01/11/2015

Volkswagen busca reparar apoio à repressão na ditadura

01/11/2015
A Volkswagen é a primeira empresa a negociar uma reparação judicialmente por ter financiado ou participado ativamente da repressão à oposição política e ao movimento operário durante a ditadura militar no Brasil. Dirigente da matriz do grupo que esteve no Brasil neste mês a pedido do Ministério Público Federal (MPF) afirmou ao "Estado de S. Paulo" que a companhia busca um acordo com o órgão, que baseia sua ação nas investigações feitas pela Comissão Nacional da Verdade (CNV).

Segundo Manfred Grieger, diretor do departamento de Comunicação Histórica do Grupo Volkswagen, sua intenção ao participar do encontro no MPF, ocorrido em São Paulo no dia 14, era de entrar em contato com vítimas da ditadura militar brasileira e buscar mais informações sobre o relacionamento entre a Volkswagen do Brasil e as instituições brasileiras daquela época.

"Foi o início de uma discussão sobre como chegar a um acordo a respeito dessa questão", afirmou Grieger. "Uma ideia é talvez desenvolver um conceito de memorial em conjunto com outras instituições brasileiras, como sindicatos, e colocá-lo em prática. Queremos continuar as discussões para explorar os prós e contras a respeito dos próximos passos", disse, por e-mail, o diretor.

Desde 2014 Grieger recolhe informações e documentos sobre as acusações de apoio dado pela montadora ao regime. Quem se reuniu com ele foi o procurador regional dos Direitos do Cidadão, do MPF, em São Paulo, Pedro Antônio de Oliveira Machado.

"Queremos fazer um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta). O objetivo é que o dinheiro da reparação seja depositado no Fundo de Interesses Difusos ou usado para a construção de um memorial ou museu sobre o período", confirmou Machado.

Objetivo

Nas mãos de Machado e de seus colegas do MPF estão os documentos reunidos por dez centrais sindicais, associações, pesquisadores, por ex-integrantes da CNV e ex-operários da Volkswagen perseguidos pelo regime militar.

Os papéis foram entregues aos procuradores em setembro. Por meio de uma representação, eles pediam a abertura de um inquérito civil público a fim de que se apurasse "o quanto objetivamente contribuiu a Volkswagen do Brasil para a consecução das violações de direitos humanos noticiadas na representação".

Os sindicalistas queriam ainda que o MPF apurasse o grau de participação do corpo dirigente da empresa em cada violação, em especial "aos crimes de tortura perpetrados no interior de suas plantas industriais" e a "colaboração com os órgãos de segurança estatal, unidades militares e organizações sindicais patronais". Por fim, o grupo pediu que fossem investigados "benefícios obtidos pela empresa em razão da cumplicidade com o regime".

Entre os documentos apresentados pelos sindicalistas estão os relatos de que a montadora doou equipamentos - como modelos Fusca - para o Destacamento de Operações de Informações (DOI) do 2º Exército. Há documentos com o carimbo do Departamento de Segurança Industrial da empresa que foram enviados ao Departamento de Ordem Política e Social de São Paulo (Dops-SP) com detalhes sobre a atuação de operários, descritos como subversivos, em manifestações e greves.

Torturas

Há ainda cópias de cerca de 200 "boletins de ocorrência" feitos pela segurança da empresa e enviados ao Dops. Neles há relatos de operários surpreendidos pela Polícia Militar fazendo piquetes que, em vez de serem levados à delegacia, eram conduzidos pela PM para a fábrica da empresa em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, para serem identificados e interrogados. Há ainda relatos de espancamento e torturas de operários ligados a partidos comunistas ocorridos dentro da empresa.

Além de Machado e de Grieger, sindicalistas, pesquisadores e algumas das vítimas que reuniram esses papéis também estiveram na reunião na sede do MPF. Da Alemanha também veio para o encontro Joerg Kother, representante da Comissão Internacional dos Trabalhadores da Volkswagen.

"Nós queremos que seja feita uma reparação. Não procuramos acordos individuais, mas uma solução que seja coletiva", disse Sebastião Lopes de Oliveira Neto, que coordenou o grupo de trabalho sobre a repressão aos trabalhadores e ao movimento sindical, da CNV. De acordo com ele, que dirige o instituto Intercâmbio, Informações Estudos e Pesquisas (IIEP), "havia uma relação muito íntima entre a segurança da montadora e os órgãos de repressão do regime militar". As informações são do jornal "O Estado de S.Paulo".

