sábado, 22 de março de 2014

Dez razões para não ter saudades da ditadura

As torturas e assassinatos foram a marca mais violenta do período da ditadura. Pensar em direitos humanos era apenas um sonho. Havia até um manual de como os militares deveriam  torturar para extrair confissões, com práticas como choques, afogamentos e sufocamentos.

Os direitos humanos não prosperavam, já que tudo ocorria nos porões das unidades do Exército.

"As restrições às liberdades e à participação política reduziram a capacidade cidadã de atuar na esfera pública e empobreceram a circulação de ideias no país", diz o diretor-executivo da Anistia Internacional Brasil, Atila Roque. 

Sem os direitos humanos, as torturas contra os opositores ao regime prosperaram. Até hoje a Comissão Nacional de Verdade busca dados e números exatos de vítimas do regime. 

"Os agentes da ditadura perpetraram crimes contra a humanidade --tortura, estupro, assassinato, desaparecimento-- que vitimaram opositores do regime e implantaram um clima de terror que marcou profundamente a geração que viveu o período mais duro do regime militar", afirma. 

Para Roque, o Brasil ainda convive com um legado de "violência e impunidade" deixado pela militarização. "Isso persiste em algumas esferas do Estado, muito especialmente nos campos da justiça e da segurança pública, onde tortura e execuções ainda fazem parte dos problemas graves que enfrentamos", complementa.

2. Censura e ataque à imprensa

Uma das marcas mais conhecidas da ditadura foi a censura. Ela atingiu a produção artística e controlou com pulso firme a imprensa. 

Os militares criaram o "Conselho Superior de Censura", que fiscalizava e enviava ao Tribunal da Censura os jornalistas e meios de comunicação que burlassem as regras. Os que não seguissem as regras e ousassem fazer críticas ao país, sofriam retaliação --cunhou-se até o slogan "Brasil, ame-o ou deixe-o." 

Não são raras histórias de jornalistas que viveram problemas no período. "Numa visita do presidente (Ernesto) Geisel a Alagoas, achamos de colocar as manchetes no jornalismo da TV: 'Geisel chega a Maceió; Ratos invadem a Pajuçara'. Telefonaram da polícia para o Pedro Collor [então diretor do grupo] e ele nos chamou na sala dele e tivemos que engolir o afastamento do jornalista Joaquim Alves, que havia feito a matéria dos ratos", conta o jornalista Iremar Marinho, citando que as redações eram visitadas quase que diariamente por policiais federais. 

Para cercear o direito dos jornalistas, foi criada, em 1967, a Lei de Imprensa. Ela previa multas pesadas e até fechamento de veículos e prisão para os profissionais. A lei só foi revogada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) em 2009

Muitos jornalistas sofreram processos com base na lei mesmo após a redemocratização. "Fui processado em 1999 porque publiquei declaração de Fulano contra Beltrano. A Lei de Imprensa da Ditadura permitia isso: punir o mensageiro, que é o jornalista", conta o jornalista e blogueiro do UOL, Mário Magalhães. 

 

3. Amazônia e índios sob risco 

No governo militar, teve início um processo amplo de devastação da Amazônia. O general Castelo Branco disse, certa vez, que era preciso "integrar para não entregar" a Amazônia. A partir dali, começou o desmatamento e muitos dos que se opuseram morreram.

"Ribeirinhos, índios e quilombolas foram duramente reprimidos tanto ou mais que os moradores das grandes cidades", diz a jornalista paraense e pesquisadora do tema, Helena Palmquist.

A ideia dos militares era que Amazônia era "terra sem homens", e deveria ser ocupada por "homens sem terra do Nordeste." Obras como as usinas hidrelétricas de Tucuruí e Balbina também não tiveram impactos ambientais ou sociais previamente analisados, nem houve compensação aos moradores que deixaram as áreas alagadas. Até hoje, milhares que saíram para dar lugar às usinas não foram indenizados.

