domingo, 5 de julho de 2015

Não serei instrumento de prejuízo ao País, diz Vice-Presidente da República


Ao contrário do especulado pelos grandes jornais, o vice-presidente Michel Temer não avalia deixar a articulação política do governo da presidente Dilma Rousseff; numa resposta ao pedido do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), e de peemedebistas como o deputado Lúcio Vieira Lima, Temer classificou a medida extrema como uma "deslealdade".

"Tenho compromisso com o Brasil. Vou continuar trabalhando pela harmonia entre os poderes, para a retomada do crescimento e para a estabilidade institucional do País", disse Temer. "Portanto, não serei instrumento de interesses políticos que hoje querem causar prejuízo à nação brasileira", completou o vice-presidente.

Temer se reuniu nessa sexta-feira, 3, com a presidente Dilma, para discutir a indicação de cargos para a base aliada e teria recebido aval da presidente para atender os pedidos dos aliados

sábado, 4 de julho de 2015

Hasta la vista, constitución

Um espaço nascido no seio da democracia brasileira se tornou alvo do "custe o que custar". A máquina do tempo "inventada" pelo nosso Parlamento exterminará o futuro de milhões de brasileiros. Arnold Schwarzenegger fez escola

Rufem os tambores, o Brasil deu um salto tecnológico gigantesco e o mundo inteiro precisa saber. Num piscar de olhos, inventou-se a famigerada máquina do tempo. É com ela que a Câmara dos Deputados vota quantas vezes quiser o mesmo assunto. Basta as pautas conservadoras serem rejeitadas regimentalmente que "volta-se no tempo" e vota de novo. E de novo. Até ganhar. Um perfeito e certeiro tiro na democracia.

Se o Parlamento acionará mais vezes a máquina do tempo, esquecendo a tradição da Casa em respeito às minorias e decisões votadas em Plenário, só o futuro dirá. Aliás, resta saber qual futuro.
Jandira Feghali
articulista
Para quem tem dúvida, lá vai: na terça-feira (30), a PEC 171, que trata da redução da maioridade penal, foi rejeitada por não conseguir o quórum qualificado de 308 votos a favor. Mas isso não foi problema para o grupo político que volta no tempo. Acionaram uma emenda aglutinativa inconstitucional e voi lá, puseram em votação de novo.

Diz nossa Carta Magna, em seu artigo 60, parágrafo quinto, que "a matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa". Ou seja, rasgaram a Constituição de forma natural e insensível. A lucidez do ministro Marco Aurélio Mello, do STF, apontou essa inconstitucionalidade. "Matéria rejeitada, declarada prejudicada, só pode ser apresentada em sessão legislativa seguinte. Nessas 48 horas nós não tivemos duas sessões", disse ele.

Mas engana-se quem pensa que a conquista da redução da imputabilidade penal foi a primeira viagem no tempo da Câmara. A tal máquina já foi acionada lá atrás, durante a PEC da reforma política. Bastou o financiamento empresarial ser derrotado pela maioria dos parlamentares para que a "inovação regimental" entrasse em ação. Bastou ligar a "máquina" para aprovar mais um descalabro. Os Jetsons de Hanna Barbera teriam inveja!

Em seis mandatos como deputada federal jamais presenciei um desrespeito tão grande à decisão do Plenário para favorecer os derrotados na véspera. De uma madrugada a outra, em apenas 12 horas, o Brasil viu seu Parlamento pisotear uma votação democrática e dar um passo em direção ao que é mais retrógrado no atual debate.

Alguns parlamentares, alinhados a setores da Grande Mídia sensacionalista – outra máquina de vender ódio – criou uma opinião pública moldada ao medo e ao terror. Só que a redução que querem impor ao país não saciará essa fome por vingança, que beira mais de 90%. A criminalidade não diminuirá e toda uma geração será posta em risco, seus sonhos e potencialidades deixarão de existir.