Socos, tapas e pontapés na Volkswagen: era só o começo da tortura

Uma das muitas histórias que os reacionários desconhecem ou querem que se repita em nosso País

, 01/11/2015

Aos 28 anos, Lúcio Bellentani trabalhava na Volkswagen de São Bernardo do Campo (SP) como ferramenteiro, profissão muito requisitada na época. Entrou para o Partido Comunista Brasileiro (PCB) e tentava organizar uma base do partido em grandes empresas da região. Foi preso em julho de 1972, na ala de prensas em que trabalhava, às 23h30, numa ação acompanhada por seguranças da companhia. Outros 12 operários também foram detidos.

Marcio Fernandes/Estadão Conteúdo
Lúcio Bellentani trabalhava na Volkswagen
e teve os dentes arrancados na prisão
Bellentani primeiro foi levado a uma sala do setor de recursos humanos, onde conta ter levado socos, chutes e pontapés. Depois foi transferido para o Dops e passou por frequentes sessões de tortura: palmatórias nas mãos, pés e cabeça, pau de arara, choque elétrico e chegou a ser arrastado em um veículo amarrado pelas mãos.

Teve dentes arrancados com alicate e, até cinco anos atrás, "era banguela, pois não tinha coragem de ir ao dentista", conta Bellentani, hoje com 71 anos. "Só nos anos mais recentes criei coragem e fui fazer tratamento", diz ele, que também tem pesadelos e afirma não ficar em quartos escuros.

Ele passou, ao todo, um ano e oito meses na prisão. Após ser solto, mudou-se para o interior de São Paulo, pois não conseguiu emprego no ABC, onde morava a família. "As empresas trocavam lista de pessoas que não deveriam ser contratadas, mas como não havia internet, em cidades pequenas era mais fácil conseguir uma vaga". Além disso, os atestados de antecedentes políticos solicitados na época levavam em média seis meses para serem enviados.

O ex-metalúrgico vive atualmente em Jacareí (SP) e há três meses fundou o Sindicato dos Aposentados da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB). Ele esteve na reunião no Ministério Público Federal, onde se encontrou com Manfred Grieger, diretor da Volkswagen.

"Não reivindicamos nenhuma questão de penalidade ou de criminalização. Queremos que a empresa reconheça que fez besteira, e se responsabilize por seus desmandos", diz Bellentani. "Que a verdade venha à tona, pois várias empresas também foram responsáveis pelo que ocorreu em nosso país." As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".

sábado, 31 de outubro de 2015

A revista VEJA deveria ser apreendida pela justiça

"Retratar um ex-presidente da República, que não tem sequer uma denúncia judicial contra ele, com uniforme de presidiário não é o livre exercício do jornalismo" e sim "o exercício criminoso da propaganda, para criar um estado de comoção e preparação para medidas arbitrárias"

Se a Justiça não tem peito de apreender a Veja, que a Vigilância Sanitária o faça

Tivesse hoje um Judiciário altivo, a edição da Veja desta semana estaria, neste momento, sendo apreendida.

E Luís Inácio Lula da Silva estaria para receber ao menos R$ 10 milhões de reais como indenização por danos morais, com um pedido módico de que a revista pagasse, como reparação, o mesmo preço de venda de cada um de seus exemplares.

Porque retratar um ex-presidente da República, que não tem sequer uma denúncia judicial contra ele, com uniforme de presidiário não é o livre exercício do jornalismo..

É o exercício criminoso da propaganda, para criar um estado de comoção e preparação para medidas arbitrárias que, hoje, só Zé Eduardo Cardoso e o Cego Aderaldo não vêem.

Não é preciso mais que o Inciso X do Artigo 5º da Constituição Brasileira:

X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;

Não há uma questão de liberdade de imprensa; não se trata de uma caricatura, sobre a qual se pudesse argumentar com a liberdade de criação do artista.

É encomenda, mesmo, para que este lixo fique exposto nas bancas, supermercados, lojas de conveniência.

Para a trupe da direita, festejos e fotos simpáticas. Para Lula, o desejo transmutado na imagem com que sonham.

Infelizmente, salvo raras e honrosas exceções, juízes não se atrevem a interromper, com a lei, a continuidade desta agressão, como aquele que achou “piada” a ideia de dizer que era “pena” que a bomba lançada sobre o Instituto Lula não tivesse explodido o ex-presidente em pessoa.