A luta pela terra foi sangrenta. "Os Panarás, conhecidos como índios gigantes, perderam dois terços de sua população com a construção da BR-163 --que liga Cuiabá a Santarém (PA). Dois mil Waimiri-Atroaris, do Amazonas, foram assassinados e desaparecidos pelo regime militar para as obras da BR-174. Nove aldeias desse povo desapareceram e há relatos de que pelo menos uma foi bombardeada com gás letal por homens do Exército", afirma.
 

4. Baixa representação política e sindical

Um dos primeiros direitos outorgados aos militares na ditadura foi a possibilidade do governo suspender os direitos políticos do cidadão. Em outubro de 1965, o Ato Institucional número 2 acabou com o multipartidarismo e autorizou a existência de apenas dois: a Arena, dos governistas, e o MDB, da oposição.

O problema é que existiam diversas siglas, que tiveram de ser aglutinadas em um único bloco, o que fragilizou a oposição. "Foi uma camisa-de-força que inibiu, proibiu e dificultou a expressão político-partidária. A oposição ficou muito mal acomodada, e as forças tiveram que conviver com grandes contradições", diz o cientista político da Universidade Federal de Pernambuco, Michael Zaidan.

As representações sindicais também foram duramente atingidas por serem controladas com pulso forte pelo Ministério do Trabalho. Isso gerou um enfraquecimento dos sindicatos, especialmente na primeira metade do período de repressão. 

"Existiam as leis trabalhistas, mas para que elas sejam cumpridas, com os reajustes, é absolutamente necessário que os sindicatos judicializem, intervenham para que os patrões respeitem. Essas liberdades foram reprimidas à época. Os sindicatos eram compostos mais por agentes do governo que trabalhadores", lembra Zaidan.
 

5. Saúde pública fragilizada

Se a saúde pública hoje está longe do ideal, ela ainda era mais restrita no regime militar. O Inamps (Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social) era responsável pelo atendimento, com seus hospitais, mas era exclusivo aos trabalhadores formais. 

"A imensa maioria da população não tinha acesso", conta o cardiologista e sindicalista Mário Fernando Lins, que atuou na época da ditadura. Surgiu então a prestação de serviço pago, com hospitais e clínicas privadas.

"Somente após 1988 é que foi adotado o SUS (Sistema Único de Saúde), que hoje atende a uma parcela de 80% da população", diz Lins.

Em 1976, quase 98% das internações eram feitas em hospitais privados. Além disso, o modelo hospitalar adotado fez com a que a assistência primária fosse relegada a um segundo plano. Não existiam planos de saúde, e o saneamento básico chegava a poucas localidades. "As doenças infectocontagiosas, como tuberculose, eram fonte de constante preocupação dos médicos", afirma Lins. 

Segundo estudo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), "entre 1965/1970 reduz-se significativamente a velocidade da queda [da mortalidade infantil], refletindo, por certo, a crise social econômica vivenciada pelo país". 
 

6. Linha dura na educação 

A educação brasileira passou por mudanças intensas na ditadura. "O grande problema foi o controle sobre informações e ideologia, com o engessamento do currículo e da pressão sobre o cotidiano da sala de aula", sintetiza o historiador e professor da Universidade Federal de Alagoas, Luiz Sávio Almeida. 

As disciplinas de filosofia e sociologia foram substituídas pela de OSPB (Organização Social e Política Brasileira, caracterizada pela transmissão da ideologia do regime autoritário, exaltando o nacionalismo e o civismo dos alunos e, segundo especialistas, privilegiando o ensino de informações factuais em detrimento da reflexão e da análise) e Educação, Moral e Cívica. Ao mesmo tempo, com o baixo índice de investimento na escola pública, as unidades privadas prosperaram.

Na área de alfabetização, a grande aposta era o Mobral (Movimento Brasileiro para Alfabetização), uma resposta do regime militar ao método elaborado pelo educador Paulo Freire, que ajudou a erradicar o analfabetismo no mundo na mesma época em que foi considerado "subversivo" pelo governo e exilado. 
Segundo o estudo "Mapa do Analfabetismo no Brasil", do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), do Ministério da Educação, o Mobral foi um "retumbante fracasso."