Além disso, os filhos da classe média se tornarão os principais alvos da indústria da bebida e do fumo, a exploração sexual de adolescentes crescerá, o trabalho infantil será uma ameaça maior ainda e os presídios serão um rombo sustentado por governos futuros.

Um espaço nascido no seio da democracia brasileira se tornou alvo do "custe o que custar". A máquina do tempo "inventada" pelo nosso Parlamento exterminará o futuro de milhões de brasileiros. Arnold Schwarzenegger fez escola.

Fonte: Brasil247, 02/07/2015

Ricardo Pessoa delata PSDB, que quer usá-lo para o golpe. Pode?


A estratégia delineada pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG) para derrubar à força a presidente Dilma Rousseff agora tem um complicador: os depoimentos de Ricardo Pessoa, dono da UTC/Constran, em sua delação premiada são bem mais amplos do que se imaginava.

Pessoa implicou nada menos que 15 partidos ao falar de suas doações com recursos ilícitos, incluindo o PSDB, presidido por Aécio, e o DEM, de artífices do golpe, como os senadores Ronaldo Caiado (DEM/GO), denunciado por caixa dois pelo ex-companheiro Demóstenes Torres, e Agripino Maia (DEM/RN), investigado no Supremo Tribunal Federal pelo recebimento de propinas; para o PSDB, no entanto, apenas os trechos da delação que citam a campanha da presidente Dilma Rousseff merecem fé pública?; será que cola?

Aécio assume golpismo e sugere eleições em breve

Querem passar por cima da lei


Em entrevista ao Globo, o presidente do PSDB assumiu pela primeira vez o discurso de antecipação do calendário eleitoral e deixa mais explícita a intenção de abreviar o mandato da presidente Dilma Rousseff; "Ou ela tem a capacidade de retomar o posto, de reassumir o comando do país — e eu tenho dúvida se ela terá — ou temos que estar abertos a novas opções", afirmou.

Aécio pretende usar a delação de Ricardo Pessoa, mas há um complicador: o dono da UTC delatou doações ao PSDB e a seu vice Aloysio Nunes. Outra hipótese de Aécio é usar a delação de Alberto Youssef. Neste caso, fica ainda mais complicado uma vez que o doleiro o acusou de ser dono de uma diretoria em Furnas que pagava mensalão a parlamentares

A revista ÉPOCA exalta o juiz Sérgio Moro, "prende" José Dirceu e mira Lula



Revista semanal ÉPOCA, pertencente as Organizações Globo, premiou o juiz Sergio Moro como o brasileiro que 'faz diferença', garante saber todos os próximos passos da Operação Lava Jato.

Segundo a revista, o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, será preso nos próximos dias; além disso, o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró fará uma delação premiada contra o ex-presidente Lula, a quem a revista chama de 'Brahma.

A publicação também exalta o juiz paranaense em sua capa e afirma que nada será capaz de detê-lo; alvo de queixas crescentes de criminalistas, de ministros do Supremo Tribunal Federal e até de colunistas da extrema direita na imprensa brasileira, Moro tem apoio total e irrestrito da Globo para seguir adiante em sua caçada ao PT e ao ex-presidente Lula.

Mais uma mentira de VEJA contra Lula


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva denunciou neste sábado, 4, mais uma mentira operada contra ele pela revista Veja, do grupo Abril; Lula rebate, em sua conta no Facebook, nota do colunista Lauro Jardim, que afirma que ele teria viajado para o México em 19 de setembro de 2012 em um avião pago pela Odebrecht.

"É mentira, a viagem não foi paga pela Odebrecht", afirma; "No dia 20 de setembro de 2012 Lula foi para o México participar do evento "México século XXI", e lá falou para mais de 8 mil estudantes, junto com Tony Blair e Pepe Guardiola", diz; foi a primeira palestra do ex-presidente após se recuperar do câncer.

