sexta-feira, 27 de março de 2015

Marcha Nacional em defesa da educação marca segundo dia de greve no Pará



A categoria se organizou nesta manhã de quinta-feira, 26, na praça da República para realizar a grande marcha nacional em defesa da educação pública. O ato contou com a participação de diversas entidades que luta em favor da educação.

A passeata tomou a av. Pte. Vargas e adentrou a Nazaré. Na altura da sede da TV Liberal os educadores paraenses atearam fogo em exemplares do jornal. Foi uma ação de repúdio aprovada na assembleia de ontem (25) em resposta aos ataques baixos que o jornal fez no início desta semana, quando chamou os professores de mafiosos e trapaceiros.

Seguindo para o Centro Integrado de Governo (CIG), a manifestação contou com o expresso apoio dos estudantes. Que vozificavam em palavras de ordem: “Unificou! Unificou! É estudante junto com trabalhador!”

Diante dos prazos evasivos apresentados pelo governo na audiência desta quarta-feira (25), a greve toma cada vez mais eco. Só no primeiro dia de greve mais de 82 municípios paraenses já confirmaram adesão ao movimento. Os demais seguem realizando assembleia até a próxima segunda-feira (30).

Os trabalhadores não concordam com a limitação de 150h de efetiva regência imposta pela Seduc, especialmente porque a mesma fere a lei nº 8.030, aprovada no ano passado e resultado da greve de 2013. Além disso, ainda aguardam o pagamento do piso salarial nacional e seu retroativo referente aos meses de janeiro, fevereiro e março. As sinalizações do governo apontam para abril e maio. Mas que reais garantias a categoria tem?

A violência assola a comunidade escolar. O recente assassinato de um inspetor em pleno exercício de suas funções trabalhistas pôs à prova a fragilidade deste governo que não apresenta nenhuma ação enérgica para o combate ao caos social instalado. As propostas de implantação de um fórum para debater violência nas escolas, apresentado pelo Sintepp, segue engavetado há mais de cinco anos.

A lastima vivida durante o período das chuvas e os constantes desabamentos de tetos nos interiores das escolas se torna cada vez mais uma constante. Ontem enquanto a categoria lançava a greve, o teto da sala de informática da EE. Pedro Teixeira em Abaetetuba veio abaixo. O incidente só não teve dimensões maiores porque a escola já estava em greve.

Ocorreu também o despejo dos estudantes da EE. Tiradentes II no centro de Belém. E mais de 700 alunos permanecem sem saber onde vão estudar e tiveram sua documentação transferida para a EE. Orlando Bitar, porém sem a devida consulta aos pais e responsáveis.

O volume de problemas na educação pública do Pará só aumenta, mas o governo prefere fingir que está tudo bem. A categoria se pergunta: Por que ao invés de dar uma secretaria especial para a filha Izabela Jatene, com rendimentos que chegam a R$ 21.000,00, o governador não garante a lotação dos professores nas turmas que estão com necessidade e reforma as escolas que tem que suspender as aulas sempre que cai uma tempestade?

Uma extensa agenda de atividade nos distritos e cidades paraenses está aprovada. E a disposição dos educadores é pela luta pela não retirada de direitos. Acompanhe:

27/03 (sexta-feira)
Ato público em Breves, concentração na URE 13, às 9h
Reunião de estudos sobre o cenário de perdas no contra cheque, na EE. Raimundo Viana, às 16h
Reunião da Educação Especial e técnicos dos espaços pedagógicos, na EE. Cordeiro de Farias, às 15h
Ato público, concentração EE. Adebaro Klautau (Cordeiro de Farias), às 8h


quinta-feira, 26 de março de 2015

Graças Foster, ex-presidente da Petrobras, prestou depoimento à CPI na Câmara

E disse que a corrupção não acontecia dentro da Petrobrás, mas fora da Companhia
Graça Foster, ex-presidente da Petrobras
A ex-presidente da Petrobras Maria das Graças Foster afirmou em depoimento à CPI na Câmara, nesta quinta-feira, que o esquema de corrupção que envolveu a petroleira acontecia fora da companhia e que, por isso, acredita que os mecanismos de controle internos não conseguiam detectar as irregularidades.

"Eu chego a admitir nos meus sentimentos que, como acontecia tudo fora da Petrobras, nossos recursos internos não conseguiam investigar isso", afirmou ela aos parlamentares.