Os problemas também chegaram às universidades, com o afastamento delas dos centros urbanos e a introdução do sistema de crédito. "A intenção do regime era evitar aglomeração perto do centro, enquanto o sistema de crédito foi criado para dispersar os alunos e não criar grupos", diz  o historiador e vice-reitor do Fejal (Fundação Educacional Jayme de Altavila), Douglas Apratto.
 

7. Corrupção e falta de transparência 

No período da ditadura, era praticamente impossível imaginar a sociedade civil organizada atuando para controlar gastos ou denunciando corrupção. Não havia conselhos fiscalizatórios e, com a dissolução do Congresso Nacional, as contas públicas não eram analisadas, nem havia publicidade dos gastos públicos, como é hoje obrigatório.

"O maior antídoto da corrupção é a transparência. Durante a ditadura, tivemos o oposto disso. Os desvios foram muitos, mas acobertados pela força das baionetas", afirma o juiz e um dos autores da Lei da Ficha Limpa, Márlon Reis. 

Reis afirma que, ao contrário dos anos de chumbo, hoje existem órgãos fiscalizatórios, imprensa e oposição livres e maior publicidade dos casos. "Estamos muito melhor agora, pois podemos reagir", diz.
Outro ponto sempre questionado no período de ditadura foram os recursos investidos em obras de grande porte, cujos gastos eram mantidos em sigilo. 

"Obras faraônicas como Itaipu, Transamazônica e Ferrovia do Aço, por exemplo, foram realizadas sem qualquer possibilidade de controle. Nunca saberemos o montante desviado", disse Reis. "Durante a ditadura, a corrupção não foi uma política de governo, mas de Estado, uma vez que seu principal escopo foi a defesa de interesses econômicos de grupos particulares."
 

8. Nordeste mais pobre e migração

A consolidação do Nordeste como região mais pobre do país teve grande participação do governo do militares. "Nenhuma região mudou tanto a economia como o Nordeste", diz o doutor em economia regional Cícero Péricles Carvalho, professor da Universidade Federal de Alagoas. 

Com as políticas adotadas, a região teve um crescimento da pobreza. "Terminada a ditadura, o Nordeste mantinha os piores indicadores nacionais de índices de esperança de vida ao nascer, mortalidade infantil e alfabetização. Entre 1970 e 1990, o número de pobres no Nordeste aumentou de 19,4 milhões para 23,7 milhões, e sua participação no total de pobres do país subiu de 43% para 53%", afirma Péricles

O crescimento urbano registrado teve como efeito colateral a migração desregulada. "O modelo urbano-industrial reduziu as atividades agropecuárias, que eram determinantes na riqueza regional, com 41% do PIB, para apenas 14% do total em 1990", diz Péricles. 

Enquanto o campo era relegado, as atividades urbanas saltaram, na área industrial, de 12% para 28% e, na área do comércio e serviços, de 47% para 58%. 

"A migração gerou mais pobreza nas cidades, sem diminuir a miséria no campo. A população do campo reduziu-se a um terço entre 1960 e 1990", acrescenta Péricles. 

9. Desigualdade: bolo cresceu, mas não foi dividido

"É preciso fazer o bolo crescer para depois dividi-lo". A frase do então ministro da Fazenda Delfim Netto é, até hoje, uma das mais lembradas do regime militar. Mas o tempo mostrou que o bolo cresceu, sim, ficou conhecido como "milagre brasileiro", mas poucos comeram fatias dele.

A distribuição de renda entre os estratos sociais ficou mais polarizada durante o regime: os 10% dos mais ricos que tinham 38% da renda em 1960 e chegaram a 51% da renda em 1980. Já os mais pobres, que tinham 17% da renda nacional em 1960, decaíram para 12% duas décadas depois.

