sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Cunha tentou impedir transferência de investigação para o Brasil, diz Suíça

Autoridades da Suíça informaram aos investigadores da Lava Jato que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tentou impedir que o Ministério Público daquele país transferisse para o Brasil a apuração sobre as contas secretas que são atribuídas ao deputado e foram bloqueadas com R$ 9,6 milhões.
Eduardo Cunha, durante visita à Assembléia Legislativa de SP
Segundo a Folha apurou, Cunha chegou a impugnar a decisão do Ministério Público de enviar para a Procuradoria Geral da República dados sobre as quatro contas no banco suíço Julius Bär atribuídas ao peemedebista e a familiares.

De acordo com o Ministério Público, há fortes indícios de que essas contas foram abastecidas por dinheiro desviado da Petrobras.

Foi a partir do dossiê encaminhado pelo Ministério Público da Suíça que o STF (Supremo Tribunal Federal) autorizou a abertura de um segundo inquérito para apurar a acusação de que o presidente da Câmara participou dos desvios na estatal. Cunha, sua mulher, a jornalista Claudia Cruz, e uma filha são investigados por corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

Em um comunicado, o MP da Suíça confirmou que o deputado foi informado do bloqueio das contas bancárias.

O Ministério Público da Suíça identificou quatro contas na Suíça que foram atribuídas a Cunha, sendo que há cópias de documentos do deputadomostrando que ele seria o real beneficiário, como passaporte diplomático, endereço de sua casa no Rio de Janeiro, além de assinatura.

As contas estão em nomes de offshores. As autoridades da Suíça chegaram a bloquear, em abril deste ano, 2,469 milhões de francos suíços (R$ 9,6 milhões) de Cunha e de sua mulher, a jornalista Claudia Cruz, sendo 2,3 milhões de francos suíços do deputado (R$ 9 milhões).

Os documentos indicam entradas de R$ 31,2 milhões e saídas de R$ 15,8 milhões, entre 2007 e 2015, em valores corrigidos. Os depósitos e retiradas foram feitos em dólares, francos suíços e euros. As informações enviadas pela Suíça mostram uma intensa circulação de dinheiro entre as quatro contas, não sendo possível calcular quanto do dinheiro movimentado foi gasto.

Segundo os investigadores, parte do dinheiro movimentado por Cunha tem como origem um contrato de US$ 34,5 milhões assinado pela Petrobras para a compra de um campo de exploração de petróleo em Benin, na África. De acordo com os documentos, o empresário João Augusto Henriques, lobista que viabilizou o negócio no Benin, repassou 1,3 milhão de francos suíços (R$ 5,1 milhões) a uma das contas atribuídas a Cunha, entre 30 de maio e 23 de junho de 2011.

Os depósitos foram feitos três meses após a Petrobras fechar o negócio na África.

Pedir impeachment é "conspiração", diz Picciani


"É um erro jurídico, político e de fundo democrático. Demonstra que a oposição não se conforma com o resultado das urnas. Isso é conspiração", atacou o líder do PMDB na Câmara, deputado Leonardo Picciani (RJ), nesta sexta-feira 23.

Apesar de dizer que "queria que o Aécio [Neves] tivesse vencido", Picciani bateu duro no senador tucano, derrotado na eleição presidencial de 2014 para a presidente Dilma Rousseff. "É um erro do Aécio. Para não perder o capital político não vai se respeitar o resultado da eleição? É uma pauta personalista. Tanto que há divergências", afirmou, citando o governador Geraldo Alckmin, também do PSDB.

Dilma e os prefeitos: uma chance à CPMF


"Embora Eduardo Cunha continue bombardeando as possibilidades de aprovação da CPMF com prognósticos negativos, o apoio dos prefeitos que se encontraram com a presidente Dilma ontem pode dar novo alento à medida que seria a salvação da lavoura nacional", afirma Tereza Cruvinel, colunista do 247.

Segundo ela, "num segundo momento, a prefeitada desencadearia uma forte ação política sobre o Congresso para garantir a votação ainda este ano, para que a contribuição começasse a ser cobrada em 2016".

Na avaliação da jornalista, a aliança que não deu certo com os governadores pode vingar com os prefeitos. "Prefeitos não votam no Congresso, mas os deputados e senadores precisam muito mais deles do que dos governadores na hora de se elegerem. Por isso a aliança tem chances de prosperar e de garantir a CPMF para todos, melhorando bastante o perfil das contas públicas federais".

É preciso defender o Bolsa Família


"Não há truque retórico possível para se defender qualquer redução nos recursos de um programa que ganha urgência e atualidade na medida em que a crise econômica começa a assumir uma face dolorosa e feroz. 

A simples hipótese de que se cogite cortar 35% das verbas já é um escândalo em si", critica Paulo Moreira Leite, diretor do 247 em Brasília, sobre a proposta do deputado Renato Barros (PP-PR), relator do Orçamento de 2016 da União, de cortar R$ 10 bilhões do programa.

Para o jornalista, a sugestão de corte "demonstra que o país enfrenta um momento de ofensiva geral contra os direitos e conquistas recentes".