Graça Foster, como prefere ser chamada, destacou que nem órgãos de controle brasileiros, como Tribunal de Contas da União (TCU) e Controladoria-Geral da União (CGU), nem a auditora PricewaterhouseCoopers (PwC) identificaram corrupção.

"Eu entendo que os órgãos de controle melhoraram a nossa gestão, mas eu pessoalmente entendo que o descobridor da corrupção foi a polícia", disse a executiva à CPI da Petrobras, frisando que desvios de dinheiro também não foram detectados pela empresa.

Segundo ela, a operação Lava Jato da Polícia Federal "muda a Petrobras para melhor".

Ela lembrou que, devido às revelações, a empresa está aprimorando práticas internas de governança.

"A Operação Lava Jato está ajudando o país, não tenho dúvida disso."

Em seu depoimento, a ex-executiva comentou ainda que se apresentou a CPI da Petrobras anterior, realizada no ano passado, "com muito mais coragem que hoje".

Isso porque, naquela época, segundo ela, "poderiam ter todas as suspeitas, mas não tinham os fatos que têm aí (atualmente) para serem apurados".

Já são réus no processo judicial três ex-diretores da estatal (Paulo Roberto Costa, Nestor Cerveró e Renato Duque), além do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, e diversos executivos de empreiteiras que tinham contratos com a Petrobras.

A ex-presidente, que começou como estagiária na estatal, disse estar envergonhada da situação da empresa.

"Eu tenho efetivamente um constrangimento muito grande de olhar para vocês, mas estou sendo muito sincera", afirmou.

Graça Foster, como em outras oportunidades, destacou nesta quinta sua relação pessoal com a Petrobras, relatando toda a sua carreira técnica desenvolvida na petroleira.

"Gostaria que tudo isso fosse mentira, que não tivesse propina nenhuma", afirmou a ex-presidente, quando questionada sobre as suspeitas de corrupção envolvendo a obra do Gasene.

Outras obras, como a da Refinaria do Nordeste (Rnest), também conhecida como Abreu e Lima, também são investigadas pela operação Lava Jato, que apura o esquema de pagamento de propina com recursos de licitações fraudadas na estatal, com envolvimento de políticos, empreiteiras e ex-diretores da petroleira.

Fonte: Msn, 26/03/15

Grupo de apoio à Eliene Nunes está dilacerado

A prefeita Eliene Nunes terá muita dificuldade para montar um novo grupo político








Roselito Soares, ex-prefeito, é oposição



























A prefeita Eliene Nunes ver dissolver a cada dia o grupo político que juntou em torno de seu nome e a conduziu a vitória pela prefeitura de Itaituba nas eleições municipais de 2.012. 

Ex-secretário de agricultura
O primeiro a retirar o apoio a Eliene foi o seu ex padrinho e principal articulador político, ex prefeito Roselito Soares, que se filiou ao PMDB, partido comandado por Valmir Climaco, que havia assumido a administração municipal em 2010, após uma longa disputa judicial, que culminou com a cassação do mandato de Sílvio Macedo e dos direitos políticos de Roselito, que agora articula a candidatura de Margarete Soares, sua esposa, que já disse ser pré candidata a prefeita no próximo ano. 

Emílio Piccardo, sem ilusão
Claúdio 
A professora Reuma Barros, ex-presidente do PSD, o jornalista Neymias Cordeiro, o cinegrafista Gean da garapeira e os ex candidatos a vereador Miúdo, Aurélio Silva, Panelada e Rony Freitas, que se dizem traídos e há anos “não querem nem ouvir falar no nome de Eliene Nunes.” 

Algumas lideranças políticas não fazem mais parte do grupo de apoio e de trabalho da prefeita de Itaituba, Eliene Nunes, pois lhe faltou habilidade política para conduzir seu projeto e, agora, vê sua aceitação desmoronar perigosamente.

O ex-vereador e advogado César Aguiar, no início do governo assumiu a Chefia de Gabinete, depois saiu do governo, "deu um tempo" em Santarém onde aproveitou para estudar mais um pouco. De volta, não está nada entusiasmado com a atual gestão municipal. 
Wesley Sena
João Vieira, o "Panelada"

Profª Reuma











A professora Reuma disse que lhe tiraram da presidência do partido sem nem mesmo terem a consideração de lhe comunicar da decisão e que ela não sabe nem por quem foi tomada. “Eu vi falta de respeito. Eles deveriam pelo menos me comunicar.” 
Davi Salomão, Advogado
O empresário Ivan D'Almeida, outro que apoiou a candidatura da atual prefeita de Itaituba, também abandonou a gestora e já estar trabalhando em busca de apoio a sua possível candidatura a prefeito nas eleições de 2016. Junto com Ivan, o empresário Dirceu Frederico, que abraçou com todas as forças a candidatura de Eliene, bem como toda a família D'Almeida retiraram o apoio da gestora municipal. 