Assim, na ditadura houve um aumento das desigualdades sociais. "Isso levou o país ao topo desse ranking mundial", diz o professor de Economia da Universidade Federal de Alagoas, Cícero Péricles.
Entre 1968 e 1973, o Brasil cresceu acima de 10% ao ano. Mas, em contrapartida, o salário mínimo --que vinha recuperando o poder de compra nos anos 1960-- perdeu com o golpe. "Em 1974, em pleno 'milagre', o poder de compra dele representava a metade do que era em 1960", acrescenta Péricles. 

"As altas taxas de crescimento significavam mais oportunidades de lucros altos, renda e crédito para consumo de bens duráveis; para os mais pobres, assalariados ou informais, restava a manutenção de sua pobreza anterior", explica o economista. 
 

10. Precarização do trabalho

Apesar de viver o "milagre brasileiro", a ditadura trouxe defasagem aos salários dos trabalhadores. "Nossa última ditadura cívico-militar foi, em certo ponto, economicamente exitosa porque permitiu a asfixia ao trabalho e, por consequência, a taxa salarial média", diz o doutor em ciências sociais e blogueiro do UOL, Leonardo Sakamoto.

Na época da ditadura, a lei de greve, criada em 1964, sujeitava as paralisações de trabalhadores  à intervenção do Poder Executivo e do Ministério Público. "Ir à Justiça do Trabalho para reclamar direitos era possível, mas pouco usual e os pedidos eram minguados", explica Sakamoto.

"Nada é tão atrativo ao capital do que a possibilidade de exercício de um poder monolítico, sem questionamentos", diz Sakamoto, que cita a asfixia dos sindicatos, a falta de liberdade de imprensa e política foram "tão atraentes a investidores que isso transformou a ditadura brasileira e o atual regime político e econômico chinês em registros históricos de como crescimento econômico acelerado e a violência institucional podem caminhar lado a lado".

Fonte: Uol, 22/03/14

Enchentes de rios afetam cidades da Amazônia



Cheia do Rio Madeira deixou submerso o distrito de São Carlos, em Rondônia: causa seria excesso de chuvas na Bolívia Foto: Daiane Mendonça/Governo RO


Vista aérea da zona portuária de Porto Velho, Rondônia, onde o nível do rio Madeira bateu recorde histórico em cem anos de medições e está afetando diretamente milhares de famílias. Desde o fim de fevereiro, Porto Velho está em estado de calamidade pública Avener Prado/Folhapress


Escola Municipal Liberdade, em Manicoré, Amazonas, está alagada

 
Com 16 bairros afetados com as inundações e desmoronamentos de solo, a Prefeitura de Rio Branco decretou situação emergência na manhã desta terça-feira, 4. Em Brasília, o governador Tião Viana e o prefeito Marcus Alexandre, participam no Ministério da Integração Nacional, de audiência com o ministro, Francisco José Coelho Teixeira, em busca de apoio do governo federal.


Avenida São José, na frente da cidade de Itaituba, aos poucos vai ficando intransitável. Vários pontos da cidade apresentam estado crítico e famílias desabrigadas Foto de Jota Parente

Ruas alagadas em Tucuruí, no Pará (Foto: Reprodução/TV Liberal)

O coordenador adjunto da Defesa Civil do Pará, major Augusto Lima, explicou que 900 famílias foram atingidas em Marabá. “Na cidade, temos em torno de 350 famílias desabrigadas. Em Tucuruí, 100 famílias foram atingidas com a cheia dos rios e 50 estão desabrigadas. Em Parauapebas, segundo a Defesa Civil, 70 famílias estão desabrigadas.


Frente da cidade em Marabá, atingida pela enchente do rio Tocantins

“A cidade de Altamira começa a ter problemas com a cheia do Rio Xingu. Se o nível continuar aumentando, poderemos ter desabrigados em alguns dias”, afirma Lima. A Defesa Civil retirou os moradores das áreas atingidas e encaminhou para abrigos. As vítimas estão recebendo alimentos dos governos municipais.

“É sazonal. Todo ano é a mesma coisa. Esse é um período que chove mesmo no Pará, não está fora da normalidade. As pessoas são retiradas da área de risco, mas depois da chuva eles voltam”, diz Lima.