A maioria borra-se de medo de ser apontada como juiz censor e, então, às favas a Constituição.

Resta, talvez, apelar para a Vigilância Sanitária para que mande recolher esta imundície e evite a contaminação nos consultórios de médicos e dentistas, por onde ficará rolando este excremento até que se decomponha.

Fonte: Brasil 247, 31/10/2015

À frente do golpe, Bicudo foi lobista da Alstom

agora esTá explicado:

Autor de um dos pedidos de impeachment já rejeitados pela Câmara contra a presidente Dilma Rousseff, o advogado Hélio Bicudo é agora acusado de ter intermediado contratos no setor elétrico, atuando como lobista em favor da Alstom no escândalo conhecido como 'trensalão' de São Paulo.

; furo é do jornalista Joaquim de Carvalho, no Centro do Mundo; em depoimento ao Ministério Público do Estado, Bicudo, embora seja descrito como um homem com pleno domínio de suas faculdades mentais, disse que não se lembra se já teve conta bancária na Suíça.

Reservadamente, segundo o texto, os procuradores até admitem que, fosse Bicudo mais jovem, poderiam lhe dar alguma dor de cabeça. 'Mas quem tem disposição para processar um homem de 93 anos de idade?', questiona Carvalho.

São Paulo supera ressaca pós-queda, vence Sport e pressiona rivais

Do UOL, 31/10/2015

São Paulo x Sport 
Alexandre Pato tenta o passe mas Rogério não chega na bola

O São Paulo mostrou que a eliminação da Copa do Brasil no meio de semana, com partida desastrosa contra o Santos, não influenciará na briga pelo G-4 do Campeonato Brasileiro. Em duelo direto pela Libertadores neste sábado, a equipe comandada por Doriva dominou o Sport para vencer por 3 a 0 e acalmar o momento conturbado vivido pelo time, E mais: entrou no G-4 e colocou pressão nos rivais Santos e Palmeiras, que se enfrentam neste domingo e lutam por um lugar entre os quatro primeiros, assim como Inter e Ponte Preta.

A vitória são-paulina que deixa a situação mais tranquila no Morumbi passou pelos pés dos destaques da equipe, que não contou com o lesionado Rogério Ceni. Com Alexandre Pato bastante ativo no comando de ataque e criando boas oportunidades, os companheiros Paulo Henrique Ganso, Luis Fabiano e Michel Bastos fizeram os gols do triunfo, que deixa Doriva com mais tranquilidade no comando do time. Apenas 14.002 torcedores acompanharam o duelo, para renda de R$ 374.430,00. 

Mas nem tudo foi positivo para o time tricolor na partida: no intervalo, Luis Fabiano foi direto e disse que o ambiente faz diferença no time - a equipe enfrenta crise nos bastidores com a renúncia do ex-presidente Carlos Miguel Aidar e a eleição de Leco. Já Michel Bastos foi além e mandou um "cala-boca" para a torcida após marcar o terceiro gol são-paulino, em revolta contra as críticas. 

O triunfo tricolor deixa o São Paulo dentro do G-4, com 53 pontos, e afasta o Sport do grupo dos quatro primeiros - a equipe fica estacionada com 49, em sétimo, e pode até perder posições na rodada. O próximo duelo dos dois clubes pelo Brasileiro ocorre apenas no próximo fim de semana: os são-paulinos visitam o Cruzeiro no domingo, às 17h (de Brasília), enquanto os pernambucanos recebem o Grêmio às 19h30 do mesmo dia.

Brasil também tem projeto de renda básica

Finlândia estuda pagar “salário” a todos seus habitantes; aqui, desde 2004, uma lei vigora com a mesma proposta, mas mal saiu do papel

Secretário municipal de Direitos Humanos, Eduardo Suplicy participa de evento em São Paulo / Bruno Poletti/FolhapressSecretário municipal de Direitos Humanos, Eduardo Suplicy participa de evento em São PauloBruno Poletti/Folhapress
Com o apoio de 70% da população, a Finlândia pretende testar no ano de 2017 um sistema em que todos os habitantes vão receber uma espécie de salário, não importando o quanto ganhem em seus empregos e nem mesmo se de fato trabalham. Ano que vem, a Suíça realizará um referendo para consultar sua população e decidir se também testará esse conceito. 

A ideia parece “boa demais para ser verdade”, mas algumas cidades que adotaram um sistema parecido acumulam resultados positivos. Já vamos a elas. Antes, é interessante lembrar que aqui no Brasil, desde 2004, vigora a lei n° 10.835/2004, de autoria do então senador, hoje secretário de Direitos Humanos de São Paulo, Eduardo Suplicy, que institui o Renda Básica Cidadania. 