Paulo Gilson, saiu do grupo
Agora deve ser a vez do também empresário Paulo Gilson, outro defensor aguerrido de Eliene, a abandonar o grupo da prefeita. Paulo já foi chamado a Belém para conversar com seu primo, o ex-governador e atual secretário de Educação do Estado, Helenilson Pontes e com o chefe da Casa Civil do governo do Estado, o ex-deputado José Megale. 

A dissidência do grupo que apoiou Eliene Nunes já era esperada, considerando o descontentamento das pessoas que a apoiaram e foram abandonadas pela atual gestora, que nestes dois anos e três meses, em nenhum momento parou e reuniu com seus aliados para se quer dá ciência de seu programa governamental.

quarta-feira, 25 de março de 2015

Caminhada vitoriosa

Nem a chuva desmobilizou os trabalhadores em educação da Rede Estadual que iniciaram hoje (25) pela manhã a greve, com uma assembleia geral em praça pública. Reunidos na praça da Leitura em São Brás, os educadores paraenses mostraram sua força e organização.



Após os informes dos distritos, Subsedes e Regionais, partiram em caminhada pela Av. Almirante Barroso em direção a SEAD. A decisão da greve foi tomada na última sexta-feira (20), depois que o governo Jatene (PSDB) anunciou mais uma dilatação de prazo para o pagamento do piso nacional, em atraso desde janeiro.

A pauta da categoria contém 30 itens, porém somente na 2ª quinzena de março o secretário de educação, Helenilson Pontes, recebeu o Sintepp. No entanto não teve prazos concretos para apresentar.

A situação ficou mais aguda depois que a Seduc orientou as URES/USES e direções de escola a limitar as lotações em 150h de regência, submetendo os trabalhadores a redução salarial.

Houve ainda audiência com a secretária de Administração, Alice Viana, o secretário de educação, Helenilson Pontes e chefe da Casa Civil, José Megale, onde a comissão do Sintepp apresentou os principais pontos da pauta e denunciou o desabamento do teto da sala de informática da EE. Pedro Teixeira, em Abaetetuba. O incidente só não foi maior na escola porque a mesma já está em greve.

O governo ostenta a alegação de que aplica o 5º maior salário do país, no entanto o vencimento base mantém-se abaixo do estabelecido pela lei do piso nacional. Com a imposição de 150h de efetiva regência, a questão fica mais aguda.


O governo diz ainda que pagará o piso reajustado em abril e tem como expectativa o pagamento do retroativo no mês de maio, dividido em parcelas que o estado disponibilizar. E diz que na próxima audiência informará o número de parcelas, que serão negociadas com o Sintepp.

Sobre concurso público o governo admitiu o TAC que assinou em 2014 com o Ministério Público Estadual (MPE), porém alega que apenas após a lotação de 2015 será possível estabelecer a real necessidade de novos professores. Disse ainda que a expectativa é lançar o edital até o 2º semestre deste ano para que os profissionais tomem posse em 2016.

Enquanto os trabalhadores lançavam a greve, a EE. Tiradentes II sofreu despejo judicial por falta de pagamento, deixando 700 alunos sem local para estudar. A documentação dos estudantes foi transferida para a EE. Orlando Bitar. E vale lembrar que a escola foi apontada no ano de 2014 como referência no ENEM.

O Sintepp questionou Helenilson Pontes que se existe uma máfia de horas extras na Seduc, como divulgou o Jornal O Liberal, a situação deve ser explicada pela secretaria, considerando-se que a mesma não é de responsabilidade dos trabalhadores, devendo o governo esclarecimentos a população e a imprensa manipuladora deste estado. O governo apenas confirmou que não existe tal máfia. O sindicato reafirmou a necessidade de concurso público.

O governo sugeriu a suspensão da greve até a conclusão pela Seduc do levantamento da lotação e pagamento do piso em abril.

O governo não quer negociar com o movimento grevista.