A histórica enchente do Rio Madeira, Tapajós, Negro, Tocantins, Xingu, Parauapebas e Itacaíunas, está afetando muito a vida de moradores de partes mais baixas de cidades localizadas próximas ou as margens dos mesmos.

Os efeitos das enchentes desses são as dificuldades de acesso a vários municípios, prejudicando o abastecimento de produtos básicos. Rio Branco, capital do Acre, é um exemplo claro dessa situação. A rodovia federal BR 364, que liga Rondônia ao Acre, está interditada e há todo um esforço dos governos para garantir a sobrevivência da população afetada.

Mutirão da devolução proposto pela Telexfree agora terá o reconhecimento oficial do do Ministério Público

Agora sim os recursos serão finalmente devolvidos àqueles que realmente estão passando dificuldade,  sofrendo, diz Popó
 
Reunião ocorrida no Acre, num esforço conjunto para resolver um  problema angustiante
 
Saldo do dia sensacional no Acre. Nunca chegamos tão perto da devolução do seu dinheiro. Leia o texto completo abaixo:

O dia hoje no Acre foi realmente intenso, denso, tenso, mas também de muitos resultados positivos.

Chegamos de madrugada, com fuso horário conturbado por 2 horas de diferença. Descansamos pouco e logo chegou a hora de cumprir agenda na Assembleia Legislativa do Estado.

Ouvimos discursos em prol da regulamentação do marketing multinivel e, inevitavelmente, sobre o embaraço jurídico que a empresa TelexFree trava no Acre.

Não medi as palavras em meu discurso de cerca de 15 minutos no Poder Legislativo Estadual. Expliquei informei, cobrei, me indignei, pedi resultados e lutei por eles. Na semana que vem já levaremos o Defensor Público e uma comitiva, com cerca de 10 mil petições, e entregaremos em mãos ao Procurador Geral da República, em reunião também com os técnicos da PGR, pois levaremos sugestões técnicas em prol da transferência à justiça federal.

Logo após o seminário na Assembleia, fui conhecer o centro de recuperação da amiga, companheira e Deputada Antonia Lúcia. Palestrei aos internos e me emocionei com eles ao relembrar a minha história de vida, vendo neles potencial de recuperação e transformação. Parabéns, Deputada. Que centro sensacional. Esmero nos mínimos detalhes.

Seguiríamos, portanto, aos compromissos marcados com a promotora Dra. Alessandra, primeiro. Depois, com a Dra. Thais Kalil, juíza do caso. Inesperadamente, nenhuma das duas atendeu nossa comitiva. Fiquei, sem dúvidas, muito chateado com isso. Uma falta de respeito. Vim de longe. Uma missão oficial vindo de Brasília, e elas se deram ao direito de não nos atender.

Mas, como Deus está no controle de tudo. Ganhamos o dia com o atendimento atencioso do Dr. Oswaldo, procurador geral do Estado. Sim, o mais alto escalão nos atendeu. Eu conjunto com o Procurador de justiça, Dr. Osmar, e a Corregedora Geral, Dra. Katya.

Pessoal, nós avançamos muito. Acreditem. Estou empolgado com os feed-Backs. Participaram da reunião, eu (Deputado Popo), Sostenes Marchezine, meu chefe de gabinete; Deputada Antonia Lúcia; Dr. Roberto Duarte Jr. (Representante da empresa), Defensor Público Dr. Valdir Perazzo, e um representante dos divulgadores, o Luís Vaz.

O último plantão, de número 34, do Carlos Costa, foi o assunto discutido em quase 2 horas de reunião extensa, de, por vezes, ânimos elevados, mas também de resultados. O Diretor da Telexfree atendeu minha sugestão e não esperou para soltar um vídeo público, buscando um termo de acordo entre o divulgador que não teve seu capital inicial restituído, e a empresa.