Pelo programa, qualquer cidadão brasileiro – qualquer mesmo, do mais pobre até Dilma Rousseff, Silvio Santos e Pelé – receberá uma renda fixa para cobrir suas necessidades básicas de sobrevivência. Estrangeiros com mais de cinco anos no país também seriam contemplados. 

O processo é gradual, iniciado pelos mais necessitados, a exemplo do que é realizado no Bolsa Família. Ao contrário do programa do Governo Lula, o Renda Básica seria menos condicionado, com recursos podendo derivar de várias fontes, como impostos, concessões de recursos naturais, loterias, entre outros. 

A ideia nunca saiu completamente do papel. No momento, encontra-se em processo de regularização, estágio no qual Suplicy tenta dar andamento. “Desde junho de 2013 eu tenho escrito para que a presidente Dilma Rousseff possa me receber para conversar sobre minha proposta de regulamentação do Renda Básica, que é constituir um grupo de trabalho para estudar as próximas etapas do programa”, relatou Suplicy ao Portal da Band.

Já foram 25 cartas. Enquanto conversava com a reportagem, o secretário redigia uma nova carta, desta vez citando a iniciativa da Finlândia. 

Na opinião de Suplicy, o Renda Básica é a saída, por exemplo, para a crise econômica que o Brasil atualmente se encontra. “O grande economista Philippe Van Parijs escreveu, em março de 2012, para o jornal francês Le Monde que a melhor maneira de resolver a crise europeia seria instituindo uma renda para todos europeus que, no momento em que passassem a ter acesso a esse dinheiro, teriam condições de resolver seus problemas de desemprego, acarretando em uma melhor estabilidade econômica e social”, citou.  

O secretário tem o Renda Básica Cidadania como o projeto de sua vida. Até hoje, ele realiza palestras (“média de uma palestra por dia”, contou) expondo as vantagens de seu programa. “Quando termino, todos concordam e aplaudem a ideia. Tenho a convicção de que, quando bem explicada as vantagens do conceito para o povo brasileiro, a maioria será a favor.”

Não é o que enxerga a professora de economia da PUC São Paulo, Rosa Maria Marques. “Acredito que [o Renda Básica] teria uma resistência enorme da sociedade brasileira. Somente a concessão do Bolsa Família já gerou uma repulsa da classe média, por exemplo”, opina. Rosa Maria também aponta a falta de condições do país de financiar um projeto de tamanha complexidade. “Ao meu ver, o financiamento teria que partir de setores mais ricos da população, o que implica em reforma tributária, taxação de grandes fortunas, enfim, coisas que o Brasil não têm hoje.” 

Mas na prática, funciona? 

É difícil imaginar a aplicação do Renda Básica Cidadania em um país do tamanho do Brasil. A Finlândia, talvez, nos dará respostas. Fato é que algumas cidades, como Utrecht, na Holanda, de 600 habitantes, adotou a concepção e apresentou proveitos.  

O maior exemplo talvez seja o do estado norte-americano do Alasca, que passou a distribuir 6% de seu PIB igualmente a todos os seus habitantes. Em 2005, o estado se tornou o mais igualitário dos Estados Unidos. 

Há ainda outros exemplos. No estado indiano de Madhya Pradesh, algumas vilas rurais oferecem um pagamento a seus quase seis mil habitantes. Indicadores mostram que setores como saúde e educação apresentaram melhoras desde então. 

Já na vila rural de Otjivero, na africana Namíbia, onde a população recebe o equivalente a R$ 25, a desistência escolar, que era 40%, zerou. Com esses dados em mãos, Suplicy tenta ser bem-sucedido com um projeto de mais de dez anos jogado ao limbo. 

“Quero oferecer no Brasil uma oportunidade para aquela jovem que, por falta de condições de dar o sustento em casa, vende o seu corpo; ou então para o jovem que, assim como diz a música ‘O Homem na Estrada’, dos Racionais MC's, se torna um ‘aviãozinho’ do narcotráfico pelas mesmas razões. A oportunidade que menciono é de dizer ‘não’ a essas únicas alternativas de sobrevivência, e oferecer uma chance de esperar por algo melhor. É nesse sentido que o Renda Básica elevará a dignidade de todos”, conclui Suplicy.