A fala do governo não tranquiliza a categoria sobre a lotação, segurança, reforma e retroativo do piso, portanto a suspensão da greve não está sendo cogitada. Enquanto o governo não apresenta uma posição concisa cerca de 700.000 alunos ficarão sem aula. O governo apontou a próxima reunião para discutir lotação no dia 08.04 (quarta-feira) e o dia 15.04 para tratar sobre o parcelamento do piso. A dívida com a categoria chega a R$ 100 milhões.

A greve inicia forte, tendo adesão de mais de 67 municípios, já no primeiro dia. Os demais realizam assembleia hoje (25) e amanhã (26) e encaminham para a Estadual e Regionais suas deliberações.

Os educadores tem pressa em obter respostas sobre a questão do piso e lotação, mas também esperam ações do governo quanto a reforma, segurança das escolas e demais pontos da pauta.

A categoria aprovou ainda que não concederá mais entrevista para o grupo Maiorana de Comunicação, em resposta ao descalabro de ter sido chamada de mafiosa e trapaceira pelo Jornal O Liberal. Amanhã (26) a categoria convoca a Marcha Nacional em Defesa da Educação, com concentração às 9h, na praça da República.

Fonte: SINTEPP, 25/03/15

Trapaceiro é o governo que não paga o piso, retira direitos e sustenta os sanguessugas da comunicação

Desde o Estatuto do Magistério na década de 1980 os professores da Rede Estadual de ensino extrapolam carga horária, por existir carência no estado de professor para assumir turmas nas escolas.

Contudo, graças a organização e luta dos trabalhadores em greve e através do Sintepp, foi aprovada a lei estadual nº 8.030, de 21/07/2014, que regulamenta essa realidade, encaminhada pelo Executivo.

Porém a Seduc segue orientando as direções de escola a limitar a jornada docente do professor em 150h de efetiva regência, desrespeitando a recém legislação que permite 220h de efetiva regência, bem como ao fato de que deveria haver uma redução de carga horária do professor gradativa em 1/3 ao longo de três anos, contando a partir da lotação de 2015.

O fato é que a Seduc, ao não respeitar esta lei, impõe uma redução salarial ao professor, variando mensalmente de R$ 1.093,14 à R$ 2.842,15, há depender do número de turma que o professor teria.

Queremos afirmar que não existe nenhuma proposta concreta do governo do estado para o pagamento do novo piso e seu retroativo à janeiro, fevereiro e março do corrente ano. Neste sentido, reafirmamos no que depender dos professores que estão na regência de classe, assumindo turmas nas escolas, não fazem parte de nenhuma máfia de horas extras, apenas estão servindo ao estado que não realizou ao longo dos últimos seis anos um concurso público sequer para suprir essa demanda.

É leviano por parte do governo utilizar-se de seu veiculo formal de comunicação, o grupo Maiorana através de seu Jornal O Liberal, para atacar, ofender e caluniar nossa categoria. Caso ocorra alguma máfia desta natureza cabe ao secretário de educação, Helenilson Pontes, apurar e tomar as providências cabíveis dentro do órgão.

Mais lamentável ainda é saber que anualmente milhões de reais são injetados no grupo Liberal para sustentar mentiras e defesas a este governo que afunda uma série de projetos sociais e não respeita setores fundamentais como a educação e a segurança. Recursos estes que deveriam ser aplicados para o bem estar da sociedade.

Mafioso é o governo que não cumpre sua obrigação. Mafioso é este grupo de comunicação, que por anos utilizou as antenas da TV Cultura, emissora estatal. Isso tudo com a anuência do governo.

O Sintepp vem a público exigir direito de resposta frente às calunias publicadas pela Coluna Repórter 70 na edição de hoje (23) do Jornal O Liberal. E reafirma, se existe máfia neste estado a mesma é orquestrada pelo governo Jatene em parceria com a família Maiorana. Afinal quantas vezes não presenciamos a manipulação da informação desenvolvida por este grupo para macular os escândalos envolvendo o PSDB?

Ao governo deve ter sido aterrorizante a aprovação de uma greve legitima, no ultimo dia 20, quando os educadores paraenses lotaram a quadra da EE. Cordeiro de Farias e denunciaram o reducionismo de salários. Não adianta comprar a imprensa governador. A categoria não fugirá à luta.