Pessoal. Esse é o momento mais importante que buscamos. Agora sim os recursos serão finalmente devolvidos àqueles que realmente estão passando dificuldade, sofrendo.

Chegou em muito boa hora a iniciativa do MUTIRÃO DA DEVOLUÇÃO e agora esta ação é ainda mais oficial. Tem o conhecimento, o interesse, o respaldo e o desejo manifesto do Ministério público, através do seu Procurador Geral.

Nos próximos dias, acredito que na segunda-feira, conforme agenda proposta pelo procurador Dr. Oswaldo, o Dr. Roberto Duarte tem a importante e essencial missão de levar em mãos um novo TAC ao MP, contemplando este novo momento, a iniciativa pública do Carlos, o prazo que a empresa requer para a colheita dos dados e assinatura, com firma reconhecida dos termos de acordos com os divulgadores, para que assim seja anexado aos autos, o acordo com o Ministério Público.

Os recursos nunca estiveram tão pertos de serem restituídos. E agora só depende da sua colaboração, divulgador. Passe essa informação para o máximo de pessoas que você conseguir. Esse é o momento mais esperado por todos vocês.

Após apresentado estas informações, com valor devido a cada divulgador. Com a força do TAC a ser acordado nos próximos dias com o MP, a juíza terá, então, o poder de deliberar a devolução, de acordo com os documentos que serão apresentados. Este mesmo que será feito por você, no MUTIRÃO DA DEVOLUÇÃO.

O saldo de hoje, portanto, foi sensacional. Valeu todo esforço. Atuamos em defesa do divulgador, do empreendedor do marketing multinivel... E demos mais um importante passo em prol também da regulamentação da atividade em nosso país.

Vamos em frente, por que a vitória é mais do que certa... é real. E em muito breve será palpável, aliás, estará em sua conta!

Vocês são campeões forjados na batalha!

Abraços,
Deputado Popó.
 
Fonte: Encontreinarede, 22/03/14

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Leitura rima com saber


A telinha das lanchas que navegam no Tapajós

Depois que surgiram as lanchas para fazer o percurso Itaituba/Santarém/Itaituba, muitos passageiros entendem que depois do avião, essa é uma boa alternativa para viajar.

Viagem segura, tranquila, embora os preços sejam bastante questionáveis, até porque são apenas duas que fazem esse trajeto, que saem das duas cidades as 13h horas e chegam ao destino final as 19h, portanto, durante o dia.

Sem dúvida alguma, agora é muito melhor que na época que contávamos somente com barcos para essa linha fluvial, que além de lerdos não apresentam nenhum conforto.

Fiz algumas viagens de lancha e, evidentemente, minhas observações. Uma delas é sobre os filmes que são apresentados aos usuários desse tipo de transporte. Ontem, por exemplo, de Santarém à Itaituba, foram apresentados três filmes de cenas terríveis de violência, nas quais a vida do ser humano, simplesmente não têm nenhum valor.

Eu sou adulto e para mim não teve problema, no entanto, boa parte dos passageiros eram crianças e não poderiam ver aquelas cenas.

Se uma denúncia, nesse sentido, for apresentada a autoridade competente, isso vai render.

Fica a dica: considerando que parte dos passageiros são crianças e a viagem ocorre durante o dia, senhores comandantes, coloquem filmes apropriados para a menor faixa etária da clientela ou elaborem uma programação, através de um profissional, onde seja enfatizada a importância de zelar do nosso rio Tapajós, as belezas da nossa Terra, etc.

PS.: Também não se deve explorar o passageiro comum ou o turista, vendendo um  refrigerante por cinco reais.

O tamanho de Deus


sexta-feira, 21 de março de 2014

Saiba em quem você quer votar!

Nem sempre é vantajoso declarar dependente no Imposto de Renda

Apesar da interessante dedução de R$ 2.063 por dependente, declarar outras pessoas no seu Imposto de Renda nem sempre é financeiramente vantajoso. O motivo é simples: o valor total da renda dos dependentes pode não ser compensado pelos abatimentos previstos em lei.