Ratinho defende Alckmin e diz que fechar escolas é pra melhorar

Finalmente ele se revelou

Ratinho defendendo as atrocidades feitas pelo governador de SP na área da educação:
” Tem que saber o motivo porque estão fechando as escolas. Algum motivo tem. Eu acho que é pra melhorar. O que não é dá é meia dúzia de safados entrar lá e quebrar tudo “

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Moro, o Lula sabe que você quer prendê-lo

A Lava-Jato é só pra isso



O passarinho pousou numa janela do Instituto Lola ( revisor, não mexa aí), no bairro do Riacho, em São Paulo, e mandou dizer:
- o Lula sabe que o Moro só pensa em prender o Lula;
- que o Moro sabe que o Dirceu, o Vaccari e o Duque não vão confessar nada;
- que ele, Moro, agora só tem peixinho pra pescar - já que tucano não vem ao caso;
- que, se prender o Lula, ele chegará aos pincaros da Glória um Excelsis: será maior que o Barbosa e o Gilmar no Panteão da Casa Grande;
- que até à chegada do Bumlai na Lava Jato estava difícil algemar o perigoso meliante Lula da Silva;
- mas, agora as esperanças se reacenderam;
- Lula está preparado inclusive para ser preso na ida ou na chegada de uma viagem ao exterior, para que a heróica ação da Policia Federal se projete mundialmente.
Como diz o Conversa Afiada: com esse lealissimo da Justiça o Lula vai passar o Natal na cadeia.

Paulo Henrique Amorim

A estranha justiça de Hélio Bicudo e de Miguel Reale Junior


Deputado federal Henrique Fontana (PT-RS) destaca, em artigo, que o "remendo atual" ao novo pedido de impeachment "está apoiado na suposta reincidência do governo na prática das pedaladas ficais no ano de 2015. 

Vejam: de um ano fiscal que sequer terminou, sobre contas do governo que ainda não foram analisadas por técnicos e ministros do TCU, e muito menos votadas pelo Congresso Nacional, a quem cabe a última palavra".

"O ex-promotor e o jurista inauguram assim uma nova modalidade no Direito brasileiro: a 'presunção de crime futuro', que mais parece uma versão nacional, torta, do famoso filme 'Minority Report', ironiza.

Fontana diz ainda que o pedido foi entregue ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha, "justamente sobre o qual recaem diversas denúncias de corrupção e robustas provas da existência de contas no exterior abastecidas com dinheiro provindo de propinas".

Os sinais enigmáticos

"Por qual razão Eduardo Cunha resolveu dizer hoje que a ocorrência de pedaladas fiscais pode não justificar um pedido de impeachment? Ainda ontem ele havia dito que as pedaladas estavam se transformando em motocicleta. Não, de ontem para hoje não houve nenhum acordo com o governo pelo qual ele aliviaria Dilma em troca de alívio no Conselho de Ética. 
Cunha sempre foi enigmático, mas agora tornou-se uma esfinge. Sempre que a oposição acha que o decifrou, quebra a cara. E o mesmo vale para os governistas"; quem faz tal avaliação é a colunista do 247, Tereza Cruvinel.

A jornalista pondera que Cunha vive uma situação peculiar: "Cunha é ao mesmo tempo o homem mais forte e o mais fraco do Parlamento. Forte porque o cargo lhe dá inúmeras atribuições, como a de acolher o pedido de impeachment. E também porque ele tem apoios, para continuar dando as cartas na Câmara. Ao mesmo tempo ele é o mais fraco, o que pode cair do mais alto, perdendo o cargo, o mandato e depois a liberdade, se for condenado e preso".

STF determina bloqueio e sequestro de R$ 9,6 mi de contas de Cunha na Suíça


, 22/10/2015

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki determinou o bloqueio e o sequestro dos recursos mantidos pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), em contas na Suíça - no total de 2,4 milhões de francos suíços ou R$ 9,6 milhões.

A decisão atende a pedido da PGR (Procuradoria Geral da República). Os procuradores temiam que, com a transferência da investigação para o Brasil, o dinheiro fosse desbloqueado e pudesse ser movimentado.

Com o sequestro, os recursos serão depositados numa conta judicial e ficarão indisponíveis até o fim do processo.

O pedido de novo bloqueio dos recursos foi apresentado pela PGR na sexta-feira passada. São duas contas, uma em nome de Cunha e outra da mulher do deputado, Cláudia Cordeiro Cruz, no banco Julius Baer. "Há a possibilidade concreta de que ocorra o desbloqueio das contas, com a consequente dissipação dos valores depositados nas contas bancárias estrangeiras", disse o órgão no pedido.

O processo foi transferido para a PGR por autoridades suíças já que o presidente da Câmara é brasileiro, está no país e não poderia ser extraditado para a Suíça.

No pedido, o procurador-geral da República em exercício, Eugênio Aragão, diz que não há dúvidas em relação à titularidade das contas. "Há cópias de passaportes - inclusive diplomáticos - do casal, endereço residencial, números de telefones do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto", diz. Seu patrimônio estimado, à época da abertura da conta, era de aproximadamente US$ 16 milhões.

Na semana passada, em nota à imprensa, Cunha reafirmou que não tem contas no exterior e nunca recebeu "vantagem de qualquer natureza".

* Com informações da Agência Brasil

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

A oposição antipetista pode ter declarado seu fim no episódio Cunha