Fonte: SINTEPP, 23/03/15

terça-feira, 24 de março de 2015

Senado aprova fim das coligações partidárias em eleições proporcionais

Medida é válida para disputas à Câmara dos Deputados, assembleias legislativas, câmaras de vereadores e Câmara Legislativa do DF

O Senado aprovou hoje (24/3), em segundo turno, a Proposta de Emenda à Constituição 40, que acaba com as coligações eleitorais em eleições proporcionais, permitindo que elas ocorram apenas para as majoritárias. A PEC é um dos principais temas da reforma política.

Na prática, a proposta estabelece que os partidos só poderão se coligar em eleições para cargos do Executivo – federal, estadual e municipal – e para o Senado. Portanto, ficam proibidas as coligações para disputas à Câmara dos Deputados, assembleias legislativas, Câmara Legislativa do Distrito Federal e câmaras de vereadores.

Não será mais possível, por exemplo, que dois partidos que não alcançaram o número necessário de votos para atingir o coeficiente eleitoral se unam para eleger um candidato. A PEC também impede que, durante o afastamento de um parlamentar, o suplente convocado seja de outro partido.

A proposta tinha sido aprovada em primeiro turno no último dia 10. A matéria segue para a Câmara dos Deputados, onde também terá de ser aprovada em dois turnos, com maioria qualificada, ou seja, pelo menos 308 deputados precisam votar a favor. Se o texto sofrer alterações na Câmara, retornará ao Senado para última análise.

Fonte: Agência Brasil, 24/03/15

"Nossa greve não existe para a Rede Globo", afirmam professores de São Paulo

Presidente do sindicato enviou carta ao diretor de Jornalismo da emissora, pedindo "coerência" na cobertura das manifestações que ocorrem no Estado


Jornal GGN - Durante semanas o governo do Paraná, capitaneado por Beto Richa (PSDB), enfrentou uma greve geral que pôs mais de 100 mil professores nas ruas, em protesto por melhores condições de trabalho e renda. Apesar da dimensão dos atos, a grande mídia deu pouco espaço às demandas dos educadores, e o mesmo ocorre, agora, em São Paulo, Estado governado pelo correligionário de Richa, Geraldo Alckmin. "Nossa greve não tem a devida cobertura na maior rede de televisão do país", escreveu o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo (APEOESP).

O tratamento não passou em branco. Em carta a Ali Kamel, diretor de Jornalismo da maior emissora do país, a Rede Globo, Maria Izabel Azevedo Noronha, presidente da APEOESP, cobrou coerência e isonomia na cobertura das manifestações em São Paulo. "Os professores da rede de ensino público de São Paulo estão em greve desde o dia 13 de março. Para a Rede Globo, no entanto, nossa greve não existe", introduziu a dirigente.

Maria Izabel destacou que cerca de 40 mil professores marcharam na Rua da Consolação na sexta-feira (20), mas não houve menção nos telejornais da Globo. "A mesma emissora, porém, fez grandiosas reportagens ao vivo nas manifestações do dia 15 de março, na Paulista. Por que a diferença de tratamento?", questinou.

Segundo a presidente, mesmo com o protesto tendo atingido cerca de 135 mil professores, que estão parados aguardando negociação com o governo Alckmin, a Globo segue sem ouvidos para a entidade que representa a categoria. Em contrapartida, os microfones estão sempre abertos à Secretaria de Estado de Educação, em defesa da gestão tucana.

"A ética do bom jornalismo determina que todas as partes envolvidas em determinado fato sejam ouvidas e que sejam divulgadas suas posições", lembraram os professores. "Se a Rede Globo defende a liberdade de expressão, deve cumprir as regras do Estado democrático de direito. Como concessão pública, deve cumprir seu papel de informar à população sobre todos os fatos que possam interessar."

A próxima assembleia estadual acontece em 27 de março, às 14h, no MASP. A APEOESP demanda aumento salarial de 75,33% para equiparação salarial com as categorias de ensino superior. Entre outros pedidos estão o de desmembramento de salas de aula superlotadas, a conversão de bônus salarial em reajuste, garantia de direitos na contratação de professores temporários, limitação de 25 alunos por sala nos ensinos fundamental e médio, atendimento médico, infraestrutura adequada e educação integrada no lugar de escolas integrais.