Assim, o contribuinte acabará pagando mais ou tendo uma restituição menor do que se declarasse sozinho. Em todos os casos, deve-se simular as situações antes de realizar a declaração definitiva. Veja abaixo 4 situações nas quais o dependente pode trazer prejuízos.


1) Cônjuge com rendimento inferior
A declaração de um casal pode ser feita em conjunto ou em separado. Se optarem pelo documento conjunto, os rendimentos de ambos serão somados. Dessa forma, se o cônjuge dependente tiver renda inferior à do declarante, é provável que a melhor opção seja a declaração em separado. Isso porque quem ganha menos pode se enquadrar em uma alíquota menor de IR ou simplesmente ficar abaixo do limite de isenção, caso declare sozinho. Já se prestar contas junto com o outro cônjuge, aumentará a renda total, podendo elevar também a alíquota de cobrança.

Exemplo: um cônjuge ganha R$ 100 mil por ano e, com isso, pagará algum imposto no ajuste anual. Enquanto o outro ganha R$ 20.529,36, exatamente o limite de isenção. Se a declaração for separada, o que ganha mais vai pagar determinado IR e o que ganha menos não pagará nada. Mas, se a declaração for conjunta, é possível que na soma do casal o tributo a ser pago seja maior.
 
2) Pais, avós ou bisavós como dependentes

Pais, avós e bisavós podem ser declarados como dependentes desde que tenham recebido, em 2013, rendimentos de até R$ 20.529. A renda deve ser declarada de acordo com a sua natureza. Ou seja, se é tributável, deve ser tributada na declaração. Já se era isenta, deverá ser assim informada. Logo, se a renda do dependente for tributável, é possível que não haja vantagem para o contribuinte em declarar essa pessoa.
 
3) Cônjuge dependente desempregado, mas que recebe renda

Neste caso, o cônjuge dependente na declaração do Imposto de Renda não trabalha. Contudo, passou a receber aluguéis e, como consequência, aumentará os rendimentos do casal. Assim, vale a pena simular a declaração das duas formas para ver qual é a mais vantajosa. Ou seja, se continua a ser financeiramente interessante a declaração em conjunto ou se o melhor é declarar em separado.
 
4) Filho de casal divorciado que é dependente da mãe

Esta situação envolve uma série de variáveis. Primeiro, analisaremos a declaração do pai. As despesas médicas e com instrução pagas por ele (que é o chamado alimentante) em nome do filho (o alimentando) poderão ser deduzidas no documento de ajuste anual. Mas, para isso, é necessário que esses gastos constem na decisão judicial ou no acordo homologado judicialmente.

As despesas com instrução só podem ser deduzidas até o limite de R$ 3.230,46, enquanto os gastos médicos não têm limite de abatimento. Os demais valores estipulados na sentença judicial – tais como aluguéis, condomínio, transporte e previdência privada – não são dedutíveis. Já a pensão alimentícia paga ao filho pode ser abatida integralmente pelo pai, independentemente do valor.

Importante destacar que o contribuinte que paga pensão alimentícia a ex-cônjuge e aos filhos (no caso deste exemplo, o pai) não pode colocá-los como seus dependentes, exceto no ano em que se inicia o pagamento da pensão.

Na declaração da mãe, que tem o filho como dependente, a situação é a inversa. Ou seja, os rendimentos decorrentes da pensão deverão ser tributados. Mas ela também poderá abater eventuais despesas com o dependente, até os limites estipulados. Portanto, o risco é que as deduções relativas ao filho não sejam suficientes para compensar o aumento de renda decorrente da pensão.

Assim, será necessário simular ambas as situações (filho como dependente ou não) para saber se será vantajoso declará-lo em conjunto ou se vale a pena ele fazer a própria declaração. Para isso, basta o filho ter um CPF próprio.

Publicado por Wannine Lima/Mestre em Direito (LLM) pela Universidade de Michigan. Atuou na advocacia pública como Procuradora da Fazenda Nacional.
 
Fonte: JusBrasil Noticias, 21/03/14