"Isso tudo foi informado para a imprensa na época. Qual o problema?", questiona; Veja é reincidente em mentiras contra Lula; em fevereiro, a edição de São Paulo inventou que o ex-presidente teria custeado festa de aniversário de R$ 220 mil para um suposto sobrinho. Desmascarada, Veja pediu desculpas; mas e desta vez?

Estou na estrada


Itaituba suspende contratos com fraudes do Minha Casa Minha Vida

Investigação também vai analisar outras possíveis fraudes. As denúncias já foram encaminhada para o Ministério Público Federal
(Foto: Reprodução/TV Liberal)

Segundo levantamento feito pela Companhia de Habitação do município e encaminhado para a Superintendência da Caixa Econômica Federal, de quase 1.430 casas entregues e dois residenciais: 19 foram alugadas, 67 estavam fechadas e sem moradores, 84 estavam cedidas para terceiros e 5 já haviam sido vendidas.

Depois que a prefeitura do município divulgou a lista com o nome dos contemplados começaram a surgir denúncias de fraude. Uma delas feita por um grupo de mulheres que prefere não se identificar. “Se a gente ganhasse uma casa pagava por 1 ou 2 anos depois parava de pagar e ficava com a casa e poderia até vender”, explica uma delas, que chegou a fazer parte do esquema de beneficiamento, que envolvia compra e venda da cadastro.

Do grupo de mulheres nenhuma foi selecionada. A Coordenadora Municipal de Habitação, Fátima Rosa diz que todas as denúncias que chegaram serão apuradas e as pessoas denunciadas automaticamente. “O cadastro e a vistoria ficam suspensos”, pontuou.

Até o momento pelo menos três casos recentes de fraudes já foram confirmados pela prefeitura de Itaituba antes dos novos contratos.

O procurador municipal de Itaituba Ricardo Moraes diz que quem firma o contrato é a Caixa Econômica Federal e é ela que mantem o contrato com o beneficiário. “Nesse caso é a caixa que tem que fazer o procedimento caso constate que as informações são verídicas”, ressalta.

Espera

Enquanto algumas fraudes são confirmadas, Marilene Rodrigues, que é mãe de três filhos, sendo um deles portador de deficiência, se inscreveu pela primeira vez no programa em 2010, mas não foi selecionada. “Disseram que iam fazer os cadastros e eu preciso muito. Essa é a terceira vez que eu faço, mas até agora nada”, afirma.

Programa

O “Minha Casa, Minha Vida” foi lançado em março de 2009. Até 2013, 4.968 pessoas estavam inscritas em Itaituba, desse total 1.300 cadastros foram enviados para avaliação da Caixa Econômica Federal.

O gerente da caixa, Jorge Luiz explica que a prefeitura tem a obrigação de encaminhar para a relação para a Caixa. “Dos mil, acrescido de 30%, a Caixa devolve os mil beneficiários aptos para que seja feita a celebração do contrato”, conclui.

Fonte: G1 Pará/Blog do Damião Cavalcante, 04/07/2015

Cresceu o número de reacionários e ignorantes políticos no Brasil

O alerta é do professor brasileiro da faculdade em que Dilma foi insultada nos EUA

Michelle Obama, primeira dama dos EUA, com a presidente Dilma

Por Redação

Do professor brasileiro Paulo Blikstein, no Facebook, sobre os insultos a Dilma em Stanford, onde ele leciona

Carta enviada ao Painel do Leitor da Folha, sobre um “protesto” durante a visita de Dilma à Stanford.

Durante a visita de Dilma aos EUA, professores e alunos do Lemann Center, um centro que estuda educação brasileira na Universidade de Stanford, se organizaram para falar com a presidenta.

Nossa reunião foi frustrada porque dois jovens brasileiros furaram a segurança de Stanford, entraram no prédio, e dirigiram ofensas lamentáveis à presidenta, no mesmo recinto onde estavam convidados como Mark Zuckerberg e o chairman do Google, Eric Schmidt. O direito de protestar é um pilar da democracia.