Fonte: GGN, 24/03/15

"Simão Jatene é o único culpado da Greve dos Professores", destacou o Vereador Dayan Serique do PPS.

foto: Guto Cardoso

Nesta segunda Feira, dia 23 de março, o Vereador Dayan Serique no tempo de liderança do PPS, usou a Tribuna e enumerou vários assuntos, entre eles destacou mais uma vez de quem é a culpa da greve dos professores, segundo o vereador “existe um culpado, e citou o governador do Estado do Pará, Simão Jatene”.

Dayan com muita convicção, resumiu sua fala através de dados do próprio SINTEPP, destacando fatores preponderantes para realização da greve, entre eles: o não pagamento do Piso Nacional aos professores, escolas que em Santarém a quase meio século sem reforma, falta de mobílias, a necessidade de concurso público, o descompromisso do gestor do Estado do Pará com a Educação, entre tantos outros que é do conhecimento de toda comunidade.

O vereador destacou ainda “que a gestão de Simão Jatene, começou de mal a pior, tendo em vista que é uma continuação do governo, no mínimo deveria conduzir os problemas com responsabilidade, no caso da educação, deveria pelo menos ouvir os professores, dialogar e oportunizar a esses profissionais dias melhores, mas o Governador insiste em ser omisso e fazer de conta que está tudo bem, porém a realidade todos nós sabemos, é outra”.

Fonte: Farol do Tapajós, 24/03/2015

domingo, 22 de março de 2015

Sou cidadão, posso manifestar minha indignação

Não precisa ser necessariamente petista para se opor a derrubada do governo ou ser tucano para ser a favor do impeachment da presidente Dilma ou a favor de um golpe militar;

E não é porque houve corrupção no governo tucano que tenho que me calar diante da corrupção no governo petista.

Mesmo que em todos os governos passados existiu corrupção e embora PT não tenha inventado a corrupção, isso não tira o meu direito de ficar indignado com a corrupção.

Não é porque eu já fiz uma conversão proibida, já colei um chiclete embaixo da carteira na escola e já soltei um pum no elevador, que agora perderei o direito de protestar.

Se participei das manifestações do dia 13 ou 15 é porque quero o Brasil passado a limpo;

Não interessa se o impeachment está previsto na Constituição Federal. O importante é que ele é uma saída contra governos que não correspondem as expectativas da população por ter cometido graves erros.

Não se trata de terceiro turno, eu quero é exercitar minha cidadania, participar de discussões sobre meu País e pressionar o governo a ter um comportamento político diferente e respeitoso com o seu povo.


A luta pela criação do Estado do Tapajós tem que continuar

ICPET luta para criação do estado do Tapajós (Foto: Andressa Azevedo/Editoria de Arte)

O Instituto Cidadão Pró Estado do Tapajós (ICPET) realizou na última sexta-feira (20), um encontro para discutir os destinos da luta pela emancipação da região oeste do Pará. A reunião teve início às 9h no salão de um hotel de Santarém, oeste do Pará, localizado na Avenida Mendonça Furtado, no bairro Liberdade, e contou com a presença de representantes dos governos municipais, presidentes de associações de bairros, lideranças e a população em geral.

O objetivo do encontro foi discutir se a luta pela criação de um novo estado que abrange os municípios do oeste do Pará deve seguir, de que forma e quais entidades e pessoas se propõem a apoiar o Instituto. “Essa reunião é o que definirá se vamos intensificar os trabalhos para o novo estado, ou se vamos parar. A ideia é rediscutir com a população o que vamos fazer e se vamos dar sequência nesse projeto”, explica Edivaldo Bernardo, presidente do ICEPT.

Em 2011, o Instituto conseguiu a aprovação de um Projeto de Emenda à Constituição (PEC) para a realização de um plebiscito em todo o estado que perguntou se os paraenses eram a favor ou contra a criação do Tapajós e do Carajás, outra unidade federativa que compreenderia a região sudeste do Pará. Realizada no dia 11 de dezembro daquele ano, a votação apontou que 78% dos votos foram contrários à redivisão territorial do estado. Após o resultado, o ICEPT segue lutando para aprovar outro plebiscito, que dessa vez só consulte os moradores da área que pode se transformar no novo estado do Tapajós. 

De acordo com a direção do Instituto, em 2015 a luta pela criação do novo estado completa 191 anos de existência, levando em conta a data da promulgação da primeira Constituição do Brasil, em 1824. Segundo o ICEPT, foi naquele ano a primeira menção da criação de uma província na região, que abrangeria inicialmente os municípios de Parintins (AM), Santarém e Óbidos.

Fonte: G1 Santarém, 21/03/15