Fonte: Band, 31/10/2015

Novo prazo de filiação para concorrer em 2016

por Hiroito Tabajara (*)
Hiroito Tabajara, filiaçãoAté recentemente, para concorrer às eleições o candidato precisava estar com a filiação deferida pelo partido político há pelo menos um ano.
Com a chamada reforma eleitoral 2015, aprovada pela lei nº 13.165/2015, veio a inovação e o prazo caiu para seis meses.
A lei 13.165/2015 foi sancionada pela presidente da República, Dilma Rousseff, no dia 29 de setembro de 2015, e publicada no Diário Oficial da União no dia seguinte.
Mas, mesmo assim, ainda havia aqueles que teimavam em querer negar vigência à referida lei e afirmando e reafirmando, não sei por que razão, que a dita lei não valeria para as eleições de 2016.
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral), órgão máximo da Justiça Eleitoral, já esta definindo as regras das Eleições 2016 e, como de costume, deu inicio às audiência públicas para discussão sobre as resoluções que irão regulamentar as eleições.
Anteontem (29/10), foi realizada audiência pública para discutir a Minuta de Resolução sobre o Registro de Candidaturas, que em seu artigo 13 não deixa qualquer dúvida sobre o prazo mínimo para filiação partidária, ou seja, seis meses antes das eleições.
Não houve qualquer questionamento sobre este tema, seja por integrantes da Corte Eleitoral, seja por qualquer partido politico.
Portanto, fica claro que o prazo mínimo exigido para filiação partidária do candidato que quer concorrer as eleições é de seis meses antes das eleições.
Nas próximas eleições, os candidatos que queiram participar do pleito terão que estar com sua filiação deferida por partido politico até o dia 2 de abril de 2016.
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* Santareno, é advogado.
Fonte:Blog do Jeso, 31/10/2015

Polícia Federal diz a Cardozo que intimação de filho de Lula às 23h não é inédita

Não convenceu

A Polícia Federal informou ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que a intimação de Luis Cláudio, filho do ex-presidente Lula, às 23h não é inédita. Outras pessoas já teriam recebido a visita de agentes perto da madrugada e até em fins de semana, especialmente no âmbito da superintendência do órgão em SP. Os policiais admitem, no entanto, que o procedimento não é comum.

GENTIL VISITA
Apesar das explicações, as dúvidas jurídicas permanecem. O Código de Processo Penal, que regulamenta os procedimentos, é omisso sobre a questão. Por isso, advogados e juristas entendem que é preciso aplicar subsidiariamente o Código de Processo Civil, que expressamente proíbe qualquer diligência em residências depois das 20h, a não ser com autorização judicial.

GENTIL VISITA 2
Já a polícia afirma que o Código Civil só seria aplicável em diligências judiciais. A intimação do filho de Lula seria uma mera providência administrativa. De qualquer forma, ninguém no governo acredita que a visita de um agente da PF à casa de Luis Cláudio fez parte de uma simples rotina.

GENTIL VISITA 3
Há no governo quem defenda que, diante das dúvidas, Cardozo baixe uma portaria disciplinando as intimações.

ANDAR DE CIMA
O conselho federal da OAB negou pedido do candidato Ricardo Sayeg para tentar manter a advogada Tereza Dóro em sua chapa, na eleição da OAB-SP. Ela teve sua participação impugnada pela comissão eleitoral paulista, sob a justificativa de que não preenche um dos requisitos. Por isso, o grupo recorreu à entidade nacional.

XADREZ
A liminar foi negada pelo conselheiro Duilio Piato Júnior. O caso ainda será analisado pelo colegiado. Com a indefinição, Sayeg decidiu substituir Dóro pela advogada Valeska Martins, que assumiu o lugar de vice na chapa.

EXAME CLÍNICO
Médicos brasileiros iniciaram um estudo sobre o câncer de pênis que quer mapear as estatísticas da doença no país. O grupo avaliou 53 casos no Maranhão, onde começou o trabalho, e encaminhou exames para análise nos EUA. A meta é chegar a 200 casos em dois anos.

EXAME 2
A pesquisa quer decifrar a genética desse tipo de câncer e avaliar cirurgias preventivas e fatores que indicam metástases. O Brasil é um dos países com maior incidência da doença. Especialistas da Universidade Federal do Maranhão em urologia, oncologia e outras áreas lideram o projeto. Os primeiros resultados serão mostrados no 35º Congresso Brasileiro de Urologia, no Rio.