Mesmo entre os alunos brasileiros de Stanford, há aqueles que são partidários do governo e os que estão na oposição. Mas o tipo de ataque desses dois jovens (que têm fotos com Jair Bolsonaro no Facebook), lembra a virulência de grupos políticos fascistas que infelizmente proliferam pelo mundo.

Entre erros e acertos do governo e da oposição, há um erro que ambos devem evitar a todo custo: ignorar o perigo do crescimento desse tipo de ideologia violenta e fascista, normalmente acompanhada de homofobia e racismo. Há oposição construtiva e inteligente no país, e ela não deve jamais se deixar confundir ou se aliar a esses grupos.

O governo, por sua vez, não deve também confundir a oposição responsável com esses grupos que sempre acabam do lado errado da história. Os recentes acontecimentos em Charleston, nos EUA, mostram o trágico resultado de dar energia e exposição para esse tipo de imbecil.

Confira o artigo original no Portal Metrópole: 

FHC foi o presidente que menos combateu a corrupção nos últimos vinte anos, diz pesquisa da Vox Populi


Entre os três últimos presidentes brasileiros das últimas duas décadas, Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, foi o que menos combateu a corrupção no Brasil. Ficou, assim, atrás da presidenta Dilma Rousseff e do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores.

Pesquisa realizada pelo instituto de opinião Vox Populi coloca Lula como líder do ranking no quesito “presidente que mais combateu a corrupção”, com 31% das manifestações favoráveis. Dilma vem em segundo, com 29%.

Na lanterna, ficou FHC, com apenas 11% dos votos. O resultado corrobora a impressão geral de que, durante os mandatos do tucano (1995-2002), a corrupção foi colocada para debaixo do tapete, em boa medida por conta do então procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro.

Nomeado por FHC e por ele mantido no cargo por oito anos, Brindeiro ganhou o apelido de “engavetador-geral da República”, justamente, por não investigar nada contra os tucanos.

Para Coimbra, a mídia evita fazer pesquisas sobre a crise de corrupção na Petrobras. A única conhecida foi realizada pelo instituto Datafolha, no início deste mês, e mereceu do jornal “Folha de S. Paulo” leitura no mínimo “extravagante”, de acordo com o pesquisador. A manchete do jornal foi: “Brasileiro responsabiliza Dilma por caso Petrobras”. No mesmo levantamento, contudo, o dado mais importante era exatamente o ranking de luta contra a corrupção, no qual FHC aparecia por último, atrás de Dilma e Lula.

“Nenhum outro levantamento foi encomendado, como se aquele resolvesse a questão e o resultado bastasse; como se não fosse tão questionável que até a ombudsman do jornal criticaria a despropositada matemática usada pelos editores ao noticiá-la”, estranha Coimbra.

“Feitas as contas, 60% escolheram um governante do PT, enquanto FHC nem sequer atinge um quarto do eleitorado que votou no PSDB, em outubro”, avalia. Aécio Neves teve menos de 51 milhões de votos e a quarta parte disso significa pouco mais de 12,5 milhões de eleitores.

Em contrapartida, a pesquisa indica haver na população a crença de que o maior número de denúncias de corrupção nos governos petistas se deve à autonomia concedida pelos governantes às instâncias de fiscalização do Estado. Tal cenário permitiu que os esquemas fossem descobertos, os integrantes identificados e presos.

A pesquisa ouviu 2,5 mil pessoas entre os dias 5 e 8 de dezembro, em 178 municípios e procurou saber, também, o grau de conhecimento da população sobre o caso de corrupção na Petrobras, revelado pela operação Lava Jato, da Polícia Federal. Os dados indicam que apenas 13% dos entrevistados não tinham ouvido falar das denúncias de irregularidades na empresa.

Ou seja, 86% da população as conhecia, sem variações significativas, segundo os níveis de escolaridade, na análise do Vox Populi. Dos que disseram ter ouvido falar no assunto, 69% acreditam que as irregularidades na Petrobras vêm de antes do PT chegar ao governo federal.